Vol. 3, n.
2, Agosto/2019
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOCENTE: O caso
comparativo de cinco escolas de Rondonópolis - MT
Luciene De Jesus E Silva Soares
https://orcid.org/0000-0002-7385-3608
Universidade
Federal de Mato Grosso
Edir Vilmar Henig
https://orcid.org/0000-0002-8191-1935
Universidade de Coimbra
RESUMO
A qualidade de vida no trabalho tem ganho
importante destaque nas discussões acadêmicas, pois a temática está ligada a
produtividade dos trabalhadores de uma organização. Neste sentido, o trabalho
se justifica pela importância de discutir como a qualidade de vida no trabalho
pode resultar em bem-estar para os docentes de cinco escolas da cidade de
Rondonópolis – MT. Neste sentido, o objetivo deste artigo é identificar a
percepção da qualidade de vida no trabalho (QVT) de professores do ensino
médio, em duas instituições públicas e três instituições privadas. O
instrumento de pesquisa se baseia no modelo de Walton (1973), a partir do qual
foram estruturadas questões que serviram de base para a metodologia aplicada.
Como objetivos específicos, buscou-se comparar diferenças entre instituições
públicas e privadas, identificar diferenças entre gêneros, analisar diferenças
entre idades e avaliar diferenças de tempo de serviço. Os resultados indicaram
as particularidades da satisfação de cada grupo comparativo, envolvendo tipo de
instituição, sexo, idade e tempo de serviço, confirmando algumas hipóteses
sobre diferenças estatisticamente significantes na qualidade de vida no
trabalho envolvendo esses parâmetros.
Palavras-chave: Qualidade de Vida no
Trabalho. Professores. Ensino Médio. Satisfação.
QUALITY OF LIFE AT WORK IN TEACHING: The comparative case of five
schools of Rondonópolis–MT
ABSTRACT
The quality of life at work has gained
important prominence in academic discussions, because the theme is linked to
the productivity of workers in an organization. In this sense, this article is
justified by the importance of discussing how the quality of life at work can
result in well-being for teachers of five schools in the city of Rondonópolis -
MT. The objective of this article is to identify the perception of quality of
life at work (QWL) of high school teachers, in two public institutions and
three private institutions. The research instrument is based on Walton's model
(1973), from which questions were structured as the basis for the applied
methodology. As specific objectives, it sought to compare differences between
public and private institutions, identify differences between genders, analyze
differences between ages and evaluate differences in length of time of service.
The results indicated the particularities of satisfaction of each comparative
group, involving type of institution, gender, age and length of service,
confirming some hypotheses about statistically significant differences in
quality of life at work involving these parameters.
Keywords: Quality of Life at Work; Teachers. High
School. Satisfaction.
Datas Editoriais:
Submetido: 25/06/2019
Aceito: 17/08/2019
Publicado: 31/08/2019
INTRODUÇÃO
A
qualidade de vida no trabalho vem ocupando espaço no debate acadêmico e se
tornou uma preocupação às organizações que buscam a máxima eficiência no
trabalho, e neste sentido, a satisfação dos trabalhadores no ambiente laboral é
de vital importância para este processo.
A
preocupação com a qualidade de vida no trabalho não é exclusiva do setor
privado, ocupando importante espaço nos setores públicos e nas mais diferentes
áreas da administração pública. Sendo a educação uma categoria sensível no que
diz respeito a satisfação dos trabalhadores, uma vez que estes são responsáveis
pela formação educacional de criança e dos jovens brasileiros.
Como
balizadores teóricos, foram utilizados autores que contribuem com os estudos
sobre qualidade de vida no trabalho, além de Walton (1973), são Hackman e
Oldham (1975) que abordam 5 fatores relacionados às várias habilidades no
exercício das atividades, desde a execução das tarefas, identificar o
significado, a autonomia e feedback, enquanto o Modelo de Westley (1979)
identifica 4 fatores, como, econômico, político, psicológico e sociológico
(PIZZOLATO; MOURA; SILVA, 2013).
A
qualidade de vida no trabalho está relacionada ainda, com o adoecimento
laboral, ou seja, doenças ocasionadas pelo excesso de trabalho, em especial na
categoria docente, se tem a disfonia
uma das principais doenças laborativas, e que causa perda da voz ou ronquidão
(JARDIM; BARRETO; ASSUNÇÃO, 2007), além do estresse e cansaço físico e mental
ou até mesmo a síndrome de Burnout que é um esgotamento ocasionando
afastamento e até licenças para o tratamento da saúde (BRANQUINHO,2010).
Neste
sentido, ao refletir sobre a qualidade de vida no trabalho dos professores do
ensino médio, em relação à saúde e ao bem-estar deste profissional, tem-se o
seguinte problema de pesquisa: Qual é o nível de percepção dos professores do
ensino médio sobre a qualidade de vida no trabalho no município de Rondonópolis
-MT?
Tem-se
como proposta de objetivo geral, verificar o que causa a satisfação e
insatisfação por meio de um questionário sobre qualidade de vida no trabalho
estruturado a partir do modelo de Walton (1973) nas instituições públicas e
particulares, dos professores do ensino médio em Rondonópolis Mato Grosso.
Enquanto nos objetivos específicos são: 1) comparar as instituições públicas e
particulares de ensino médio sobre a satisfação em QVT dos professores; 2)
identificar as diferenças entre o gênero sobre QVT; 3) analisar as diferenças
entre as idades no ponto de vista QVT; 4) avaliar a percepção sobre QVT com relação
as diferenças na satisfação tempo de serviço; 5) mostrar possíveis soluções
seguindo a percepção dos professores sobre o que poderia ser feito para que
tenham uma melhor qualidade de vida no trabalho.
A importância da pesquisa envolve a sociedade e o desenvolvimento do
país, uma vez que os professores do ensino médio contribuem para a formação de
cidadãos tendo como opção para os alunos, inserirem-se em cursos técnico ou
superior. A saúde do
docente pode afetar a qualidade do ensino, uma vez que insatisfação, estresse,
ansiedade, transtorno no humor podem totalizar várias consequências para o
profissional como o desânimo, cansaço mental, devido à falta de reconhecimento
e, consequentemente, afastamentos por motivos de perda da saúde.
Desta
forma, o trabalho se justifica pela necessidade de pensar em uma qualidade de
vida ao educador, valorizando seu bem-estar, fazendo com que se sintam
acolhidos no ambiente de trabalho. Melhora não só a qualidade da educação
oferecida pelas escolas, mas também no ambiente de trabalho e suas relações
interpessoais, além do comprometimento estimado com a organização bem como toda
comunidade, consequentemente, pode levar a um equilíbrio profissional com a
vida familiar.
REFERENCIAL TEÓRICO
O conceito
da qualidade de vida no trabalho (QVT), busca analisar quais são os fatores que
podem agregar o bem-estar na saúde laboral. Bem quanto as formas de benefícios
em seu ambiente. As consequências em que ocasionam, o excesso de trabalho, pode
gerar desde doenças físicas e psicológica e consequentemente diminuir a
expectativa de vida.
Por isso,
é importante desenvolver o bem-estar deste profissional, desde uma boa
estrutura no ambiente de trabalho, a valorização e o reconhecimento dos
professores e a sua qualificação, capacitação, o cuidado com a saúde.
Estudos de QVT, foram iniciados na década de
1950, por Eric Trist, realizados no Tavistock Institute – e segundo
Pizzolato, Moura e Silva (2013), esses conceitos envolveram indivíduos,
trabalho e organização como forma de analisar a qualidade de vida no trabalho e
os níveis de satisfação e tiveram como contribuição conceitos oriundos das
áreas da psicologia, antropologia, filosofia e relações humanas nas
organizações.
Ferreira
(2003), citado por Serra (2006), considera que os aspectos que contribuíram com
as pesquisas sobre QVT envolvem desde a saúde no controle e prevenção de
doenças, a ecologia que conserva a vida natural, a psicologia na perspectiva de
cada indivíduo no trabalho, a sociologia relacionada ao social e ao cultural, a
economia, trazendo um equilíbrio dos recursos e direitos, além da
administração, envolvendo a capacidade de maximizar os recursos e da engenharia
com o uso da tecnologia. O Quadro 1 mostra o modelo do Walton (1973) com seus 8
fatores e dimensões de QVT.
Quadro 1. Os
fatores de qualidade de vida no trabalho associados a suas dimensões
Fatores
de qualidade de vida no trabalho (QVT) |
As
dimensões |
1-Relação ao salário justo e adequado |
Igualdade dos salários, participação na
organização, recompensas, benefícios a alimentação e saúde |
2- Condições de trabalho |
Horas trabalhadas, uso de tecnologias,
condições, equipamentos individual e coletivo, cansaço |
3- O uso das capacidades no trabalho |
Oportunidade de decisão, autonomia, cumpri
várias tarefas, avaliação do desempenho. |
4- Oportunidades no trabalho |
Oportunidade, treinamentos incentivos e
rotatividade |
5- Integração social no trabalho |
Discriminação religiosa de gênero e social,
comprometimento, valorização de iniciativas. |
6- Constitucionalismo respeito às leis de
trabalho |
Direitos, liberdade de expressão, normas
regras respeito individual. |
7-Espaço que o trabalho ocupa |
Influência do trabalho e da rotina familiar,
possibilidade ao lazer, horas de descanso. |
8- Relevância social e a importância do
trabalho |
Orgulho no trabalho, imagem que a
organização representa para a sociedade. integração comunitária |
Fonte.
Walton (1973)
No Quadro 1 são indicados os 8 fatores em que se desenvolvem pesquisas
que se basearam por meio de questionário estruturado de Walton (1973), com
objetivo de identificar o que causa satisfação e insatisfação, abordando os
conceitos de compensação justa e adequada referente as questões de salários e
benefícios desde planos de saúde e alimentação. Enquanto as condições de
trabalho, referenciam às horas trabalhadas, o uso de tecnologias e equipamentos
para o trabalho na organização, facilitando ou não a redução do cansaço.
O uso das capacidades se refere a oportunidade de decisão, autonomia e
avaliação do desempenho. Enquanto as oportunidades de trabalho, referem-se aos
treinamentos, incentivos e problemas com a rotatividade. Enquanto que a
integração social traz questões como discriminação religiosa, e de gênero,
social e valorização de iniciativas.
O constitucionalismo trata dos direitos e liberdade de expressão,
respeito a normas e regras do indivíduo, e o espaço que ocupa sobre a
possibilidade do lazer, as horas de descanso e a conciliação entre as rotinas
de trabalho com o tempo destinado para a família. Finalmente, a relevância
social, que é a última dimensão abordada, refere-se à importância do trabalho
para a sociedade e a imagem da organização perante a sociedade.
Sobre a
influência em promover um bem-estar no trabalho, deve-se levar em consideração
as condições da vida moderna, considerando fatores biológicos, psicológicos e
social conforme afirma Limongi-França (2004). Essa preocupação se fortaleceu com
o avanço da tecnologia e também com a evolução industrial, mas trouxe consigo
um dos problemas do mundo do trabalho que seria o estresse, que pode afetar a
saúde. Além disso, na medida que o mercado exige mais qualificação pode ocorrer
risco de depressão e até fadiga emocional quando não consegue alcançar o
mercado atual.
Diversos
autores, entre eles Gimenes (2018), afirmam que o Walton (1973) é um dos
modelos mais completos, incluindo 8 dimensões. Há também o modelo de Hackman e
Oldham (1975), que incluiu (1) Variedades de habilidades, (2) Identidade da
tarefa, (3) Significado da tarefa, (4) Inter-relacionamento, Autonomia,
Feedback, além do modelo de Westley (1979), que incluem dimensões Econômica,
Política, Psicológica, Sociológica. Limongi-França (2006) apresenta o modelo
BEO - Bem-estar Organizacional, que trata de Produtividade, Legitimidade,
Perfil dos líderes, práticas e valores nova competência.
Estes modelos de QVT podem ser aplicados a qualquer âmbito de
trabalho, para os diversos tipos de profissões, entre elas os professores.
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS DOCENTES
O excesso
de trabalho pode agravar o bem-estar dos professores, e ocasionar doenças como
problemas na voz como é o caso da disfonia
apontada por Jardim, Barreto e
Assunção (2007) que afirmam que os problemas da perda da voz, além de ter
dificuldades de se comunicarem com seus pares e familiares, pode ocorrer
afastamentos já que a voz é um dos instrumentos de trabalho fundamental dos
docentes.
Os motivos
que debilitam a saúde dos profissionais da educação, além dos cansaços físicos
e mentais, levam muitos a abandonar a profissão, como salientam Rocha e
Fernandes (2008), ao dizerem sobre conflitos por parte dos colegas, ou por
motivos de sobrecarga em dar aulas repetidas e as cobranças diárias. Muitos
deles acabam tendo problemas com afastamento, devido os distúrbios psicológicos
de concentração em uma mesma tarefa por longo período.
No
trabalho docente, ainda há muito a ser pensado sobre a qualidade, uma solução
sugerida por Rocha, Fernandes (2008), e Paulo, Lapo e Bueno (2001), que afirmam
que poderia haver mais professores, e que consequentemente, poderia haver uma
diminuição nas horas de trabalho para que estes educadores tivessem mais tempo
de elaborar aulas com mais qualidade.
Enquanto
que Branquinho (2010) indica problemas que podem levar a males dos docentes,
como doenças osteomusculares, transtornos psicológicos e o estresse. Problemas
que passam despercebidos como as crises de dores de cabeça, que se tornam
frequentes na medida que aumentam as responsabilidades, exigência de maior
dedicação e comprometimento que podem levar à síndrome de Burnout, que é um distúrbio de caráter
depressivo, esgotamento intenso físico e mental, motivado pela longa jornada de
trabalho. Enquanto Paparelli (2009) afirma que a síndrome de Burnout
pode agravar a saúde mental devido ao esgotamento por causa da profissão, o que
agrava no desempenho e debilita ainda mais a saúde do docente.
Para que o
docente possa sentir um bem-estar com suas atividades prestadas nas escolas,
Brito (2008), citado por Branquinho (2010), afirma que um dos requisitos
fundamentais é o reconhecimento deste profissional. Por outro lado, o que
desmotiva, seriam os baixos salários, o excesso de trabalho e de responsabilidade,
o que pode ser potencializado negativamente com o passar dos anos de trabalho,
desmotivando ainda mais o professor. O cuidado com o bem-estar físico e
psicológico é importante, porque no futuro pode trazer várias consequências
provocadas pelo baixo desempenho e afastamentos destes profissionais das
funções desempenhadas. Assim, o Quadro 2 traz um levantamento de autores que
pesquisaram sobre as causas do excesso de trabalho dos professores.
Quadro
2. Os problemas que pode acontecer com a saúde dos professores
Autores |
As principais causas de podem agravar a
saúde do professor quando o trabalho for exaustivo (por longa jornada de
trabalho) |
Jardim, Barreto e Assunção (2007) |
A disfonia,
que é um cansaço na fala ou rouquidão, ou até a perda na fala. |
Delcor et al. (2004) e Rocha e Fernandes (2008) |
O desgaste físico e cansaço mental, dor de
garganta por causa do uso contínuo da voz, problemas psicológicos. |
Gasparini, Barreto e Assunção (2005) |
Estresse, transtornos mentais e nervoso,
problemas comportamentais, problemas no aparelho circulatório |
Branquinho (2010) |
Doenças osteomusculares, transtornos
psicológicos, estresse, dores de cabeça, síndrome de Burnout. |
Paparelli (2009) |
Estresse, ansiedades, depressão, tristeza
irritabilidade e angústia. |
Fonte.
Os autores
O Quadro 2
expõe os problemas que podem resultar do excesso de trabalho, mas a maioria dos
autores apontou o estresse como uns dos fatores mais comum. Assim, a
importância de obter uma boa saúde dos professores relativo ao trabalho e
desempenho está na prevenção. Quando se trata da saúde dos professores de Mato
Grosso, os dados Tribunal de Contas do Estado, mostra a quantidade de pedidos
de licenças por professores em que houve um aumento de 25,44% entre os períodos
de 2013 a 2015. Na Tabela 1, mostram-se os dados.
Tabela
1: Dados de processos de afastamentos dos professores por causa da
saúde no período de 2013 a 2015 em MT
Período |
2013 |
2014 |
2015 |
Janeiro
a abril de 2016 |
Nº
de processos de licenças, afastamentos temporários
e readaptação de professores |
10.619 |
17.192 |
13.320 |
3.012 |
nº
de professores afastados |
7.593 |
10.857 |
9.095 |
3.420 |
%
de evolução no nº de processos de Licença |
2013 a 2015 = aumento de 25,44% |
Fonte: Tribunal de contas de
Mato Grosso (2017, p. 3)
Os dados
da Tabela 1, sobre o aumento dos gastos com afastamento de saúde teve 25,44%
das escolas públicas do estado entre os anos de 2013 a 2015 chegando a um custo de R$ 253,26 milhões de acordo com
o site do Tribunal de Contas de Mato Grosso (2017), O que apresenta um sinal de
alerta para o estado. Houve necessidade de verificar em uma auditoria interna
sobre quais eram as causas das doenças em 21 municípios. Os motivos nos relatos
foram, além dos conflitos entre colegas e alunos também a falta de
infraestrutura nas escolas. A pesquisa teve com o objetivo de melhorar o
ambiente de trabalho dos professores e o seu bem-estar.
SATISFAÇÃO E MOTIVAÇÃO DOS PROFESSORES NO TRABALHO
A satisfação e a valorização dos docentes no
ambiente de trabalho, pode mudar na qualidade do ensino, pois conforme Alves
(2010) destaca, é necessário desenvolver a capacidade e dar condições para que
este profissional se qualifique. Enquanto Carvalho et al (2013) indicam que os
fatores motivacionais devem proporcionar uma boa condição na estrutura e
cuidados com a parte psicológica e com a saúde.
A valorização dos docentes, além de desenvolver planos de carreira,
formação continuada, os métodos de aprender e ensinar, como Gatti (2012) afirma que o que mais desmotiva o professor tanto na
escola particular e a pública são os salários baixos que acabam não podendo
investir na capacitação e compras de livros adquirir novos conhecimentos.
Apesar da criação da lei do conselho nacional de educação em 2009, orienta os
planos de carreira da educação básica pública do Brasil, e com o piso salarial
de 40 horas de trabalhos incluindo planejamento no ensino, melhorias de
condições de trabalho. A formação continuada traz garantias de estabilidade em
concursos públicos. Entretanto, há ainda para ser feito e melhorado para que o
ensino possa ter qualidade, a autora mostra desde a carreira da educação básica
até o nível superior. Essa falta de reconhecimento acaba muitas das vezes em
reivindicações, lutas por melhorias de condições de trabalho o que acaba sendo
como uma questão política.
Uma das
sugestões para tornar-se um ambiente de qualidade seria evitar doenças
ocupacionais, como é o caso da ginastica laboral. De acordo com Sampaio e
Oliveira (2008), os esforços repetitivos podem ocorrer problemas na saúde como
dores musculares ou até mesmo lesões, uma das formas de combater estão nos
exercícios físicos e alongamentos o que pode trazer benefícios como o
bem-estar. Enquanto Mendes e Leite (2004) citado por Santos et al (2007),
afirmam que além da redução do estresse, trabalha a autoestima, que envolve o
corpo e mente fazendo com que a pessoa fique auto motivada para exercer as
atividades diárias.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E A INFLUÊNCIA DO PROFESSOR
A
responsabilidade social e a influência docente no campo do saber, contribuem na
formação ética do aluno representando uma imagem positiva. Monteiro (1993), diz
que a escola significa uma instituição nas finalidades estão centralizadas ao
ensino. Essas relações entre eles podem ser muito afetivas, podendo ser
influenciado o empenho dos discentes.
Enquanto
que Ficher e Baladeli (2017) afirmam os desafios dos professores em ter uma
imagem comprometida perante os alunos, a resiliência e a determinação. Os seus
sacrifícios e dedicações acabam como sendo uma sena de herói no filme em que
percorre no ambiente escolar. Os jovens por mais que sejam rebeldes podem mudar
o seu comportamento. O grande desafio seria, transformar uma turma desinteressada
e fazer com que a escola, possa enfrentar alunos desmotivados e muitas das
vezes rebeldes tiverem interesse na matéria. Porque as escolas carentes da
periferia se depara com drogas, crimes e violência e fazer com que estes
ambientes se tornam seguro é um trabalho de toda a comunidade, devido que os
governantes não dão atenção necessária a educação com qualidade transformadora
para os autores, no Brasil existe dois tipos de educação um para a classe
dominante e outro para a classe dos operários.
As
diversidades culturais de crenças, raças e etnias o professor se depara com as
diferenças de capacidade na aprendizagem do aluno, pois como Charlot (2008)
afirma, o avanço da tecnologia e a indústria representa para a sociedade como
fundamental a valorização do professor. Enquanto Nunes (2008) fala que a escola
estabelece regras e normas na construção dos valores humanos sendo instituição
social que proporciona trabalhos em prol dos objetivos coletivos da comunidade.
GESTÃO ESCOLAR
As
dificuldades enfrentadas na gestão escolar são: falta de recursos, ineficiência
no número de professores, falta de materiais pedagógicos em algumas escolas
públicas. O que torna como um grande desafio na promoção da qualidade de
ensino. A grande preocupação está nas escolas públicas já que atendem a maior
parte de alunos (GATTI, 2012).
Os
programas de gestão escolar quando o professor está em sala de aula, logo passa
a ser um gestor, de forma que Zanotelli, Araújo e Fonseca (2012) afirmam que,
uma escola pública por meio de eleições, passa a ser desenvolvidas as
habilidades e atitudes. O conhecimento de toda a comunidade se torna
fundamental para que possa administrar as práticas apesar de não estar
preparado devido a sua formação o que pode ser conduzido pelos colegas de forma
dinâmica na busca de soluções para os problemas da escola. Já Luck (2009)
afirma que a gestão escolar e suas competências deve levar em consideração o
governo e leis, do estatuto da criança e do adolescente, os desafios da
sociedade sobre a tecnologia globalizada. Ao mesmo tempo que evolui a sociedade
e a cultura desenvolve habilidades humanas. O talento contribui na formação de
valores a capacitação dos alunos. Assim, cabe ao educador desenvolver o projeto
político e pedagógico de forma participativa envolvendo toda a comunidade na
construção de um plano de desenvolvimento escolar, que engloba as políticas do
plano estratégico da missão, visão e valores na construção da qualidade no
ensino. Estes indicadores para que se possa obter uma qualidade, envolvem o
ambiente educativo, as práticas e a avaliação, ensino e aprendizagem da leitura
e escrita, gestão escolar democrática, formação, condições de trabalho destes
profissionais, ambiente físico escolar, além do acesso e da permanência dos
alunos na escola.
Desta maneira, no processo de gestão em um
mundo de incertezas, as práticas de aprender e ensinar na formação dos jovens
são, como indicados por Freitas (2001), cruciais para proporcionar uma educação
de qualidade a todos dando garantias independente das classes sociais de forma
igualitária.
A seguir,
são delineados os procedimentos metodológicos utilizado nesta pesquisa
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esta
pesquisa é sobre a qualidade de vida no trabalho dos professores do ensino
médio em cinco instituições de ensino na cidade de Rondonópolis MT. Duas são
públicas e três particulares, com uma amostra de 56 professores. Faz-se uso de
estudo comparativo entre as médias, envolvendo variáveis como o tipo de instituição de ensino, o
gênero, a idade, o tempo de serviço, a partir das assertivas e fatores de QVT.
Os Métodos usados foram tanto quantitativo com
coleta de dados por meio de questionário com 37 questões a partir do modelo
estruturado de Walton (1973), sobre o que causa a insatisfação e satisfação no
ambiente de trabalho, abortando oito temas sobre: 1) compensação justa e
adequada, 2) condições de trabalho, 3) uso das capacidades, 4) oportunidades de
trabalho, 5) Integração social, 6) constitucionalismo, 7) espaço que o trabalho
ocupa e 8) relevância social e a importância do trabalho, como também o método
qualitativo aplicado a uma pergunta aberta no final do questionário sobre: O
que poderia ser feito para que você (professor
ou professora), tenha uma melhor qualidade de vida no trabalho referente a
escola?
O questionário mensurou os níveis de satisfação dos professore/s do
ensino médio das instituições públicas e particulares em cinco escolas de
Rondonópolis MT. Na Tabela 2 são indicados os níveis de satisfação para cada
uma das assertivas do modelo de Walton..
Tabela 2. Níveis de satisfação
Muito
insatisfeito 1 |
Insatisfeito 2 |
Nem
satisfeito Nem
insatisfeito 3 |
Satisfeito 4 |
Muito Satisfeito 5 |
Fonte.
Baseado no modelo do questionário Walton (1973)
A pesquisa
com o método quantitativo identifica tudo aquilo que pode ser mensurado de
carácter descritivo podendo ter os resultados exatos na coleta dos dados
utilizando recursos estatísticos como as médias ou frequências por meio de
opiniões. Logo, a pesquisa qualitativa valoriza as ideias que podem conhecer as
causas e efeito, já o questionário pode ser com perguntas abertas e fechadas
(CASTILHO et al., 2014).
O período
para a coleta dos dados foi entre 16 de abril a 04 de julho de 2018. Nas
escolas particulares, para que fosse permitida a coleta dos dados, foi
necessário entregar documentos de responsabilidade que não se iria expor a
instituição e foram necessárias diversas coletas em diferentes dias. Já nas
escolas públicas, a primeira coleta foi no dia das reuniões dos professores
(terças-feiras) na Escola Estadual Major Otávio Pitaluga (Colégio EEMOP), enquanto que na Escola Estadual Daniel Martins de
Moura foi no intervalo na sala dos professores, no período matutino.
Os
critérios para inclusão e exclusão dos dados, à priori, a proposta seria comparar apenas uma
instituição de ensino pública e outra do ensino particular, voltados ao ensino
médio, com os professores. Entretanto, devido ao índice baixo de professores
que se propuseram a responder, e considerando que houve também a rejeição de
três instituições particulares, mesmo com a documentação de que não se iria
expor o nome da escola. Houve então, a necessidade de buscar mais instituições
e comparar apenas as quantidades entre as escolas públicas e particulares.
A
amostragem da pesquisa, originou-se por meio de um questionário impresso e
entregue pessoalmente para os professores do ensino médio. Havia uma pergunta
aberta que foi respondida de forma escrita pelos docentes e depois transcrita
conforme a opinião deles. Dentro da questão aberta, 10 professores da escola
pública não responderam, 5 do gênero feminino e 5 masculinos. Já nas
instituições particulares, 12 não responderam, sendo apenas três do gênero
masculino.
No total
foram 28 respondentes das escolas públicas e 28 de escolas privadas, o que
resultou em 56 respondentes. Em relação ao gênero, 37 eram do gênero feminino
(66%) enquanto 19 do gênero masculino (34%). 24 deles com idade entre 30 a 40
anos (42,9%), enquanto o tempo de serviço, 41,1% estava entre de 15 a mais
anos.
Na análise
quantitativa com métodos estatísticos, utilizaram-se ferramentas como o IBM
SPSS Statistics na versão 20 e na categorização da análise qualitativa foi
utilizada a ferramenta XMind8 na versão 2016, elaborando um mapa mental com a
opinião dos professores sobre a qualidade de vida do trabalho.
Quanto a
tabulação dos dados, fez-se primeiro os testes de normalidade e homogeneidade,
e por não haver normalidade, definiu-se o uso do teste não paramétrico de
correlação (Spearman). Já a análise
fatorial das 37 questões resultou em 9 componentes de extração, apenas o fator
5 resultou em 2 componentes que se trata sobre a 5) integração social no
trabalho, os demais componentes das 8 dimensões do modelo de Walton (1973),
ficaram com apenas um fator. Como é o caso dos itens: 1) Compensação justa e
adequada, 2) condições de trabalho, 3) as capacidades, 4) Oportunidades, 6)
constitucionalismo, 7) espaço de trabalho, 8) importância social, depois o
teste de confiabilidade dos dados.
A seguir
foram realizados os testes de hipótese considerando as variáveis instituição de
ensino (pública e particular), gênero (homem e mulher), por meio do teste não
paramétrico de Mann-Whitney, enquanto
que para as variáveis idade (de 18 a 25 anos, de 25 a 30, de 30 a 40, de 40 a
45 e acima de 45 anos) e tempo de serviço (de 0 a 5 anos, de 5 a 10, de 10 a 15
e a mais de 15 anos), foi utilizado o teste não paramétrico de
Kruskal-Wallis. De acordo com Field (2009), para que haja
normalidade da distribuição o SIG deve ser maior que 0,05 (SIG.>0,05), e
para haver homogeneidade das variâncias, o SIG deve ser maior que 0,05
(SIG.> 0,05), já para haver correlação entre os dados e diferenças
estatisticamente significativas nos comparativos entre médias (testes de Spearman, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis), o SIG deve ser menor que 0,05 (SIG<0,05).
A seguir as análises e discussões dos resultados.
ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS
As análises serão realizadas considerando os dados quantitativos e depois
os qualitativos.
ANÁLISE QUANTITATIVA
Na Tabela 3, mostra-se a quantidade de professores em cada instituição
de ensino , sendo 28 professores entre as instituições
públicas e particulares 50% de cada, além do gênero e a porcentagem representada:
Tabela 3. Quantidade de amostras
dos professores nas instituições de ensino
|
|
GÊNERO |
|
|
TOTAL |
|
Instituição de ensino |
Feminino |
% |
Masculino |
% |
|
% |
Escola
pública |
19 |
32 % |
9 |
16% |
28 |
50% |
Escola
particular |
18 |
34% |
10 |
18% |
28 |
50% |
TOTAL |
37 |
66% |
19 |
34% |
56 |
100% |
Fonte.
Dados da pesquisa 2018
A Tabela 3
indica que a maioria é do gênero feminino com 37 professoras sendo 66%. Já a
Tabela 4 indica a idade e o tempo de serviço dos professores pesquisados.
Tabela 4. Quantidade de Frequência de idade e
o tempo de serviço.
IDADE |
TEMPO DE SERVIÇO |
||||||||
Idade |
Freq. |
% |
% válida |
% acumulativa |
Temo de serviço |
Freq. |
% |
% válida |
% acumulativa |
18 a 25 anos |
1 |
1,8 |
1,8 |
1,8 |
0 a 5 anos |
11 |
19,6 |
19,6 |
19,6 |
25 a 30 anos |
9 |
16,1 |
16,1 |
17,9 |
5 a 10 anos |
13 |
23,2 |
23,2 |
42,9 |
30 a 40 anos |
24 |
42,9 |
42,9 |
60,7 |
10 a 15 anos |
9 |
16,1 |
16,1 |
58,9 |
40 a 45 anos |
9 |
16,1 |
16,1 |
76,8 |
15 há mais anos |
23 |
41,1 |
41,1 |
100 |
+ de 45 |
13 |
23,2 |
23,2 |
100 |
Total |
56 |
100 |
100 |
- |
Total: |
56 |
100 |
100 |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
Os dados demonstrados na Tabela 4, sobre as frequências de idade e o
tempo de serviço, indicam que a maior frequência de idade foi de 30 a 40 anos,
correspondendo a 24 professores que representam 42,9%, enquanto o menor foi
entre 18 a 25 anos com apenas 1 representando 1,8%. Em relação ao tempo de
serviço, apresenta, 23 docentes que trabalham há mais de 15 anos, representando
41,1%, enquanto o menor foi de 10 a 15 anos com 9 apresentando 16,1%.
Para saber qual o teste correto, houve o teste de homogeneidade e
normalidade em que identificou que não havia normalidade, pois, o nível de
significância dos dados foram menores que 0,05 (SIG.<0,05). Assim, para se testar as hipóteses, foram realizadas análises
fatoriais das 37 questões das 8 dimensões, buscando a redução das dimensões de
extração do componente principal que resultaram em 1 componente de extração.
Apenas a dimensão 5 que se trata da integração social resultou em 2 fatores, o
que totalizou 9 componentes ou fatores. Na Tabela 5, mostra-se como resultou o
processo.
Tabela 5.
Variação total explicada: Método de extração das análises do componente
principal
|
Somas de extração de carregamentos ao quadrado (sem rotação) |
Somas rotativas de carregamentos ao quadrado (com rotação) |
||||
Componente |
Total |
% de variação |
% cumulativa |
Total |
% de variação |
% cumulativa |
1 |
11,708 |
31,644 |
31,644 |
3,968 |
10,725 |
10,725 |
2 |
2,877 |
7,776 |
39,420 |
3,883 |
10,495 |
21,220 |
3 |
2,644 |
7,147 |
46,567 |
3,589 |
9,699 |
30,919 |
4 |
2,279 |
6,159 |
52,726 |
3,570 |
9,648 |
40,567 |
5 |
1,965 |
5,312 |
58,038 |
2,845 |
7,690 |
48,258 |
6 |
1,903 |
5,142 |
63,180 |
2,452 |
6,627 |
54,885 |
7 |
1,360 |
3,677 |
66,857 |
2,377 |
6,425 |
61,310 |
8 |
1,222 |
3,302 |
70,159 |
2,373 |
6,414 |
67,725 |
9 |
1,177 |
3,182 |
73,340 |
2,078 |
5,615 |
73,340 |
Fonte.
Dados da pesquisa (2018)
Os
resultados apresentaram que enquanto a variação do componente 1 totalizou
11,708, das somas extraídas sem rotação, com uma variação de 31,644 com a rotação totalizou 3,968 com uma variação de 10,725. Logo, houve o teste de
confiabilidade dos dados, Alfa Cronbach, apresentado na Tabela 6.
Tabela 6. Teste de confiabilidade dos dados (Alfa Cronbach)
Componente |
Fator |
Cronbach's Alpha |
Item |
1 |
1- Compensação
justa e adequada. |
,575 |
4 |
2 |
2- Condições de trabalho |
,850 |
6 |
3 |
3- Uso
das capacidades |
,700 |
5 |
4 |
4- Oportunidades |
,816 |
4 |
5 |
5.1 Integração
social discriminação |
,778 |
5 |
6 |
5.2-Integração social relações interpessoais |
,778 |
5 |
7 |
6- Constitucionalismo
(leis). |
,724 |
4 |
8 |
7- Espaço
ocupado no trabalho |
,802 |
3 |
9 |
8-
Relevância social e sua importância |
,829 |
6 |
Total |
De todos os fatores sem rotação |
,936 |
37 |
Total |
Os noves componentes depois da redução de extração dos fatores. |
,861 |
9 |
Fonte. Dados da pesquisa
(2018).
Field (2009) afirma que para os testes de confiabilidade sejam
considerados bons, tem-se que ser considerados igual ou maiores que 0,70.
Enquanto que Freitas e Rodrigues (2005), citado por Timossi (2009, p.402),
indicam que “se o valor de x estiver entre 0,30 a 0,60 considera um valor de
confiabilidade baixo entre 0,75 a 0,90 alta, e quando os dados estão acima 0,90
muito alta”. Para os resultados dos
testes de confiabilidade nesta pesquisa, apenas o fator 1 (compensação justa e adequada) estava abaixo de 0,7,
enquanto os demais consideram índices bons por estarem acima de 0,7. Desta
maneira, os resultados da análise fatorial foram salvos no SPSS e os demais
testes foram realizados.
Quando se
trata dos testes de comparativo entre médias, caso haja uma diferença
estatisticamente significativa, os resultados do valor do SIG devem estar
abaixo de 0,05. Assim, a Tabela 7 mostra os dados que indicam, de acordo com os
resultados do SIG, se a hipótese foi ou não corroborada. E os testes foram
feitos sobre as hipóteses 1, 2, 3 e 4, sendo:
H1: Há
diferenças de percepção sobre a qualidade de vida no trabalho dos professores
considerando a variável instituição de ensino;
H2: Há
diferenças de percepção sobre a qualidade de vida no trabalho dos professores
considerando a variável gênero;
H3: Há
diferenças de percepção sobre a qualidade de vida no trabalho dos professores
considerando a variável idade;
H4: Há
diferenças de percepção sobre a qualidade de vida no trabalho dos professores
considerando a variável tempo de serviço.
Tabela 7. Testes das hipóteses com os
resultados do SIG que compara as médias
TESTE DE HIPÓTESES |
Salário Justo 1 |
Condições de trabalho 2 |
Uso das capacidades 3 |
Oportunidades 4 |
Integração
social Discriminação 5 |
Integração social Relações interpessoais 6 |
Constitucionalismo Leis 7 |
Espaço
ocupado 8 |
Importância social 9 |
Situação das hipóteses após os testes |
1-Instituição de ensino (Mann-Whitney) |
,481 |
,019 |
,101 |
,302 |
,519 |
,009 |
,315 |
,228 |
,019 |
Corroborada |
2-Gênero (Mann-Whitney) |
,068 |
,307 |
,280 |
,083 |
,222 |
,613 |
,002 |
,092 |
,808 |
Corroborada |
3-Idade (Kruskal Wallis) |
,174 |
,429 |
,986 |
,690 |
,508 |
,033 |
,623 |
,315 |
,303 |
Corroborada |
4-Tempo de serviço (Kruskal Wallis) |
,158 |
,961 |
,630 |
, 540 |
,816 |
,647 |
,218 |
,511 |
,694 |
Não corroborada |
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
Os
resultados que indicaram diferenças estatisticamente significativas
corroboraram com as hipóteses 1, 2, 3, e apenas a hipótese 4 não foi
corroborada. Então, há sim diferenças estatisticamente significativas entre os
fatores instituição de ensino, gênero e idade, pois os níveis de significância
estavam menores que 0,05 (SIG.< 0,05) o que aceita a hipótese alternativa e
rejeita-se a hipótese nula.
Enquanto
na hipótese 4, não há diferenças estatisticamente significativas com relação ao
tempo de serviço por que os níveis de significância apresentaram ser maiores
0,05 (SIG > 0,05). Então, rejeita-se a hipótese alternativa e aceita-se a
hipótese nula o que não corroborou com a hipótese.
Quanto
aos níveis de satisfação, os dados indicaram que os professores das escolas
públicas estavam mais satisfeitos em relação ao salário justo e adequado e a
integração social (discriminação), mas para os demais fatores, como as
condições de trabalho, o uso das capacidades, as oportunidades, integração
social (relações interpessoais), o constitucionalismo (respeito às leis
trabalhistas), o espaço de trabalho ocupado e a importância social do trabalho,
os professores da escola particular estavam mais satisfeitos comparativamente
aos professores das escolas públicas.
Quanto
ao fator gênero, as mulheres estavam mais satisfeitas com o salário justo e
adequado, enquanto que o restante dos fatores os homens estavam mais
satisfeitos. O que mostra que os professores estão mais satisfeitos que as
professoras.
Quanto
ao fator idade, os que estavam mais satisfeitos eram os respondentes com idade
entre 30 a 40 anos, nas dimensões sobre as condições de trabalho, nas
oportunidades de trabalho, constitucionalismo e o espaço de trabalho ocupado.
Já os que estavam mais insatisfeitos eram os respondentes com idades entre 18 a
25 anos, nas dimensões capacidades de trabalho, oportunidades de trabalho,
integração social sobre as relações interpessoais, o espaço de trabalho ocupado
e a importância social.
Quanto
ao tempo de serviço, a maior satisfação estava entre 10 a 15 anos, com os
fatores de compensação justa e adequada, as oportunidades, a integração social
(discriminação), e o espaço que o trabalho ocupa. As insatisfações estavam
acima de 15 anos de trabalho, a respeito das condições de trabalho, as
capacidades, oportunidades, constitucionalismo, o espaço que o trabalho ocupa e
a relevância social que a profissão tem de importância.
Em
se tratando da qualidade de vida no trabalho, baseado nos temas abordado do
modelo de Walton (1973), os níveis de insatisfação eram em relação com os
salários, enquanto que as satisfações estavam na sua importância social que o
trabalho ocupa perante a comunidade.
A
grande preocupação com a insatisfação seria o excesso de trabalho e
consequentemente doenças como a disfonia, (JARDIM; BARRETO; ASSUNÇÃO, 2007), além de
dores de cabeça, cansaço físico e mental o que pode se agravar em uma síndrome
de Burnout (BRANQUINHO,
2010; PAPARELLI, 2009).
ANÁLISE QUALITATIVA
Na análise
qualitativa, a última hipótese, foi analisada sobre a opinião sobre QVT dos
professores ao responderem a pergunta aberta.
Hipótese
5: Considera-se que na hipótese
tenham uma maior insatisfação com o salário e o excesso de trabalho, pois é com
uma boa remuneração, que o professor pode proporcionar condições como investir
no lazer, para ele e a família, investir em cursos de capacitação, e planos de
saúde. Enquanto que o excesso de trabalho pode causar as doenças como dores de
cabeça, estresse, disfonia, ou até
mesmo a síndrome de Burnout.
De acordo com as respostas dos professores:
Professora 11: escola pública.
“Maior investimento em salário para que o profissional possa usufruir
no lazer”
Professora 09- escola particular
“Melhoria dos salários ou melhorar o valor hora aula. Valorização e
reconhecimento de trabalhos e projetos extras elaborados pelo professor”.
Sobre o salário:
Professora 08: da
escola pública
“Seria uma remuneração valorizada”
Sobre excesso de trabalho:
Professora 02: escola
pública
“Melhoria
na carga horária, sendo 50% aula e 50% de horas atividades, limitando-se a
carga horária para 20 horas/ aula. Melhoria no plano de carreira. Aumento de
percentual relativo a qualificação. Cumprimento legislação quanto aos
reajustes”
Então, em
se tratando da hipótese considera a hipótese alternativa verdadeira, pois houve
sim insatisfação nos relatos sobre o salário e o excesso de trabalho.
Sobre os
salários baixos, Gatti (2012) afirma que o que desmotiva o professor da escola
pública e particular, e acabam não tendo condições de investir em compras de
livros, investir em lazer e cursos de capacitação. A preocupação com o excesso
de trabalho, além de obter um desgaste físico mental, os autores vêm discutindo
sobre as doenças mais comuns que são o estresse e as dores de cabeça que passam
desapercebidos e na medida que aumentam as sobrecargas de trabalho, agravam
ainda mais os sintomas (PAPARELLI, 2009).
Sobre a insatisfação com o salário, houve convergência entre as
respostas da questão aberta com as questões fechadas, pois os dados indicaram
que eram a parte que estavam mais insatisfeitos em relação à média dos dados
quantitativos e com a pergunta aberta (qualitativa) que relataram tanto na
instituição pública com a particular.
Com a ajuda de uma ferramenta para fazer o
desenho da pesquisa, utilizou o programa Xmd8 na versão 2016 que faz mapas
mentais. Na figura 1, mostra-se as percepções dos professores sobre o que
poderia ser feito para se ter uma melhor qualidade de vida no trabalho nas
escolas.
Com base na pergunta aberta, os professores das instituições públicas
relataram o que poderia ser melhorado no ambiente de seu trabalho: atividade
laboral, atividade física, melhoria no plano de carreira, cumprimento aos
reajustes, oportunizar meios tecnológicos avançados, mais recursos e
investimento, 50% em sala, 50% horas de atividade, Valorização do profissional
da saúde física e mental, apoio da família dos educadores, atendimento psicológico
e respeito às leis, automatizar as listas de frequência dos alunos, otimizar as
listas de reuniões, investimento no salário para que possa gastar com o lazer,
melhoria na estrutura física da escola, redução de alunos por turma, mais tempo
para o planejamento de aula.
Já os professores das escolas particulares, referiram ao aumento de
salário e no valor hora aula, ter mais autoridade, autonomia, respeito, dos
alunos e pais, vale carro, diminuição da carga horária, maiores espaços de
integração com os discentes, ter mais encontros de capacitação, valorização dos
projetos extras e trabalhos feito pelo professor, horas de atividades,
reformulação total nos métodos de ensino.
A convergência entre as instituições diz respeito à valorização e ao
aumento do salário, melhoria na qualidade do ensino, ter cursos de capacitação,
redução de carga horária.
O que mostra que trabalho docente, ainda há
muito a ser pensado sobre a qualidade, uma solução sugerida por Rocha e
Fernandes (2008), poderia ser em ter mais professores, diminuição nas horas de
trabalho para que estes educadores tenham mais tempo de elaborar aulas com mais
qualidade. Para Alves (2010), a qualidade do ensino, é necessário proporciona
condições para os professores se qualificarem. Gatti (2012) fala sobre os
planos de carreira e a formação continuada já existe desde 2009, mais ainda tem
que ser melhorado já que os salários continuam baixos, e acaba não sobrando
para investir em cursos de capacitação e na compra de livros.
Uma das
soluções para evitar o estresse e doenças ocupacionais seria a ginastica
laboral. De acordo com Sampaio e Oliveira (2008), os esforços repetitivos podem
ocorrer problemas na saúde como dores musculares ou até mesmo lesões, uma das
formas de combater estão nos exercícios físicos e alongamentos o que pode
trazer benefícios como o bem-estar. Enquanto Mendes e Leite (2004) citados por
Santos et al. (2007), afirmam que, além da redução do estresse, deve-se
trabalhar a autoestima, que envolve o corpo e a mente fazendo com que a pessoa
fique auto motivada para exercer as atividades diárias.
Os dados qualitativos da pesquisa, representados na Figura 1, indicam
as diferenças entre as instituições nos relatos, para a escola particular horas
atividades, vale carro valorização nos projetos extras, maiores espaços de
interação entre docentes e discentes, enquanto que na escola pública relataram
atividade física e laboral, automatizar a lista de frequência dos alunos e
apoio psicológico, apoio profissional a família dos educadores, redução dos
alunos e melhorias na infraestrutura da escola.
Além disso, são evidenciadas percepções comuns, como respeito dos
alunos, aumentos salariais, melhorias na qualidade do ensino, capacitações,
redução de carga horária.
Figura
1. Desenho das respostas respondidas dos professores da escola pública e
privada do ensino médio
Fonte.
Dados da Pesquisa
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa
de QVT realizada nas cinco instituições de ensino médio em Rondonópolis-MT,
sendo duas públicas e três particulares, e envolvendo 56 professores, pode
contribuir para a sociedade, pois a importância da saúde e o bem-estar docente
é um tema relevante. Quando ocorre uma insatisfação pode agravar os riscos de
doenças como o estress, a angústia, a ansiedade, a depressão e até chegar a uma
síndrome de burnout. Quanto ao
excesso de trabalho, este pode provocar doenças como disfonia, dores de cabeça e musculares etc., o que,
consequentemente, pode afetar a qualidade do ensino do alunos, podendo ainda
ocorrer licenças e afastamentos do docente.
Pensando
nisso, este trabalho se justifica pela necessidade de obter uma qualidade de
vida no trabalho do educador, para que possa se prevenir e cuidar do bem-estar.
Consequentemente, sentirão acolhidos e reconhecidos perante a sociedade sendo
mais satisfeitos com o labor. A escolha do tema teve origem na releitura do contexto histórico da
educação brasileira. A profissão do professor acaba sempre sendo o culpado do
fracasso da educação. Com isso, despertou o interesse de pesquisar as condições
de trabalho, em que muitas vezes, os salários são baixos, as estruturas são
inadequadas para um bom desenvolvimento das atividades, falta tempo para
elaborar uma aula com qualidade e até mesmo falta de interesse dos alunos.
Sendo assim, pesquisar a insatisfação no trabalho se torna relevante. Para que
este profissional tenha uma qualidade de vida no seu trabalho é importante chamar
a sociedade brasileira para refletir sobre as condições de vida, no sentido que
os professores possam realizar, como profissional, a liderança com capacidade
em desenvolver sua função com qualidade.
Por meio de um questionário do modelo de
Walton (1973), houve a aplicação de um modelo estruturado, com 37 questões
fechadas e uma aberta sobre a percepção dos professores relacionado a
insatisfação e satisfação com a qualidade de vida no seu trabalho. Com oito
dimensões desde: 1-compensação justa e adequada, 2-as condições de trabalho,
3-capacidades, 4-oportunidades, 5- Integração, 6-constitucionalismo, 7-
trabalho e vida 8- relevância social. A descoberta da pesquisa, o que causa
mais insatisfação, são os salários baixos, excesso de trabalho, ter mais cursos
de capacitação. Enquanto que as satisfações estavam relacionadas à importância
que a profissão tem perante a sociedade.
Quanto às diferenças entre os níveis de
satisfação, as instituições particulares estavam mais satisfeitas com a
qualidade de vida no trabalho comparativamente às instituições públicas. As
públicas estavam mais satisfeitas apenas referente ao salário. Quanto ao fator
Gênero, os homens estavam mais satisfeitos com o trabalho, enquanto que as
mulheres apenas com o fator salário. Nas idades a satisfação estava entre 30 a
40 anos e a insatisfação entre 18 a 25 anos. O tempo de serviço, a satisfação
foi de 10 a 15 anos e a insatisfação acima de 15 anos. Nos testes de hipóteses
houve a confirmação das hipóteses 1, 2, e 3, o que corroborou com as diferenças
estatisticamente significativas, onde o Sig. foi menor que 0,05, aceitando a
hipótese alternativa e rejeitando a hipótese nula de não haver diferenças. Já a
hipótese 4 não foi corroborada, pois o Sig. foi maior que 0,05, aceitando a
hipótese nula de não haver diferenças estatisticamente significativas. Na
pergunta aberta houve a confirmação da insatisfação sobre o excesso de trabalho
e a insatisfação do salário o que vai ao encontro das indicações de autores
como Gatti (2012), entre outros, citados nesta pesquisa.
As
dificuldades encontradas nesta pesquisa foram, especialmente, quanto à coleta
dos dados, pois muitos professores não quiseram responder o questionário. Com
relação às instituições públicas, uns alegavam que não tinha tempo, outros
disseram que tinham acabado de chegar no Estado e não tinham como responder
sobre a escola. Já nas instituições particulares, apesar de apresentar
documento indicando não haver revelação do respondente, três escolas se
recusaram a permitir a aplicação. E por fim, como sugestões de futuras
pesquisas, indica-se ampliar o tamanho da amostra, para verificar os níveis de satisfação e as
possíveis diferenças estatisticamente significativas, incluindo aspectos como a
formação dos professores, além de aplicar o questionário em diferentes cidades
com professores do interior e da capital.
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