DONA REDONDA: UMA PERSONAGEM, UM CORPO POLÍTICO

Autores

  • Dilma Beatriz Rocha Juliano dilma.juliano@unisul.br
    Universidade do Sul de Santa Catarina

Resumo

Personagem de Dias Gomes em Saramandaia (1976), Dona Redonda é mulher gorda, aquela que tem carne, que come com voracidade incessante. “Explodir de tanto comer” é a literalidade do dito popular que guarda a imagem alegórica de um momento político de uma hiper-realidade social, quando a permissão era somente a de introspeção e nunca de expressão – o de dentro para fora estava censurado, interditado. O autor faz, pela ambiguidade tragicômica, uma transgressão literária para o gênero folhetinesco, mostrando a norma e o risível dela, enquanto índices melodramáticos reconhecíveis na teledramaturgia. Neste texto, que aborda a primeira versão da telenovela, mostro as formas das personagens para ler a transgressão aos limites impostos ao corpo; são as exageradas proporções de Dona Redonda e o desespero amoroso de Seu Encolheu que afrontam uma sociedade sob controle.
PALAVRAS-CHAVE: telenovela, Saramandaia, corpo político

 

Biografia do Autor

Dilma Beatriz Rocha Juliano, Universidade do Sul de Santa Catarina

Graduada em Serviço Social pela UFSC (1981), mestre em Literatura Brasileira pela UFSC (1997) e doutora em Teoria Literária pela mesma instituição (2003). Atualmente é professora da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), atuando como coordenadora adjunta no Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem e como professora e pesquisadora na linha de pesquisa Linguagem e Cultura. Na graduação atua como professora no curso de Cinema e Audiovisual. Suas pesquisas convergem para as narrativas ficcionais de massa (telenovelas, minisséries, etc) e para a literatura brasileira contemporânea, tanto no desenvolvimento de projetos quanto nas orientações de trabalhos acadêmicos.

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Publicado

2015-03-10

Como Citar

JULIANO, D. B. R. DONA REDONDA: UMA PERSONAGEM, UM CORPO POLÍTICO. Polifonia, [S. l.], v. 21, n. 30, 2015. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/view/1632. Acesso em: 12 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê