para adaptação à mudança constante”, de modo que novas habilidades lhe são exigidas.
(KALANTIZIS E COPE, 2006ª, p.130 apud ROJO 2013, p. 14).
Fruto da Revolução Tecnológica, a que se refere Castells, a comunicação
eletrônica, notadamente via Internet, que norteia as relações econômicas por meio do uso
do inglês, (KUMARAVADIVELU, 2006) tem, entre outras coisas, salientado a
relevância do conhecimento do idioma em questão, mas não sem algumas implicações.
Conforme Rajagopalan (2004):
A demanda pelo aprendizado de inglês cresceu em proporções
geométricas, como fica evidenciado pelo estupendo número de escolas
de idioma que se proliferam por todo o país, quase tão rapidamente
como as filiais do MC Donald’s. O conhecimento da língua é
simplesmente pressuposto por corporações multinacionais, quando
anunciam vagas de trabalho. E o público em geral resignou-se há
bastante tempo ao fato de que o inglês oferece um passaporte para o
sucesso profissional.(RAJAGOPALAN, 2004, p. 12).
Ainda segundo o autor, “compreensivelmente, cada vez mais pessoas ficam
preocupadas quando se dão conta da expansão do inglês e do modo arrogante e agressivo
como essa língua é comercializada”, o que, em outras palavras, revela que a língua
inglesa não é em si um objeto de rejeição sumária em muitos dos casos, mas a sua
imposição colonizadora o é.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira Moderna para o
Ensino Médio (BRASIL, 2000, p. 4) salientam, por seu turno, a importância de fazer do
entrelaçamento entre língua estrangeira e respeito à diversidade uma constante, na
perspectiva de “(...) criar uma escola média com identidade, que atenda às expectativas de
formação escolar dos alunos para o mundo contemporâneo”, pois, na realidade a que se
apresenta, “(...) marcada pelo apelo informativo imediato, a reflexão sobre a linguagem e
seus sistemas, que se mostram articulados por múltiplos códigos, e sobre os processos e
procedimentos comunicativos, é mais do que uma necessidade, é uma garantia de
participação ativa na vida social, a cidadania desejada”.
Contudo, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) não apresentam uma
metodologia específica para o ensino de língua estrangeira, mas , revelam opção por uma
abordagem textual que privilegia a organização do ensino a partir da leitura e
interpretação textual. Infelizmente, muitas pesquisas apontam que esse caminho não foi
adotado, acentuando-se as dificuldades para a apropriação de uma língua estrangeira