Checklist de Asteraceae na Baixada Cuiabana, Mato Grosso, Brasil

Autores

DOI:

10.59621/flovet.2024.v2.n13.e2024004

Palavras-chave:

Angiospermas, Capítulo, Compositae, Inventário, Taxonomia

Resumo

Asteraceae é uma das maiores famílias de Angiospermas, possuindo grande importância ecológica, econômica e cultural. A região da Baixada Cuiabana, em Mato Grosso, abriga uma lacuna no conhecimento taxonômico sobre a flora. O objetivo desse estudo foi apresentar um checklist de Asteraceae nesta região. Os 14 municípios na Baixada Cuiabana foram amostrados. Foram analisadas fisicamente amostras do herbário UFMT, e virtualmente, espécimes depositados em outros acervos. Foram examinados 992 espécimes coletados entre 1827 e 2023 na área. Chapada dos Guimarães, Cuiabá e Poconé foram os municípios mais coletados. Quanto à riqueza, registraram-se 186 espécies e 107 gêneros de Asteraceae. Destas, 140 espécies são nativas, e 46 são exóticas. Vernonieae (58 spp.) e Eupatorieae (48 spp.) foram as tribos mais representadas entre as nativas. Apresentamos 60 novos registros para o estado. Os municípios inseridos no Cerrado apresentaram maior diversidade de espécies, já o Pantanal, embora extensivamente coletado, mostrou uma diversidade menor.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.generic.paperbuzz.metrics##

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Gabriel de Camargo Bucci, Universidade Federal de Mato Grosso

Graduando na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, Mato Grosso, Brasil

Thales Silva Coutinho, Universidade Federal de Mato Grosso

Bacharelado em Ciências Biológicas (2013) e Especialização em Educação Ambiental (2014) pela Universidade Regional do Cariri, Mestrado (2017) e Doutorado em Biologia Vegetal (2021) pela Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia de angiospermas, principalmente nas famílias Apocynaceae e Malvaceae, além de estudos florísticos na Mata Atlântica pernambucana. Atualmente é pesquisador com bolsa de Desenvolvimento Científico e Regional (CNPq/FAPEMAT), atuando junto à Universidade Federal de Mato Grosso.

Edlley Max Pessoa, Universidade Federal de Mato Grosso

Biólogo e Doutor em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com período sanduíche no Kew Royal Botanic Gardens (UK). Desenvolve pesquisa em sistemática de Angiospermas. Sua linha de pesquisa atual engloba o uso de abordagens integrativas em táxons com taxonomia complicada e delimitação de espécies problemática como complexos de espécies e espécies crípticas. O foco está em Orchidaceae neotropicais e em outras famílias de Angiospermas. Atualmente é professor Adjunto da Universidade Federal do Mato Grosso, e é membro permanente dos Programas de Pós-graduação em Biodiversidade, Ambiente e Saúde (PPGBAS-UEMA) e Biologia Vegetal (PPGBV-UFMT)

Referências

APG IV. The Angiosperm Phylogeny Group. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 181, p. 1-20, 2016. https://doi.org/10.1111/boj.12385

ALVES, G. S. P.; POHV, J. A. Estudo etnobotânico de plantas medicinais na comunidade de Santa Rita, Ituiutaba – MG. Biotemas, v. 26, n. 3, p. 231-242, 2013. https://doi.org/10.5007/2175-7925.2013v26n3p231

BFG - The Brazil Flora Group. Growing knowledge: An overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v. 66, p. 1085-1113, 2015. 10.1590/2175-7860201566411

BFG - The Brazil Flora Group. Brazilian Flora 2020: Innovation and Collaboration to Meet Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC). Rodriguésia, v. 69, p. 1513-1527, 2018. https://doi.org/10.1590/2175-7860201869402

BREMER, K.; SWENSON, U. The genus Lagenocypsela (Asteraceae, Astereae) in New Guinea. Australian Systematic Botany, v. 7, p. 265-273, 1994. https://doi.org/10.1071/SB9940265

CAVALHEIRO, L.; FIGUEIREDO, J.; GUARIM NETO, G. Apontamentos para a Flora de Mato Grosso: A Família Asteraceae. Scientific Electronic Archives, v. 8, n. 3, 2015.

CHRISTENHUSZ, M.; BYNG, J. The number of known plant species in the world and its annual increase. Phytotaxa, v. 261, n. 3, p. 201-217, 2016. 10.11646/PHYTOTAXA.261.3.1

COUTINHO, L. M. “Fire in the ecology of the Brazilian Cerrado”. In: GOLDAMMER, J. G. (Ed.). Fire in the Tropical Biota - Ecosystem Processes and Global Challenges. Heidelberg: Springer, 1990. p. 82–105.

EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro Nacional de Pesquisa de Solos, 2013. 353 p.

FERREIRA, S. D. C.; CARVALHO-OKANO, R. M. D.; NAKAJIMA, J. N. A família Asteraceae em um fragmento florestal, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia, v. 60, p. 903-942, 2009. https://doi.org/10.1590/2175-7860200960410

FERREIRA, A. L. de S.; PASA, M. C.; NUNEZ, C. V. A etnobotânica e o uso de plantas medicinais na Comunidade Barreirinho, Santo Antônio de Leverger, Mato Grosso, Brasil. Interações (Campo Grande), v. 21, p. 817-830, 2020. https://doi.org/10.20435/inter.v21i4.1924

FLORA E FUNGA DO BRASIL 2024. Asteraceae. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB55. Acesso em: 14 fev. 2024.

FUNK, V. A.; SUSANNA, A.; STUESSEY, T. F.; ROBINSON, H. Classification of Compositae. In: FUNK, V. A.; SUSANNA, A.; STUESSEY, T. F.; BAYER, R. J. (Eds.). Systematics, Evolution, and Biogeography of Compositae. Washington: Smithsonian Institution, 2009. p. 171-176.

FUNK, V. A., SUSANNA, A. Everywhere but Antarctica: using a super tree to understand the diversity and distribution of the Compositae. Biologiske Skrifter, v. 55, p. 343- 373, 2005.

GANDARA, A.; ROQUE, N. Mikania (Asteraceae, Eupatorieae) no estado da Bahia, Brasil. Rodriguésia, v. 71, p. e02882017. 2020, 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071022

HATTORI, E. K. O.; NAKAJIMA, J. N. A família Asteraceae na estação de pesquisa e desenvolvimento ambiental galheiro, Perdizes, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia, v. 59, p. 687-749, 2008. https://doi.org/10.1590/2175-7860200859405

HUTCHINGSON, J.; DALZIEL, J. M.; HEPPER, F. N. Flora of West Tropical Africa Vol. 2. London: Crown Agents of Oversea Governments and Administrations, 1963. 544 p.

JANSEN, R. K.; PALMER, J. D. A chloroplast DNA inversion marks an ancient evolutionary split in the sunflower family (Asteraceae). Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 84, n. 16, p. 5818-5822, 1987. https://doi.org/10.1073/pnas.84.16.5818

KÖPPEN, W. Climatologia: con un estudio de los climas de la tierra. México: Fondo de Cultura Economica, 1948. 478 p.

MARODIN, S. M.; RITTER, M. R. Estudo taxonômico do gênero Stenachaenium Benth. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul. Iheringia, Série Botânica, v. 48, p. 59-84, 1997.

MENDES, D. D. M.; HEIDEN, G.; FARINACCIO, M. A. Sinopse da família Asteraceae na Estrada Parque do Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil. Heringeriana, v. 16, n. 1, p. e917997, 2022. https://doi.org/10.17648/heringeriana.v16i1.917997

MITTERMEIER, R. A.; FONSECA, G. A. B.; RYLANDS, A. B.; BRANDON, K. Uma breve história da conservação da biodiversidade no Brasil. Megadiversidade, v. 1, p. 14-21, 2005.

MOREIRA, G. L.; TELES, A. M. A tribo Vernonieae Cass. (Asteraceae) na Serra Dourada, Goiás, Brasil. Iheringia, Série Botânica, v. 69, n. 2, p. 357-385, 2014. https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/100

MYERS, N.; MITTERMEIER, R. A.; MITTERMEIER, C. G.; DA FONSECA, G. A.; KENT, J. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, v. 403, n. 6772, p. 853-858, 2000. https://www.nature.com/articles/35002501

NAKAJIMA, J. N.; SEMIR, J. Asteraceae do Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil. Brazilian Journal of Botany, v. 24, p. 471-478, 2001. https://doi.org/10.1590/S0100-84042001000400013

PANERO, J.; FUNK, V. A. The value of sampling anomalous taxa in phylogenetic studies: Major clades of the Asteraceae revealed. Molecular Phylogenetics and Evolution, v. 47, n. 2, p. 757-782, 2008. https://doi.org/10.1016/j.ympev.2008.02.011

PASA, M. C.; DAVID, M. D.; FIEBIG, G. A; NARDEZ, T. M. B.; MAZIERO, E. L. A. Etnobotânica na comunidade quilombola em Nossa Senhora do Livramento, Mato Grosso, Brasil. Revista Biodiversidade, v. 4, n. 2, p. 2-18, 2015.

PASA, M. C.; HANAZAKI, N.; SILVA, O. M. D.; AGOSTINHO, A. B.; ZANK, S.; ESTEVES, M. I. P. N. Medicinal plants in cultures of Afro-descendant communities in Brazil, Europe and Africa. Acta Botanica Brasilica, v. 33, p. 340-349, 2019. https://doi.org/10.1590/0102-33062019abb0163

PEREIRA, F. C.; SOUZA, L. F. D.; GUILHERME, F. A. G.; FREIRE, J. C.; TELES, A. M. Diversidade de Asteraceae em um campo de murundus no sudoeste de Goiás, Brasil. Rodriguésia, v. 70, p. e00412017.2019, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970015

PINTO, J. R. R.; OLIVEIRA-FILHO, A. T. D. Perfil florístico e estrutura da comunidade arbórea de uma floresta de vale no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil. Brazilian Journal of Botany, v. 22, p. 53-67, 1999. https://doi.org/10.1590/S0100-84041999000100008

PINTO, J. R. R.; HAY, J. D. V. Mudanças florísticas e estruturais na comunidade arbórea de uma floresta de vale no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil. Brazilian Journal of Botany, v. 28, p. 523-539, 2005. https://doi.org/10.1590/S0100-84042005000300010

PRADO, A. L.; HECKMAN, C. W.; MARTINS, F. R. The seasonal succession of biotic communities in wetlands of the tropical wet-and-dry climatic zone: II. The aquatic macrophyte vegetation in the Pantanal of Mato Grosso, Brazil. Internatertionale Revue gesamten Hydrobiologie, v. 79, n. 4, p. 569-589, 1994. https://doi.org/10.1002/iroh.19940790407

RIBEIRO, J. F.; WALTER, B. M. T. Fitofisionomias do bioma Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. (Eds.). Cerrado, ambiente e flora. Planaltina: Embrapa-CPAC, 1998. p. 89-168.

RIBEIRO, R. N.; TELES, A. M. Eupatorieae (Asteraceae) no Parque Estadual da Serra Dourada, Goiás, Brasil. Rodriguésia, v. 66, p. 887-903, 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566316

RIBEIRO, A. R.; ZAVALA, A. A. Z.; RAMOS, J. S.; AMORIM, W. S. Aspectos socioeconômicos, socioambientais e demográficos na Baixada Cuiabana a análise a partir dos municípios que possuem sistemas agroflorestais – SAF’S. Nova Xavantina: Pantanal Editora, 2023. 81 p. https://doi.org/10.46420/9786581460808

RITTER, M. R.; MIOTTO, S. T. S. Taxonomia de Mikania Willd. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Hoehnea, v. 32, n. 3, p. 309-359, 2005.

ROQUE, N.; BAUTISTA, H. Asteraceae: caracterização e morfologia floral. Salvador: Editora da UFBA, 2008, 17 p.

ROQUE, N.; CARVALHO, V. C. Estudos taxonômicos do gênero Calea (Asteraceae, Neurolaeneae) no estado da Bahia, Brasil. Rodriguésia, v. 62, p. 547-561. 2011. https://doi.org/10.1590/2175-7860201162308

ROQUE, N.; OLIVEIRA, E. C. D.; MOURA, L.; QUARESMA, A. S.; OGASAWARA, H. A.; ALVES, M.; SANTANA, F. A.; HEIDEN, G.; CAIRES, T. A.; BASTOS, N. G.; LIMA, G. M.; BAUTISTA, H. P. Asteraceae no Município de Mucugê, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Rodriguésia, v. 67, p. 125-202, 2016. https://doi.org/10.1590/2175-7860201667109

ROQUE, N.; TELES, A. M.; PACHECO, R. A.; DA SILVA, G. H. L.; ALVES, M.; NAKAJIMA, J. N. Check-list de Asteraceae no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica, v. 73, p. 147-156, 2019. https://doi.org/10.21826/2446-8231201873s147

SANTOS, J. U. M. O gênero Aspilia Thou (Compositae: Heliantheae) no Brasil. Brasília: Funtec, 2001, 303p.

SANTOS, E. Q.; DA SILVA COSTA, J. F.; DA SILVA PEREIRA, M. D. G.; COSTA, J. M.; DE SOUSA, R. L. Etnobotânica da flora medicinal de quintais na comunidade Mamangal, Rio Meruú, Igarapé-Miri, Pará. Scientia Plena, v. 15, n. 5, 2019. https://doi.org/10.14808/sci.plena.2019.051202

SCHESSL, M. Floristic composition and structure of floodplain vegetation in northern Pantanal of Mato Grosso, Brazil. Phyton, v. 39, n. 2, p. 303-336, 1999.

SILVA, J. M. C. DA; BATES, J. M. Biogeographic patterns and conservation in the South American Cerrado: a tropical savanna hotspot. BioScience, v. 52, p. 225-233, 2002. https://doi.org/10.1641/0006-3568(2002)052[0225:BPACIT]2.0.CO;2

SILVA, G. B. S.; MELLO, A. Y.; STEINKE, V. A. Unidades de conservação no bioma Cerrado: desafios e oportunidades para a conservação no Mato Grosso. Geografia, v. 37, n. 3, p. 541-554, 2012.

STAUDT, M. G.; ROQUE, N. As tribos Vernonieae e Eupatorieae (Asteraceae) de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. Rodriguésia, v. 71, p. e00402018.2020, 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071016

THIERS, B. (continuously updated). Index Herbariorum: a global directory of public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden’s Virtual Herbarium. Disponível: http://sweetgum.nybg.org/science/ih/. Acesso em: 5 mai 2023.

VÁSQUEZ, S. P. F.; MENDONÇA, M. S. D.; NODA, S. D. N. Etnobotânica de plantas medicinais em comunidades ribeirinhas do município de Manacapuru, Amazonas, Brasil. Acta Amazonica, v. 44, n. 4, p. 457-472, 2014. https://doi.org/10.1590/1809-4392201400423

VIEIRA, T. M.; DIAS, H. J.; MEDEIROS, T. C.; GRUNDMANN, C. O.; GROPPO, M.; HELENO, V. C.; MARTINS, C. H. G.; CUNHA, W. R.; CROTTI, A. E. M; SILVA, E. O. Chemical composition and antimicrobial activity of the essential oil of Artemisia absinthium Asteraceae leaves. Journal of Essential Oil Bearing Plants, v. 20, n. 1, p. 123-131, 2017. https://doi.org/10.1080/0972060X.2016.1257370

Downloads

Publicado

2024-09-01

Como Citar

BUCCI, G. de C. .; COUTINHO, T. S.; PESSOA, E. M. Checklist de Asteraceae na Baixada Cuiabana, Mato Grosso, Brasil. FLOVET - Boletim do Grupo de Pesquisa da Flora, Vegetação e Etnobotânica, [S. l.], v. 2, n. 13, p. e2024004, 2024. DOI: 10.59621/flovet.2024.v2.n13.e2024004. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/flovet/article/view/17183. Acesso em: 26 set. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Flora