A NOÇÃO DE HIPERENUNCIADOR

Autores

  • Dominique Maingueneau celiadr@uol.com.br

Resumo

Um dos maiores obstáculos que todo estudo das manifestações do discurso citado encontra é, provavelmente, o sentimentode falsa evidência que o acompanha, reforçado pelas tradições escolares. A partir do momento em que se deixa a doxa e os corpora tradicionais– o que vem acontecendo há aproximadamente trinta anos, com uma clara intensificação nos anos 1990 –, pode-se avaliar a extraordinária diversidade dessa problemática. Neste artigo, caminharei nessa direção, evocando um conjunto de ocorrências de citações “sem autor”, certamente bem conhecidas em sua essência, mas que, pelo que sei, não foram tratadas conjuntamente. Eu as agruparei sob um mesmo sistema, ao qual denomino particitação. Não analisarei detalhadamente as marcações enunciativas nem proporei um modelo preciso dos fenômenos evocados. Isso me parece prematuro, considerando o baixo grau de estabilidade desse campo. Será, sim, um primeiro esboço. Minha intenção não é introduzir fenômenos novos, mas lançar um olhar diferente sobrefenômenos que geralmente são abordados por meio de outras perspectivas.

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Publicado

2005-03-01

Como Citar

MAINGUENEAU, D. A NOÇÃO DE HIPERENUNCIADOR. Polifonia, [S. l.], v. 10, n. 10, 2005. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/view/1101. Acesso em: 10 maio. 2024.

Edição

Seção

Dossiê