A técnica da montagem cinematográfica na poesia de Sérgio Rubens Sossélla
Resumo
Neste artigo nosso objetivo é estudar o uso de princípios da técnica da montagem cinematográfica em textos do poeta paranaense Sérgio Rubens Sossélla (1942-2003), além de relacionar sua obra à produção brasileira e paranaense recentes. Por meio do estudo e teorias modernas da poesia e do cinema, busca-se uma aproximação entre essas artes. No estudo, concluímos que a obra de Sossélla apresenta uma utilização inovadora de elementos da montagem, e desponta como um dos principais poetas da literatura paranaense recente.Referências
ALVAREZ, A. Noite: a vida noturna, a linguagem da noite, o sono e os sonhos. Tradução de Luiz Bernardo Pericás e Bernardo Pericás Neto. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
ATEM, R. Panorama da poesia contemporânea em Curitiba. 1990, 276f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1990.
BAKHTIN, M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução de Yara Frateschi. São Paulo/ Brasília: Hucitec/Editora UnB, 1983.
BENJAMIN, W. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1993.
COHEN, J. Structure du langage poétique. Paris: Flammarion, 1966.
DESSONS, G. Introduction à l’analyse du poème. Paris: Dunod, 1996.
EISENSTEIN, S. O sentido do filme. Tradução de Teresa Ottoni. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
FREITAS, A. Arte e contestação: o Salão Paranaense nos anos de chumbo. Curitiba: Medusa, 2013.
JAKOBSON, R. Lingüística. Poética. Cinema. Tradução de Francisco Achcar. São Paulo: Perspectiva, 1970.
MANOVICH, L. The language of new media. Massachusetts: MIT, 2001.
SOSSÉLLA, S.R. Sobrepoemas. Curitiba: Do autor, 1966.
______. Tatuagens de Nathannaël. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 1981.
______. O rio no Passeio Público. Paranavaí: Do autor, 1996.
______. A linguagem prometida. Curitiba: Imprensa Oficial, 2000.
STEINER, G. Linguagem e silêncio: ensaios sobre a crise da palavra. Tradução de Gilda Stuart e Felipe Rajabally. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
VALÉRY, P. Variedades. Tradução de Maiza Martins de Siqueira. São Paulo: Iluminuras, 1991.
VILLAÇA, A. Expansão e limite da poesia de João Cabral. In: BOSI, A. (Org.). Leitura de poesia. São Paulo: Ática, 1996.