O JEITINHO BRASILEIRO: Analisando suas características como ferramenta de conveniência e seus prejuízos sociais

Autores

DOI:

10.30781/repad.v2i2.6254

Palavras-chave:

Aspectos culturais, Formalismo, Jeitinho brasileiro, Cultura Organizacional, Gestão Pública.

Resumo

Um aspecto cultural marcante na sociedade brasileira, o denominado “jeitinho brasileiro” é o típico processo por meio da habilidade, e engenhosa manobra que alguém torna possível o impossível, justo o injusto, legal o ilegal. (RAMOS,1983) A finalidade deste estudo foi confrontar as abordagens de diversos autores que já discorreram sobre o assunto e buscar compreender se afinal poderia ser cogitada como alternativa válida o uso desse dito “jeitinho” como uma saída viável e aceitável na resolução dos problemas internos e característicos da Gestão Pública ou se, de modo algum poderia ser tolerado tal comportamento, uma vez que se configuraria como grave afronta e transgressão aos princípios da Administração Pública, (implicitamente a maioria deles) mas, explicitamente o da impessoalidade. Para isso, foi realizado levantamento sobre a temática em literatura especializada utilizada na ementa do curso, além de pesquisa em material disponível nas bases de periódicos da Capes, Scielo, e na BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações). 

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Biografia do Autor

Rafaela Simoes Egito

Possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco (2005). Atualmente, é assistente em administração da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Desde outubro/ 2014 assumiu a Chefia do Setor de Administração de Pessoal e SCDP da Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (UACSA). 

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https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/o-jeitinho-brasileiro-e-sua-influencia-no-processo-de-mudanca-organizacional/56245

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Publicado

2018-09-01

Como Citar

EGITO, R. S.; MONTEIRO, W. F. O JEITINHO BRASILEIRO: Analisando suas características como ferramenta de conveniência e seus prejuízos sociais. Revista Estudos e Pesquisas em Administração, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 128–146, 2018. DOI: 10.30781/repad.v2i2.6254. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/repad/article/view/6254. Acesso em: 1 maio. 2024.