INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA: BREVE PANORAMA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE UM CAMPO DE ESTUDOS PLENAMENTE CONSOLIDADO

Autores

  • Roberta Pereira Peixoto robertappeixoto@gmail.com
    Colégio Estadual Pedro Calmon (Secretaria Estadual da Educação da Bahia)
  • Domingos Sávio Pimentel Siqueira savio_siqueira@hotmail.com
    Universidade Federal da Bahia

Palavras-chave:

Inglês como língua franca, produção científica geral, a baixa contribuição brasileira.

Resumo

Refletir sobre a peculiar condição do inglês na contemporaneidade é considerar, entre inúmeras questões, o que vem sendo pesquisado e produzido até o momento presente no tocante à descrição do fenômeno e suas implicações a partir de diferentes perspectivas, entre elas, o Inglês como Língua Franca (ILF), conceito e campo científico plenamente consolidados. Neste artigo, portanto, temos como objetivo trazer, inicialmente, uma rápida contextualização sobre o fenômeno ILF para, posteriormente, apresentarmos um breve panorama da produção científica sobre a temática no período de duas décadas aproximadamente. A partir do levantamento feito em diferentes bases de dados científicas nacionais e internacionais, verificamos claramente a evolução no número de publicações relacionadas ao tema, como também constatamos uma certa carência de estudos e publicações oriundas do Brasil.

Biografia do Autor

Roberta Pereira Peixoto, Colégio Estadual Pedro Calmon (Secretaria Estadual da Educação da Bahia)

Professora da rede estadual de ensino da Bahia. Graduada em Letras, com habilitação em Português e Inglês, pela Universidade do Estado da Bahia, possui mestrado em Língua e Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutorado pelo mesmo Programa da UFBA. 

Domingos Sávio Pimentel Siqueira, Universidade Federal da Bahia

Professor Associado III do Departamento de Letras Germânicas do Instituto de Letras da UFBA. Doutor em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia. Áreas e temas de interesse: formação de professores de línguas, estudos culturais e educação linguística, ensino de inglês como língua internacional (LI) ou língua franca (LF), World Englishes, abordagens críticas ao ensino de ILI/ILF, sociolinguística da língua inglesa, imperialismo linguístico, estudos pós-coloniais de língua inglesa, pedagogia crítica aplicada ao ensino de línguas, inter(trans)culturalidade e LE, além de práticas reflexivas no ensino e na aprendizagem de línguas.

Referências

BERTO, P. L. 2011. English language teaching in Brazil: pursuing a pluricentric approach. In: GIMENEZ, T. et al. (Orgs). Inglês como Língua Franca: Ensino-Aprendizagem e Formação de Professores. Campinas, Pontes, p. 139-161.

BORDINI, M. 2013. Estudos sobre inglês como língua franca no contexto brasileiro (2005-2012). Londrina, PR. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Londrina, 227p.

BORDINI, M.; GIMENEZ, T. 2014. Estudos sobre Inglês como Língua Franca no Brasil (2005-2012): uma metassíntese qualitativa. Signum: Estudos da Linguagem, 17(1): 10-43.

CALVO, L. C. S.; EL KADRI, M. S. 2011. Mapeamento de Estudos Nacionais sobre Inglês como Língua Franca: Lacunas e Avanços. In: GIMENEZ, T. et al. (Orgs). Inglês como Língua Franca: Ensino-Aprendizagem e Formação de Professores. Campinas, Pontes, p. 17-44.

COX, M. I. P.; ASSIS-PETERSON, A. A. 1999. Critical pedagogy in ELT: Images of Brazilian teachers of English. TESOL Quarterly, 33: 433-452.

CRYSTAL, D. 2003. English as a global language. Cambridge, Cambridge University Press.

FIGUEIREDO NETO, R. B. 2014. Dialogando no terceiro lugar: o uso intercultural da língua Inglesa por professores em formação em um curso de letras. Salvador, BA. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Bahia, 169p.

FINARDI, K.; PORCINO, M. C. 2014. Globalization and internationalization in ELT: methodology, technology and language policy at a crossword in Brazil. In: 7TH INTERNATIONAL CONFERENCE OF EDUCATION, RESEARCH AND INNOVATION. Sevilla, ICERI Proceedings, p. 79-84.

FINARDI, K. et al. 2014. Technology, English language teaching and internationalization at a crossroad: insights from the analysis of a virtual learning environment in Brazil. In: 7TH INTERNATIONAL CONFERENCE OF EDUCATION, RESEARCH AND INNOVATION. Sevilla, ICERI Proceedings, p. 4295-4304.

GIMENEZ, T. et al. (Orgs). 2011. Inglês como Língua Franca: Ensino-Aprendizagem e Formação de Professores. Campinas, Pontes.

GRADDOL, D. 2000. The future of English? A guide to forecasting the popularity of the English language in the 21st century. The British Council. London, The English Company (UK) Ltda.

JENKINS, J. 2012. English as a Lingua Franca from the classroom to the classroom. ELT Journal, 66(4): 486-494.

______. 2007. English as a Lingua Franca: Attitude and Identity. Oxford, Oxford University Press.

______. 2000. The phonology of English as an international language. New models, new norms, new goals. Oxford, Oxford University Press.

JENKINS, J. et al. 2011. Review of developments in research into English as a lingua franca. Language Teaching, 44(3): 281-315.

JENKINS, J. et al. 2018. The Routledge Handbook of English as a Lingua Franca. London/New York, Routledge.

JORDÃO, C. M. 2015. Tradition and difference: can mainstream academic discourse in Applied Linguistics ever change? International Journal of Applied Linguistics, 25(3): 422-425.

KACHRU, B. B. 1985. Standards, codification and sociolinguistic realism: the English language in the outer circle. In: QUIRK, R.; WIDDOWSON, H. English in the world: teaching and learning and literatures. Cambridge, Cambridge University Press, p.11-30.

MATOS, F. G. de. 1997. English as global language. TESOL Quarterly, 31: 807-808.

MAURANEN, A. 2018. Conceptualizing ELF. In: JENKINS, J. et al. (Ed.). The Routledge Handbook of English as a Lingua Franca. London/New York, Routledge, p. 7-24.

MCKAY, S. L. 2002. Teaching English as an International Language. New York, Oxford.

PEIXOTO, R. P. 2013. Monitor educacional (TV Pendrive): a tecnologia nas aulas de língua inglesa da escola pública. Salvador, BA. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Bahia, 210 p.

RAJAGOPALAN, K. 2012. ‘World English’ or ‘World Englishes’? Does it make any difference? International Journal of Applied Linguistics, 22(3): 374-391.

______. 2011. O “World English” – um fenômeno muito mal compreendido. In: GIMENEZ, T. et al. (Orgs). Inglês como Língua Franca: Ensino-Aprendizagem e Formação de Professores. Campinas, Pontes, p. 45-57.

_______. 2003. Teaching English as an international language. Word-Journal of the International Linguistic Association, 54: 129-132.

SANTOS, K. B. 2013. Yes, nós temos chiclete com banana e BA-VI não é football: o diálogo intercultural nas aulas de inglês como língua franca (ILF). Salvador, BA. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Bahia, 137 p.

SCHMITZ, J. R. 2012. "To ELF or not to ELF?" (English as a Lingua Franca): that's the question for Applied Linguistics in a globalized world. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, 12: 249-184.

SEIDLHOFER, B. 2011. Understanding English as a Lingua Franca. Oxford, Oxford University Press.

______. 2009. Common ground and different realities: world Englishes and English as a lingua franca. World Englishes, 28(2): 236-245.

_______. 2005. English as a lingua franca. ELT Journal, 59(4): 339-341.

_______. 2001. Closing a conceptual gap: the case for a description of English as a lingua franca. International Journal of Applied Linguistics, 11(2): 133-158.

SIQUEIRA, D. S. P. 2012. Se o inglês está no mundo, onde está o mundo nos materiais didáticos de inglês? In: SCHEYERL, D.; SIQUEIRA, D. S. P. (Org.). Materiais Didáticos - Para o Ensino de Línguas na Contemporaneidade: Contestações e Proposições. Salvador, EDUFBA, p. 311-353.

______. 2011. Inglês como língua franca: o desafio de ensinar um idioma desterritorializado. In: GIMENEZ, T. et al. (Orgs). Inglês como Língua Franca: Ensino-Aprendizagem e Formação de Professores. Campinas, Pontes, p. 87-115.

______. 2008. Inglês como língua Internacional: por uma pedagogia intercultural crítica. Salvador, BA. Tese de Doutorado. Universidade Federal da Bahia, 359 p.

SIFAKIS, N.C. 2014. ELF awareness as an opportunity for change: a transformative perspective for ESOL teacher education. Journal of English as a Lingua Franca, 3(2): 317-335.

SUNG, C. C. M. 2018. Out-of-class communication and awareness of English as a Lingua Franca. ELT Journal, 72(1): 7-25.

Downloads

Publicado

2019-10-13

Como Citar

PEIXOTO, R. P.; SIQUEIRA, D. S. P. INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA: BREVE PANORAMA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE UM CAMPO DE ESTUDOS PLENAMENTE CONSOLIDADO. Polifonia, [S. l.], v. 26, n. 43, p. 209–234, 2019. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/view/7923. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Outros lugares