vol. 3, n. 3,
Setembro-Dezembro/2019
DOI: https://doi.org/10.30781/repad.v3i3.9201
A PERCEPÇÃO DA COMUNIDADE
ESCOLAR QUANTO AO PERFIL DO GESTOR DIANTE DO PROCESSO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA
Nádia
Ligianara Dewes Nyari
Faculdade La
Salle, Lucas do Rio
Verde, Mato Grosso, Brasil
https://orcid.org/0000-0003-0237-5116
e-mail:
nadialigianara@hotmail.com
Marcos Alves
De Souza
Universidade de São Paulo - Escola Superior de Agricultura
"Luiz de Queiroz" –
ESALQ – USP,
Sorocaba, São Paulo, Brasil
https://orcid.org/0000-0002-2327-2784
Geverson
Tobias Böhm
Faculdade La
Salle, Lucas do Rio
Verde, Mato Grosso, Brasil
https://orcid.org/0000-0003-0194-812X
Sandra Ines
Horn Bohm
Faculdade La Salle, Lucas do Rio
Verde, Mato Grosso, Brasil
https://orcid.org/0000-0002-3264-7314
Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar a percepção da comunidade
escolar sobre o perfil do diretor/gestor da realidade da gestão democrática,
enfatizando primeiro alguns pontos descritivos, permitindo uma conceituação
sobre a gestão do tema e suas relações, com a intuição de destacam seu
condicionamento social e capitalista, a serviço dos objetivos autoritários propostos.
Posteriormente, a pesquisa apresentou uma abordagem exploratória qualitativa,
baseada na aplicação de um questionário para verificar as causas do problema.
Os resultados destacaram o entendimento da comunidade escolar sobre o papel do
diretor / gerente dentro do sistema, mas esse processo não está totalmente
implementado ou consolidado, causando confusão com o perfil do diretor/gestor
no ambiente educacional. No entanto, a participação da comunidade escolar na
implementação da gestão democrática desempenha um papel de extrema relevância e
importância, como apontado pela pesquisa, mesmo sendo muitas vezes esquecido
pelo grupo escolar, que ainda hoje descreve o diretor/gestor como um líder
autoritário, com algumas habilidades que podem enfatizar o saber ouvir e a
capacidade de dialogar, especialmente incentivando a participação da escola no
contexto escolar.
Palavras-chave:
Participação, liderança, ambiente escolar, conhecimento.
THE SCHOOL COMMUNITY'S PERCEPTION OF THE
MANAGER'S PROFILE IN VIEW OF THE DEMOCRATIC MANAGEMENT PROCESS
ABSTRACT
The
purpose of this study was to analyze the perception of the school community
regarding the profile of the principal/manager from the reality of democratic
management, emphasizing first some descriptive points, allowing a
conceptualization on the theme management and its relations, with the intuition
to highlight their social and capitalist conditioning, in the service of the
proposed authoritarian objectives. Subsequently, the research presented a
qualitative exploratory approach, based on the application of a questionnaire
to check the causes of the problem. The results highlighted the understanding
that the school community has about the role of the principal/manager within
the system within it, but this process is not fully implemented or
consolidated, causing confusion with the principal/manager's profile in the
educational environment. However, the participation of the school community in
the implementation of democratic management plays a role of extreme relevance
and importance, as pointed out by the research, even, it is often overlooked by
the school group, which still today describes the principal/manager as an
authoritarian leader, with some skills that can emphasize knowing how to listen and the ability to
dialogue, especially encouraging school participation in school context.
Keywords: Participation, leadership,
school environment, knowledge.
Submetido: 04/10/2019
Aceito: 20/11/2019
Publicado: 31/12/2019
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos o Brasil vem passando por um processo de
redemocratização intenso, o qual se iniciou pelos meados de 1980 e impactou
diretamente na educação do país, tornando – o como uma república democrática.
O reflexo dessa ação na educação trouxe entre outros
acontecimentos, a gestão democrática, lançando como um grande desafio aos
gestores e a comunidade escolar, designando elaborar leis a realidade, como
podemos evidenciar os documentos oficiais como a Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB) e o Plano Nacional de Educação (PNE) (ADRIÃO; CAMARGO, 2001; OLIVEIRA, 2016; DA SILVA; MIRANDA, 2019).
Estudos
reportados por Valerien (1993), Gadotti (2001), Libâneo (2004), Paro (2006),
Luck (2009), Fonseca (2014), Lima (2014), Paro (2012) e Padilha (2018) enfatizam
exatamente em refletir sobre as bases da gestão democrática e suas condições de existência. Os autores afirmam que na prática ainda
perdura certo resquício de autoritarismo no ambiente escolar, onde a
participação não é plena e os mecanismos democráticos carecem de
aperfeiçoamento.
A pesquisa vai ao encontro a essa realidade, confirmando e
evidenciando o papel do gestor nesse processo, destacando a problemática do
presente estudo em ainda hoje o grupo escolar é referenciado por possuir um
processo de gestão de autoritária, sem habilidades entre outros fatores de
realização uma gestão de forma democrática (PARO, 2007). Nesse contexto, Paro
(2006) chama a atenção para democracia plena, a qual pode ocorrer somente
quando existirem pessoas democráticas para exercê-la. A gestão democrática, de
forma e norma legal, pode e deve ser aplicado nas escolas, nesse sentido, este
estudo visa trazer a resposta com relação ao perfil do diretor/gestor
necessário para que a gestão democrática possa ser implantada (CARVALHO, COSTA;
ALEXANDRE, 2017; PADILHA, 2018).
O perfil do gestor é de extrema importância, pois destaca coibir
ou fomentar a democracia, permitindo a participação não apenas no processo
democrático, mas também nas decisões, levando a escola alcançar seus objetivos
com a participação de todos. A gestão escolar não deve existir para fins de
controle do trabalho, como é apresentado no sistema capitalista, mas como forma
de potencializar e aglutinar todas as forças, levando a escola ao sucesso
almejado (PARO, 2012).
Nessa conjuntura, mesmo que a legislação tenha adjetivado a gestão
escolar como democrática, ela jamais será, se o gestor não possuir um perfil
adequado para exercê-la no seio da comunidade escolar (FONSECA, 2014).
Entretanto estudar a gestão escolar democrática e desprezar tanto o perfil como
papel do gestor, como o fator humano, a qual é fundamental nas relações
sociais, trazendo profundas implicações para as instituições, inclusive
educacionais (NASCIMENTO, 2015; COSTA, 2018).
A fim de responder a problemática, o objetivo desse estudo é
analisar a percepção da comunidade escolar quanto ao perfil do diretor/gestor a
partir da realidade da gestão democrática, através de uma abordagem
qualitativa, descrever o processo de gestão democrática, estabelecendo
características individuais e únicas do administrador, como suas relações com
os atores que fazem parte desse processo, como professores e a equipe como um
todo.
A pesquisa foi realizada em uma escola localizada no médio norte
do Mato Grosso, composta de uma equipe gestora de três pessoas: diretor,
coordenador e mediador, além do quadro docente com trinta e seis professores. O
questionário foi composto de questões abertas e fechadas e entregues de forma
presencial entre os meses de maio a junho de 2017.
REFERENCIAL TEÓRICO
Conceituando
Gestão
Essa conceituação é
necessária, pois, é possível que a gestão/administração possa ser colocada a
serviço de objetivos autoritários, a qual considera que brasileiro, passou e
esta passando por um processo de experimentação de mudança histórica,
conservando os resquícios de uma mentalidade autoritária em relação ao âmbito
da gestão.
De acordo com
Paro (2012), a administração vista de forma geral, abstraída de seus
determinantes sociais, históricos e contornos capitalistas, podendo ser
entendida como o uso racional de recursos, a fim de alcançar fins determinados.
Os recursos devem ser moldados e adequados aos objetivos que se almeja, usando
os recursos de forma inteligente e definindo as implicações apresentadas (PARO,
2007). Além disso, uma administração é capaz de utilizar os recursos com menor
dispêndio e maior brevidade possível na execução, sendo chamada esta faceta da
administração de dimensão econômica (FONSECA, 2014; NASCIMENTO, 2015; COSTA,
2018).
Outro aspecto
apontado e de extrema relevância é no que se refere a administração de forma e
esforço não individual, mas coletivo, onde o aspecto da coletividade e do
esforço humano se denomina coordenação (PARO, 2009).
Esse fato é explicito por Paro (2012), onde a coordenação está no interior do
processo racional da organização do esforço humano, podendo, portanto,
dimensionar ao que diz respeito às relações dos homens entre si, e não
necessariamente da relação homem/natureza, como encontrado na literatura na
área de administração (LIMA, 2014; PADILHA, 2018; DA SILVA; MIRANDA, 2019).
Desse modo conjugam-se
os elementos materiais e conceptuais ao esforço humano coletivo para o alcance
de determinado fim, onde o fim desejado tem determinantes sociais, de modo que
a administração pode constituir-se instrumento de conservação, quanto de
transformação social. Enquanto a administração é apresentada de forma
instrumental, como administração escolar, este num contexto geral, deve
voltar-se a transformação social, uma vez que o objetivo da escola é o
aprendizado dos alunos, portanto, mudança, e não manutenção do status quo.
Considerando a aprendizagem
dos alunos como fim desejo, a gestão democrática irá mobilizar esforço humano
coletivo e os elementos materiais e conceptuais para alcançá-lo (LUCKESI,
2007). As ações administrativas, logo, levam em consideração os fins almejados
da instituição, no fato que a escola, deve considerar o estilo de direção, o
grau de participação e o comprometimento de seus profissionais, além da liderança,
a participação coletiva, o currículo, a formação de seus professores e a
cultura organizacional, sendo fatores que compõem as características
organizacionais dessa instituição (LIBÂNEO, 2004; CURY, 2007; OLIVEIRA, 2010)
De acordo com Lück (2009a), o
termo gestão não é sinônimo de administração. Para a autora, inclusive a
diferença é radical, onde aquilo que se propunha sob a denominação de
administração é muito menor, para aquilo que se espera e atribui a gestão.
Não se pode realizar uma
maquiagem modernizadora, posto que a ideia de gestão educacional engloba
questões dinâmicas da educação: dimensão política e social, cidadania, etc
(GRACINDO, 2012). Diante dessa complexidade, as organizações e a concorrência
de múltiplos interesses sociais dentro delas, se manifestam, evidenciando que
não é possível, que tais organizações sejam administradas pelos antigos
paradigmas e enfoques conceituais (PARO, 2007).
Desse modo, os paradigmas
conceituais da administração são insuficientes, pois estes conduzem a ação de
controlar e comandar, típico de uma visão de quem atua de maneira distanciada e
cultiva pressupostos tais como um comportamento humano previsível e
comportamento controlável, onde fases de crises e incertezas, são evitados e
esses problemas jamais são vistos como uma possibilidade e oportunidade de
crescimento e ajuste, onde o sucesso alcançado, mantem-se por si só, não sendo necessários
novos esforços e manutenção (GADOTTI, 2001; PARO, 2006; LÜCK, 2009a; FONSECA,
2014).
Além disso, o papel do administrador
é obter recursos, onde a mudança dos modelos administrativos são apenas
adaptações, onde o participante da comunidade escolar aceita aquilo que é
imposto a ele, aceitando o modelo pré-estabelecido, e agindo de acordo as
regras implementadas e elaboradas pelo administrador (LÜCK, 2009b; PARO, 2012;
LIMA, 2014).
Destacando apenas o volume de
trabalho e não fazendo o melhor, mas sim o máximo, com isso a objetividade é
quem produz os resultados e a técnica causa apenas a melhora do trabalho, se
transformando em elemento indispensável para os resultados. Os pressupostos da
administração expostos anteriormente são claramente limitados, não funcionais,
para estabelecer na instituição um enfoque transformador (PARO, 2007; GRACINDO,
2012; CARVALHO, COSTA; ALEXANDRE, 2017; PADILHA, 2018).
A gestão, conta com a
pluralidade, utilizando-se de diferentes dimensões, aparentemente opostas,
libertando-se da dicotomia e aglutinando uma diversidade de forças na
construção da realidade. (OLIVEIRA, 2016; DA SILVA; MIRANDA, 2019. Assim, nos
estudos de Paro (2012) e Lück (2009a), os autores entendem que gestão terá
apenas uma natureza de caráter potencialmente transformador.
A
Gestão Escolar Adjetivada
O processo de
redemocratização no Brasil, não marcou apenas a vida política e social, marcou
também a educação. O período pós-ditatorial, a partir da década de 1980, traz
consigo a marca de uma política com preocupações de ordem gerencial,
dimensionando o Brasil para a inserção na globalização econômica, produzindo um
profundo impacto na gestão e também no planejamento escolar (LÜCK, 2012;
FONSECA, 2014).
Em relação a
educação, pode se definir como um movimento já consagrado anteriormente, pois
em 1988 com o advento da promulgação da Constituição Federal, objetivou a instituição
do Estado Democrático, assegurando os direitos sociais e individuais,
garantindo assim a educação como um direito e a gestão democrática como uma
ferramenta para consecução dos objetivos educacionais (SHIMAMOTO, 2011; TORRES;
GARSKE 2008; TAVARES, 2019).
Observamos essa
realidade apresentada na Constituição Federal, no seu artigo 205, que assegura
“a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade” (BRASIL, 1988), lançando assim a
participação coletiva como base na construção da educação, uma vez que a
sociedade é chamada a participação efetiva.
A redação do artigo 205 da
Constituição, afirma que os objetivos da educação: o desenvolvimento da pessoa,
o preparo para o exercício da cidadania e para o trabalho, serão alcançados com
a participação da sociedade (BRASIL, 1988). É relevante constatar, que a
Constituição vai muito além, pois ela institui a democracia como base para a
construção da educação e adjetiva a própria gestão educacional como
democrática, ou seja, a gestão democrática é o modo como vamos alcançar os
objetivos da escola. Desse modo a ação do gestor/diretor deverá ser democrática
(RICHARDSON, 1999; ROBBINS, JUDGE; SOBRAL, 2010; CÁRIA; LAMBERT-DE-ANDRADE,
2016; GHISLENI; COSTA, 2019).
Todos os sistemas
de ensino ficam então forçados a implantar o exercício de gestão democrática,
não apenas porque a democracia tornou-se base de construção de nossa educação,
mas também, porque a mesma Constituição, no inciso VI, artigo 206, declara
expressamente que o ensino será ministrado, na forma da lei, pela gestão
democrática no ensino público (BRASIL, 1988). Uma vez que a Carta Magna, fez as
referidas conceituações do modo como a educação será ministrada e gerida é
natural que os demais instrumentos legais sigam suas preceituações.
A concretização do direito à
educação se dará de forma democrática, como meio de alcançar seus fins e,
portanto, também como gestão democrática, consagradas pela Constituição e
afirmadas também através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB
- (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), no seu inciso VIII do artigo 3º,
que afirma que a gestão do ensino público será democrática, na forma da lei, e
que os sistemas de ensino deverão criar suas legislações próprias para sua
implementação (BRASIL, 1996).
O processo histórico de
redemocratização do país e consequentemente da educação, além disso, deu - se
aos educadores, a possibilidade de debater em fóruns nacionais dedicados a
pensar um plano de metas para educação. As propostas dos Congressos Nacionais
de Educação (CONEDs) foram incorporadas na construção do futuro ao Plano
Nacional de Educação (PNE) (FONSECA, 2014; CÁRIA; LAMBERT-DE-ANDRADE, 2016;
GHISLENI; COSTA, 2019; TAVARES, 2019).
O Plano Nacional de Educação
(PNE) em vigor (2014-2024) possui dez diretrizes, sendo que a sexta diretriz
esboça a necessidade da promoção da gestão democrática no ensino público.
Através do artigo nono do Plano Nacional de Educação (PNE), fica definido que a
aprovação de leis específicas para os sistemas de ensino, para disciplinar a
gestão democrática, é de responsabilidades dos entes federativos, que terão
prazo de dois anos para tal execução. O Plano Nacional de Educação (PNE) busca
não apenas a implantação da gestão democrática, mas também institui metas de
qualidade e de avaliação das condições dessa gestão (BRASIL, 2014).
A partir desse momento, os
sistemas de ensino devem organizar-se para alcançar os fins prescritos nos
documentos legais, ou seja, esses sistemas de ensino em suas dimensões
estaduais e municipais preparam seus ordenamentos jurídicos, que visam a
organização prática e cotidiana da escola (SHIMAMOTO, 2011; CÁRIA;
LAMBERT-DE-ANDRADE, 2016).
Podemos tomar como, por
exemplo, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP) que através
da Resolução SE Nº 70/2010, busca caracterizar as dimensões da gestão
democráticas como: Gestão Pedagógica; Gestão dos Recursos Humanos; Gestão
Participativa; Gestão dos Recursos Físicos e Financeiros; Gestão de Resultados
Educacionais do Ensino e da Aprendizagem.
Inclusive a Secretaria de
Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP) entende que a gestão pedagógica,
envolve todo o trabalho pedagógico da escola, tais como, implementação do
currículo, práticas pedagógicas inovadoras, acompanhamento dos níveis de
aprendizagem dos alunos que leve em conta os resultados de avaliação, atuação
dos professores articulada com a Proposta Pedagógica e com as necessidades de
melhoria do rendimento escolar, acompanhamento dos processos de recuperação dos
alunos, ou seja, isso significa o acompanhamento cotidiano das questões da sala
de aula: Proposta Pedagógica, currículo, planejamento de aula, avaliação, etc.
(PARO, 2006; GOMES, 2015).
Gestão de
pessoas é aquela que envolve todos os processos que visam ao
envolvimento e compromisso de todos (professores, funcionários, pais e alunos)
com a Proposta Pedagógica da escola, além de envolver também a formação e o
desenvolvimento pessoal de seus integrantes (FAVARIN; DA ROCHA, 2015; CÁRIA;
LAMBERT-DE-ANDRADE, 2016; VIEIRA; VIDAL, 2015; LÜCK, 2017; SILVA, 2019).
Gestão dos
resultados por sua vez avalia os resultados do desempenho da
escola e de seus alunos, professores e funcionários; tem a função de assegurar
o acesso, a permanência e o sucesso escolar dos alunos, e monitora e acompanha
os seus resultados, bem como fatores associados ao fluxo escolar, tais como:
taxas de abandono, evasão, aprovação e reprovação dos alunos (LÜCK, 2017;
MACHADO, 2017).
Gestão de
infraestrutura (recursos didáticos, materiais físicos e financeiros)
refere-se a processos e práticas eficientes e eficazes de gestão dos serviços
de apoio e de recursos físicos e financeiros, que envolvem toda a
infraestrutura necessária para o desenvolvimento do processo de ensino e
aprendizagem (FONSECA, 2014; CÁRIA; LAMBERT-DE-ANDRADE, 2016; LÜCK, 2017).
Gestão participativa irá
efetivar os processos de participação coletiva, no
estabelecimento de articulações e parcerias, na integração da escola com a
comunidade, implicando em discutir, elaborar e acompanhar as ações
desenvolvidas na escola, articuladas com a Proposta Pedagógica, além de
envolver a participação dos pais, alunos e a atuação de órgãos colegiados dos
Conselhos Escolares, Associações de Pais e Mestres, Grêmios Estudantis e
outros. Contudo, reconhece o papel do gestor como aquele que persegue a oferta
do ensino de qualidade, construindo um espaço produtivo que permita a
convivência social e coletiva mais humana e construtiva (SEE-SP, 2010).
A mesma secretaria também
estabelece que as escolas devam ter um Plano de Gestão, definida na legislação
estadual em Normas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais – 201, Do
Plano de Gestão da Escola - Título II – Capítulo V, que estabelece no Artigo
29, que esse Plano de Gestão é um documento coletivo que define o perfil da
escola, construindo sua identidade, contemplando as intenções de todos os
envolvidos, norteando o gerenciamento das ações intraescolares e efetivando a
Proposta Pedagógica (SEE-SP, 2010). De modo geral a gestão democrática é
entendida como aquela que organiza a participação da comunidade, cria conselhos
consultivos e deliberativos, além de transparente e competente na utilização
dos recursos financeiros repassados diretamente às escolas.
Gestão
escolar democrática
Uma vez estabelecido, por
força de lei, que a gestão escolar deverá ser democrática, precisamos entender
seu significado, ou seja, devemos olharmos a sociedade em que vivemos, com
contornos democráticos, nota-se que precisamos adequar os padrões da escola
para abrigar esse novo contexto e preparar os que dela vão sair para viver de
acordo com a realidade do mundo de hoje.
Não podemos definir a escola
como um espaço aonde a clientela chega e sai sem ao menos saber os objetivos de
ter passado por ela. A sociedade hoje pede mais que isso, além de trazer para
dentro da escola um público com culturas e hábitos diversificados tornando
assim a escola um lugar de troca de conhecimento e experiência para todos que
nela estão inseridos. Para tanto se faz necessário um novo padrão para definir
a direção desta instituição, chegando ao entendimento de que esta direção
precisaria ser mais que um aprofundamento burocrático como era o que vinha
sendo executado pelos que a compunham (SANTOS, 2001; PARO, 2007; DE SOUZA,
2009).
Gestão democrática no contexto
educacional pontua a participação consciente das pessoas nas decisões na
orientação e planejamento do trabalho escolar (ADRIÃO; CAMARGO, 2001). Segundo
Lück (2009), essa foi uma mudança de paradigma, onde aquilo que era atribuição
e responsabilidade apenas das pessoas que trabalham na educação agora considera
a participação de toda a comunidade, pois o conceito de gestão escolar está
ligada ao fortalecimento do processo pedagógico com caráter democrático, à participação
responsável de toda a comunidade escolar nas decisões necessárias e na sua
efetivação através de um compromisso coletivo para o alcance de resultados
educacionais cada vez mais efetivos e significativos (DOURADO, 2016; VIEIRA,
2017).
Sendo assim, para o autor, o
movimento pela gestão escolar democrática reconhece a necessidade de unir essas
mudanças estruturais e de procedimentos com ênfase no aprimoramento da escola,
por meio de um projeto pedagógico segundo Diretrizes, Metas e Estratégias do PNE
(BRASIL, 2014). Portanto, deve-se considerar que na gestão escolar democrática
segundo Lima (2014)
Decisão emerge como uma
dimensão central da gestão democrática das escolas, não apenas pelos fenómenos
de participação ativa que são típicos dos processos de organização e
mobilização democráticas, mas também porque a participação verdadeira exige
muito mais do que o acesso à informação e o direito a ser informado, a
publicidade democrática dos atos, as propostas e sugestões, as auscultações e
outros processos eventualmente despojados de poder de decisão, que Maurício
Tragtenberg (1989) designou de “participacionismo”. Pelo contrário, só o poder
de decidir confere pleno sentido às práticas de governo democrático das
escolas, rompendo com encenações participativas, com rituais, processos e
métodos formalmente democráticos, mas a que falta substantividade democrática
(LIMA, 2014, p. 1072).
Além da
participação nas decisões como aspecto fundamental da gestão democrática, Lima
(2014) insiste que o processo democrático de gerir, não está limitado ao cumprimento
das próprias regras do processo democráticas, pois democracia pressupõe
autonomia, ou seja, a possibilidade, mesmo que considerados os limites tanto
prático como constitucional/jurídico, de construir as próprias regras, mesmo em
coautoria com outras instâncias superiores, não inteiramente subordinados às
regras dos outros, a heteronomia (LIMA, 2014).
Portando, não se
aceita assim, nenhum tipo de pseudoparticipação, pois participar é decidir, e
co-decidir, contudo, a democracia, é o poder de decidir, com participação ativa
juntamente com os outros nos processos de decisão, que é o âmago da democracia.
Se não for assim é impossível conceber uma gestão democráticas nas escolas
(LIMA, 2014). Não é suficiente possuir uma lei de gestão democrática que
oferece autonomia em todos os âmbitos da vida da escola, se a comunidade
escolar de modo geral, desconhecer o significado político da autonomia, a qual
não é um presente, mas sim uma construção ininterrupta, particular e coletiva.
É um processo que se faz no cotidiano (GADOTTI, 2001; OLIVEIRA; RIBEIRO, 2015).
Embora a
legislação vigente adjetive a gestão como democrática, muitas vezes é pautada
pelo tradicionalismo e conservadorismo. Realizar um trabalho participativo,
autônomo e democrático, que envolva toda a comunidade escolar, possibilitará o
rompimento da atitude autoritária que permeia a escola, proporcionando uma
reflexão sobre o papel do gestor, levando a busca da tão sonhada escola de
qualidade.
De acordo com Paro (2012), a
administração tipicamente capitalista é conservadora, pois está voltada para
mecanismos gerenciais de controle do trabalhador, preocupa-se em controlar o
trabalho alheio, ignorando os aspectos da dimensão técnica, capaz de auxiliar
no alcance dos resultados desejados, ou seja, é capaz de identificar em
cotidiano uma escola tornando - se engessada, burocratizada, afastada da
realidade e incapaz de solucionar problemas editando normas de controle e
alijando a capacitação cultural das classes trabalhadoras.
Um exemplo, dessa
típica administração capitalista no seio da escola, é a divisão pormenorizada
do trabalho, sob justificativa de melhor aproveitamento dos recursos escassos,
reordenação do currículo, melhor planejamento das atividades didáticas,
acompanhamento do trabalho docente, por supervisores, que na prática, segundo o
autor, produz apenas uma excessiva rotinização e burocratização da escola.
Desse modo o ambiente escolar,
será de trabalho individual, onde cada um realiza sua função, não favorecendo o
compartilhamento de experiências e construção de saberes, sem interpenetração
de áreas, pois os espaços são delimitados. Sendo assim, é preciso estabelecer
uma nova filosofia de gestão que rompa com os paradigmas tradicionais e questione
o modelo de gestão escolar que vem sendo praticado e adotado em algumas escolas
brasileiras, de acordo com Paro (2006),
Há
pessoas trabalhando na escola, especialmente em postos de direção, que se dizem
democratas apenas porque são “liberais” com alunos, professores, funcionários
ou pais, porque lhes “dão abertura” ou “permitem” que tomem parte desta ou
daquela decisão. Mas o que esse discurso parece não conseguir encobrir
totalmente é que, se a participação depende de alguém que dá abertura ou
permite sua manifestação, então a prática em que tem lugar essa participação
não pode ser considerada democrática, pois democracia não se concede, se
realiza: não pode existir “ditador democrático” (PARO, 2006, pp. 18-19).
Conforme afirma Paro (2006), a democracia plena pode existir
quando também existem indivíduos democráticos para exercê-la, assim, o papel do
gestor é fundamental no direcionamento do trabalho participativo, onde será
impossível um diretor/gestor autoritário implantar um processo de gestão democrática.
Gestão democrática, mais que um meio, será um pressuposto definidor, que clama
e pede um perfil de gestor adequado, sem resquícios totalitário e capaz de
desenvolver um trabalho coletivo que engloba toda a comunidade educacional.
Mesmo que o trabalho do gestor
envolva ações de caráter administrativo, insiste Lück (2009), sua ação também
deve estar voltada em elaborar conjuntamente com a comunidade escolar o projeto
político-pedagógico, cuidar das relações interpessoais da organização, liderar,
entender que a mudança dos processos pedagógicos traz consigo relações sociais
diferenciadas, e que a sinergia e competência suplantam a necessidade de
insumos ou recursos para o sucesso da organização. Desse modo, a gestão será
meio para transformar a escola, em uma organização democrática, que demanda a
participação ativa da sociedade, nas tomadas de decisões e no planejamento
participativo.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Primeiramente para concretização desse estudo, foi realizada uma
avaliação literária geral sobre o tema proposto, pesquisando as informações,
com objetivo checar as causas do problema, descrevendo e explicando o motivo
pelo que um fato ocorre, estabelecendo critérios de avaliação, evidenciando
acerca dos critérios de avaliação referente às novas normas de ensino e
contextualizando sobre a democratização da educação, a partir do conteúdo do
atual Plano Nacional de Educação (PNE, 2019), do direito social inalienável
proposto na Constituição Federal de 1988 (CF/88) (BRASIL, 1988) e da
importância do Sistema Nacional de Educação (SNE).
Para os procedimentos técnicos refere - se a uma pesquisa de caso
com aplicação de um questionário que visa estudar a percepção que um grupo de
pessoas tem sobre um determinado tema, possibilitando uma investigação minuciosa
sobre os fatores que o levam a ocorrer, possibilitando encontrar soluções para
problemas apresentados. Permitindo assim analisar, entender e descrever certas
minucias do comportamento das pessoas, de maneira mais intensa (RICHARDSON,
1999).
A escolha do método transcorreu por ser consideravelmente a melhor
forma de apresentar os resultados da pesquisa com o intuito de destacar em um
sentido geral, a questão da gestão democrática escolar na sua expressão geral,
buscando evidenciar o conceito sem condicionamentos sociais, entendendo o
perfil do administrador.
A escolha da escola foi de forma pragmática, em função do
facilitado acesso ao corpo docente, uma vez que o pesquisador é professor
efetivo, locado na instituição pesquisada. Participando professores do período
da manhã e da tarde, ensino médio e fundamental II, além dos integrantes da
equipe gestora, totalizando um grupo de 25 pessoas. Sendo entregue um
questionário composto de seis questões, sendo destas três abertas discursivas e
três fechadas.
A natureza das questões fechadas possibilita delimitar o escopo
das respostas, além de serem questões objetivas, as respostas serão limitadas. Além
disso, foi considerado a dificuldade de análise dos dados e de tabulação
posterior, optando-se pelo formato, para manter a isenção e a influência na
resposta dos entrevistados. Referindo-se a certa da implantação da gestão
democrática em escolas estaduais, o papel do diretor e as dimensões da gestão
escolar (considerando seu aspecto democrático). As questões abertas mencionam
as ações que poderiam ser realizadas a respeito da gestão ser mais democrática,
além do papel do diretor e o melhor perfil administrativo.
As perguntas foram construídas com o objetivo de verificar a
percepção dos docentes quanto a implantação da gestão democrática, e também
constatar a importância e o perfil do gestor na democratização do processo,
verificando as áreas da gestão com maior dificuldades de implantação. No que
concerne as áreas da gestão foi empregada a definição contida na Resolução SE
Nº 70/2010, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo: Gestão
Pedagógica; Gestão dos Recursos Humanos; Gestão Participativa; Gestão dos
Recursos Físicos e Financeiros e Gestão de Resultados Educacionais do Ensino e
da Aprendizagem.
A participação foi de forma anônima, onde os entrevistados
forneceram informações relevantes, que permitiram agrupá-los em áreas
específicas, como: semelhanças, percepção, formação, idade, categoria, entre
outros. Facilitando a compreensão e entendimento das questões, além de permitir
tabular todas as informações, verificando possíveis discrepâncias e percepção
entre os grupos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A
percepção da comunidade escolar sobre a implantação da gestão democrática
As atribuições nas dimensões econômica-pedagógica-coletiva, que
unem os conceitos de administração geral, irão gerar um perfil de gestor, capaz
de lidar com a realidade dinâmica da escola pretendida, dando origem assim, a
uma escola viva, capaz de exercer um papel transformador, ou seja, as dimensões
da administração geral apontam para as áreas de atuação do gestor, reforçando
ainda mais a necessidade de uma prática democrática em suas ações (Tabela 1).
Os princípios da administração geral, aplicados a escola que queremos, geram
tanto o perfil do gestor, bem como suas áreas de atuação.
Tabela 1.
Sumario da relação das dimensões da administração geral com as dimensões da
gestão escolar democrática.
Administração Geral |
Gestão escolar
democrática (áreas de atuação do gestor) |
Dimensão econômica |
Gestão dos Recursos
Físicos e Financeiros |
Dimensão pedagógica |
Gestão Pedagógica Gestão de Resultados
Educacionais do Ensino e da Aprendizagem |
Dimensão coletiva |
Gestão dos Recursos
Humanos Gestão Participativa |
Fonte:
Elaborada pelos autores (2018), com base em Paro (2012), Lück (2009) e SEE-SP
(2010)
Finalmente, a práxis do trabalho gestor na escola, irá exigir um
perfil adequado: um gestor democrático com ações democráticas. A prática
cotidiana a percepção da realidade democrática, mesmo bem definida e
estabelecida na legislação, na prática pode ser bem diferente. Restando ainda
ser explorada e perseguida, principalmente quando relacionamos e questionamos
se a gestão democrática implantada nas escolas estaduais, 80% responderam que
não, 5% que sim e 15% que está implantada parcialmente. Avaliando as áreas da
gestão que apresentam maior dificuldade para implantação, levando em
consideração seu aspecto democrático (Figura 1).
Figura 1.
Áreas da gestão de maior dificuldade na implantação
Fonte:
Resultados originais da pesquisa (2018)
Das avaliações, 70% dos participantes apontaram que a gestão
participativa é a de maior dificuldade, seguidas de 50% para gestão de recursos
financeiros e 45% para a gestão de pessoas. Como os pesquisados, apontaram mais
de uma área, os percentuais da cada área devem ser analisados a partir da
totalidade dos participantes, ou seja, dos 100%, que responderam à questão, 70%
apontou “gestão participativa”, como era possível assinalar mais de uma opção,
“gestão de recursos” aparece com 50% e “gestão participativa” 45%. Assim o
percentual do campo “total de pesquisados”, não será 100%.
A liberdade do participante da pesquisa em assinalar mais de uma opção,
foi importante, no sentido de foi possível contatar que as áreas da gestão, que
exige maior participação da comunidade escolar, foram apontadas como as mais
difíceis de implantar. Levando em consideração que na escola exista algum tipo
de participação, mesmo que mínima, e que a gestão de recursos e de pessoas é
inerente a ela como organização, conclui-se que elas existem de forma precária,
ou de forma autoritária.
A maioria dos participantes da entrevista (Tabela 2) entende que
as ações para escola ser mais democrática estão nas áreas da gestão
participativa e recursos humanos deveriam englobar ações como a elaboração do
PPP em conjunto com a comunidade escolar, os professores deveriam ser ouvidos
quanto as questões relacionadas a educação através de debates e esclarecimento
dos resultados, a comunidade escolar deveria ser ouvida e participativa junto
na tomada de decisões dentro da escola, assim melhoraria o ambiente escolar.
Tabela 2. Ações que poderiam fazer a gestão ser mais democrática
Administração Geral |
Gestão escolar
democrática (áreas de atuação do
gestor) |
Ações para a escola
ser mais democrática (resumo das opiniões) |
|
Dimensão Econômica |
- Gestão dos Recursos
Físicos e Financeiros |
- estrutura, recursos financeiros |
|
Dimensão Pedagógica |
- Gestão Pedagógica - Gestão de
Resultados Educacionais do Ensino e da Aprendizagem |
- elaborar o PPP em conjunto com a comunidade escolar - professores serem ouvidos quanto as questões relacionadas a
educação - bem como o esclarecimento dos resultados |
|
Dimensão Coletiva |
- Gestão
Participativa - Gestão dos Recursos
Humanos |
– participação e dialogo com comunidade escolar – melhora do ambiente escolar – ação efetiva do conselho, da APM e do grêmio dentro da escola – participação nas decisões |
|
Fonte:
Resultados originais da pesquisa (2018)
Para os participantes, o maior envolvimento e diálogo com a
comunidade escolar, torna a escola mais democrática, todavia, se observa que a
maioria entende as limitações dos gestores em providenciar recursos financeiros
e matérias, mas esperam mais dialogo e maior participação nas decisões. A
percepção da comunidade escolar quanto ao perfil necessário de diretor para
implantação da gestão escolar democrática. Com relação as que deveriam ser
tomadas para uma escola mais democrática estão nas apresentadas na Figura 2.
Figura 2.
Porcentagem de ações que poderiam fazer a gestão ser mais democrática
Fonte: Resultados
originais da pesquisa (2018)
Podemos observar que 80% referem – se a uma dimensão mais
coletiva, seguida de 15% com ações de dimensão pedagógica e 5% de dimensão
econômica, com atuação nas áreas de gestão dos recursos físicos e financeiros,
pedagógica e nos resultados educacionais do ensino e da aprendizagem,
respectivamente.
Para esboçar um perfil do gestor, levamos em consideração
conceitos já elaborados neste estudo. Podemos sumariar que a administração é a
utilização capaz dos recursos - dimensão
econômica, que a administração leva em conta os fins institucionais, fala
da dimensão pedagógica, e por fim,
que a administração deva mobilizar os esforços humanos – dimensão coletiva. Para Valérien (1993), o diretor precisa cada vez
mais levar em conta a evolução da ideia de democracia, que leva a comunidade
escolar à maior participação com natural implicação sobre as decisões.
Por essa razão, o diretor que também
pode ser chamado de gestor escolar ou ainda líder formal, terá como uma das
características centrais do seu trabalho, o esforço contínuo de organizar os
trabalhos escolares envolvendo os diferentes segmentos representativos da
escola-professor, funcionários, alunos e comunidade, com isso a dimensão do
gestor, terá além do papel de educador, como de buscar e alcançar os objetivos
educacionais da escola, do saber e da aprendizagem dos alunos, apontamos assim,
as características fundamentais do perfil do diretor, como líder. Essa
característica foi a segunda mais apontada por 30%, dos participantes (Figura
3).
Figura 3. O perfil do diretor para que a gestão seja democrática.
Fonte: Resultados
originais da pesquisa (2018).
Podemos observar
que entre as características do diretor, destacamos 45% a permissão da
participação, 30% dialogo, 30% liderança, 30% ter voz, 5% ser flexível, 5%
respeito a autoridade e 5% priorização da escola. Ser líder não é ser gerente, no sentido de
controlar as ações dos trabalhadores, conforme os princípios da administração
capitalista (PARO, 2012), é muito mais do que isto, é possuir uma visão global
da escola como uma instituição social e que sob sua liderança promove a
sinergia pedagógica, voltada para a dinamização e coordenação do processo
co-participativo, capaz de atender as demandas educacionais (LÜCK, 2009a;
CABRAL; SOUSA; DO NASCIMENTO, 2015; LOPES, OLIVEIRA; SILVA, 2016).
Para Becker
(2017) a gestão escolar deve ser participativa, oportunizando a democracia com
direito a opinião e decisão, segundo o autor
Torna-se, assim,
aceitável compreender que o trabalho dos gestores escolares se assenta sobre
sua capacidade de liderança, isto é, da capacidade de influenciar a atuação de
pessoas para o trabalho, a aprendizagem e a construção de conhecimentos. A
gestão se constitui em processo de mobilização e organização do talento humano
para atuar de forma compartilhada na promoção dos objetivos educacionais.
Contudo, um dos principais empecilhos na efetivação da gestão escolar
participativa é a resistência à mudança, mesmo as almejadas, por parte da
comunidade escolar (pais, alunos, professores e demais funcionários) que, por
vezes, omitem-se e não colaboram (BECKER, 2017, p. 395).
Liderança é o processo de
encorajar os outros a trabalharem positivamente na consecução dos objetivos,
como o fator humano, que ajuda um grupo a identificar para onde ele está indo e
assim a motivar-se em direção ao objetivo. Uma organização sem liderança seria
somente uma confusão de pessoas e máquinas assim como uma orquestra sem maestro
seria somente músicos e instrumentos. A orquestra e todas as outras
organizações requerem liderança para se desenvolver ao máximo (CURY, 2007;
LÜCK, 2012; DE SOUZA; DE OLIVEIRA; CARVALHO, 2017).
De acordo com Maximiano (1995), a liderança, considerada atributo
da pessoa, “é a capacidade pessoal, inerente ao indivíduo, de fazer obedecer,
de influenciar ou orientar o comportamento alheio”. Segundo Lück (2008), as
três principais linhas teóricas sobre liderança são a teoria dos traços de
personalidade, que analisa a efetividade da liderança a partir de um conjunto
de características especiais de um líder; teoria dos estilos de liderança, que
se assenta sobre a ênfase dada à distribuição de poder; a teoria situacional,
que explica a liderança dos processos e fatores contingências e a dinâmica da
cultura organizacional dos contextos onde a liderança se expressa (BECHER,
2017).
As características do gestor, nos dias atuais, não estão agregadas
apenas nos traços pessoais ou técnicos, mas naquelas características que são
aprimoradas no decorrer do dia a dia, das ações que são enfrentadas, das
dificuldades que são superadas. Esses e tantos outros aspectos transformam,
modificam o modo de trabalho do gestor como líder (DE SOUZA; DE OLIVEIRA;
CARVALHO, 2017).
Quando se tem um gestor líder com postura positiva em suas ações,
isso normalmente contagia a equipe que se torna motivada, sem medo de mudanças
e desafios, onde o gestor dessa maneira, propícia a busca da satisfação pessoal
pelo profissional que ali atua. Ser líder não é ser gerente que executa
tarefas, controla recursos, administra uma estrutura, etc. Embora não negamos
que seja necessário o gestor possuir habilidades técnicas, que é exatamente a
capacidade de aplicar conhecimentos específicos da sua área de atuação, contudo
o gestor escolar necessita de habilidades especificas, tais como: conhecimentos
pedagógicos, legais, habilidades de gerir recursos e infraestrutura etc.
Entretanto, não podemos ignorar a grande importância das
habilidades humanas, que é exatamente a capacidade de trabalhar com pessoas e
equipes, tornando-as participantes, responsáveis, compreendendo-as e
motivando-a (ROBBINS et al., 2010).
Becker (2017) destaca o papel da liderança dentro do contexto
organizacional escolar como articulador da orientação direção desejada,
interpretando sentimentos e expectativas do dentro de um contexto cultural.
Ritter (1994 apud BERGAMINI, 2005, p. 132), menciona que o líder eficaz combina
quatro talentos, a saber
1. talento cognitivo: capacidade de interpretar o mundo para compreender
os objetivos pela organização;
2. talento social e político: capacidade de compreender o sistema
social que é a organização e a capacidade de influir sobre sua evolução por
meio de decisões que dizem respeito às estruturas e regras, bem como as particularidades
dos indivíduos do grupo que levem a ser detentor da autoridade formal;
3. talento Intrapsíquico: capacidade de pensar no seu próprio
poder e perceber os perigos das suas próprias paixões;
4. talento Ético: capacidade de compreender o poder
organizacional; deposita nele a responsabilidade frente ao outro, na medida em
que arrasta aqueles que seguem na sua interpretação do mundo e sua ação sobre o
social.
Desenvolver relacionamentos interpessoais trará grandes ganhos
para o ambiente de trabalho, onde ser bom ouvinte, dialogar sempre, fomentar e
permitir a participação, saber entender a necessidade das pessoas e administrar
conflitos, fazem parte do portfólio de um bom gestor. Como ele vai realizar sua
tarefa através do trabalho de outras pessoas, precisa ter boas habilidades
humanas (CURY, 2007; DE SOUZA; DE OLIVEIRA; CARVALHO, 2017). A escola não
necessita de gerente, alguém para controlar o trabalho e dividi-lo, ou
supervisionar os trabalhadores, mas alguém capaz de caminhar juntamente com a
equipe, integrando-a, e rumando para os objetivos e metas da escola segundo
Lück (2009b),
A crescente complexidade do trabalho pedagógico levou à
instituição de funções diferenciadas no sistema de ensino e na escola,
atribuídas a profissionais diversos. No entanto, nem sempre os membros da
organização educacional estiveram preparados para essas formas mais complexas
de ação e passaram a simplificá-las e a estereotipá-las, burocratizando-as e
estabelecendo, desnecessariamente hierarquias e segmentações inadequadas.
Assim, o que poderia ter correspondido a um avanço na educação, promoveu um
dispêndio de recursos e de energia, sem resultados positivos e operacionais
paralelos. O exagero da burocracia e da hierarquia teve como consequência, no
dia-a-dia das unidades de ensino, situações como ouvir-se: "vamos fazer,
porque a diretora disse!"; de ver-se uma secretária escolar não sair da
secretaria, ou se o faz, dar atendimento a um aluno com má vontade, porque essa
não é a sua função. A superação da visão burocrática e hierarquizadora de
funções e posições, evoluindo para uma ação coordenada, passa, necessariamente,
pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento da totalidade dos membros do
estabelecimento, na compreensão da complexidade do trabalho educacional e
percepção da importância da contribuição individual e da organização coletiva
(LÜCK, 2009b, p. 6).
Para Peter Drucker, Diretrizes, Metas e Estratégias do PNE
(SEE-SP, 2010; BRASIL, 2014), a liderança é capaz de mudar conforme as
circunstâncias, independente do posto de cada membro. Inclusive para ele, na
era do conhecimento e informação, a ideia de “posto” será substituída pela
ideia de “atribuição”. O trabalho dinâmico da escola pede esse
compartilhamento, essa interpenetração, que faz como que o resultado coletivo
seja maior do que a soma dos desempenhos individuais, devendo ser colaborativo.
A primeira característica importante, apontada pelos entrevistados, para o
perfil do gestor é exatamente alguém que permite e fomenta a participação da
equipe e da comunidade escolar.
Liderar a partir da ideia de atribuição exige do gestor, um mínimo
de capacidade de compreender o que se passa na escola, e quais seus pontos
fortes e fracos. Contudo, ninguém lidera uma instituição que não conhece, então
para John Kotter segundo Diretrizes, Metas e Estratégias do PNE (SEE-SP, 2010;
BRASIL, 2014) compreender sua organização e o ambiente onde trabalhamos é uma
aptidão fundamental no exercício da liderança. Certamente não existe nada
melhor para o conhecimento de uma instituição como a escola, que a base de sua
força de trabalho é o ser humano, e não máquinas como a indústria, do que ouvir
e dialogar.
É imprescindível que uma escola que busca possuir uma gestão
democrática saiba ouvir e dialogar com toda a comunidade escolar, entendendo
seus problemas e limitações, buscando soluções reais e possíveis, no entanto,
ouvir e dialogar são elementos indispensáveis para uma gestão democrática real
e dinâmica. Assim o gestor-líder será um facilitador, um especialista em
pessoas, sua atuação ajuda as pessoas a superarem limites e amarem seu trabalho
(SEE-SP, 2010), sendo capaz de gerar sinergia coletiva e fazer como que as
ações sejam eficazes, pois são articuladas conjuntamente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O propósito desse estudo foi analisar a percepção da comunidade
escolar quanto ao perfil do diretor ou gestor a partir da realidade da gestão
democrática, através de uma abordagem qualitativa de caráter exploratório com a
aplicação de um questionário a fim de checar as causas do problema. Os resultados
obtidos apresentam que 80% dos
pesquisados acreditam que não há gestão democrática implantada nas escolas
estaduais, 5% que sim e 15% parcialmente. No entanto 70% afirma que a gestão
participativa é maior de idade dificuldade, seguidas de 50% para recursos
financeiros e 45% para a gestão de pessoas.
A maioria dos participantes entende que as ações para escola ser
mais democrática estão nas áreas da gestão participativa e recursos humanos
deveriam englobar ações como a elaboração do PPP em conjunto com a comunidade
escolar, os professores deveriam ser ouvidos quanto as questões relacionadas a
educação através de debates e esclarecimento dos resultados, a comunidade
escolar deveria ser ouvida e participativa junto na tomada de decisões dentro
da escola, assim melhoraria o ambiente escolar
Para uma gestão ser mais democrática foi observado que 80%
referem-se a uma dimensão mais coletiva, seguida de 15% com ações de dimensão
pedagógica e 5% de dimensão econômica, com atuação nas áreas de gestão dos recursos
físicos e financeiros, pedagógica e nos resultados educacionais do ensino e da
aprendizagem, respectivamente.
Por essa razão, o diretor que também pode ser chamado de gestor
escolar ou ainda líder formal, terá como uma das características centrais do seu
trabalho, o esforço contínuo de organizar os trabalhos escolares envolvendo os
diferentes segmentos representativos da escola-professor, funcionários, alunos
e comunidade, com isso a dimensão do gestor, terá além do papel de educador,
como de buscar e alcançar os objetivos educacionais da escola, do saber e da
aprendizagem dos alunos, apontamos assim, as características fundamentais do
perfil do diretor, como líder.
Para definirmos as características do diretor, destacamos 45% a
permissão da participação, 30% dialogo, 30% liderança, 30% ter voz, 5% ser
flexível, 5% respeito a autoridade e 5% priorização da escola.
Quando se tem um gestor líder com postura positiva em suas ações,
isso normalmente contagia a equipe que se torna motivada, sem medo de mudanças
e desafios, onde o gestor dessa maneira, propícia a busca da satisfação pessoal
pelo profissional que ali atua. Ser líder não é ser gerente que executa
tarefas, controla recursos, administra uma estrutura, etc. Entretanto, não
podemos ignorar a grande importância das habilidades humanas, que é exatamente
a capacidade de trabalhar com pessoas e equipes, tornando-as participantes,
responsáveis, compreendendo-as e motivando-a
A saber, que o diretor democrático deve ser um líder (ter uma
visão estratégica, ser empreendedor, ser dedicado, determinado, persistente,
ser entusiasmado, possuir expectativas elevadas e disposição para aceitar
desafios e lidar), conduzindo à escola a consecução dos seus objetivos e metas.
Outra característica é que um gestor verdadeiramente democrático
permite a participação (tem espírito de equipe e capacidade de mobilização de
pessoas) de toda a comunidade escolar. Participação não apenas no processo
democrático, mas no levantamento de problemas, elaboração e efetivação das decisões.
Finalmente, como democracia é um processo coletivo e se faz pela participação
das pessoas, as habilidades humanas, de saber ouvir (ter sensibilidade humana,
empatia) e dialogar (inteligência emocional e inteligência social) é o antidoto
contra o autoritarismo e a pseudoparticipação.
REFERÊNCIAS
ADRIÃO, T.; CAMARGO, R. B. D. A gestão democrática na
Constituição Federal de 1988. Gestão,
financiamento e direito à educação: análise da LDB e da Constituição Federal.
São Paulo: Xamã, p. 69-78, 2001.
BECKER, M. M.; DE SOUZA; M. L.; PARDAL, P. P. M.; SILVA, J.
M. Os Desafios da Liderança Participativa e Democrática na Gestão
Escolar. Revista Eletrônica Pesquiseduca, v. 8, n. 16, p. 394-407,
2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em www.planalto.gov.br. Acesso em maio de 2017.
BRASIL. Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira [INEP]. Disponível em
http://www.publicacoes.inep.gov.br. Acesso em maior de 2017.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional [LDB] 1996. Disponível em http://portal.mec.gov.br. Acesso em maior de 2017.
BRASIL.
Plano Nacional da Educação [PNE]. Plano Nacional de Educação 2014-2024: Linha
de Base. 2015. Disponível em http://presrepublica.jusbrasil.com.br.
Acesso em maio de 2017.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de
junho de 2014, Plano Nacional de Educação (PNE) Brasília: Câmara dos Deputados,
Edições Câmara, 2014. 86 p. (Série Legislação, n. 125). Disponível em
http://www.planalto.gov.br. Acesso em maio de 2017.
CABRAL, M. S. N.;
SOUSA, M. T. C.; DO NASCIMENTO, A. F. Estilos de liderança no contexto da
gestão escolar democrática: algumas apreciações. Revista Signos, v.
36, n. 2, 2015.
CÁRIA, N. P.;
LAMBERT-DE-ANDRADE, N. Gestão democrática na escola:
em busca da participação e da liderança. Revista Eletrônica de
Educação, v. 10, n. 3, p. 9-24, 2016.
CARVALHO,
T. P. S. O.; COSTA, L. S.; ALEXANDRE, L. A. C. Gestão Democrática na Escola
Pública Contemporânea. Id on Line Revista Multidisciplinar e de
Psicologia, v. 11, n. 36, p. 385-406, 2017.
COSTA,
E. M. M. P. Gestão Escolar Democrática, Tese de Doutorado, 2018. Disponível em bdigital.ufp.pt. Acesso em
maior de 2017.
CURY,
C. R. J. A gestão democrática na escola e o direito à educação. Revista
Brasileira de Política e Administração da Educação-Periódico científico editado
pela ANPAE, v. 23, n. 3, 2007.
DA
SILVA, A. F.; MIRANDA, G. J. A importância da gestão democrática na
implementação de uma educação de qualidade, 2019.
DE
SOUZA, Â. R. Explorando e construindo um conceito de gestão escolar
democrática. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 25, n. 3, p.
123-140, 2009.
DE
SOUZA, L. T.; DE OLIVEIRA, A. M.; CARVALHO, M. A. Influência da liderança na qualidade da
gestão democrática de uma escola pública. Revista Liberato, v. 18, n. 29, p.
19-28, 2017.
DOURADO,
L. F. Gestão em educação escolar, 2016. Disponível
em proedu.rnp.br. Acesso em maior de 2017.
FAVARIN,
E. do A.; DA ROCHA, A. M. Gestão educacional inovadora: o professor na cultura
digital. Regae-Revista de Gestão e Avaliação Educacional, v. 4, n. 8,
p. 59-78, 2015.
FONSECA, M. 2014. Planos
de governo e educação brasileira: do regime militar aos tempos atuais. Revista Brasileira de Política e Administração
da Educação. v. 30, n. 2, p. 251-268. Disponível em http://seer.ufrgs.br.
Acesso em maior de 2017.
GADOTTI, M. Concepção
dialética da educação: um estudo introdutório. Editora Cortez, São
Paulo, SP, Brasil, 2001.
GHISLENI,
A. C.; COSTA, D. M. A avaliação revisitada: novos espaços do político e do
pedagógico na gestão educacional. Revista Ibero-Americana de Estudos em
Educação, v. 14, n. 3, p. 956-972, 2019.
GOMES,
A. V. A. Gestão democrática no plano nacional de educação. GOMES, A. V. A.;
BRITTO, T. F. Plano Nacional de Educação: construção e perspectivas.
Brasília: Câmara dos Deputados, 2015.
GRACINDO,
R. V. O gestor escolar e as demandas da gestão democrática: exigências,
práticas, perfil e formação. Retratos da Escola, v. 3, n. 4, 2012.
LIBÂNEO, J. C.
Organização e gestão da escola: Teoria e Prática. 5ed. Alternativa, Goiânia,
2004.
LIMA, L. C. 2014. A
gestão democrática das escolas: do autogoverno à ascensão de uma pós-democracia
gestionário? Educ. Soc., Campinas, v. 35, n.
129, p. 1067-1083.
LIMA, K. Plano Nacional de Educação 2014-2024. Educação,
2014, 2024. 2015.
LOPES, M. F. D. S.; OLIVEIRA, E. R. C. D.; SILVA,
N. M. R. A competência da liderança e a gestão escolar.
2016. Disponível em repositorioinstitucional.uniformg.edu.br.
Acesso em junho de 2017.
LÜCK, H. A
escola participativa: O trabalho do gestor escolar. 6 Edição, Editora Vozes,
Rio de Janeiro, RJ, 2009a.
LÜCK, H. A evolução da gestão educacional a partir de
mudança paradigmática, 2009b.
Disponível em https://progestaoead.files.wordpress.com. Acesso em junho de
2017.
LÜCK,
H. Gestão educacional: uma questão paradigmática. Editora Vozes Limitada, São
Paulo, SP, 2017.
LÜCK,
H. Liderança em gestão escolar. Editora Vozes Limitada. São Paulo, SP,
2012.
LUCKESI,
C. C. Gestão Democrática da escola, ética e sala de aula. ABC educatio, v.
64, 2007.
MACHADO,
C. Avaliação externa e gestão escolar: reflexões sobre usos dos
resultados. Revista@ mbienteeducação, v. 5, n. 1, p. 70-82, 2017.
MAXIMIANO, A. C. A.
Além da hierarquia: como implantar estratégias participativas para administrar
a empresa enxuta, Editora Atlas, São Paulo, SP, 1995.
NASCIMENTO,
L. P. D. " Novas formas" de gestão da escola pública: implicações
sobre o processo de democratização da gestão, 2015.
Disponível em monografias.ufrn.br. Acesso
em março de 2017.
OLIVEIRA,
E. C. D. Gestão escolar: o papel do diretor na perspectiva de uma gestão
participativa. Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, 2016.
OLIVEIRA,
M. A. M. Gestão educacional: novos olhares, novas abordagens, v. 1, Editora Vozes
Limitada, São Paulo, SP, 2010.
OLIVEIRA,
T. R. B.; RIBEIRO, M. P. Gestão escolar democrática: alternativa para a
educação além do capital?. Interfacis, v. 1, n. 1, 2015.
PADILHA,
A. S. A importância da participação da família na gestão escolar democrática,
2018, Universidade Federal de Santa Maria, Disponível em repositorio.ufsm.br. Acesso em março de 2017.
PARO, V. H.
Administração escolar: introdução crítica. 17 Edição, Editora Cortez, São
Paulo, SP, 2012.
PARO, V. H. Gestão
democrática da escola pública. 3 Edição, Editora Ática, São Paulo, SP,
2006.
PARO,
V. H. Gestão escolar, democracia e qualidade do ensino. Editora Ática, São
Paulo, SP, 2007.
RICHARDSON, R. J. 1999. Pesquisa
Social: métodos e técnicas. Editora Atlas, São Paulo, SP.
ROBBINS, S. P., JUDGE, T. A.; SOBRAL, F. Comportamento
organizacional. 14 Edição, Editora Person Prentice Hall, São Paulo, SP, 2010.
SANTOS,
J. Gestão democrática. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. Disponível
em www. estacio.webaula.com. br. Acesso em março de 2017.
SECRETARIA DA
EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO [SEE-SP]. Caderno do Gestor: Gestão do
currículo na escola. 1 e 3, 2010. Disponível em www.rededosaber.sp.gov.br.
Acesso em março de 2017.
SHIMAMOTO,
S. V. D. M. Gestão Escolar Democrática: Discursos de transformação ou
conservação? 2011. Universidade Federal Fluminense, Disponível
em http://
clyde.dr.ufu.br. Acesso em novembro 2019.
SILVA,
A. K. V. D. Relações interpessoais: desafio para uma gestão escolar
democrática, Universidade Estadual da Paraíba, 2019, Disponível em http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/15503. Acesso
em novembro 2019.
SOUZA,
D. Q. M. D. Gestão Democrática da Escola Pública: desafios e perspectiva. In
Congresso Internacional De Educação, EDUCERE, VIII, Curitiba, v. 6, 2008.
TAVARES,
T. M. Olhares Sobre a Gestão da Educação: Controvérsias e Desafios. Editora
Appris, São Paulo, SP, 2019.
TORRES,
A.; GARSKE, L. M. N. Diretores de escola: o desacerto com a democracia. Em
Aberto, v. 17, n. 72, 2008.
VALERIEN, J. Gestão da
escola fundamental: subsídios para análise e sugestões de aperfeiçoamento.
2 Edição, Editora Cortez, São Paulo, SP, 1993.
VIEIRA,
G. D. G. Gestão escolar. de Política e Administração da Educação-Periódico científico
editado pela ANPAE, Universidade Estadual da
Paraíba, 2017. Disponível em http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/15503. Acesso
em novembro 2019.
VIEIRA,
S. L.; VIDAL, E. M. Gestão democrática da escola no Brasil: desafios à
implementação de um novo modelo. Revista Iberoamericana de
educación, v. 67, n. 1, p. 9-38, 2015.