A intertextualidade e sua importância na atribuição de sentido à adaptação: Frankenstein e a série Penny Dreadful

Autores

  • Elisa Seerig elisa.seerig@bento.ifrs.edu.br
    Universidade de Caxias do SUl
  • Cecil Jeanine Albert Zinani cezinani@terra.com.br
    Universidade de Caxias do Sul

Palavras-chave:

intertextualidade, adaptação, literatura

Resumo

Com o presente artigo, pretendemos discutir o conceito de intertextualidade na transposição midiática da obra literária Frankenstein, publicada em 1818, de Mary Shelley, para série televisiva Penny Dreadful, que foi ao ar entre 2014 e 2016, reconhecendo a importância da leitura da obra original para ampliação da atribuição de sentido por parte do telespectador. Para tanto, através de revisão bibliográfica, revisitamos os conceitos referentes a intertextualidade e adaptação. Posteriormente, analisamos as produções em questão, de modo a comparar o enredo literário e sua versão televisiva (supracitada), demonstrando, assim o quão mais ampla é a experiência do telespectador que reconhece as referências intertextuais devido à leitura integral da obra de Shelley. Por meio desse reconhecimento, é possível pontuar que adaptações audiovisuais, antes de desvalorizar ou dispensar a versão literária na qual se baseiam, a promovem e a demandam, para que o leitor-telespectador possa abstrair o máximo de sentido em ambas as produções.

Biografia do Autor

Elisa Seerig, Universidade de Caxias do SUl

Mestranda em Letras e Cultura no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade de Caxias do Sul

Linha de Pesquisa: Literatura e Processos Culturais

Bolsista CAPES

Cecil Jeanine Albert Zinani, Universidade de Caxias do Sul

Doutora em Letras - Literatura Comparada

Mestre em Letras - Teoria da Literatura

Professora titular do Programa de Pós-Graduação em Letras e Cultura da Universidade de Caxias do Sul

Referências

ALLEN, Graham. Intertextuality. Londres: Routledge, 2000.

BARTHES, Roland. A morte do autor. In.: _____. O rumor da língua. 2. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

BRAID, Barbara. The Frankenstein Meme: Penny Dreadful and The Frankenstein Chronicles as adaptations. Open Cultural Studies. Vol 1. p. 232-243. Disponível em: https://www.degruyter.com/view/j/culture.2017.1.issue-1/culture-2017-0021/culture-2017-0021.xml. Acesso em: 02. jan. 2018.

CREED, Barbara. The Monstrous-Feminine: Film, Feminine, Psychoanalysis. London and New York: Routledge, 2007.

GREEN, Stephanie. Lily Frankenstein: The Gothic New Woman in Penny Dreadful. Refractory: A Journal of Entertainment Media. 28. Jun. 2017. Disponível em: http://refractory.unimelb.edu.au/2017/06/14/green/

HUTCHEON, Linda. A Theory of Adaptation. Londres e Nova York: Routledge, 2006.

JENNY, Laurent. A estratégia da forma. In: JENNY, Laurent [et. al.]. Intertextualidades. Coimbra: Almedina, 1979. p. 5-49.

KRISTEVA, Julia. A palavra, o diálogo e o romance. In.: _____. Introdução à semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974.

LEITCH, Thomas. Adaptation and Intertextuality, or, What isn’t an Adaptation, and What Does it Matter? In.: CARTMELL, Deborah (Ed.). A Companion to Literature, Film, and Adaptation. Oxford: Blackwell Publishing, 2012: 87-104.

NITRINI, Sandra. Intertextualidade. In.: ____. Literatura Comparada: história, teoria e crítica. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2000.

Penny Dreadful. Prod. John Logan. Nova York: Showtime Networks, 2014-2016. Série de televisão.

PERRY, Dennis R. The Recombinant Mystery of Frankenstein: Experiments in Film Adaptation. In.: LEITCH, Thomas (Ed.) The Oxford Handbook of Adaptation Studies. Oxford: Oxford University Press, 2017. 137-53.

POORE, Benjamin. The Transformed Beast: Penny Dreadful, Adaptation, and the Gothic. Victoriographies 6.1: p. 62–81. Edinburgo: Edinburgh University Press, 2016. Disponível em: http://www.euppublishing.com/doi/abs/10.3366/vic.2016.0211. Acesso em: 03. Jan. 2018.

RIBAS, Maria Cristina Cardoso. Literatura e(m) cinema: breve passeio teórico pelos bosques da adaptação. Revista Alceu. v. 14. n. 28. p. 117 a 128 - jan./jun. 2014. Disponível em: http://revistaalceu.com.puc-rio.br/media/alceu%2028%20-%20117-128.pdf. Acesso em: 02. jan. 2018.

Downloads

Publicado

2018-12-27

Como Citar

SEERIG, E.; ZINANI, C. J. A. A intertextualidade e sua importância na atribuição de sentido à adaptação: Frankenstein e a série Penny Dreadful. Polifonia, [S. l.], v. 25, n. 40.1, p. 113–125, 2018. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/view/6425. Acesso em: 28 mar. 2024.