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7, n. 2, Maio-Agosto/2023 This work is licensed
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4.0 International License
ISOMORFISMO INSTITUCIONAL, ESTRATÉGIAS,
SUSTENTABILIDADE E SUAS RELAÇÕES
Vaneide Gomes de Souza
vaneidegsouza@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/5073864864802979
https://orcid.org/0000-0003-1341-2269
Instituto Federal de
Educação de Rondônia
Porto velho/RO
RESUMO
A
realização da pesquisa possibilitou que verificássemos a importância do estudo
das estratégias no campo da sustentabilidade, a partir da influência do
isomorfismo institucional, que ocorre nos diversos campos organizacionais. Esta
pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa, foi realizada por meio de um
levantamento de dados secundários a respeito dos temas de isomorfismo institucional, estratégias,
sustentabilidade e suas relações em textos base de dados do google
scholar. No contexto do isomorfismo
dentro dos campos organizacionais é importante destacar que os mecanismos de
mudanças institucionais são estratégias usadas nos/pelos campos organizacionais
para que outras organizações se adequem aos padrões institucionalizados dentro
dele. A necessidade de equalizar as diversas percepções a respeito do
desenvolvimento sustentável, visando o bem comum, por meio do crescimento
econômico, sem prejudicar o meio ambiente presente e futuro, levou a criação de
várias dimensões e indicadores, que regulam as estratégias antrópicas. Uma das
formas de promover o desenvolvimento sustentável das instituições é a criação de
estratégias de sustentabilidade econômica mundial, nacional, regional e
local alicerçadas no isomorfismo institucional.
PALAVRAS-CHAVE: Isomorfismo
institucional; Estratégias; Sustentabilidade.
INSTITUTIONAL
ISOMORPHISM, STRATEGIES,
SUSTAINABILITY
AND ITS RELATIONS
ABSTRACT
Carrying out the research
enabled us to verify the importance of studying strategies in the field of
sustainability, based on the influence of institutional isomorphism, which
occurs in different organizational fields. This bibliographic research, of a qualitative
nature, was carried out through a survey of secondary data regarding the themes
of institutional isomorphism, strategies, sustainability and their
relationships in texts in the google scholar database. In the context of
isomorphism within organizational fields, it is important to highlight that
institutional change mechanisms are strategies used in/by organizational fields
so that other organizations adapt to institutionalized standards within them.
The need to equalize the different perceptions regarding sustainable
development, aiming at the common good, through economic growth, without
harming the present and future environment, led to the creation of several
dimensions and indicators, which regulate anthropic strategies. One of the ways
to promote the sustainable development of institutions is the creation of
global economic sustainability strategies based on institutional isomorphism.
KEYWORDS: : Institutional isomorphism; Strategies; Sustainability.
Submetido:
06/07/2023
Aceito: 18/08/2023
Publicado:
31/08/2023
A
globalização tem obrigado as organizações a se adaptarem aos diversos ambientes
organizacionais, tornando-as semelhantes em relação aos procedimentos
organizacionais, que as tornam vulneráveis na competição crescente do mercado.
Essas
constantes mudanças para se adequarem às exigências institucionais, assumem
lados bons e ruins, visto que podem se tornar benéficas ou maléficas quando se
refere ao posicionamento estratégico na competição comercial. A organização
pode estar em constante conflito, em virtude das grandes forças do campo
organizacional que podem impedi-la de progredir economicamente limitando a sua
atuação por meio de condições institucionalizadas. (Hall, 2004).
Por outro
lado, há autores como Dimaggio e Powell(1983) que defendem que os isomorfismos mimético,
normativo e coercitivo contribuem para que as organizações sobrevivam no mercado por meio da legitimidade que é
dada por meio do aceite as regras e significados já institucionalizados no
campo organizacional.
Alguns
autores fizeram a trajetória histórica do termo estratégia tornando a sua
percepção como uma prática contínua nas organizações, visto que a estratégia
faz parte do cotidiano de qualquer unidade devido ao hábito cotidiano de seu
planejamento, implantação e/ou implementação. Fazendo parte do cotidiano de uma
organização, a estratégia está sujeita às ações institucionalizadas no campo
organizacional e vice-versa. “Admite-se
que tanto as práticas institucionalizadas no contexto ambiental influenciam as
ações estratégicas das organizações quanto as próprias ações organizacionais
concorrem para o estabelecimento do campo organizacional.”(CORAIOLA et al.,
2012, p.217).
É no
contexto da abordagem estratégica institucional nas organizações que se deve
refletir sobre o conceito de sustentabilidade, devido às pressões sociais que
as organizações têm sofrido para se adequarem às normas e padrões exigidos
pelas estruturas dominantes dos campos organizacionais. Nesse bojo de
discussão, cita-se Ignacy Sachs, como um dos precursores na criação e definição de cinco dimensões
sustentáveis que possibilitam regular as ações antrópicas que alicerçam o
desenvolvimento sustentável.
Levando
em consideração os aspectos elencados acima surgiu a necessidade de se fazer
esta pesquisa bibliográfica em textos na
base de dados do google scholar, a
respeito da importância do estudo das estratégias no campo da sustentabilidade,
a partir da influência do isomorfismo institucional, que ocorre nos diversos
campos organizacionais.
2 ABORDAGEM
SOBRE ISOMORFISMO INSTITUCIONAL
Max
Weber(1979) em sua teoria da burocracia afirma que um indivíduo pode ser remunerado
financeiramente para se comportar de acordo com os padrões determinados sem
deixar que seus sentimentos interfiram no seu desempenho. É por meio da
racionalização dos comportamentos humanos e/ou organizacionais que a
instituição busca ser eficiente.
Paralelamente,
a sociedade se torna mais burocrática, acabando com o personalismo. A
impessoalidade e/ou imparcialidade da burocracia, moveria as pessoas em direção
ao fim, onde a racionalidade do indivíduo passaria a primar em favor da
organização quando em convívio coletivo no seu trabalho. Segundo Mandel(1992),
as organizações têm seu alicerce social definido como uma organização que é
constituída por regras, regulações, partilha de responsabilidades,
aperfeiçoamento do trabalho, escalonamento profissional e correspondências
individuais comuns.
Max Weber
também afirmava que a burocratização do mercado já tinha a função de controlar
o homem por meio da organização do espírito racional. Para ele as grandes
empresas se tornam homogêneas devido à competição existente entre elas, onde as
mesmas buscam padronizar seu processos organizacionais, já Meyer e Rowan (2001) sistematizaram uma nova teoria, cujo as
organizações a fim de ganhar recursos necessários para sua sobrevivência, assim
como se tornarem legítimas em campos altamente organizacionais, se tornariam
isomórficas.
A legitimidade se dá por meio do isomorfismo,
que é um processo que obriga unidades que interagem no mesmo ambiente
organizacional a se tornarem semelhantes. (HAWLEY, 1968). Tal legitimidade
seria consequência de mitos, tabus e valores que também são fatores que
burocratizam a organização. Isto quer dizer que a organização não se move
apenas pela eficiência e sim pela legitimidade. Às vezes, esta quer ser apenas
legítima e não eficiente, onde pode-se exemplificar, um grande evento como o
Prêmio Nobel, que é legítimo por meio da obtenção apenas do reconhecimento. Ela
leva em consideração uma métrica de
eficiência externa por meio de legitimidade.
Corroborando
com os autores citados acima, DiMaggio
e Powell (1983), defendem que as
organizações tendem a se tornarem isomórficas devido a necessidade de se
tornarem aceitas pelo mercado em um determinado ambiente. Sendo assim elas
passam a se moldarem a campos organizacionais existentes em vários espaços, que
são controlados pelo Estado e por
categorias profissionais.
Para ser
legítima, a instituição deve participar de um campo organizacional, pois não
sobrevive sozinha, em um território, se ela não se adaptar a campos
organizacionais que já controlam este ambiente por meio de regras já
institucionalizadas.
DiMaggio
e Powell (2005, p. 76) definem o campo organizacional, como sendo o ambiente
onde as organizações, “em conjunto, constituem uma área reconhecida da vida
institucional: fornecedores-chave, consumidores de produtos, agências
regulatórias e outras organizações que produzam serviços e produtos similares”,
como por exemplo, o campo da construção civil.
Os campos
organizacionais são constituídos, basicamente, do aumento da interação entre as
empresas neste ambiente, da dominação de algumas empresas sobre as outras e
alianças feitas pelas mesmas, aumento da informação que gira dentro do próprio
campo e sensibilização das estruturas que estas têm que trabalhar juntas devido
terem um objetivo comum no mercado. Campo organizacional é similar a um setor
societal, pois inclui todas as organizações de uma sociedade que oferecem um
determinado tipo de produto ou serviço junto com o conjunto de organizações
associadas: fornecedores, financiadores, reguladores e assim por diante.
(MEYER; SCOTT, 1992).
Para
Carvalho, Vieira e Lopes (2001), Philip Selznick é o precursor da abordagem
institucional, ao interpretar as organizações como uma “ ‘expressão estrutural
da ação racional’ que, ao longo do tempo, são sujeitas às pressões do ambiente
social e transformam-se em sistemas orgânicos”, passando por um processo de
institucionalização através do qual “os valores substituem os fatores técnicos
na determinação das tarefas organizativas.” (CARVALHO et al., 2001, p.1).
Na mesma
linha de pensamento, DiMaggio e Powell (1983) buscaram explicar a
homogeneização das práticas organizacionais, quando discursaram que no início
os campos organizacionais apresentam-se diversos em relação a sua forma e
procedimentos, contudo quando estabelecem-se, percebe-se a racionalização
isomórfica dos procedimentos e cultura organizacional, onde inclui-se valores,
normas, crenças e regras. Eles também argumentaram que as causas da
burocratização e da racionalização têm se modificado e esse processo ocorre
como resultado de processos miméticos que tornam as organizações mais
similares.
Já,
Hanani e Fremem (1984) preocupavam-se em explicar a variação entre as
organizações em termos de estrutura e comportamento visto que questionavam por
que há tantos tipos diferentes de organizações.
O
isomorfismo nos campos organizacionais reforça a padronização de
comportamentos e processos produtivos visando a competitividade
para a cadeia produtiva, que pode ser vista como um campo organizacional. Se algum padrão de comportamento
organizacional é aceito pela sociedade as outras empresas tendem a copiá-lo
para poderem permanecer competindo no mercado. Sendo assim, elas acabam
priorizando a permanência no mercado por meio da igualdade e não da eficiência
em seus processos.
Freeman
(1982), sugere que os organismos maiores ao invés de se adaptarem ao ambiente,
os mesmos, por meio do controle, exercem o poder e assim provocam o isomorfismo
nos campos organizacionais. Ou seja, há
organizações que ao não se tornarem
homogêneas são excluídas do campo organizacional ou são engolidas por empresas
maiores que compram as menores por meio de alianças, fusões, cartéis, etc. Se as
menores organizações não se adequarem aos padrões de processos e culturas das
maiores organizações, àquelas são engolidas pelas maiores, visto que os padrões
comportamentais organizacionais já foram legitimados pela sociedade consumidora
e assim tornaram-se institucionalizados na região.
Meyer
(1979) e Fennel (1980), argumentaram que há dois tipos de isomorfismos, que
são: institucional e competitivo. Sendo
que neste último, para DiMaggio e Powell(2005), refere-se somente a ambientes
onde haja competição livre e aberta e foi usada como explicação para a criação
de inovação pelas organizações. Contudo, hoje, ela necessita ser complementada
pelo isomorfismo institucional que foi definido primeiramente por Kanter (1972,
p.152-15) “em sua discussão sobre as formas que pressionavam as comunidades em
direção a uma adaptação ao mundo exterior.”
Essas
formas ou forças, segundo Aldrich (1979) são outras organizações que também
competem por poder político e legitimação institucional, que são reconhecidas
pela sociedade consumidora dos produtos e serviços de um local. DiMaggio e
Powell (2005), também afirmam que as organizações, que são forças
externas, também competem “por poder
político e legitimação institucional, por adequação social, assim como por
adequação econômica.”
Uma das
formas de competição econômica, segundo Meyer e Rowan, são as novas práticas que
podem se tornar, nas palavras de Selznick (1957, p.17), “imbuídas de um
valor além das necessidades técnicas da tarefa que se tem em mãos”. Isto é,
mesmo que uma inovação se expanda em direção a outras pela legitimação, as
empresas que provocaram a institucionalização destas práticas inovativas, o
fazem não para melhorar o desempenho, mas para fazerem parte do campo
organizacional.
Um grande
descoberta da corrente neo-institucionalista, a qual pertence, DiMaggio e
Powell, é que a dinâmica da sociedade moderna é oriunda das lutas entre grupos
contrários, grupos que montam e desmontam campos organizacionais,
intencionalmente ou não, ou seja, de acordo com seus objetivos (Silber, 1995).
Meyer
argumenta que há três mecanismos de mudança institucional que são a isomórfica coercitiva, a mimética e a
normativa, que DiMaggio e Powell definem
como, sendo o isomorfismo coercitivo,
que é resultante de jogadas políticas e da legitimação, o isomorfismo mimético,
que é conseqüência de respostas padronizadas a incertezas (copia e cola, porque
procuro os modelos) e o isomorfismo normativo, que é oriundo da busca da
legitimação profissional que exige padronização de procedimentos operacionais
assim como valorização das suas carreiras enquanto profissionais.
A luta
dos profissionais das organizações, assim como dos especialistas universitários
pela legitimação de seus direitos padronizam os procedimentos operacionais e
cognitivos dos mesmos que culminam na influência da normatização destas
estratégias de profissionalização.
3
ABORDAGEM SOBRE O CONCEITO DE
ESTRATÉGIA
Para Lodi
(1969) estratégia é o uso de todos os recursos da organização nacional e
internacional buscando alcançar as metas em longo prazo. Já para Hamel (2001)
citado por Ferrão e Penina (2005),
estratégia é um padrão que absorve os principais objetivos e articulações de
uma organização.
Machado-da-Silva
(2007, p.91) comenta que “A estratégia
visualizada como prática organizacional constitui proposição de alguns
institucionalistas para a compreensão do campo de conhecimento da estratégia
empresarial, entre os quais se destaca Whittington (2002).” Este autor
[...] considera a estratégia a
partir de dois pressupostos: a dimensão da ação social, que o autor denomina
prática, e a dimensão da ação efetivamente levada a efeito pelo agente
organizacional, que é entendida como práxis. “Práticas são coisas feitas tanto
no sentido de aceitas como legítimas quanto no sentido de praticadas por meio
de um fazer que se repete desde um momento do passado. Práxis é o que é
realmente feito, decorrendo daí o trabalho de strategizing”. (WHITTINGTON,
2002, p.4).
A partir do momento em que a
estratégia se torna um padrão executado pelas organizações, esta passa a ser
institucionalizada no campo organizacional. É nesse contexto que surge o
planejamento estratégico como processo de criação de estratégias,
caracterizadas pelas práticas regulares ocorridas nas organizações.
Um
indivíduo que utiliza o planejamento como uma ferramenta no seu trabalho
demonstra um interesse em prever e organizar ações e processos que vão
acontecer no futuro, aumentando a sua racionalidade e eficácia. Existem três
tipos de planejamento: estratégico, tático e operacional. Segundo Kotler (1992,
p.63) “planejamento estratégico é
definido como o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação
razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades
de mercado”. O objetivo do planejamento estratégico é orientar e reorientar os
negócios e produtos da empresa de modo que gere lucros e crescimento
satisfatórios.
Kurcgant,
Ciampone e Melleiro (2006) afirmam que os planejamentos táticos são
desdobramentos do planejamento estratégico e delineiam o que compete às
diferentes frações da organização para consecução dos objetivos
organizacionais. O planejamento operacional engloba a programação, execução e
controle das atividades diárias, de forma a assegurar o deslocamento dos
produtos para os canais de distribuição ou diretamente para os mercados
consumidores, no tempo correto. (ENOMOTO, 2005).
Segundo
os autores Mintzberg, Lampel e Ahlstrand (2000) uma das escolas literárias que
mais se adequa à criação da estratégia como processo formal dentro de uma
organização é a escola do planejamento tendo em vista que esta prima pela
“[...] formalização de processos, de elaboração e efetivação de
estratégias." quer pela estrita delimitação de etapas de operacionalização
da análise, formulação e implementação” .
Há uma grande preocupação da escola
de planejamento com a elaboração de estratégia, com a fixação dos objetivos, e
após a sua elaboração como avaliar cada um realizando o estágio da auditoria
externa. O bom encaminhamento das questões na empresa passa por diversos
estágios: de auditoria interna, de avaliação da estratégia e de
operacionalização da estratégia. Todas as estratégias precisam ser divididas em
subestratégias para o sucesso da implementação.
Coraiola, Melo e Jacometti (2012)
afirmam que as estratégias não são limitadas ao campo de atuação dentro de uma
organização, mas também no campo específico da vida social, onde ocorre a
dinâmica de valores, normas e regras como forma de expressão social de uma
coletividade. Giddens (2003), também afirma que as estratégias são também
externas ao ambiente organizacional, visto que é realizada por qualquer
indivíduo da sociedade em geral, onde a mesma também é conhecida como um
vocábulo comum e rotineiro.
A estratégia passou a ser bem vista no ambiente
institucional, pelos estudiosos, a
medida em que justificou uma das causas do isomorfismo institucional no campo
organizacional. Carstens e
Machado-da-Silva (2006) afirmam que as
organizações que usam as mesmas estratégias são vistas pela sociedade e pelas organizações reguladoras, dentro do
campo organizacional, como mais legítimas, em virtude de estarem mais adequadas
às exigências dos comportamentos institucionais.
Meyer e Rowan(1999, p. 93) lembram que “[...]as organizações que
incorporam elementos socialmente legitimados e racionalizados em suas
estruturas formais maximizam sua legitimidade e aumentam seus recursos e sua
capacidade de sobrevivência.”, como é o caso da estratégias que foram legitimadas
por meio dos discursos de vários estudiosos neo-institucionalistas. Contudo,
mesmo sendo legitimada no campo organizacional que atuam, por meio do
isomorfismo, Powell (1991), afirma que as respostas organizacionais a estas
pressões variam em diferentes graus.
Também é no campo organizacional, que ocorrem diversas
“concepções que podem convergir dentro de uma perspectiva interdisciplinar para
oferecer insights úteis de como as firmas podem alcançar vantagens superiores
aos concorrentes” por meio de
estratégias institucionais implantadas/
implementadas. (MUZZIO, 2010, p. 82). Pode-se visualizar tal dimensão do
isomorfismo quando está ligado à cultura organizacional, visto que a teoria
cultural contribui para a institucionalização das estratégias por meio dos stakeholders locais que aceitam explícita
ou implicitamente as práticas estratégicas realizadas por uma organização que
estejam em consonância com o contexto cultural (MUZZIO (2010). Considera-se
contexto cultural, os costumes, práticas e valores culturais locais que um grupo escolheu como legítimo e válido para
a sua região, pois são padrões mimetizados na região.
4 UMA
ABORDAGEM SOBRE SUSTENTABILIDADE
No mundo
globalizado onde as organizações não se encontram mais distantes umas das
outras, devido ao meio tecnológico que
vinculam todas as empresas a um mesmo território digital, as instituições
privadas ainda buscam baratear seu custo de produção ao optarem por processos
produtivos poluentes e não sustentáveis.
O
conceito de sustentabilidade tem sua base no período em que se iniciou a
discussão do desenvolvimento sustentável do planeta, na década de 60, em
virtude das diversas crises ambientais que ocorreram, como por exemplo, o
desaparecimento do Mar de Aral,
localizado entre o Cazaquistão e Uzbequistão,
devido a União Soviética ter desviado dois rios que alimentavam o mar, de
seu curso normal, visando aumentar a produção de algodão. Neste período, a chuva
parou, a grama secou, e os pequenos lagos de água doce desapareceram, assim
como os rebanhos de antílopes
Ainda na
década de 60 um grupo de cientistas, Clube de Roma, se reuniram para estudarem a problemática
ambiental, que vinha ocorrendo no mundo, visando buscar soluções para as
mesmas. Este evento resultou na publicação do estudo, “Os limites do
crescimento”, que retomou a discussão de Thomas Malthus, que no final do século
XVIII, argumenta que enquanto a população
cresce em progressão geométrica, paralelamente, a produção de alimentos cresce em produção aritmética, ou seja,
enquanto a primeira não em limites para seu crescimento, a segunda variável tem
limitações na sua produção.(Malthus, 1983).
Diante da
publicação do Clube de Roma, a Organização das Nações Unidas mais os Estados Unidos realizaram a
Conferência das Nações sobre o Meio Ambiente Humano, também conhecida como
Conferência de Estocolmo, em 1972, onde o Secretário da Conferência de
Estocolmo definiu o conceito de ecodesenvolvimento, que posteriormente foi
amplamente difundido por Ignacy Sachs, a partir de 1974 (Montibeller Filho,
1993). Sachs, apud Raynaut; Zanoni (1993, p.7),
posteriormente também fez sua definição de Ecodesenvolvimento como “desenvolvimento
endógeno e dependente de suas próprias forças, tendo por objetivo responder à
problemática da harmonização dos objetivos sociais e econômicos do
desenvolvimento com uma gestão ecologicamente prudente dos recursos e do meio”.
Neste conceito o autor transparece a preocupação com as questões econômicas,
sem contudo, deixar de lado a preocupação com os problemas sociais e
ambientais.
Dando
continuidade aos seus estudos, Sachs(1993), apresenta as cinco dimensões de
sustentabilidade do ecodesenvolvimento que são a social, a econômica, a ecológica, a espacial
e a cultural. A sustentabilidade social
deve ocorrer de tal forma que não tenha distinção social onde haja “o desenvolvimento em sua
multidimensionalidade, abrangendo todo o espectro de necessidades materiais e
não-materiais...” (Ib.,p.25). A sustentabilidade econômica diz que deve haver
uma eficiência econômica dos recursos por meio da “alocação e gestão mais
eficientes dos recursos e por um fluxo regular do investimento público” (Ib.,
p.26). A sustentabilidade ecológica implica na utilização do ecossistema sem
que ocorra sua deterioração. A sustentabilidade espacial visa o equilíbrio na
dispersão espacial das comunidades urbanas e rurais. (Sachs,1993). A sustentabilidade cultural traduz “o conceito normativo de
ecodesenvolvimento em uma pluralidade de soluções particulares, que respeitem
as especificidades de cada ecossistema, de cada cultura e de cada local.” (Ib.,
p.27).
Não há
consenso entre as possíveis dimensões de sustentabilidade a serem consideradas
no escopo do desenvolvimento sustentável,
visto que há vários autores, além de Sachs, considerados importantes para esta trajetória
histórica conceitual. Bossel
(1999) sugere as dimensões material,
ambiental, social, ecológica, econômica, legal, cultural, política e psicológica;
Bellen (2002) considera somente a sustentabilidade social, a sustentabilidade
ecológica e a sustentabilidade econômica; Machado e Fenzel(2001) proposicionam sete dimensões: física,
material, ecológica, social, psicológica, cultural e ética.
Em 1982,
foi criada uma nova comissão de pesquisadores para discutir os problemas
ambientais, intitulada, Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, que ao findar de cinco anos de pesquisa, apresentou o famoso
Relatório Brundtland, ou “Nosso Futuro Comum”, que definiu uma outra forma de
pensar o crescimento econômico, por meio de um desenvolvimento sustentável das
nações que satisfaça as necessidades das gerações presentes, sem comprometer as
necessidades das futuras gerações. (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE
E DESENVOLVIMENTO, 1988).
A
necessidade de adjetivação para o termo desenvolvimento sustentável, deve-se às
discussões entre os economistas, de que se não há o adjetivo sustentável no
conceito, poder-se-ia compreender que há um desenvolvimento sem qualidades
sustentáveis, ou seja, sem considerar a preservação ao meio ambiente. Sendo
assim, foi necessário especificar o que é desenvolvimento sustentável.
5 METODOLOGIA
Esta
pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa, foi realizada por meio de um
levantamento de dados secundários a respeito dos temas de isomorfismo institucional, estratégias,
sustentabilidade na base de dados do
google scholar. A coleta de dados foi realizada com a filtragem da literatura usando-se os temas já
mencionados e posterior leitura dos resumos e títulos relacionados ao objetivo
da pesquisa. Após a escolha dos textos fez-se fichamentos e posterior
dissertação a respeito das discussões relacionadas aos temas.
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
No contexto do isomorfismo dentro dos campos organizacionais é
importante destacar que os mecanismos de mudanças institucionais são
estratégias usadas nos/pelos campos organizacionais para que outras
organizações se adequem aos padrões institucionalizados dentro dele.
Para o processo de
construção de estratégias institucionais, Tolbert e Zucker(1998), elegeram
categorias de análise das práticas estratégicas, onde segundo Machado-da-Silva
e Gonçalves (1998), as fases não podem ser entendidas como uma sequência de
fatos. A instituição é definida como “uma tipificação de ações tornadas
habituais por tipos específicos de atores” (TOLBERT; ZUCKER, 1998, p.204).
Para Tolbert e Zucker (1999) a institucionalização são práticas
habituais de atores específicos. Sendo assim, ações para eles, é sinônimo de
hábitos, que também são comportamentos. Se tais comportamentos são adotados por
um único indivíduo ou pela coletividade, Schutz (1962) explica que, ocorrendo
um pequeno esforço para solucionar problemas, conflitos futuros, tenderão a usar os mesmos procedimentos
padronizados na tomada de decisão para a solução de conflitos semelhantes. Zucker (1988) afirma que esse é um processo
que é característico da institucionalização, visto que assinala o rompimento do
significado da ação individual para o
comportamento coletivo. Isto é, independente de quem esteja fazendo a ação em
uma organização, a mesma já foi extrapolada para o campo organizacional. A este
fato dá-se o nome de objetificação, oriunda da habitualização. Na sedimentação,
segundo Zucker, é quando as novas
organizações desconhecem a origem da tipificação das estratégias institucionalizadas. Neste momento as ações
já se tornaram institucionalizadas no ambiente organizacional.
Meyer e Rowan(1977) afirmam que inovações, realizadas pelas
organizações, atingem um nível em que a sua transposição para outras
organizações as tornam legítimas ao invés de melhorar o desempenho das mesmas.
Dimaggio e Powell(1983, p.3) afirmam que “Estratégias que são racionais para
organizações individualmente podem não o ser se adotadas por um grande número
delas.” ou seja, tal estratégia pode deixar de ser uma estratégia para se
tornar uma padrão institucional devido ao mimetismo existente no campo
organizacional. Estas estratégias passam a ser legitimadas pelas organizações
devido ao isomorfismo oriundo dos três
mecanismos de mudança institucional: coercitivo, normativo e mimético.
A necessidade de equalizar as diversas percepções a respeito do
desenvolvimento sustentável, visando o bem comum, por meio do crescimento
econômico, sem prejudicar o meio ambiente presente e futuro, levou a criação de
várias dimensões e indicadores que regulam as estratégias antrópicas. Uma das
formas de promover o desenvolvimento sustentável das instituições é a criação de
estratégias de sustentabilidade econômica mundial alicerçadas no
isomorfismo institucional, visto que “constitui um processo de restrição que
força uma unidade em uma população a se assemelhar a outras unidades que
enfrentam o mesmo conjunto de condições ambientais.”(DIMAGGIO; POWER, 2005,
p.76).
Um exemplo da influência do processo de isomorfismo institucional no
mercado da sustentabilidade pode ser observado no artigo intitulado, “O Setor
da Construção e o Mercado da Sustentabilidade incitado pelo Isomorfismo
Institucional”, de Lucas Amaral Lauriano e Rafael Tello, publicado no Caderno
de Idéias em 2011, que demonstra as formas de isomorfismo: coercitivo, mimético
e normativo, refletidas por meio da participação do Estado, que regulam a
construção civil, por meio de normas, selos e incentivos. O Estado
estabelece a padronização dos processos
de operações das organizações, devido a demanda de consumidores por edifícios verdes. As
pressões normativas também podem ser vistas, por meio da necessidade da seleção
de um corpo técnico capacitado e com conhecimentos de processos e tecnologias
específicas que atendam algumas dimensões de sustentabilidade exigidas na
edificação de edifícios verdes.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A necessidade de
promover o desenvolvimento sustentável, por meio do crescimento econômico,
possibilitou a criação de estratégias
organizacionais relacionadas aos diversos segmentos da sustentabilidade que
deveriam ser monitoradas e mensuradas por meio de indicadores. Uma das formas
de promover o desenvolvimento sustentável
é a criação de estratégias de sustentabilidade econômica em
escala mundial, nacional, regional e local nascidas por meio do isomorfismo institucional.
A pesquisa o
artigo intitulado, “O Setor da Construção e o Mercado da Sustentabilidade
incitado pelo Isomorfismo Institucional”, de Lucas Amaral Lauriano e Rafael
Tello, publicado no Caderno de Idéias em 2011, mostra que os isomorfismos
mimético, coercitivo e normativo são refletidos
na construção de estratégias de sustentabilidade. As classes
profissionais são normatizadas por regras estabelecidas pelo Estado, que é a
agência reguladora. Essas regras estabelecidas se tornam padrões
comportamentais estabelecidos para cada categoria profissional que atuam junto
as organizações. Esses padrões comportamentais são multiplicados dentro e entre
categorias profissionais por meio da imitação (copia e cola). A classe
profissional que não se submete aos padrões comportamentais são excluídas do
campo organizacional.
As empresas são
reguladas pelas regras estabelecidas pelo Estado. Essas regras normatizadas
pelo Estado são internalizadas na cultura organizacional e estabelecem-se
padrões comportamentais que são multiplicados dentro e entre organizações por
meio da imitação (copia e cola). A empresa que não se submete aos padrões
comportamentais normatizados são excluídas do campo organizacional.
Atualmente, existem
vários conceitos e normas regulamentados pelo Estado que estabelecem os padrões
comportamentais organizacionais relacionados ao desenvolvimento sustentável por
meio das diversas dimensões da sustentabilidade. As organizações e classes
profissionais que não se submetem às regras estabelecidas são e serão excluídas
dos diversos campos organizacionais dos segmentos primários, secundários e
terciários dos setores da economia. Sendo assim, é exigível que as organizações
construam estratégias de desenvolvimento alicerçadas nas dimensões da
sustentabilidade estabelecidas pelos isomorfismos mimético, coercitivo e
normativo.
A
realização da pesquisa deste tema permitiu que verificássemos a importância do
estudo das estratégias no campo da sustentabilidade, a partir da influência do
isomorfismo institucional, que ocorre nos diversos campos organizacionais. Esta
pesquisa não pretende terminar a discussão deste tema aqui, pois se tornou
apenas a ponta de um iceberg a ser explorado.
REFERÊNCIAS
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