Corpos em Alteridade: silêncios e resistência
Palavras-chave:
Alteridade, silêncio, corpos.Resumo
Utilizaremos neste artigo o referencial teórico-epistemológico-axiológico do Círculo de Bakhtin, Medviédev e Volóchinov. Um de seus fundamentos é a questão da alteridade, a qual é mutuamente constitutiva: a personalidade falante é produto das interações sociais. Tanto sua vivência interior, quanto sua expressão exterior, constituem um território social. Tais sujeitos, nessa dimensão dialética e dialógica entre o interior e o exterior de sua presença, participam das relações do/no mundo, na/pela linguagem, pelo diálogo entre arquitetônicas. (eu-para-mim, outro-para-mim, eu-para-o-outro). As relações de compreensão e de consciência intersubjetiva passam inevitavelmente pelas fronteiras entre o interior e o exterior que estão dinamicamente assinaladas pelos corpos dos sujeitos. Este artigo tem como objetivos discutir e analisar a) a constituição intersubjetiva e alteritária desses corpos na corrente dos enunciados, tratando os corpos como signos desses enunciados e b) os silêncios que participam dessa corrente enunciativa de corpos, na unidade dos acontecimentos concretos e únicos. Para isso, serão analisados enunciados verbivocovisuais em que tais corpos se constituem enunciativamente como réplicas de resistência pelos silêncios. O corpus, composto por um filme publicitário, será analisado a partir de uma metodologia dialógica e dialética, por meio do cotejo entre os elementos dos enunciados. A descoberta principal da discussão é a percepção de alguns tipos de silêncio, que em diálogo com dizeres, fazeres, compreensões e outros silêncios, constituem-se como resistência. O artigo aponta, também, para a conclusão de que os corpos (físicos e simbólicos) podem ser analisados enquanto elementos enunciativos sob um enfoque bakhtiniano.
Palavras-chave: Alteridade, silêncio, corpos.
Resumen
Utilizaremos en este artículo el marco teórico-epistemológico-axiológico del Círculo de Bakhtin, Medviédev y Volóchinov. Uno de sus fundamentos es la cuestión de la otredad, que es mutuamente constitutiva: la personalidad que habla es el producto de las interacciones sociales. Tanto su experiencia interna como su expresión externa constituyen territorio social. Dichos sujetos, en esta dimensión dialéctica y dialógica entre el interior y el exterior de su presencia, participan en las relaciones de / en el mundo, en / a través del lenguaje, a través del diálogo entre los arquitectónicos. (yo-a-mí, otro-a-mí, yo-a-el-otro). Las relaciones de comprensión y conciencia intersubjetiva inevitablemente pasan a través de los límites entre el interior y el exterior que están marcados dinámicamente por los cuerpos de los sujetos. Este artículo tiene como objetivo discutir y analizar a) la constitución intersubjetiva y alterativa de estos cuerpos en la cadena de declaraciones, tratando los cuerpos como signos de estas declaraciones y b) los silencios que participan en esta cadena enunciativa de cuerpos, en la unidad de eventos concretos y únicos. Para ello, se analizarán las declaraciones verbivocovisuales en las que dichos cuerpos se constituyen enunciativamente como réplicas de la resistencia por los silencios. El corpus, compuesto por un video publicitario, se analizará a partir de una metodología dialógica y dialéctica, mediante la comparación de los elementos de las declaraciones. El descubrimiento principal de la discusión es la percepción de algunos tipos de silencio, que en diálogo con dichos, acciones, entendimientos y otros silencios, constituyen resistencia. El artículo también apunta a la conclusión de que los cuerpos (físicos y simbólicos) pueden analizarse como elementos enunciativos bajo un enfoque bakhtiniano.
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