REVOLUÇÕES POR MINUTO
Retrato do brasil nos anos 1980 e as perspectivas de um novo milênio na canção
alvorada voraz da Banda RPM
Revolutions per minute: portrait of brazil in the 1980s and the prospects of a new
millennium in the song alvorada voraz of the band rpm
Adenilson Moura VASCONCELOS
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RESUMO: O objetivo desta pesquisa é apontar como as transformações políticas e
sociais de uma determinada época podem influenciar os movimentos culturais de um país
e a forma como essas questões são debatidas dentro de um universo popular poetizado,
como é o caso do cenário musical brasileiro nos anos de 1980. Nosso recorte concentra-
se na analise da letra da canção alvorada voraz, da banda de rock RPM, gravada em
1986 em contraste com a regravação em 2002, evidenciando como as angustias e a as
utopias penetram a alma poética do artista e nos fornecem elementos que nos auxiliam
na compreensão do jeito em que ele enxerga o mundo e todo aquilo que o rodeia.
PALAVRAS-CHAVE: RPM; Rock Brasil; Política; Ditatura; Liberdade; Novo milênio
ABSTRACT: The objective of this research is to point out how the political and social
transformations of a given epoch can influence the cultural movements of a country and
the way these issues are debated within a popular poetized universe, as is the case of the
Brazilian musical scene in the years of 1980. Our focus is on the lyrics of the song
Alvorada Voraz of the rock band RPM, recorded in 1986 in contrast to the re-recording in
2002, showing how the anguishes and the utopias penetrate the poetic soul of the artist
and provide us with elements that help us in understanding the way he sees the world and
everything around him.
KEYWORDS: RPM; Rock Brazil; Politics; Dictatorship; Freedom; New millennium
1
Doutorando em literatura pela Universidade de Brasília (UnB). Professor de Educação Básica na
Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF). E-mail: vascoesurf@gmail.com
1. INTRODUÇÃO
As letras de canções sempre serviram de objetos de investigação estética,
literária e social quando observamos os elementos que permeiam essas
construções, tais como época, localidade e panoramas sócio-políticos em geral.
Nesse contexto, é pertinente refletir sobre a abordagem das ideias de Silva sobre
o papel da música urbana consumida em massa pela juventude brasileira:
a canção popular urbana provavelmente, mais do que qualquer
outra manifestação cultural, por sua penetração indubitável na
camada média urbana da população, tem tido um papel
fundamental na formação de uma identidade nacional (SILVA,
1993 apud CYNTO, 2004, p. 57).
Sobre o papel do pesquisador da canção, Cyntrão (2004, p. 120) explica
que “quando se propõe a análise literária do texto da canção o que se busca é
desvendar a sua textualidade, os sentidos do discurso que se explicitam na sua
espessura linguística e histórica”. Partindo desses pressupostos é que
investigamos os versos da canção Alvorada Voraz, da banda de rock RPM,
composição de Paulo Ricardo e Luiz Schiavon, e lançada no álbum Radio Pirata
ao Vivo em 1986.
A referida canção, assim como dezenas de outras do mesmo período, nos
fornecem pistas que nos auxiliam no entendimento de uma época marcada por
diversas transformações em vários campos, tanto no cenário nacional, quanto
internacional. Entendemos a canção como elemento de teor poético e
performático que demarca com propriedade a temporalidade.
O pesquisar Nestor Canclini (2000) discorre sobre muitas das
transformações econômicas e políticas desse período na América Latina,
apontando inclusive as relações de mercado e o próprio conceito de modernidade
pensada à época, a partir do pensamento pós-moderno, fatores que,
naturalmente, estão implícitos nas letras das canções, justificando-as como
documentos históricos e literários.
Para contextualização da letra analisada é importante relembrar que em
meados da década de 1980 o Brasil não ia bem economicamente: o país estava
endividado, o desemprego em alta e uma inflação descontrolada. Mas eram
tempos de esperanças. Após 20 teríamos novamente um presidente civil, ainda
que não fosse eleito diretamente pelo povo, conforme observa Motta (2000, p.
383), “o colégio eleitoral poderia eleger um presidente civil, conservador e
confiável para os militares, com apoio das oligarquias e dos partidos que
debandavam da ditadura moribunda”, fato que acabou não acontecendo, embora
o presidente civil eleito pelo colégio eleitoral, mas com apoio popular, Tancredo
Neves, tenha falecido antes de tomar posse e seu vice José Sarney é que de fato
assumiu a presidência, provocando decepção em muitos brasileiros
esperançosos.
no cenário musical as coisas iam tão bem, pelo menos para a parte da
população que poderia comprar disco, que parecia que todos os problemas
políticos e sociais enfrentados pela nação poderiam ser suavizados ao som do
rock and roll.
Pela primeira vez na história, o Brasil receberia um grande festival de rock
com bandas consagradas internacionalmente como Queen, AC/DC, Whitesnake,
Iron Maiden dentre outras, e presença de artistas brasileiros conhecidos do
grande público, a exemplo de Erasmo Carlos, Rita Lee e Ney Matogrosso,
juntamente com alguns novatos como Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho.
A empolgação do público com o rock produzido na década de 1980 no país
era tão grande que, segundo Motta, no Rio de Janeiro “mesmo debaixo de chuva,
muita gente subia o morro para ver as novas bandas de rock brasileiro do Rio, de
São Paulo e de Brasília” (idem, p. 351). O autor ressalta ainda que as novas
bandas de rock, mesmo aquelas ainda desconhecidas, quando tocavam no
espaço de shows conhecido como Noites Cariocas encontravam esperando por
elas cerca de três mil jovens entusiasmados na pista. Com toda essa maré a
favor, era evidente e constante o surgimento de novas bandas.
O rock, evidentemente, fazia parte do cenário musical brasileiro desde a
década de 1950 com versões de sicas americanas, passando pelas décadas
de 1960, 1970 com nomes e sucessos relevantes como os Mutantes e Raul
Seixas, mas o chamado rock Brasil dos anos 1980 tinha seu DNA próprio, tanto
que ficou conhecido pela a alcunha BRock, (destacando as consoantes BR, tal
qual os postos de gasolina Petrobrás, como a intenção de valorizar o aspecto
nacional) termo este criado pelo jornalista Arthur Dapieve.
2. REVOLUÇÕES POR MINUTO
Diferentemente dos músicos das décadas anteriores, a geração dos anos
1980 preferiam formar uma banda onde todos os instrumentos e vozes
costumavam ser executados pelos próprios integrantes, sem a necessidade de
contratar orquestras para fazer arranjos e tocar nas gravações dos discos, como
era procedimento comum nas gravações da MPB.
Essa independência musical também tinha um componente negativo, que
era o fato de nem sempre os músicos das bandas serem exímios instrumentistas.
Renato Russo, líder da legião urbana, afirmou em uma entrevista para o Jornal de
Brasília que “não é preciso estudar 10 anos os conceitos musicais do poeta John
Cage para se fazer rock. A gente não é músico. A gente está aprendendo música
ao fazer música
2
. Era sobre harmonias nem sempre tão bem elaboradas que se
alicerçavam importantes letras, que se tornaram a vozes de uma geração, pois
compor as próprias letras era outra grande preocupação dos artistas, e isso era
bem visto pela indústria fonográfica, uma vez que produzir um disco sairia mais
barato, havia espaços para experimentações, e o lucro com as vendagens de long
players impulsionava o investimento em novas bandas, mesmo com a certeza que
muitas delas não alcançariam o sucesso.
Mesmo no aspecto instrumental, o RPM era uma exceção, pois tinham
bons músicos, com destaque para o tecladista Luiz Schiavon, com formação e
piano clássico, e o brilhante baterista Paulo (PA) Pagni que ajudaram a fazer da
banda um dos maiores fenômenos musicais da década de 1980, ainda que por
pouco tempo. Em artigo publicado no livro música popular brasileira hoje (2002,
p.265) João Gabriel Lima afirma que “na história da música brasileira, nenhum
conjunto ou cantor teve seus 15 minutos de fama o rigorosamente
2
Depoimento dado ao Jornal de Brasília para matéria publicada em 1984. Disponível em
www.pleberude.com.br acesso em 13/09/2017
cronometrados quanto o RPM”. O disco Radio Pirata ao vivo lançado em 1986
vende mais de três milhões de cópias, sendo, segundo o autor, um recorde
absoluto de vendagem de um disco no Brasil.
Neste álbum contém letras com temáticas que abordam temáticas que vão
do político ao social, passando por conflitos pessoais, relações amorosas e
utopias. Esses elementos mesclados com uma sonoridade agressiva e voz
melódica de Paulo Ricardo faziam a performance do RPM encantar a juventude e
os fãs se multiplicarem.
É nesse disco que está a canção Alvorada voraz, objeto de estudo desta
pesquisa, por conter na sua letra elementos que nos provocam à reflexões não
apenas sobre o peodo em que foi lançada, mas sobre a perspectiva de futuro
próximo, cheios de incertezas e contradições com os sonhos almejados pela
juventude deslumbrada com um novo ps que surgiria com a abertura política a
partir do fim do regime militar em 1985 e que começava a se decepcionar com
a política de Sarney em 1986.
A letra possui duas versões, coincidentemente ambas gravadas ao vivo,
uma no auge da banda e outra no retorno do grupo em 2002, com o mesmo teor,
porém a segunda gravação apresenta-se contextualizada com a época do
lançamento do disco no novo século. As gravações ao vivo, performaticamente
enriquecem a canção, principalmente pela recepção do público. Em uma das
muitas definições de performance de Paul Zumthor, ele destaca a participação do
ouvinte com elemento essencial para concretização da performance em si. Para o
autor
“O ouvinte faz parte‟ da performance. O papel que ele ocupa, na
sua constituição, é tão importante quanto o do intérprete. A poesia
é então o que é recebido; mas sua recepção é ato único, fugaz,
irreversível” (ZUMTHOR, 1997, p. 241,grifo do autor)
A participação do público nas apresentações ao vivo da canção Alvorada
Voraz corrobora a ideia do autor, uma vez cada verso era recepcionado pela
plateia que poderia sentir que se tratava dela própria, respeitando a
individualidade do público, mas abordando uma realidade coletiva, tanto que em
um apresentação no programa Chico e Caetano, no ano de 1987, na rede Globo,
os dois gênios da MPB assistiam com olhares atentos e admirados à performance
da banda, numa demonstração de cumplicidade com a temática abordada na
letra, reforçando o pensamento de Napolitano que afirma:
A letra, assim como a música, é fruto de uma subjetividade artística,
e, logo, todo compositor dialoga com uma ou mais tradições
estéticas, possui sua formação cultural específica, apresenta
singularidades psicológicas e biogficas, dialoga e emerge do meio
social em que viveu e vive (NAPOLITANO, 2002, p.100)
Para analisarmos os versos de Alvorada Voraz, dividiremos a canção em
duas partes, primeiro a versão de 1986 e em seguida os versos alterados de
2002, para que juntos eles possam apontar pistas para pensarmos as angústias
de uma juventude marcada por acontecimento que abalizaram uma época e se
arrastam até a atualidade.
Vejamos os a letra.
Na virada do século
Alvorada Voraz
Nos aguardam exércitos
Que nos guardam da paz
Que Paz?...
A primeira estrofe conduz o ouvinte a um deslocamento temporal, em
que o novo século que se aproximava trazia incertezas pontuadas na figura do
exército que nos espera. Ironicamente, o exército nesta letra não simboliza
segurança nem proteção, ele é apontado aqui como algo que causa pavor. O
verbo aguardar no plural, como se evidenciasse uma profecia do cantor que fala
em nome de uma coletividade, indica que não como ninguém fugir dele. Vale
ressaltar que o público dos shows, assim como os consumidores do Rock Brasil
dos anos 1980 através dos discos, era formado, em sua maioria, por pessoas que
cresceram em um regime militar e ter o Exército lhes aguardando no futuro
remete implicitamente à repreensão.
Esse acontecimento coloca em dúvida se no futuro se poderia realmente
pensar em paz, como ilustra o último verso que é uma pergunta retórica em tom
de descrença: Que paz?
Prosseguimos com os versos
A face do mal
Um grito de horror
Um fato normal
Um êxtase de dor
E medo de tudo
Medo do nada
Medo da vida
Assim engatilhada...
A segunda estrofe é a mais sombria da letra, uma vez que as palavras-
chave dos versos, mal, horror e dor ainda estão impressas na memória de quem
foi vítima de um tempo de chumbo e que não sabe ao certo se conseguiu a
liberdade nessa vida, como sugere a letra, ainda engatinhada. Os três últimos,
enfatizando o medo em anáfora, apontam que esse é o verdadeiro sentimento de
quem estava vivendo aquela realidade.
Em seguida vêm os versos
Fardas e força
Forjam as armações
Farsas e jogos
Armas de fogo
Um corte exposto
Em seu rosto amor...
E Eu!
Nesse mundo assim
Vendo esse filme passar
Assistindo ao fim
Vendo o meu tempo passar
Hey!...
Esta estrofe é marcada por referências à violência causada pela repressão
militar, evidenciadas em expressões como fardas e armas de fogo que precedem
a agressão concretizada nos versos que falam de corte exposto na face de uma
pessoa, ao mesmo tempo que os versos finais apontam para a inércia de quem
esses acontecimentos e não tem a força para impedir, uma vez que como
corrobora o primeiro verso desta estrofe, a força está relacionada à farda.
A primeira versão termina com os versos
Apocalípticamente
Como num clip de ação
Um clic seco, um revólver
Aponta em meu coração...
O caso Morel
O crime da mala
Coroa-Brastel
O escândalo das jóias
E o contrabando
E um bando de gente
Importante envolvida...
Juram que não
Torturam ninguém
Agem assim
Pro seu próprio bem
Oh!...
São tão legais
Foras da lei
Sabem de tudo
O que eu não sei
Não!...
Nesse mundo assim
Vendo esse filme passar
Assistindo ao fim
Vendo o meu tempo passar
Hey!...
Na última estrofe são apontados alguns dos grandes escândalos poticos
que marcaram os anos da década de 1980 e curiosamente é a estrofe que foi
alterada na gravação de 2002, numa evidência de que esses problemas se
renovam, mas não acabam, uma vez que que na nova versão, como veremos à
frente, os escândalos são apenas atualizados.
Juntamente com os acontecimentos políticos dos anos em que a canção
fora gravada, são citados dois curiosos elementos, o livro O caso Morel, de
Rubens Fonseca, publicado pela primeira vez em 1973, que fala da importância
da arte como recurso para a convivência em comunidade e do Crime da mala
que fora um acontecimento que marcou o noticiário brasileiro dos anos 1920 pela
crueldade em fora cometido, segundo jornais da época um homem matou a
esposa, a esquartejou, colocou os restos mortais em uma mala e tentou enviar
para a França, mas o crime fora descoberto e o assassino preso.
Esses dois elementos sugerem uma relação direta com os escândalos
políticos da época porque a literatura e arte, aqui representados no livro, são
elementos de resistência e o crime chocante aponta para a gravidade dos crimes
de corrupção, pois desviar malas de dinheiro público é tão grave quanto o
assassinato em questão.
Assim, como no livro de Fonseca em que Paul Morel usa a arte e a
literatura como ferramentas para ajudar na percepção do mundo, a banda parece
utilizar do mesmo artificio, ao citar a obra junto com crimes como o escândalo das
joias que envolveu o ex-ministro da Justiça Ibraim Abi-Ackel no contrabando para
os Estados Unidos, mas fora inocentado e o crime Coroa- Brastel que de acordo
com a reportagem do jornal o Globo, o caso fora aberto pela Justiça em 1985,
quando uma denúncia chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra um
empresário e contra dois ministros, Delfim Neto (Planejamento) e Ernane Galvêas
(Fazenda).
Os ex-ministros eram acusados de desviar irregularmente recursos
públicos na liberação de empréstimo da Caixa Econômica Federal ao empresário
em 1981. Segundo a denúncia, o dinheiro teria servido para quitar dívidas junto
ao Banco do Brasil e ao Banespa. 34 mil credores foram lesados.
Quando a anunciada volta da banda se concretizou em 2002, o publicou
percebeu que além do arranjo de Alvora Voraz, o a letra também sofreu
alterações. Vamos a elas:
Apocalipticamente,
como num clipe de ação
Um clic seco, um revólver,
aponta em meu coração
O caso Sudan, Maluf, Lalau,
Barbalho Sarney, Ninguém paga o Jornal,
é a propaganda, pois nesse pais,
é o dinheiro quem manda
Juram que não corrompem ninguém,
agem assim
Pro seu próprio bem
São tão legais,
foras da lei,
Pensam que sabem de tudo,
O que eu não sei
Nesse mundo assim, vendo esse filme passar
Assistindo ao fim, vendo o meu tempo passar
Na nova versão, ao invés de citar escândalos ocorridos no início do novo
milênio, são citados os acusados de praticá-los. O mais curioso é que mesmo
passados mais de uma cada e meia após o lançamento da versão de 2002
muitos dos políticos citados na canção continuam ativamente na vida pública,
mesmo tendo sofrido condenações, como é o caso de Paulo Maluf, preso
apenas no final de 2017.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para ficar claro que os escândalos denunciados na letra não se limitam ao
executivo e legislativo, também é citado nos versos o ex-Juiz federal Nicolau dos
Santos Neves, condenado por desviar milhões de reais do fórum de São Paulo.
Outra curiosidade na mudança na letra é que na versão de 1986 era
cantado “ e juram que não torturam ninguém...” enquanto na nova versão se canta
“e juram que não corrompem ninguém...” apontando para o fato de que se o que
mais marcou o período da ditatura militar foi a tortura, o que mais marca o novo
milênio é a corrupção.
Caso uma nova versão da canção fosse gravada nos dias atuais o que não
faltariam casos de corrupções e de gente importante envolvidas. Numa
demonstração clara de que continuamos vivendo tempos de incertezas e,
infelizmente, continuamos, como afirma a letra, nesse mundo assim, vendo esse
filme passar. Passar e se repetir.
REFERÊNCIAS
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financeiros no Brasil: 1974/83. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
CANCLINI, N. G. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da
Modernidade. 3. Ed. Tradução de Heloisa Pezza Cintrão e Ana Regina
Lessa. São Paulo: EDUSP, 2000
CYNTRÃO, S. H. Como ler o texto poético: caminhos contemporâneos.
Brasília: Plano Editora, 2004.
MOTA, N. Noites tropicais. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.
NAPOLITANO, M. Seguindo a canção: engajamento político e indústria
cultural na MPB (1959/1969). São Paulo: Ed. Anna Blume/FAPESP, 2002.
SILVA, F. C. T. da. Crise da ditadura militar e o processo de abertura
política no Brasil, 1974-1985. In: FEREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de
A.N. (orgs.) O Brasil republicano. Livro 4: O tempo da ditadura regime
militar e movimentos sociais em fins do século XX. Rio de Janeiro:
Record, 2003.
ZUMTHOR, P. Introdução à poesia oral. Tradução de Jerusa Pires
Ferreira, Maria Lúcia Diniz Pochat, Maria Inês de Almeida. São Paulo:
Editora Hucitec, 1997.