Monstros, assassinos e detetives: entrelaçamentos midiáticos

Autores

  • Maria Elisa Rodrigues Moreira elisarmoreira@gmail.com
    UFMT

Resumo

Neste início de século XXI, as séries televisivas têm ganhado espaço entre o público e a crítica: alimentando-se de processos de hibridização cada vez mais complexos, elas conformam o que se tem chamado de “Renascença da TV”, com produtos que exigem novos posicionamentos reflexivos em torno de si. Nesse cenário, chama a atenção o modo como o literário, o cinematográfico e o televisivo se colocam em diálogo, por meio de diferentes abordagens e com diferentes graus de interferência de uns sobre os outros. Neste artigo apresento, sob a ótica da intermidialidade, uma breve leitura de três séries televisivas: Sherlock, produção da BBC (15 episódios, 4 temporadas, 2010-2017); Bates Motel, produção da Universal Television (50 episódios, 5 temporadas, 2013-2017); e Penny Dreadful, produzida pelo canal Showtime (27 episódios, 3 temporadas, 2014-2016).

Palavras-chave: intermidialidade, complexificação da narrativa, séries televisivas.

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Publicado

2019-07-16

Como Citar

MOREIRA, M. E. R. Monstros, assassinos e detetives: entrelaçamentos midiáticos. Polifonia, [S. l.], v. 26, n. 42, p. 82–101, 2019. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/view/8641. Acesso em: 24 abr. 2024.