Estrutura e distribuição espacial de Symphonia globulifera L. f. em floresta de várzea baixa, Afuá-PA

Authors

  • Daniele Lima da Costa danielelimadacosta@gmail.com
    Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Misael Freitas dos Santos misael02freitas@gmail.com
    Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Talita Godinho Bezerra talita.gbezerra@gmail.com
    Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Renato Bezerra da Silva Ribeiro florestalrenatoribeiro@gmail.com
    Universidade Federal do Oeste do Pará
  • João Ricardo Vasconcellos Gama jrvgama@gmail.com
    Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Lia Oliveira Melo lcolivei@gmail.com
    Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Lucas Cunha Ximenes lucasximenesflorestal@gmail.com
    Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Amanda Alves Coelho alvescoelhoac@gmail.com
    Universidade Federal do Oeste do Pará

DOI:

10.34062/afs.v5i1.5665

Keywords:

Fitossociologia, Floresta estuarina, Amazônia

Abstract

Objetivou-se analisar a estrutura e distribuição espacial da espécie S. globulifera em uma floresta de várzea baixa, estado do Pará, inferindo sobre a possibilidade de seu manejo madeireiro. Foram instaladas, sistematicamente, 25 unidades amostrais de 20 m x 250 m e mensuradas todas as árvores de S. globulifera com diâmetro à altura do peito (DAP) ≥ 15 cm. Para análise da regeneração foi instalada subparcela de 10 m x 10 m em cada unidade de amostra e inventariadas as árvores pela contagem em cinco classes de tamanhos, onde: CT1: 0,3 m ≤ h < 1,5 m; CT2: 1,5 m ≤ h < 3,0 m; CT3: h ≥ 3,0 m e DAP < 5,0 cm; CT4: 5,0 cm ≤ DAP < 10,0 cm e CT5: 10,0 cm ≤ DAP < 15,0 cm. A distribuição espacial foi verificada por meio do índice de Morisita. Foram identificados 519 árvores, apresentando densidade de 41,52 arv.ha-1 e área basal de 3,03 m².ha-1. Verificou-se padrão de distribuição espacial agregado. No estrato de regeneração natural foram amostrados 384 arv.ha-1. De acordo com a baixa densidade da espécie no estoque de colheita, aponta-se que este resultado possa tornar o manejo de S. globulifera impossibilitado de ocorrer na área.

Author Biographies

Daniele Lima da Costa, Universidade Federal do Oeste do Pará

Instituto de Biodivesidade e Florestas- IBEF

Graduanda do Curso de Engenharia Florestal

Misael Freitas dos Santos, Universidade Federal do Oeste do Pará

Instituto de Biodivesidade e Florestas- IBEF

Graduando do Curso de Engenharia Florestal

Talita Godinho Bezerra, Universidade Federal do Oeste do Pará

Instituto de Biodivesidade e Florestas- IBEF

Engenheira Florestal, Mestranda em Ciências Florestais  pela Universidade Federal Rural da Amazônia

Renato Bezerra da Silva Ribeiro, Universidade Federal do Oeste do Pará

Instituto de Biodivesidade e Florestas- IBEF

Engenheiro Florestal, Mestre em Ciências Florestais

João Ricardo Vasconcellos Gama, Universidade Federal do Oeste do Pará

Instituto de Biodivesidade e Florestas- IBEF

Engenheiro Florestal, Doutor em Ciências Florestais  

Lia Oliveira Melo, Universidade Federal do Oeste do Pará

Instituto de Biodivesidade e Florestas- IBEF

Engenheira Florestal, Doutora em Ciências Florestais 

Lucas Cunha Ximenes, Universidade Federal do Oeste do Pará

Instituto de Biodivesidade e Florestas- IBEF

Engenheiro Florestal,  em Doutorando em Ciências Ambientais

Amanda Alves Coelho, Universidade Federal do Oeste do Pará

Instituto de Biodivesidade e Florestas- IBEF

Engenheira Florestal, Mestre em Ciências Floestais 

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Published

2018-04-01