Vol. 3, n.
2, Agosto/2019
ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO EMPREENDEDORISMO NO BRASIL NO
PERÍODO DE 2002 A 2016
José
Alan Barbosa da Silva
http://orcid.org/0000-0003-0693-1378
Universidade Estadual de Goiás - UEG
Murilo Sergio Vieira Silva
https://orcid.org/0000-0003-3915-793X
Universidade Estadual de Goiás – UEG, campus Aparecida
de Goiânia
RESUMO
Este artigo
apresenta a evolução do empreendedorismo no Brasil, nos últimos 15 anos,
utilizando como fonte de dados secundário, as pesquisas do Global
Entrepreneurship Monitor (GEM) e do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e do Serviço de Apoio as Micros e Pequenas Empresas
(SEBRAE), cuja buscas realizadas de 2002 a 2016. Os resultados apontam uma
análise descritiva quanto á taxa de empreendedores novos e nascentes, taxa de
empreendedorismo segundo estágio do empreendedor (inicial e estabelecido), bem
como, a taxa de empreendedorismo iniciais segundo sua motivação (por
oportunidade ou necessidade), empreendedores segundo gênero, faixa etária e
grau de escolaridade. Este estudo mostrou que o Brasil de 2002 a 2016 apresenta
um crescimento significativo em relação ao empreendedorismo, assim como avanço
da contribuição do sexo feminino na economia, aumento do empreendedorismo por oportunidade,
bem como estabilidade e maior período de sobrevivência dos negócios já
existentes.
Palavras-chave: Empreendedorismo. Desenvolvimento
econômico. Atividade Empresarial.
ANALYSIS OF
ENTREPRENEURSHIP IN BRAZIL IN THE PERIOD FROM 2002 TO 2016
ABSTRACT
This article
presents the evolution of entrepreneurship in Brazil, in the last 15 years,
using as secondary data source, the surveys of the Global Entrepreneurship
Monitor (GEM) and the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE)
and micro and small business support service (SEBRAE), whose searches carried
out from 2002 to 2016. The results point to a descriptive analysis regarding
the rate of new and springs entrepreneurs, entrepreneurship rate according to
the stage of the entrepreneur (initial and established), as well as the initial
entrepreneurship rate according to their motivation (by opportunity or
necessity), entrepreneurs according to gender, age group and educational level.
This study showed that Brazil from 2002 to 2016 presents a significant growth
in relation to entrepreneurship, as well as the advancement of the contribution
of women in the economy, increase in entrepreneurship by opportunity, as well
as stability and longer survival period of existing businesses.
Keywords: Entrepreneurship. Economic development. Entrepreneurial.
Datas Editoriais:
Submetido: 23/06/2019
Aceito: 21/08/2019
Publicado: 31/08/2019
INTRODUÇÃO
O
empreendedorismo é considerado um fenômeno global, assumindo uma posição
de destaque no cenário político, econômico e social, sua relevância tem sido
bastante discutida e explorada na contemporaneidade, através de estudos e
pesquisas cientificas, que procuram investigar qual é o perfil, quem são as
pessoas e como ocorrem as oportunidades para a criação de um negócio. Vários
autores enfatizam que existe uma forte correlação entre o empreendedorismo, o
crescimento e o desenvolvimento econômico e social (DOLABELA, 2008; VIEIRA et
al., 2014; DA SILVA, et al. 2019; KAKOURIS; GEORGIADIS, 2016; DA SILVA; SCHLAG,
2017; DA SILVA; SILVA, 2018; DA SILVA, 2019; THAI; TURKINA, 2014).
Diante
disso, o empreendedorismo é considerado como uma importante perspectiva para
desenvolver a economia e gerar empregos (BRUTON; AHLSTROM; LI, 2010).
Inicialmente, alguns trabalhos de pesquisadores buscaram entender o fenômeno do
empreendedorismo. Neste contexto, foi dado o início nas pesquisas relacionadas
ao tema, que rapidamente, e, mundialmente, se proliferaram nos mais variados
periódicos científicos (BAKAR et al., 2015; VIEIRA et al., 2013; WADHWANI,
2012).
Neste cenário, há um consenso, entre os
diversos autores, que destacam que o empreendedorismo se traduz na criação de
novos empreendimentos, o que contribui para alavancar a economia, impulsionar o
comércio, criar novas oportunidades de negócios e gerar emprego para a
população, (SHANE; VENKATARAMAN,
2000; LAMBING; KUEHL,
2007). Nesta lógica, o presente trabalho coopera, dado a investigação e estudo
sobre o cenário, evolução e relevância do empreendedorismo como prática de atividade
empresarial brasileira no período de 2002 a 2016.
Dolabela
(1999) e Filion (1999; 2000) salientaram que, diante das constantes
transformações política, econômica, e da variedade, e diversidades de
características dos empreendedores brasileiro, o desenvolvimento de trabalhos
que busquem entender como ocorre o empreendedorismo e aponte sua evolução
temporal, contribuem para evidencias sobre o perfil empreendedor, essas
informações podem ser utilizadas para impulsionar e desenvolver o
empreendedorismo no Brasil.
Autores como Yang e Zhao (2014), Róman,
Congregado e Millán (2013) enfatizaram que este cenário coopera para a melhoria
do ensino nas universidades ao reforçar a formação, a visão e a inovação do
talento empresarial. Diante disso, tem-se tornado prática comum, as
universidades incluírem nos cursos de administração e engenharias, a disciplina empreendedorismo, que tem
sido amplamente discutida e analisada, o objetivo é mostrar para os
alunos características empreendedoras (EVANS et al., 2007).
Neste
contexto, as oportunidades de negócio que surgem no âmbito nacional e
internacional possibilitam a construção das condições básicas para o alcance e
estabilidade da economia, através de uma maior divulgação, cultura e
conhecimento empreendedor, inclusive em projetos educacionais inseridos nos
cursos de graduação (RUDA et al., 2012).
Segundo
dados da pesquisa realizada por Dornelas (2011), o empreendedorismo mundial vem
crescendo de forma substancial, isso é reflexo de ações que apoiam os
empreendedores, como os programas de incubação de empresas, os parques que
ajudam no desenvolvimento de tecnologias, as universidades que estimulam o
empreendedorismo, além dos programas e subsídios governamentais que incentivam
e buscam promover a criação de novos negócios, através das agências que dão
suporte e treinamento bem como os programas de desburocratização e liberação ao
crédito para as pequenas e médias empresas.
Um bom
exemplo de que o empreendedorismo é uma atividade que deve ser apoiada pelo
governo, pelas entidades e universidades, é o que ocorre nos países Europeus,
nos Estados Unidos e Ásia, que acreditam e apoiam o desenvolvimento do
empreendedorismo, exatamente por acreditar que a saída para a crise é continuar
estimulando e desenvolvimento da atividade do empreendedorismo em todos os
níveis (DORNELAS, 2001).
Economias
emergentes, como as dos países da Ásia, África e América Latina, o
desenvolvimento do empreendedorismo representa papel crucial para o crescimento
econômico e social, ao contribuir para o aumento do PIB, comércio e geração de
emprego (SANDU, 2008; PFEIFER; SARLIJA, 2010; SHANE, 2012).
Nesta visão, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2016),
destaca que o empreendedorismo versa-se sobre qualquer tentativa de criação de
um novo empreendimento, como, por exemplo, qualquer atividade autônoma, criação
de uma nova empresa ou a ampliação do empreendimento já existente.
Para
realizar a investigação e análise referente ao empreendedorismo no Brasil e a
sua evolução e contribuição para o crescimento econômico, este trabalho,
utilizou dados da pesquisa GEM, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (SEBRAE) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) dos anos de 2002 a 2016. Estes indicadores foram escolhidos pelo motivo
destes dados serem considerados como de maior impacto sobre o acompanhamento do
empreendedorismo no Brasil.
Diante disso, o objetivo deste trabalho é
investigar o empreendedorismo brasileiro e a sua evolução nos últimos 15 anos,
a partir de 2002, como também analisar o empreendedorismo segundo as práticas
do empreendedor e a sua motivação (ocorre por oportunidade e/ou por
necessidade), identificando também características como gênero, faixa etária,
escolaridade e renda familiar, e as de seus empreendimentos, como, estágio,
porte, inovação e formalização.
Pesquisas
sobre empreendedorismo no Brasil que utilizaram o GEM, podem ser encontradas
nos trabalhos realizados por: BRUNEAU; MACHADO, 2006; MEZA et al., 2008;
PEDROSO et al., 2009; NOGAMI; MACHADO, 2011; SOUZA; LOPEZ JÚNIOR, 2011; NOGAMI;
MACHADO, 2014; SILVA et al., 2015. Os dados utilizados por estes autores
correspondem ao período de 2000 a 2013.
Deste modo, surge uma lacuna a ser
preenchida, principalmente referente aos dados dos últimos 3 anos (2014-2016),
onde ocorreram diversas mudanças no cenário político, econômico e social, no
Brasil e no mundo. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo a seguinte
indagação: Perante essas mudanças, qual é a evolução e estágio atual do
empreendedorismo brasileiro, considerando o período de 2002 a 2016 (últimos 15
anos)?
Esta pesquisa se justifica por demonstrar
quais atributos, cenário atual, estímulos relacionados ao exercício do
empreendedor, podendo contribuir através da verificação e exploração temporal
sobre o empreendedorismo brasileiro. Além disso, este estudo fornece análises
detalhadas e especificas dos principais dados dos indicadores do GEM, do IBGE e
do SEBRAE. Espera-se contribuir com informações que possibilitam ao leitor
fácil compreensão.
Este artigo está constituído com as
seguintes seções: esta da introdução, apresentando relevância, objetivo e
resultado esperado deste estudo; a seção 2, traz a base teórica que fundamenta
este trabalho; a seção 3, apresenta a metodologia; a seção 4, traz a avaliação
e os resultados obtidos; e, finalmente, a seção 5 que apresenta as
considerações sobre esta pesquisa e sugestões para futuros trabalhos.
REFERENCIAL TEÓRICO
Na atualidade,
o empreendedorismo é considerado como importante atividade para o desenvolvimento
mundial da economia e da sociedade. Por esse motivo, diversos profissionais e
pesquisadores buscam entender como ocorre o fenômeno do processo de empreender,
e como transcorre suas interações com o ambiente econômico, social e político,
como também no ambiente organizacional e em distintos contextos do setor
público e privado (KELLEY et al., 2012).
Neste âmbito,
na área de ensino, pesquisa e extensão, são ofertadas disciplinas em cursos de
aperfeiçoamento, graduação, pós-graduação lato sensu, mestrados e doutorados
com linhas de pesquisa em empreendedorismo. Observa-se ainda um crescente
número de trabalhos de conclusão, monografias, dissertações, teses, congressos
e iniciação cientifica que abordam a temática do empreendedorismo.
Dornelas (2003),
Gil e Silva (2015),
da Silva e Silva (2018),
chamam a atenção para que os estudos que tratam do empreendedorismo, busquem
considerar múltiplos fatores, dentre estes, a inovação, a criatividade, as
descobertas, a invenção, a liderança, a cultura, a decisão, a visão de futuro,
os riscos que envolvem o processo de empreender, o julgamento, os valores, as
crenças e a forma de gerenciar os recursos humanos, materiais e financeiros que
fazem parte do negócio. Ainda nesta visão, Denzin e Lincoln (1994) enfatizaram
que essas são características que contribuem para uma maior compreensão do
empreendedorismo, como também as pesquisas que são realizadas com os próprios
autores que na prática exercem essa função.
No Brasil, o assunto empreendedorismo é recente. Prova
disso é que somente em 2003 é que essa temática foi abordada no Encontro
Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ENANPAD). Muitos autores
até então, advertem que ainda não foi desenvolvido uma teoria própria sobre o
fenômeno do empreendedorismo (AMIT et al., 1993; GREBEL et al., 2003), há muito
o que pesquisar e entender sobre essa atividade.
Outros aspectos relacionados ao empreendedorismo,
como gênero, idade, participação das mulheres e a forma como gerenciam seus
empreendimentos devem ser estudados, pois são relevantes e necessários para
compreensão deste fenômeno (GOMES et al., 2011;), além disso, o aspecto
religião também gera impactos no comportamento e desenvolvimento do
empreendedor (SERAFIM et al., 2010).
Outro ponto
fundamental, é que, mesmo não sendo respaldado pela constituição do Brasil de
1988 e nem pela Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB), mais que merece bastante atenção, é a necessidade
do governo, universidades e centros de pesquisas, promoverem de forma gratuita
e intensiva o ensino, pesquisa, extensão e aprendizado na área do
empreendedorismo, (DA SILVA; SILVA, 2018; CUNHA; SANTOS 2006; NASSIF et al.,
2012).
METODOLOGIA
Com o objetivo de investigar e promover informações
sobre a evolução do empreendedorismo no Brasil, tema que merece bastante
atenção, esta pesquisa utilizou dados secundários obtidos através do estudo
realizado pelo GEM, IBGE e SEBRAE, e teve por finalidade, analisar e comparar o
cenário do empreendedorismo no Brasil e a sua evolução entre os anos de 2002 a
2016 (últimos 15 anos).
O GEM, foi iniciado em 1999, através de uma
parceria entre a London Business School e o Babson College. Atualmente esta
pesquisa descreve bem a realidade do empreendedorismo mundial. Historicamente,
este estudo, já compreendeu cerca de 100 países e atualmente representa a maior
pesquisa sobre o empreendedorismo global.
A fonte de pesquisa realizada neste trabalho
compreende o trabalho realizado pelo GEM (2016). Neste estudo participaram 66
países, com uma abrangência de 70% da população mundial, representando 83% do
Produto Interno Bruto (PIB) global.
No Brasil, este estudo é realizado desde o ano de
2000, e tem como parceiro o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade
(IBQP) e conta com o apoio técnico e financeiro do SEBRAE. No ano de 2011 o GEM
ganha mais dois parceiros acadêmicos para fundamentar mais ainda este projeto,
o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas
(FGVCenn) passa a colaborar com os dados da pesquisa, e ainda no mesmo ano de
2011 a Universidade Federal do Paraná (UFPR) também passou a apoiar as
pesquisas e se uniu a FGV através de parcerias acadêmicas, passando a
incorporar um caráter multi e interdimensional do empreendedorismo (SAUTET,
2013; SMALLBONE et al., 2013).
O GEM (2016) destaca-se em relação aos outros
estudos sobre o empreendedorismo, por dois motivos: primeiro, pelo fato do
estudo pesquisar o indivíduo empreendedor, desta forma, os dados da pesquisa
são realizados diretamente com a fonte primária que é a própria pessoa que na
prática empreende. Segundo diferencial é que o GEM utiliza amplo conceito de
empreendedorismo, objetivando captar os diferentes tipos de empreendedorismo
(formais ou informais), sejam os empreendimentos da base da pirâmide que
representam os pequenos ou aqueles que estão relacionados a empreendimentos
mais sofisticados de alto valor de mercado.
A primeira
informação a ser analisada será sobre a taxa de empreendedorismo no Brasil no
ano de 2016. Os dados obtidos foram analisados através da pesquisa com a
população adulta entre 18 e 64 anos, classificadas como APS (Atenção Primária a
Saúde). No segundo momento, serão analisadas as taxas gerais desses indivíduos.
Esses dados gerais são classificados em subgrupos, e tem por finalidade dividir
e verificar o estágio em que se encontra o empreendedor ou o motivo pelo qual o
indivíduo buscou empreender. Os subgrupos são: taxa de empreendedorismo (TTE),
taxa de empreendedorismo inicial (TEA: nascentes ou novos) e taxa de
empreendedorismo estabelecido (TEE).
Para análise e
tabulação dos dados obtidos e construção das tabelas e gráficos utilizou-se a
ferramenta de software Excel versão 2016.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE
RESULTADOS
Esta seção avalia os resultados obtidos,
inicialmente sobre a taxa de empreendedorismo no Brasil no ano de 2016. Na
sequência demonstra as taxas e estimativas gerais do empreendedorismo de 2002 a
2016, como: estágio dos empreendimentos; taxas de empreendimentos novos e nascentes;
taxas de empreendimentos por oportunidade e por necessidade; características
sociodemográficas dos empreendedores; faturamento anual e número de empregados
dos empreendimentos iniciais e estabelecidos; distribuição percentual dos
empreendimentos conforme setor de atuação, atributo inovação do produto ou
serviço e mentalidade para empreender.
Taxa de Empreendedorismo no
Brasil
Segundos dados do GEM (2016), os empreendedores
nascentes são aqueles que ainda não pagaram salário, pró-labores ou qualquer
outra forma de remuneração aos proprietários em um período igual ou superior a
três meses. Já os empreendedores novos, são aqueles que pagaram salários,
geraram pró-labores, ou qualquer outra forma de remuneração para os
proprietários por um período maior que três meses e menor que 42 meses. Os
empreendedores estabelecidos são aqueles que administram e são proprietários de
um negócio já consolidado e que já pagaram salários, gerou pró-labores ou
qualquer outra forma de remuneração aos proprietários em um período maior que
42 meses (3,5 anos).
Referente as motivações que levam um indivíduo a
empreender, os dados foram classificados da seguinte forma: Empreendedorismo
por oportunidades são aqueles que afirmaram ter iniciado um negócio motivados
pela percepção de uma oportunidade no ambiente. Já os empreendedores por
necessidade, são aqueles que afirmaram que o negócio surgiu em um momento de
falta de opções de trabalho e renda.
Congregado, Millán e Román (2010) e Parker (2009)
também identificaram esses dados em sua pesquisa, ao relatar que, ao aumentar a
quantidade de desemprego no Brasil, aumenta o número de pessoas que procuram
por um negócio próprio, evidenciando o fato da decisão ser embasada pela
carência do momento vivenciada pelo indivíduo. Segundo Hashimoto et al. (2010),
o que caracteriza o empreendedor por oportunidade é a percepção, identificação
de uma ocasião, chance, oportunidade de ser dono do seu negócio, como também
caracteriza aquele indivíduo que de forma planejada estava atento as
oportunidades e desta forma se preparou antes para empreender.
As taxas específicas são avaliadas tendo como
referência as subdivisões (estratos) dos dados totais, definidos para calcular
a intensidade da atividade empreendedora em segmentos específicos da população como
mulheres, grupos etários, níveis de escolaridade entres outros.
Taxas e Estimativas Gerais do
Empreendedorismo no Brasil
Em relação ao ano de 2016, a taxa de
empreendedorismo para o Brasil (TTE) foi de 36,1%, correspondendo a 48,3
milhões de brasileiros com idade entre 18 e 64 anos que estavam envolvidos na
criação ou manutenção de algum negócio, na fase de empreendedor em estágio
inicial ou estabelecido (Tabela 1).
Por sua vez, a taxa de empreendedorismo iniciais
(TEA) de 2016 foi de 19,6%, apresentando redução em relação ao ano de 2015 que
foi de 21,0%. A taxa de nascentes foi de 6,7% em 2015 e de 5,8% em 2016. Para
empreendedores novos foi de 14,9% em 2015 e 13,8% em 2016, conforme mostram a
Tabela 1 e os Gráficos 1 e 2.
Tabela 1. Taxas e estimativas de empreendedorismo
considerando o estágio dos empreendimentos no Brasil no ano de 2016
Fonte. GEM Brasil (2016), adaptado pelos autores
Houve uma redução da taxa total de empreendedorismo
(TTE), considerando o ano de 2015, quando a taxa foi de 39,3%. Esse impacto
negativo na taxa de empreendedorismo, foi influenciada, principalmente, pela
taxa de empreendedores estabelecidos (TTE), cuja variação foi de 18,9% no ano
de 2015 para 16,5% em 2016.
Analisando os dados obtidos das taxas de
empreendedorismo entre os anos de 2015 e 2016, temos as seguintes observações:
houve redução na taxa de empreendedores estabelecidos, indicando que alguns
negócios desse grupo foram encerrados; o aumento identificado na taxa de
empreendedores novos sugere que alguns empreendimentos nascentes se tornaram
novos entre 2015 e 2016 enquanto alguns dos novos encerraram suas atividades ou
se tornaram estabelecidos; por outro lado, a evolução identificada na taxa de
empreendedores nascentes, pode indicar desaceleração da atividade
empreendedora, mas não estagnação, uma vez que qualquer nível de
empreendedorismo para esse estágio significa que o movimento de criação de
novos negócios está acontecendo, conforme apresentado no Gráfico 1 e 2.
Gráfico 1. Taxa de
empreendedorismo segundo o estágio do empreendimento TEA, TEE, TTE, no Brasil
de 2002 a 2016
Fonte. GEM (2016), adaptado
pelos autores
Gráfico 2. Taxas de
empreendimentos novos e nascentes no Brasil de 2002 a 2016
Fonte. GEM (2016),
adaptado pelos autores
Analisando a motivação dos empreendedores nascentes
isoladamente da motivação dos novos, o cenário fica melhor definido. A
proporção de empreendedorismo por necessidade aumentou em quatro pontos
percentuais de 2015 a 2016, entre os empreendedores nascentes teve uma redução
de nove pontos percentuais, demonstrando que o empreendedorismo por
oportunidade aponta crescimento.
Para Soares e Bastos (2007), ser empreendedor
requer vencer muitos desafios, sendo necessário ter conhecimento, planejamento
e ousadia. Segundo os autores, um dado preocupante é referente ao elevado
índice de desemprego no país, o que conduz as pessoas a buscarem meio de
sobreviverem considerando a possibilidade de construir seu próprio negócio, o
que caracteriza a tomada de decisão de empreender orientada pela necessidade,
ou seja, são motivadas pela falta de alternativas e ofertas de trabalho e
renda. Esses dados também foram evidenciados nas pesquisas dos autores (FONTENELE,
2010; KARIMI et al., 2010; TEIXEIRA et al., 2011).
As pesquisas nacionais e internacionais buscam
investigar os motivos que conduzem as pessoas a serem empreendedoras (UMMAH,
2009; BLOCK; WAGNER, 2010; KAUTONEN; PALMOROS, 2010; TOWNSEND et al.,2010;
UMMAH; GUNAPALAN, 2012), versando-se sobre as temáticas necessidades versus
oportunidades. Alguns trabalhos apresentaram verificações prévias no Brasil
(NUTIN, 1984; VALE et al., 1998). O interesse por essa investigação ocorre
segundo Lohrke e Landstrom (2010), pelo fato da expansão de experiências
relacionadas ao empreendedorismo global, e os fatores externos, como políticas
governamentais que passaram a estimular o empreendedorismo em vários países do
mundo.
Pesquisas têm demonstrado que os indivíduos são
motivados seja por necessidade ou por oportunidade, porém, não pelos dois
motivos ao mesmo tempo. (BLOCK; SANDNER, 2009; BLOCK; WAGNER, 2010; WILLIAMS;
ROUND, 2009; WILLIAMS et al., 2009). Para Aldrich e Cliff (2003), a
oportunidade é um aspecto fundamental para o empreendedorismo. No entanto,
observa-se alterações nos sistemas produtivos, na oferta de mão de obra e no
mercado de trabalho, existindo uma mudança no perfil dos trabalhadores que
buscam ser autônomos e montar seu próprio negócio (KON, 2001; PLEHN-DUJOWICH,
2013; SEBRAE, 2017). Para Zalio (2011), muitos indivíduos vislumbram na
possibilidade de empreender como uma possibilidade de inserção social e
profissional.
Alguns estudos partem do pressuposto (embora ainda
não atestado) de que as motivações para empreender são de natureza mais
complexa e multidimensional e extrapola o tema necessidade e oportunidade
(SEBRAE, 2007a; 2007b; SIVAPALAN; BALASUNDARAM, 2012). O empreendedorismo está
relacionado com estímulo do ambiente, oportunidades e necessidades, e as
motivações podem ser múltiplas segundo Friedman (1986). Nesta mesma visão,
algumas pesquisas e estudos de casos, demonstraram que os motivos vão além da
necessidade e oportunidade, e em algumas situações prevaleceu a co-presença de
ambos os motivos (WILLIAMS, 2008; WILLIAMS et al., 2009; WILLIAMS; ROUND,
2009).
Dessa forma, sugere-se que seja avaliado como tem
sido a motivação dos indivíduos para empreender. Observa-se que em 2016 a
proporção de empreendedores iniciais por oportunidade permanece a mesma de 2015
(57%), em média 10% menor do que as proporções observadas desde o ano de 2009.
No entanto, o empreendedorismo por necessidade revela uma redução. Foram 42% de
empreendedores que iniciaram um negócio por necessidade em 2016, contra 43% em
2015, conforme apresentado nas Tabelas 2 e Gráficos 3 e 4.
Tabela 2. Motivação dos
empreendedores iniciais: taxas para oportunidades e necessidade, proporção
sobre a TEA, estimativas e razão oportunidade e necessidade
Fonte. GEM (2016),
adaptado pelos autores
Pesquisa realizada pelo SEBRAE (2007a; 2007b),
revelou que 70% dos entrevistados informaram ter aberto o negócio motivados
pelo desejo de aumentar a renda; 60% informaram pelo desejo de ter seu próprio
negócio e 40% pela identificação de oportunidade de negócio, observando-se que
o percentual obtido nos motivos é superior ao total de respondentes (100%),
comprovando que uma mesma pessoa informou ter sido motivada a ser empreendedora
por mais de um motivo.
Pesquisa realizada por Vale et al. (1998) envolvendo
775 indivíduos empreendedores no estado de Minas Gerais, também demonstrou que
os motivos são múltiplos existindo a copresença de mais de um motivo por
pessoa. Essas evidencias também são encontradas no trabalho de Valarelli e Vale
(1997) que realizaram um estudo na cidade do Rio de Janeiro em empreendimentos
populares.
No entanto, em todas as pesquisas realizadas a
temática motivação por necessidades e oportunidades são assinaladas pelos
entrevistados com maior intensidade, ou seja, esses são dois fatores principais
que levam as pessoas a buscarem o empreendedorismo (MCCLELLAND, 1971; BIRLEY;
MUZYKA, 2001; BARROS; PEREIRA, 2008).
Gráfico 3. Taxas de
empreendedorismo por oportunidade e por necessidade como proporção da taxa de
empreendedorismo inicial no Brasil no ano de 2002 a 2016
Fonte. GEM, IBGE, Banco
do Brasil e Ipeadata (2016), adaptado pelos autores
Vale (2014), salienta que o empreendedor possui uma
visão oportunista, instigado por impulsos e pelo interesse social em criar um
novo negócio, desencadeando transformações, progresso, evolução e crescimento
econômico. Cada um desses valores representa a proporção dos empreendedores no
respectivo estágio (nascentes ou novos) que iniciou o negócio por necessidade e
não por oportunidade.
Gráfico 4. Proporção do
empreendedorismo por necessidade entre os empreendedores nascentes e novos no
Brasil no ano de 2002 a 2016
Fonte. GEM (2016),
adaptado pelos autores
A Tabela 3 demonstra a intensidade da atividade
empreendedora no Brasil no ano de 2016, segundo estratos da população para
empreendedores iniciais (TEA) e empreendedores estabelecidos (TEE), além das
taxas específicas como, gênero, faixa etária, renda e escolaridade.
Os dados obtidos demonstraram que nos estágios
iniciais do empreendedorismo o gênero masculino (48,5%) e feminino (51,5%) são
igualmente ativos e não representam diferenças substanciais. Nos
empreendimentos mais altos e em estágios estabelecido os homens (57,3%) estão
em maior quantidade do que as mulheres (42,7%). No cenário histórico geral, há
uma crescente atuação da mulher na economia do país através da atividade do
empreendedorismo (TEIXEIRA, 2008; NATIVIDADE, 2009; GOUVÊA et al., 2013). Esses
dados refletem o aumento do espaço das mulheres na sociedade e no
desenvolvimento da economia (FRANCO, 2014).
Quanto à faixa etária relacionada aos
empreendimentos iniciais, os indivíduos com idade entre 18 anos (19,7%) aos 34
anos (30,3%) são mais ativos (50,0%) e os indivíduos na faixa dos 55 aos 64
anos (10,4%) são os menos ativos. Referente aos empreendimentos já
estabelecidos os indivíduos entre 45 aos 64 anos (45,7%) são os mais ativos e os
indivíduos entre 18 aos 24 anos (6,2%) representam menor quantidade.
Relacionado a educação formal dos empreendedores,
temos a seguinte informação: nenhuma educação formal e primeiro grau
incompleto, iniciais (27,4%) e estabelecidos (29,2%); primeiro grau completo e
segundo grau incompleto, iniciais (19,9%) e estabelecidos (26,2%); segundo grau
completo e superior incompleto, iniciais (46,4%) e estabelecidos (38,1%);
superior completo e especialização incompleta e completa, iniciais (6,3%) e
estabelecidos (6,4%).
A baixa escolaridade dos empreendedores, perante ao
dinamismo do atual mercado, pode ser um fator limitante ao desenvolvimento e
sobrevivência dos negócios na atualidade (SEIKKULA-LEINO et al., 2015; TONY,
2016).
Tabela 3. Características
sociodemográficas dos empreendedores no Brasil 2016
Fonte. GEM (2016),
adaptado pelos autores
Drucker (2002), Hisrich et al. (2014) e Dornelas
(2015) enfatizaram que o foco dos pesquisadores sobre o fenômeno empreendedor
evoluiu e se ampliou para ênfase na figura da pessoa, a qual se tornou mais
relevante que sua ocupação. Dessa forma, os autores relatam que o processo
empreendedor pode ser ensinado e entendido por qualquer pessoa, e que o sucesso
está relacionado com uma série de fatores internos e externos ao negócio.
Nesta visão, a educação formal, contribui para uma
melhor formação dos empreendedores na busca por competitividade, utilização de
ferramentas, técnicas e processos que auxiliam na administração e tomada de
decisão do negócio (MARITZ; BROWN, 2013; NAIA, et al., 2015; YUSOFF et al.,
2015).
A Tabela 4, apresenta a distribuição dos empreendedores
segundo características dos empreendimentos em estágio inicial identificados em
2016, revelando que este tipo de negócios tem em média até 6 empregados e
faturamento inferior a R$ 100.000,00 por ano. Destes, 30,6% ainda não haviam
tido nenhum faturamento e, 60,1% faturaram entre R$ 12.000,00 e R$ 24.000,00 e
7,5% entre R$ 24.000,00 e R$ 100.000,00 ao ano. 52% dos empreendedores
afirmaram não ter empregados.
A combinação dos dados sobre o número de empregados
e faturamento anual, revela que 92,6% dos empreendedores podem ser enquadrados
como microempreendedor individual (MEI), ou seja, faturam no máximo R$
60.000,00 por ano e não tem mais do que 1 empregado. Esse percentual é
demonstrado na Tabela 4 na cor laranja.
Tabela 4. Faturamento
anual e número de empregados dos empreendedores iniciais - Brasil - ano 2016
Fonte. GEM (2016),
adaptado pelos autores
A Tabela 5, demonstra a distribuição dos
empreendedores segundo características dos empreendimentos estabelecidos
identificados em 2016, demonstrando que este tipo de negócio possui, menos de
10 empregados e faturamento inferior a R$ 240.000,00 ao ano. Estes dados
indicam que os empreendimentos estabelecidos e com maior tempo de existência
apresentam maiores chances de terem maior faturamento e capacidade de geração
de empregos. Do total de empreendimentos estabelecidos 79% faturaram até R$
24.000,00 em um ano e 17% faturaram entre R$ 24.000,00 e R$ 100.000,00.
Um dado que chama bastante a atenção é referente a
quantidade de empregados nos empreendimentos estabelecidos, 70,0% afirmaram não
ter empregados. Esses dados demonstram que a maioria dos empreendimentos
estabelecidos é formada por trabalhadores autônomos e uma boa parte trabalha
com mão de obra informal. Ao considerar-se o faturamento anual dos
empreendimentos estabelecidos e o número de empregados, podemos inferir que
84,1% (cor laranja da Tabela 5) têm características de microempreendedor
individual (MEI), ou seja, faturam no máximo R$ 60.000,00 ao ano, tendo apenas
um empregado.
A Tabela 6, apresenta a distribuição percentual dos
empreendedores iniciais e estabelecidos segundo o setor de atividade econômica
de seus empreendimentos. Os dados obtidos demonstram que 74% dos empreendedores
iniciais atuam no setor de serviços e somente 56% dos estabelecidos atuam neste
mesmo setor. 42% dos empreendimentos estabelecidos estão na indústria de
transformação e 24% dos iniciais também atual no mesmo segmento.
Tabela 5. Faturamento
anual e número de empregados dos empreendedores estabelecidos - Brasil - ano
2016
Fonte. GEM (2016),
adaptado pelos autores
Tabela 6. Distribuição
percentual dos empreendimentos TEA e TEE conforme setor de atuação
Fonte. GEM (2016),
adaptado pelos autores
A Tabela 7, traz a avalição do nível de inovação
dos empreendimentos, considerando fatores como, novidade do produto, nível de
concorrência, tecnologia recente e consumidores no exterior. Os dados
demonstram que os empreendimentos iniciais estão mais envolvidos com negócios
diferenciados no quesito concorrência. 48,5% dos empreendimentos iniciais tem
poucos ou nenhum concorrente, enquanto para os estabelecidos, essa proporção é
de 32,1%.
Tabela 7. Distribuição
percentual dos empreendedores TEA e TEE com relação ao atributo inovação do
produto ou serviço
Fonte. GEM (2016),
adaptado pelos autores
A Tabela 8, apresenta a mentalidade da população
entre 18 e 64 sobre empreender. As informações demonstram que apesar das
dificuldades políticas e econômicas do Brasil em 2016, as proporções referentes
a mentalidade para empreender apresentam-se positivas, com pequena variação
comparando o ano de 2015 sobre a motivação para empreender.
Tabela 8. Percentual da
população entre 18 a 64 anos segundo a mentalidade para empreender
Fonte. GEM (2016),
adaptado pelos autores
Em comparação ao ano de 2015, as informações do ano
de 2016 revelam que é menor o número de pessoas que sonham ter seu próprio
negócio ou que visualizam boas oportunidades de negócios no ambiente em que
estavam inseridas. Dessa forma, um dado bastante curioso e de certa forma
positivo, é que 57,6% das pessoas não se sentiriam impedidas de iniciar um
negócio por ter medo do fracasso, esse dado é maior que o obtido no ano de 2015
que foi de 50,5%.
Vesper e Gartner (1997) destacaram que o
empreendedor nos processos iniciais e principalmente quando se busca o
desenvolvimento e expansão do negócio, tenha consciência e conhecimento sobre a
relevância da gestão e do planejamento dos recursos que são básicos, como:
dinheiro, pessoas, informações sobre o mercado, política e economia, esses são
fatores estratégicos e que provocam impactos diretamente no sucesso ou fracasso
do empreendimento.
Drucker (1986) já sinalizava que a inovação é um
objeto essencial para os empreendedores, motivo pelo qual ocorre a exploração
dos meios que possibilitam as mudanças e o surgimento de oportunidades para
criação de um negócio ou de um serviço.
Entretanto, sabe-se das dificuldades e desafios
diante da realidade brasileira, referente ao ambiente econômico, político e
pela falta de investimento, apoio e estrutura, fatores estes que geram impactos
negativos para o setor de inovação, que é um fator essencial para o crescimento
e desenvolvimento do empreendedorismo (BAKAR, et al., 2015; DA SILVA; SCHLAG,
2017; DA SILVA; SILVA, 2018). Esse atraso, é consequência de uma trajetória e
falta de incentivos ao desenvolvimento tecnológico, no qual está inserido o
parque industrial brasileiro, que em muitos momentos está fundamentado no modelo
de importações e que não incentiva e tão pouco financia o desenvolvimento
tecnológico e inovador do Brasil (BAKAR, et al., 2015; DA SILVA; SCHLAG, 2017;
DA SILVA; SILVA, 2018).
Ainda assim, apesar dessa defasagem, o
empreendedorismo tem-se demonstrado importante prática para todos os setores,
tanto para o de tecnologia quanto para os tradicionais, como também para
pequenos ou grandes organizações, todos cooperam para o crescimento econômico e
social do país (CRISTIAN-AURELIAN; CRISTINA, 2012; QIAN; HAYNES, 2014; DA
SILVA; SILVA, 2018).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo buscou responder a seguinte indagação:
Perante as diversas mudanças ocorridas no cenário político, econômico e social
no Brasil e no mundo, qual é a evolução e estágio atual do empreendedorismo
brasileiro, considerando o período de 2002 a 2016?
Os resultados da pesquisa apontam uma análise
descritiva quanto á taxa de empreendedores novos e nascentes, taxa de
empreendedorismo segundo estágio do empreendedor (inicial e estabelecido), bem
como, a taxa de empreendedorismo iniciais segundo sua motivação (por
oportunidade ou necessidade), empreendedores segundo gênero, faixa etária e
grau de escolaridade.
Este estudo mostrou que o Brasil, nos últimos anos
(2002 a 2016) apresentou um crescimento significativo em relação ao
empreendedorismo, assim como avanço da contribuição do sexo feminino na
economia, aumento do empreendedorismo por oportunidade. Além disso, observou-se
estabilidade e maior período de sobrevivência dos negócios já existentes.
Destaca-se também, que o desenvolvimento da economia brasileira é em sua
maioria gerado pelas micro e pequenas empresas, que ao iniciarem as atividades
do empreendedorismo, contribuem para a geração de emprego, refletindo
positivamente na economia.
Como contribuição, esta pesquisa apresenta para o
público em geral e especialmente para as pessoas que se lançam ao
empreendedorismo, contribuições de cunho gerencial, ao destacar-se a
compreensão de que os empreendimentos não podem apenas buscar reproduzir ou imitar
algo já existente, é necessário ter um diferencial, ou seja, uma inovação. Para
melhor compreensão da atividade empresarial, sugere-se que os empreendedores
procurem uma maior educação formal, ou seja, antes de iniciarem seus
empreendimentos, busquem clareza sobre como planejar, coordenar, dirigir e
controlar os recursos necessários ao empreendimento (DA SILVA; SILVA, 2018).
Para trabalhos futuros, sugere-se: uma avaliação
sobre a atividade empresarial por estado ou regiões do país; comparação entre outras
nações; verificação dos investimentos que foram necessários para realização da
atividade empresarial.
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