A AQUISIÇÃO DA LIBRAS COMO L1 E DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO L2 PARA SURDOS: UMA VISÃO FUNCIONALISTA
Resumo
Neste artigo faremos uma reflexão sobre o processo de aquisição de línguas por surdos, sendo a Libras como primeira língua – L1 e a Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda língua - L2. A partir de uma perspectiva funcionalista sobre a linguagem, nosso objetivo em linhas gerais é discutir sobre os aspectos teóricos e gramaticais da Libras, para posteriormente entender os aspectos teóricos e gramaticais da Língua Portuguesa-LP na modalidade escrita; como também de que maneira estes sujeitos podem adquirir a L1, Libras, para que posteriormente possa adquirir a L2, a LP na modalidade escrita. Portanto, para que seja possível alcançar os objetivos, adotamos o procedimento teórico metodológico de base científica, bibliográfica, interpretativa a partir de uma perspectiva funcionalista sobre a linguagem (BUTLER, 2003; GIVÓN, 2001; FIORIN, 2003; NEVES, 1997), com base nos estudos sobre a Libras e a aquisição da linguagem (SALLES, 2007; QUILES, 2010; KLIMSA e KLIMSA, s/d; FELIPE, 2006; HONORA, 2009; QUADROS, 2004 e GESSER,2009). Ao realizar os estudos, confirma-se que o uso da língua materna no processo de ensino aprendizagem dos mesmos é essencial, lembrando-nos que as funções e aspectos da L1 e da L2 se diferenciam, por serem línguas com sistemas linguísticos distintos. Portanto, conclui-se que a linguagem não se limita somente a fala, podendo ir além do ouvir, podendo ser adquirida visualmente, nenhum ser humano é incapaz de se comunicar, todos têm capacidade de comunicação, quando se há meios e ferramentas que o auxiliem no processo de aquisição.