Germinação e morfologia de frutos, sementes e plântulas de seis espécies abundantes de Philodendron Schott na Amazônia Central, Brasil

Autores

DOI:

10.59621/flovet.2023.v1.n12.e2023004

Palavras-chave:

Aráceas;, hemi−epiphytic, light, seed germination, seedling development

Resumo

Este estudo fornece informações sobre germinação de sementes e morfologia de plântulas de Philodendron Schott, da Amazônia Central. Testes de germinação foram realizados com 4x50 sementes em papel de germinação a 25°C com 12 horas de luz ou no escuro. As infrutescências de Philodendron eram compostas por bagas com ca. 7–71 sementes/fruto. As sementes foram distinguidas pela cor, máculas e presença ou não de arilo. As sementes germinaram apenas sob luz. A germinação final foi maior em P. goeldii (99%) com Tempo Médio de Germinação de 4,5 dias, seguido por P. fragrantissimum (90%) em 123 dias. Com base no alongamento do hipocótilo, foram descritos três padrões: alongado (3-6 mm) em P. goeldii, médio (1-2 mm) em P. melloi e P. melinonii e reduzido (<1 mm) em P. fragrantissimum, P. tortum e P. elaphoglossoides. Características morfológicas das sementes, plântulas e germinação revelam-se ferramentas valiosas para distinguir as espécies deste estudo.

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Biografia do Autor

Caio Augusto Batista, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso UFMT (2016); mestre em Ciências Biológicas (Botânica) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA (2018). Atualmente é doutorando em ecologia pelo INPA, desenvolvendo estudos com a família Araceae. Tem experiência em Sistemática e taxonomia de Angiospermas, atuando principalmente no monitoramento da biodiversidade, inventários florísticos, taxonomia e nomenclatura botânica com ênfase na família Araceae.

Isolde Dorothea Kossmann Ferraz, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Graduada em Ciências Biológicas - Universidade de Freiburg - Alemanha (1978), e graduada em Educação Física - pela mesma Universidade (1977). Doutorado em Fisiologia Vegetal - Universidade de Freiburg - Alemanha (1983). Possui desde 22.02.2011 a nacionalidade brasileira. Atualmente é Pesquisadora Titular III do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Atua na área de Ciências Florestais, com ênfase em sementes florestais: germinação e armazenamento de sementes e morfologia de sementes e plântulas de espécies florestais da Amazônia. Recebeu o Prêmio Jabuti como coautora do livro: Guia de Propágulos e Plântulas da Amazônia. Responsável pela série: Informativos Técnicos da Rede de Sementes da Amazônia e da coletânea Manual de Sementes da Amazônia. Coordenadora da Rede de Sementes da Amazônia de 2011 à 2018. Membro do Comitê Técnico de Armazenamento de Sementes e Comitê Técnico de Sementes Florestais Arbóreas e Arbustivas da Associação Internacional de Tecnologia de Sementes (ISTA) desde 2007.

Geângelo Petene Calvi, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possuo graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006), mestrado em Ciências de Florestas Tropicais pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2008) e doutorado em Ciências de Florestas Tropicais, área de concentração em Silvicultura do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2015). Atualmente trabalho como técnico no Laboratório de Sementes do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus. Desde 2022 sou vice coordenador do Comitê Técnico de Sementes Florestais da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES), do qual sou membro desde 2015. Também sou membro do Comitê Técnico de Sementes Florestais de Árvores e Arbustos (Forest Tree and Shrub Seed Committee) da ISTA (International Seed Testing Association). Minhas áreas de pesquisas são voltadas para Recursos Florestais e Engenharia Florestal, especialmente em sementes florestais, sendo os principais temas o armazenamento de sementes recalcitrantes, germinação, testes de viabilidade, marcadores de estresse e viabilidade em sementes florestais, condicionamento de sementes e ecologia de restauração.

Maria de Lourdes da Costa Soares, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui graduação em Tecnologia da Industria da Madeira - Instituo de Tecnologia da Amazônia (1982), mestrado em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1996) e doutorado em Ciências Biológicas (Botânica) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2008). Atualmente é pesquisador iii do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia de Fanerógamos, atuando principalmente nos seguintes temas: Araceae, Philodendron, Heteropsis, Epífitas na Amazônia. Lider do Grupo de Pesquisa "Taxonomia da Flora Amazônica". Presidente do Conselho Superior da Sociedade Botânica do Brasil 2020, Membro do Conselho Superior da Sociedade de Botânica do Brasil (SBB) 2021,. Membro do Cometê Gestor da Flora do Brasil 2020 Online. 

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Publicado

2023-11-09

Como Citar

BATISTA, C. A.; FERRAZ, I. D. K.; CALVI, G. P.; SOARES, M. de L. da C. Germinação e morfologia de frutos, sementes e plântulas de seis espécies abundantes de Philodendron Schott na Amazônia Central, Brasil. FLOVET - Boletim do Grupo de Pesquisa da Flora, Vegetação e Etnobotânica, [S. l.], v. 1, n. 12, p. e2023004, 2023. DOI: 10.59621/flovet.2023.v1.n12.e2023004. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/flovet/article/view/16432. Acesso em: 8 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Vegetação