Fenologia reprodutiva de Tapirira guianensis na Reserva Natural Salto Morato – Guaraqueçaba, PR

Authors

  • Franciane Feltz Pajewski franpajewski@yahoo.com.br
    Universidade Federal do Paraná
  • Andressa Tres tres.andressa@gmail.com
    Universidade Federal do Paraná
  • Jaçanan Eloisa Eloisa de Freitas Milani jacanan.milani@gmail.com
    Universidade Estadual de Santa Catarina
  • Alexandre Behling alexandre.behling@ufpr.br
    Universidade Federal do Paraná
  • Alexandre França Tetto tetto@ufpr.br
    Universidade Federal do Paraná

DOI:

10.34062/afs.v6i4.8665

Keywords:

fenofases, variáveis meteorológicas, cupiuva, floração, frutificação

Abstract

O termo fenologia refere-se ao estudo do ciclo de vida de plantas e sua ocorrência temporal. Levando em consideração a importância de Tapirira guianensis Aubl. para a fauna e que estudos de fenologia dessa espécie foram na sua maioria desenvolvidos em ambientes aluviais, o objetivo do estudo foi avaliar a fenologia reprodutiva de T. guianensis em um remanescente de Floresta Ombrófila Densa submontana em Guaraqueçaba - PR e correlacionar os eventos fenológicos com as variáveis meteorológicas. As informações fenológicas foram coletadas mensalmente de junho de 2017 a maio de 2018. A fenologia foi observada pelo índice de intensidade de Fournier adaptado. Buscando verificar os períodos de ocorrência, pico e duração de cada fenofase foram realizadas análises estatísticas circulares. As fenofases foram correlacionadas com as variáveis meteorológicas, por meio da correlação de Spearman e da análise fatorial. Os resultados mostraram que botões florais e antese foram eventos sazonais, sendo que os botões ocorreram nos meses de agosto e setembro e a antese em setembro. Os frutos imaturos foram observados de outubro a janeiro, enquanto os frutos maduros de outubro a fevereiro. Não foram detectadas correlações entre as variáveis meteorológicas e as fenofases de floração. Para as fenofases de frutificação, foram observadas correlações positivas com temperatura máxima e fotoperíodo, e ainda, com precipitação, para os frutos maduros. Conclui-se que a floração esteve mais relacionada com fatores endógenos e atividade dos agentes polinizadores do que com as variáveis meteorológicas, enquanto a frutificação teve influência da temperatura e do fotoperíodo.

Published

2019-12-30