HEMOFILIA A ADQUIRIDA GESTACIONAL, UMA REVISÃO SOBRE O DIAGNÓSTICO, MANEJO E QUALIDADE DE VIDA DA MULHER
Resumo
A hemofilia A adquirida (HAA) é uma doença autoimune de rara incidência, caracterizada pela presença de anticorpos contra o Fator VIII (FVIII), que induz a inibição da ligação entre este com o fator von Willebrand e consequente inativação de sua função anticoagulante. Este trabalho buscou contribuir com a necessidade de estudos para melhorar estratégias de tratamento, constituir a base fisiopatológica da HAA e mapear achados clínicos na rotina laboratorial com ênfase na puérpera. Revisão bibliográfica sistemática, com busca de artigos científicos na plataforma Pubmed® (NLM – National Library of Medicine), com palavras-chave “Hemofilia A” AND “Gestação”, totalizando ao todo 30 artigos entre os anos 2000 até maio de 2024. Em 13 (43%) dos estudos as pacientes apresentaram-se primigestas e a análise diagnóstica predominante pertenceu ao Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada em 25 (83%) dos artigos. O TTPa, principal teste citado nos estudos, demonstrou alteração em todas as pacientes, sendo 12 (40%) os quais obtiveram resultados entre 50 e 99 segundos. Os tratamentos hemostáticos e imunossupressores utilizados demonstraram predomínio na utilização do Plasma Fresco Congelado (PFC) em 16 (43%), e o fármaco Prednisolona em 12 (40%). A HAA gestacional é uma condição rara e grave, caracterizada por autoanticorpos contra o fator VIII. O diagnóstico depende de testes laboratoriais como TTPa, quantificação do fator VIII e inibidor anti-FVIII. O tratamento envolve controle do sangramento e terapias imunossupressoras. A educação das pacientes e a sensibilização dos profissionais de saúde são essenciais para prevenir complicações e garantir melhor qualidade de vida.