serão requisitados a julgar tais erros, ou seja, a forma como os
erros lhes serão apresentados.
A autora aponta, ainda, que os juízes podem ser falantes nativos, falantes
não-nativos, professores de língua (nativos e/ou não-nativos), e não-professores
de língua (nativos e/ou não-nativos), e que esses podem fazer uso de diversos
instrumentos durante a avaliação para avaliar: a inteligibilidade das sentenças que
contenham erro; a gravidade ou naturalidade dos erros; o grau de irritação que os
erros causam. Também, em alguns casos, eles podem ser requisitados a corrigir
erros e a justificar por que julgaram alguns erros como problemáticos e, em outros
casos, ter a sua compreensão das sentenças errôneas testada através de
entrevistas.
3. METODOLOGIA
Para a realização de nossa investigação, com algumas adaptações,
seguimos as cinco etapas da pesquisa em Análise de Erros proposta por Corder
(1974), a saber: 1) Coleta de dados da interlíngua do aprendiz; 2) Identificação
dos erros; 3) Descrição dos erros; 4) Explicação dos erros; 5) Avaliação dos erros.
Para a coleta de dados da interlíngua dos aprendizes, utilizamos os
mesmos dados que Silva (2018) utilizou em sua pesquisa de doutorado. No caso
da tese, a autora trabalhou com dados de alunos, do nível avançado, do curso de
Libras do NEL – Núcleo de Ensino de Libras da Universidade Federal do Paraná,
que abrangiam, além de acadêmicos do curso de graduação em letras libras da
mesma universidade, estudantes externos. Neste estudo, excluímos os
estudantes externos. Os dados disponibilizados dizem respeito à sinalização da
narrativa “A História da Pera”
3
, que está disponível no Youtube
4
, feita por cinco
acadêmicos ouvintes.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
3
Em uma floresta, um homem está no topo da escada colhendo peras na árvore. Um homem
passou sob a árvore puxando um bode com uma corda no pescoço, o homem continuou tirando as
peras e colocando no avental. Um menino pedalando se aproximou, parou sob a árvore, olhou
para as cestas, deitou a bicicleta no chão, olhou o homem distraído na árvore e aproveitou para
pegar uma cesta, levantou a bicicleta, subiu e colocou a cesta na frente e foi pedalando no
caminho, vinha de encontro a ele uma menina pedalando sua bicicleta, ele se virou pra olhar
enquanto ela passava por ele e o seu chapéu voou, havia uma pedra na frente em que ele bateu e
caiu derrubando a cesta, as peras se espalharam pelo chão, o menino se sentou pra limpar a
calça, e viu outros 3 meninos ao lado que resolveram ajuda-lo a levantar, recolher as peras, com a