Mudanças no regime de trabalho dos docentes das IES brasileiras: uma análise através de escalonamento multidimensional

Autores

  • Andréia Carpes Dani andreiacarpesdani@gmail.com
    Centro Universitário Cândido Rondon (Grupo Kroton)
  • Nayane Thais Krespi nkrespi@gmail.com
    Universidade Federal do Paraná, UFPR
  • Jorge Ribeiro de Toledo Filho jtoledo@furb.br
    Fundação Universidade Regional de Blumenau- FURB

Resumo

O presente estudo teve como objetivo analisar as mudanças do regime de trabalho e da titulação dos docentes das IES brasileiras, a partir dos dados divulgados pelo INEP/MEC no período de 2004 a 2009.  Os dados utilizados foram retirados dos resultados do Censo da Educação Superior realizado no ano de 2009 pelo INEP em parceria com o MEC. Para analisar os resultados foram apresentadas as freqüências absoltas e relativas referentes ao regime de trabalho e a titulação dos docentes. Foram ainda utilizadas as variações referentes a essas mesmas variáveis. Por fim, buscou-se comprovar os resultados referentes à variável titulação com a aplicação o escalonamento multidimensional. Quanto ao regime de trabalho verificou-se que a quantidade de docentes horistas diminuiu no decorrer dos anos verificados, enquanto que o número de docentes contratados em tempo parcial e integral manteve-se o mesmo nesse mesmo período. No que tange a titulação dos docentes observou-se que a maioria deles possuem especialização e mestrado. Cabe ressaltar ainda que o número de doutores tem crescido com o passar do tempo. É mister destacar que o número de docentes contratados sem graduação aumentou no ano de 2009, fato que pode comprometer a qualidade do ensino superior das IES brasileiras. Logo, de forma geral, verificou-se que a maioria das mudanças encontradas tendem a ser positivas e evidenciam grandes possibilidades de melhorias na qualidade do ensino superior brasileiro. Sabe-se que esse processo de mudança pode ser demorado, entretanto é perceptível que os primeiros passos estão sendo dados. Sugere-se que, para trabalhos futuros, utilizem-se outras variáveis além do regime de trabalho e da titulação dos docentes. É possível ainda segregar os dados por região, para analisar se existe diferença ou evolução nos dados. Por fim, existe a possibilidade de aumentar o período de análise para melhorar o rol dos dados e traçar uma evolução mais completa.

Biografia do Autor

Andréia Carpes Dani, Centro Universitário Cândido Rondon (Grupo Kroton)

Graduada em Ciências Contábeis (URI), Mestra em Ciências Contábeis pela FURB. atuo como professora no curso de ciências contábeis em níveis de graduação e pós-graduação à 3 anos.

Nayane Thais Krespi, Universidade Federal do Paraná, UFPR

Possui Graduação em Matemática pela Universidade Regional de Blumenau - FURB (2010), Mestrado em Ciências Contábeis pela Universidade Regional de Blumenau - FURB (2012) e é aluna de doutorado em Métodos Numéricos em Engenharia pela Universidade Federal do Paraná - UFPR, com ingresso em 2013

Jorge Ribeiro de Toledo Filho, Fundação Universidade Regional de Blumenau- FURB

Graduação em Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo (1969), graduação em Economia pela Universidade de Taubaté (1972), mestrado em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (1982) e doutorado em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (2000). Atualmente é professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Fundação Universidade Regional de Blumenau (PPGCC/FURB).

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Publicado

2018-12-21