v.
7, n. 1, Janeiro-Abril/2023 This work is licensed
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ESTRESSE: ESTUDO ENTRE
SUPERVISORES DE UMA EMPRESA ATUANTE NO RAMO DE CALL CENTER EM MONTES CLAROS/MG
Luana Santos Souza
rrodney508@gmail.com
Faculdade Santo Agostinho (FASA/Moc)
Montes Claros/MG
João Guilherme
Magalhães-Timotio
j.guilhermemagalhaes@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/3427283166062684
https://orcid.org/0000-0001-9622-935X
Unimontes e UniFIPMoc
Montes ClarosMG
Roberto Rodney Ferreira Júnior
rrodney@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/0200528756974010
https://orcid.org/0000-0003-2182-1169
Universidade Estadual de Montes Claros
Montes Claros/MG
Leandro Golçalves Cristovam
leandrogc@fasa.edu.br
http://lattes.cnpq.br/4454439123227578
https://orcid.org/0000-0002-9138-4390
Faculdade Santo Agostinho (FASA/Moc)
Montes Claros/MG
RESUMO
O estresse tem sido um tema muito discutido recentemente,
caracterizado por um estado de tensão que afeta o equilíbrio interno do
organismo. Ele é uma resposta biológica necessária para adaptação do indivíduo
a situações ou pessoas ao seu redor. Muitas vezes, o estresse é associado ao
ambiente de trabalho, principalmente quando há tensão, pressão, rotinas
desgastantes e falta de autonomia na resolução de situações estressantes.
Diante disso, o objetivo deste estudo é identificar o nível de estresse dos
supervisores de uma empresa de Call Center em Montes Claros-MG. Os objetivos
específicos incluem identificar os principais fatores que contribuem para o
estresse e avaliar, na percepção dos supervisores, o impacto do estresse no
trabalho em suas vidas pessoais e profissionais. A metodologia utilizada é de
natureza básica e abordagem quantitativa, com objetivo descritivo e
explicativo. Para coletar as informações, foi realizado um levantamento de
dados por meio de um questionário, com uma amostra aleatória de cerca de 70
supervisores dentro do universo da pesquisa.
PALAVRAS-CHAVE: Estresse; Supervisores; Líderes; Call center.
STRESS: A
STUDY BETWEEN SUPERVISORS OF A COMPANY OPERATING IN THE CALL CENTER BRANCH IN
MONTES CLAROS/MG
ABSTRACT
Stress has been a recurring subject lately,
characterized as a state of tension that directly affects the internal balance
of the body. It is a biological response that comes from the need for
adaptation of the individual to situations or people around them. In many
cases, people affected by stress associate its occurrence with the work
environment, mostly related to tension, pressure, exhausting routines, and lack
of autonomy in resolving stressful situations. Therefore, the main problem of
this study is to discover the level of stress of supervisors from a Call Center
company in Montes Claros-MG. The general objective was to observe the level of
stress of these leaders, and the specific objectives include identifying and
presenting the main conditioning factors of stress and verifying, in the
perception of the supervisors, the impact of stress caused on their personal
and professional life. The methodology used is basic in nature and quantitative
in approach, with a descriptive and explanatory research objective. To obtain
the information, a data survey was carried out through a questionnaire, and a
random sampling was selected from the universe of the research, about 70
supervisors.
KEYWORDS: Stress; Supervisor; Leader; Call Center.
Submetido:
28/09/2022
Revisões
Requeridas: 08/11/2022
Aceito: 24/03/2023
Publicado:
30/04/2023
Estresse
é uma reação do organismo a situações de extrema tensão. Inicialmente, os
estímulos desenvolvidos pelo corpo não são prejudiciais, porém a exposição
contínua a agentes estressores pode causar desequilíbrios e doenças de cunho
físico e psicológico nos indivíduos (MOREIRA, 2012).
O
estresse é um assunto recorrente entre os pesquisadores na atualidade, por
representar um problema que acomete grande parte da população. As causas,
consequências e tratamentos são diversos e dependem da forma como atingem os
indivíduos e a percepção destes perante as situações estressoras. Pode-se dizer
que uma parcela significativa das pessoas estressadas liga a existência do
problema ao ambiente de trabalho.
As causas
do estresse nos profissionais brasileiros são bem variadas, porém algumas são
apontadas como as mais comuns. Entre elas, pode-se destacar a pressão por
resultados e a entrega em prazos curtos, longas jornadas de trabalho, reuniões
improdutivas e intermináveis, chefia autoritária, falta de reconhecimento do
trabalho desenvolvido. Podem causar consequências como enxaqueca, arritmias,
alergias, infecções, obesidade, asma, bronquite e doenças cardíacas como
hipertensão e diabetes, podendo ainda ocasionar problemas como perda de
memória, prejuízos cognitivos e depressão (BARROS, FUNKE e LOURENÇO, 2017).
Este é um
assunto relevante que gera a necessidade de analisar o estresse ocupacional e
os fatores que o envolvem. A partir dessa análise, poderão ser elaborados
programas de intervenção nos ambientes de trabalho com o objetivo de promover a
saúde do trabalhador. Nessa perspectiva, esta pesquisa buscou conhecer o
contexto do estresse em um segmento específico do mercado de trabalho: o de
Call Center.
Diversas
pesquisas apontam o setor como um dos mais estressantes para se trabalhar. Por
esse motivo, a escolha pela temática se deu devido à importância de se observar
os motivos causadores do estresse dos supervisores de uma empresa atuante no
ramo de Call Center em Montes
Claros-MG. Os resultados permitem identificar aspectos que influenciam
diretamente na vida dos colaboradores, positiva ou negativamente.
Esta
investigação torna-se relevante para as organizações, pois o estresse afeta o
desempenho profissional. Os resultados podem contribuir para a criação de
programas de qualidade de vida no trabalho que proporcionarão ganhos para a
organização, como a redução de absenteísmo dos líderes e desligamentos. Outras
empresas podem utilizar o conhecimento produzido neste estudo para ampliar suas
possibilidades de intervenção, tendo em vista o conhecimento sobre fatores de
estresse e alternativas de enfrentamento. Esses conhecimentos servem de subsídios
para a organização em estudo trabalhar no processo preventivo ou intervir junto
aos líderes de maneira mais eficaz.
No âmbito
acadêmico, os resultados dessa pesquisa contribuíram para a ampliação dos
estudos na área da Administração, especialmente no que tange à gestão de
pessoas, gerando a possibilidade de terem sido utilizados como fonte de estudo
e pesquisa para o corpo discente desta e de outras instituições. Puderam ter
contribuído ainda como direcionamento de novas pesquisas nesta mesma temática,
mas que contemplem aspectos que aqui não foram abordados.
2 ReFERENCIAL
TEÓRICO
2.1 O estresse no ambiente
organizacional
O termo estresse, como salientam Codo, Soratto e
Vasques-Menezes (2004), ficou conhecido após sua utilização pela medicina. Seu
conceito tem origem na física, mas seu significado difere nas outras áreas em
que é utilizado. Na psicologia, medicina e no seu uso popular o estresse
denomina tanto condições externas ligadas ao indivíduo ou uma força imposta a
um determinado organismo, quanto para relacionar as formas com as quais esse
mesmo organismo reage a estas forças.
"O estresse é uma reação que o organismo tem
diante das pressões, tanto externas como internas. Pode ser um evento pontual
ou situações cotidianas que se repetem e o induzem a produzir hormônios, como
se o corpo se preparasse para combater uma guerra. Se for intenso ou contínuo,
surgem sensações de desconforto, irritação, medo, preocupação, frustração,
indignação e outras emoções negativas." (BARROS; FUNKE; LOURENÇO, 2017,
p.10).
Os autores destacam ainda que o estresse afeta diretamente o organismo,
levando à liberação de substâncias químicas que reagem fisiologicamente. Diante
de uma crise, o corpo pode elevar os batimentos cardíacos e a pressão arterial,
e o sangue se desvia da pele e do aparelho digestivo para os músculos,
fortalecendo-os para enfrentar o problema. Com a persistência do estresse a
longo prazo, pode ocorrer o enfraquecimento psicológico e físico do indivíduo,
levando-o à exaustão (BARROS, FUNKE e LOURENÇO, 2017, p.10).
Oliveira e Cardoso (2011) enfatizam que o estresse pode ser causado por
fatores ambientais, organizacionais e/ou individuais e, em excesso, pode
influir socialmente na vida do indivíduo por meio de conflitos interpessoais,
levando-o ao afastamento do contato humano. No âmbito familiar, o estresse
excessivo pode atingir todos os membros envolvidos, exercendo influência na
saúde física e mental destes. Profissionalmente, o indivíduo pode apresentar
queda da produtividade, atrasos, problemas de relacionamento, absenteísmo e
desempenho insatisfatório.
O estresse presente no ambiente organizacional, ou o estresse
ocupacional, resulta da exposição dos indivíduos às condições presentes em seu
ambiente de trabalho e também a situações em que a exigência que recai sobre o
profissional excede sua capacidade de execução (NASCIMENTO, VIEIRA e SILVA,
2017).
Na visão de Machado e Ribeiro (2015) o estresse advindo da atividade
laboral pode ocasionar insatisfação no trabalho, comportamento antissocial,
doenças cardiovasculares, irritação, redução da produtividade e qualidade das
atividades desempenhadas, prejudica também a saúde física e psicológica do
trabalhador.
A falta de autonomia de um
colaborador é apontada como fator que leva ao estresse dentro do ambiente
organizacional, conforme afirmação de Coutinho e Santos (2010), dentre as
demais causas conhecidas: condições ambientais desfavoráveis, excesso de tarefas,
desinteresse no desempenho das atividades profissionais, pressão para a
execução das tarefas, interferência da empresa na vida pessoal dos
funcionários, etc. Mediante tais condições, o colaborador tende a apresentar
problemas de comportamento no trabalho e familiar, além de complicações na
saúde física e/ou emocional.
Sob a ótica da organização, a existência de muitos trabalhadores
estressados em seus ambientes tende a apresentar menos oportunidades de sucesso
do negócio no mercado competitivo. As empresas onde esse tipo de problema é
recorrente apresentam lucros menores por manterem funcionários que não produzem
mais com tanta eficácia ou afastados de suas atividades por complicações de
saúde. Entretanto, a culpa do estresse não pode ser depositada de forma
exclusiva sobre as organizações e ambientes de trabalho, pois há fatores
externos que também influenciam na progressão do quadro estressante, como
problemas pessoais (HONORATO e OLIVEIRA, 2015).
Oliveira e Nakata (2018) explicitaram que o número de afastamentos
laborais por auxílio-doença, advindos de transtornos mentais e emocionais,
cresceu aproximadamente 20 vezes na última década, representando o segundo
principal motivo de afastamentos no Brasil. Tal situação coloca o país em
segundo lugar no ranking mundial em
que há mais trabalhadores estressados, perdendo apenas para o Japão, segundo
informação da International Stress
Management Association - ISMA[1].
A forma como cada trabalhador enfrentará o estresse ocupacional vai
depender de sua relação com o problema. Para alguns servirá como forma de
encorajamento para seguir em frente, já para outros o efeito é mais agressivo.
Nesse sentido, percebe-se que o estresse pode desencadear no indivíduo reações
de forma positiva, motivando-o a lidar com o problema adequadamente (MARÇAL e
ROSSO, 2018).
Não é sempre que o estresse pode ser visto como vilão, também existe seu
lado positivo quando há oportunidade de ganho potencial em sua ocorrência.
Robbins, Judge e Sobral (2010) acreditam que há pessoas que utilizam do
estresse como incentivo para dar seu máximo e há quem veja o excesso de
trabalho, a cobrança por metas e a pressão no trabalho como desafios por
melhoria na qualidade de desenvolvimento de suas atividades, podendo elevar seu
nível de satisfação profissional.
Assim sendo, há diversas maneiras de se enfrentar as situações de
estresse. Cada indivíduo atravessa o problema de uma forma e seu efeito é
diferente em cada um, pois, como já dito anteriormente, a intensidade e a
percepção dos fatores estressores, bem como a forma de administração destes se
diferem.
2.2 Qualidade de vida no trabalho como mecanismo de prevenção do
estresse
Prado (2016) assegura que o estresse ocupacional causa impacto na vida
do empregado, na sua produtividade, na prestação dos seus serviços e também na
qualidade destes sendo, para tanto, fundamentalmente necessária à realização de
uma ação preventiva nesse sentido. Tanto o indivíduo quanto a empresa precisam
estar engajados nessa causa, pois se não houver interesse de uma das partes,
não haverá como gerar um ambiente saudável para a convivência no trabalho.
Nesse sentido, Pinheiro (2017) acredita que o trabalhador deve saber
equilibrar trabalho, lazer e repouso, envolvendo questões como alimentação,
exercício físico, relaxamento e estabilidade emocional, por exemplo, para que
os impactos do estresse sejam menores para sua vida. Paralelamente a isso, a
organização deverá concentrar seus esforços no sentido de favorecer
relações interpessoais amistosas, capacitação e treinamento dos empregados,
proporcionar pausas para descanso, dentro das possibilidades, permitir maior
autonomia na execução das atividades, incluir apoio da equipe gestores, líderes
ou gerência direta, dentre inúmeras outras ações que possam prevenir as causas
do estresse nos seus funcionários.
A empresa que se preocupa e orienta os seus funcionários através de programas preventivos
e assistenciais nesse sentido, proporciona a todos uma melhor qualidade de vida
e bem-estar, que impactam diretamente nos resultados dos serviços prestados.
Pode-se dizer que esta postura, além de respeitar a condição humana dos
trabalhadores, pode ser considerada também uma visão estratégica do negócio,
pois reduz diversos problemas inerentes ao estresse.
No que diz respeito à qualidade de vida no trabalho, ou QVT, Maximiano
(2012) expõe que o conceito surgiu da ampliação das concepções sobre motivação
(conteúdo do cargo) e satisfação (ambiente de trabalho). Fundamenta-se na visão
integral das pessoas, o chamado enfoque biopsicossocial, que traz a ideia de
que a saúde não tem relação apenas com a ausência de doença, mas como um estado
de bem-estar completo, abrangendo o âmbito psicológico, o biológico e o social
do indivíduo.
O autor deixa claro que o conceito de QVT também representa a visão
ética da condição humana. A ética nesse contexto busca a identificação,
eliminação ou minimização de todo e qualquer risco ocupacional para o
trabalhador, abrangendo a segurança do ambiente físico, o controle mental e
físico de cada atividade, também o gerenciamento de situações de crise que
possam comprometer a capacidade de manutenção dos empregos e salários
(MAXIMIANO, 2012).
Os programas de qualidade de vida e promoção da saúde no trabalho
adotados pelas organizações possibilitam ao funcionário uma maior resistência
ao estresse, por exemplo. Maximiano (2012) é categórico ao afirmar que é
evidente a correlação entre o estresse e o trabalho.
Souza et al. (2014) acreditam que os trabalhadores atualmente estão mais
exigentes em relação às condições de trabalho. Para que a empresa consiga
atrair e reter determinado profissional em seu quadro, é necessário
proporcionar-lhe condições ambientais compatíveis com a atividade a ser
desempenhada, garantir a qualidade de vida no ambiente de trabalho, como a
segurança, por exemplo, além de oferecer benefícios extras à sua remuneração.
2.3 Estratégias de enfrentamento (Coping)
do estresse
Para Marçal e Rosso (2018) a forma com que o trabalhador enfrenta o
estresse são condicionadas à maneira de percepção dos fatores estressantes, às
vivências de cada um e aos mecanismos internos de segurança e proteção (fuga,
manejo, negação, esquiva, por exemplo).
A forma de lidar com o estresse é particular, pois cada indivíduo tem
suas particularidades e, nesse sentido, pode causar impactos positivos ou
negativos. O estresse é considerado como sendo de dois tipos: o eustress e o distress. O primeiro tem relação com o equilíbrio entre a tensão e
o tempo, esforço, realização e resultados, quando exigidos em um curto período
de tempo. Já o distress associa a
tensão com o rompimento do equilíbrio do indivíduo por falta ou excesso de
esforço, sem compatibilidade com o tempo, resultados e realizações (CIONE,
2018).
“As estratégias de enfrentamento
funcionam como uma rede de apoio utilizada pelo sujeito, para minimizar o
estresse, fazendo com que o mesmo saiba como lidar diante de situações
estressoras em seu dia a dia”. (ARAÚJO e SCHERER, 2013, p.4). Nesse sentido, a
forma de percepção dos indivíduos e o combate aos fatores estressores irão
depender das escolhas de enfrentamento de cada um, com base nas suas
experiências.
Chamon (2006) frisa em sua obra que a teoria de enfrentamento comumente
utilizada se originou na década de 70, após estudos de diversos pesquisadores.
O trabalho mais conhecido sobre o assunto indica a existência de um modelo
cognitivo para esse enfrentamento e foi realizado por Lazarus e Folkman (1984). Tal modelo
avalia o indivíduo e seu ambiente de forma contínua, representando um processo
consciente, cognitivo e contínuo em que os indivíduos apresentam percepções
diferentes de acordo com o tipo de problema que enfrentam.
Em seus
estudos Lazarus et.al. (1986) apud Maturana
e Valle (2014) elencaram, assim, oito fatores de estratégias de enfrentamento,
são eles: Confronto (atitude ativa diante o estressor), Afastamento (defesa,
evita-se o confronto com a ameaça), Autocontrole (tentativa de controle das
emoções perante situações estressoras), Suporte Social (rede de apoio entre as
pessoas e o ambiente), Aceitação de Responsabilidade (aceita-se a realidade e
lida-se com os agentes estressores), Fuga-Esquiva (imaginar possíveis
resoluções para os problemas, mas sem colocá-las em prática), Resolução de Problemas
(planejamento para o trato de situações estressoras) e Reavaliação Positiva
(tentativas cognitivas de análise e reavaliação dos problemas de maneira
positiva). As autoras esclarecem que as escolhas dos indivíduos por uma ou
outra estratégia de enfrentamento são influenciadas por fatores como habilidade
em solucionar problemas, suporte social, auto regras, habilidades sociais,
crenças, recursos materiais e assertividade.
O modelo de estratégia de Coping criado por Lazarus e Folkman (1984)
abrange quatro conceitos: Coping é um processo ou uma interação entre o
indivíduo e o ambiente; objetiva administrar a situação estressora, ao invés de
controlá-la ou dominá-la; os processos de Coping pressupõem a noção de
avaliação, ou seja, como o fenômeno é percebido, interpretado e cognitivamente
representado na mente do indivíduo; e o processo de Coping é o empenho dos
indivíduos, por meio de esforços cognitivos e comportamentais, para administrar
(reduzir, minimizar ou tolerar) as demandas internas ou externas que surgem da
sua interação com o ambiente (FERNANDES e INOCENTE, 2010).
A
utilização do Coping pelos indivíduos
pode trazer benefícios como melhoria de suas habilidades comportamentais e
psicológicas, influindo nas situações adversas de estresse conforme suas
próprias características. Assim sendo, a utilização do Coping no ambiente organizacional do trabalhador exerce influência
direta no tratamento, manejo e redução dos sintomas relacionados aos fatores
estressores, melhorando ainda sua qualidade de vida pessoal e profissional.
3 metodologia
O presente estudo visa apurar o nível de
estresse de uma amostragem aleatória dos supervisores de uma determinada
empresa de Call Center que opera em Montes Claros-MG. Para levantamento dos
dados do estudo foi efetuada uma pesquisa de natureza básica. Pesquisas desta
natureza têm por finalidade conhecer o campo de conhecimento sem que haja a
preocupação de desenvolver soluções para o problema apurado em seus resultados,
ou seja, é um processo que busca desvendar conceitos, discussões polêmicas e
teóricas apenas a título de informação, conhecer por conhecer o comportamento
das variáveis, sem interferência imediata na resolução das questões (BARROS e
LEHFELD, 1990).
Quanto à sua abordagem, a pesquisa é
quantitativa. A intenção desta abordagem é a exploração do fenômeno em sua
amplitude, utilizando técnicas estatísticas para descrevê-lo. A pesquisa
quantitativa conduz o pesquisador a dar ênfase no raciocínio dedutivo, aos
elementos dimensíveis e as regras lógicas da experiência humana (GERHARDT e
SILVEIRA, 2009).
O objetivo é de caráter descritivo e
explicativo. A pesquisa descritiva busca descrever um objeto ou fenômeno
através da observação e do levantamento de dados e da utilização de
questionários, entrevistas ou escalas. O modo explicativo da pesquisa tem o
intuito de esclarecer relações, efeitos e causas de fenômenos já conhecidos e
explorados. O foco é o aprofundamento dos conhecimentos acerca do tema
(NIELSEN, OLIVO e MORILHAS, 2017).
Quanto ao procedimento para obtenção das
informações do estudo, foi realizada uma pesquisa de levantamento de dados.
Este procedimento procura conhecer o comportamento ou opinião das pessoas
acerca de determinado fenômeno e tem como benefícios o conhecimento da
realidade de forma clara, rápida e econômica por meio do levantamento de uma
determinada amostra (GERHARDT e SILVEIRA, 2009).
O universo da pesquisa abrange o conjunto
de supervisores de uma determinada empresa que atua no ramo de Call Center na
cidade de Montes Claros-MG. Dentro deste universo, que contém cerca de 70
supervisores, foi selecionada uma amostra aleatória para estudo entre os
supervisores alocados em uma das unidades da empresa. O universo da pesquisa
representa a totalidade das partes que serão investigadas, enquanto que a
amostra é uma fatia representativa do universo que poderá garantir e
representar os dados em sua totalidade. Isto ocorre porque a pesquisa
científica não consegue discutir a realidade como um todo por existir fatores
como limitação de recursos e quantidade elevada de pessoas envolvidas, por
exemplo (CERVO, BERVIAN e SILVA, 2007).
O instrumento utilizado para levantamento
dos dados foi o questionário, que continha questões fechadas acerca do assunto
do estudo, aonde as respostas dos entrevistados foram restritas às opções
explícitas das perguntas. O questionário é considerado o método mais ágil e com
menor custo para a coleta de dados. Esse tipo de instrumento apresenta
vantagens em relação aos demais como a facilidade de tabulação e tratamento dos
dados, principalmente se for elaborado com maior número de perguntas fechadas e
de múltipla escolha, e a possibilidade de abrangência de um maior número de
pessoas em um curto espaço de tempo (GIL, 2018).
Pelo fato de a pesquisa ser realizada no
local de trabalho da pesquisadora, há ainda que ser acrescida na presente
metodologia a técnica de investigação denominada “observação participante”.
Esse tipo de abordagem investigativa é aquele na qual o observador participa
ativamente nas atividades de recolha de dados, sendo requerida a capacidade do
investigador se adaptar à situação. É utilizada em estudos ditos exploratórios,
descritivos, etnográficos ou, ainda, estudos que visam à generalização de
teorias interpretativas. Constitui ainda uma metodologia humanista, uma
adaptação necessária da ciência às diferentes matérias dos estudos sobre o homem.
(MÓNICO et.al., 2017).
4 resultados
e discussão
O
questionário para levantamento de dados da pesquisa foi respondido por 23
gestores da empresa de Call Center em
estudo e conteve 20 possíveis fontes causadoras de estresse no ambiente de
trabalho. Cada fonte dispunha de uma escala de níveis de estresse, com
alternativas que variam entre nenhum estresse e elevado estresse. Cada
entrevistado deveria marcar na escala correspondente a afirmativa a intensidade
a qual aquela determinada situação lhe causava estresse.
A Tabela
01 mostra os resultados da pesquisa, a qual as situações propostas, enumeradas
de 1 a 20, são analisadas através de sua numeração de ordem acompanhadas da
letra S (situação) como, por exemplo, (S1) corresponde à fonte estressora de
número 1. Os resultados foram separados para análise observando-se cada
situação estressora e o nível de pressão exercida por elas nos entrevistados.
Tabela 01 – Resultados
da Pesquisa
FONTES ESTRESSORAS |
ESCALA DE ESTRESSE |
|||||||||
Nenhum estresse |
% |
Pouco estresse |
% |
Moderado estresse |
% |
Bastante estresse |
% |
Elevado estresse |
% |
|
1 - A falta de
possibilidade de desenvolvimento e promoção na carreira. |
12 |
52 |
6 |
26 |
4 |
17 |
0 |
0 |
1 |
4 |
2 - Problemas de
relacionamento com o gestor imediato. |
9 |
39 |
7 |
30 |
1 |
4 |
4 |
17 |
2 |
9 |
3- Falta de tempo
para manter uma boa relação com as pessoas mais próximas. (ex: cônjuge,
filhos, amigos, etc.). |
2 |
9 |
6 |
26 |
7 |
30 |
4 |
17 |
4 |
17 |
4 - Conflitos e
problemas com colegas de trabalho. |
8 |
35 |
5 |
22 |
6 |
26 |
3 |
13 |
1 |
4 |
5 - Ter de realizar
muitas horas seguidas de trabalho. |
10 |
43 |
4 |
17 |
7 |
30 |
1 |
4 |
1 |
4 |
6 - Falta de
condições de trabalho. |
11 |
48 |
3 |
13 |
1 |
4 |
6 |
26 |
2 |
9 |
7 - Cobrança
excessiva. |
2 |
9 |
1 |
4 |
9 |
39 |
7 |
30 |
4 |
17 |
8 - Acúmulo de
funções |
6 |
26 |
2 |
9 |
2 |
9 |
10 |
43 |
3 |
13 |
9 - Pressão para
atingir as metas. |
1 |
4 |
2 |
9 |
10 |
43 |
5 |
22 |
5 |
22 |
10- Conflitos e
problemas com superiores hierárquicos. |
11 |
48 |
5 |
22 |
5 |
22 |
1 |
4 |
1 |
4 |
11 - A sobrecarga
ou excesso de trabalho. |
5 |
22 |
2 |
9 |
9 |
39 |
7 |
30 |
0 |
0 |
12 - Salário
inadequado/insuficiente. |
5 |
22 |
2 |
9 |
8 |
35 |
7 |
30 |
1 |
4 |
13 - Falta de
treinamentos e capacitação para os funcionários. |
5 |
22 |
7 |
30 |
6 |
26 |
4 |
17 |
1 |
4 |
14 -
Ausência/ineficiência de ginástica laboral no ambiente de trabalho. |
5 |
22 |
4 |
17 |
6 |
26 |
5 |
22 |
3 |
13 |
15 - Comportamentos
incorretos e/ou inadequados de colegas de trabalho. |
4 |
17 |
6 |
26 |
7 |
30 |
4 |
17 |
2 |
9 |
16 - O favoritismo
e/ou discriminação “encobertos” no meu local de trabalho por parte dos
superiores. |
6 |
26 |
3 |
13 |
6 |
26 |
1 |
4 |
7 |
30 |
17 - Instabilidade
no emprego. |
2 |
9 |
5 |
22 |
5 |
22 |
6 |
26 |
5 |
22 |
18 - Falhas de
comunicação com a equipe de trabalho. |
4 |
17 |
4 |
17 |
6 |
26 |
8 |
35 |
1 |
4 |
19 - Falta de
autonomia para realizar as atividades. |
1 |
4 |
7 |
30 |
3 |
13 |
9 |
39 |
3 |
13 |
20 - Desvalorização
das qualidades, habilidades e competências de trabalho. |
3 |
13 |
2 |
9 |
6 |
26 |
6 |
26 |
6 |
26 |
Fonte: Dados da pesquisa
(2019).
A Tabela 02 mostra o perfil predominante dos supervisores entrevistados,
a faixa etária varia entre 18 e 25 anos (39,0%), 52,0% concluíram o ensino
superior, a amostra da pesquisa é 60,0% feminina, 56,0% são solteiros (as),
73,0% têm renda variante entre R$ 1.500,00 e R$ 2.000,00, 43,0% dos
entrevistados possuem mais de 5 anos de empresa e 47,0% atuam de 1 a 2 anos no
cargo de supervisão, conforme informações presentes na Tabela 02 a seguir.
Tabela 02 – Perfil dos Supervisores Entrevistados
IDADE (Anos) |
Quantidade |
GRAU DE INSTRUÇÃO |
Quantidade |
SEXO |
Quantidade |
ESTADO CIVIL |
Quantidade |
RENDA (R$) |
Quantidade |
TEMPO DE EMPRESA (Anos) |
Quantidade |
TEMPO DE SUPERVISÃO (Anos) |
Quantidade |
18 a 25 |
9 |
Ensino médio |
4 |
Masc. |
9 |
Solteiro (a) |
13 |
1000 a 1499 |
2 |
1 a 2 |
4 |
1 a 2 |
11 |
26 a 30 |
6 |
Ensino superior
completo |
12 |
Fem. |
14 |
Casado (a) |
9 |
1500 a 2000 |
17 |
2 a 3 |
1 |
2 a 3 |
2 |
31 a 35 |
3 |
Ensino superior
incompleto |
7 |
|
|
Divorciado (a) |
1 |
Acima de 2000 |
4 |
3 a 4 |
4 |
3 a 4 |
5 |
36 a 40 |
2 |
|
|
|
|
|
|
|
|
4 a 5 |
4 |
4 a 5 |
4 |
Acima de 40 |
3 |
|
|
|
|
|
|
|
|
Acima de 5 |
10 |
Acima de 5 |
1 |
Fonte: Dados da pesquisa (2019).
Ao analisar individualmente cada situação
geradora de estresse, percebe-se que 52,0% das pessoas entrevistadas acreditam
que a falta de possibilidade de desenvolvimento e promoção na carreira (S1) não
é considerada uma condição estressante. Da mesma forma que problemas de
relacionamento com o gestor imediato (S2), apontado por 39,0% dos
entrevistados, conflitos e problemas com colegas de trabalho (S4) 35,0%, ter
que realizar muitas horas seguidas de trabalho (S5) 43,0%, falta de condições
de trabalho (S6) 48,0%, e conflitos e problemas com superiores hierárquicos
(S10) com 48,0% das respostas, também não foram consideradas fontes de estresse
no local de trabalho.
Dos 23 supervisores entrevistados, 07 deles
(30,0%) acreditam que a falta de treinamentos e capacitação para os
funcionários (S13) é considerada uma situação pouco estressante, seguido de 6
(26,0%) que julgam causar estresse moderado.
As fontes causadoras de estresse de nível
moderado abrangem a pressão para atingir as metas (S9) com 43,0% dos votos,
cobrança excessiva (S7) com 39,0%, falta de tempo para manter uma boa relação
com as pessoas mais próximas (S3) e comportamentos incorretos e/ou inadequados
de colegas de trabalho (S15) com 30,0% ambos, 07 votos cada, encerrando a
análise com a ausência/ineficiência de ginástica laboral no ambiente de
trabalho (S14) com 26,0% das pessoas entrevistadas apontando como situação de
estresse moderado.
O Gráfico 01 ilustra de forma clara as
informações levantadas por meio da pesquisa. Os níveis de estresse apurados
retratam uma situação preocupante, que merece uma atenção especial dos gestores
para que o quadro seja revertido e o clima organizacional seja adequado para
todos os funcionários.
Gráfico
01 – Nível de
Estresse gerado por cada situação Estressora
Até então a análise foi realizada
observando-se as situações estressoras que foram elencadas pelos entrevistados
como causadoras de nenhum, pouco e moderado estresse. A discussão a partir de
então lança luz aos resultados significativos que foram obtidos quando
observadas as causas consideradas como de bastante e elevado estresse.
A desvalorização das qualidades, habilidades e
competências de trabalho (S20) dividiu as opiniões dos entrevistados. 18
pessoas acreditam que a situação é de moderado (06 votos), bastante (06 votos)
e elevado estresse (06 votos), representando 26,0% das opiniões em cada um dos
três níveis da escala, respectivamente.
A situação mais eleita como bastante
estressante é o acúmulo de funções (S8), correspondendo a 43,0% das opiniões. A
falta de autonomia para realizar as atividades (S19) com 39,0%, as falhas de
comunicação com a equipe de trabalho (S18) com 35,0% e a instabilidade no
emprego (S17) com 26,0% dos votos, também foram consideradas as fontes de
bastante estresse no ambiente de trabalho.
Por fim, a situação que desencadeia o estresse
a nível elevado em 30,0% dos entrevistados, e que merece muita atenção aos administradores
da empresa, é o favoritismo e/ou discriminação (encobertos) no local de
trabalho por partes dos superiores (S16). Esse é um fator que deve ser
criteriosamente revisto, pois gera conflito e desconforto em todos os níveis
hierárquicos.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A realização da pesquisa foi bastante
enriquecedora, pois através do estudo foi possível apurar que aquilo que consta
no material teórico analisado como base para o presente trabalho vai de
encontro com a realidade.
Os resultados mostraram a insatisfação dos
entrevistados em muitas situações cotidianas causadoras de estresse em
diferentes níveis. O ambiente de uma empresa que atua com tele atendimento como
um todo, é conhecidamente estressante. Na organização em questão foi
perceptível que a vivência nesse ambiente está em consonância com o senso
comum.
Especialmente em cargos de supervisão, foco da
pesquisa, foi apurado que o estresse acomete um público muito jovem, de 18 a 25
anos de idade, grande parte com tempo de empresa superior a 5 anos, o que
indica que estão expostos ao ambiente estressor há muito tempo e, muitas das
vezes, sem buscar alternativas para a mudança do quadro.
Um ponto importante a ser observado é que o
tempo predominante no cargo de supervisão é de 1 a 2 anos. Na empresa em questão,
para chegar ao cargo de supervisão, exceto em casos excepcionais, é necessário
que o empregado tenha trabalhado um determinado tempo como atendente. Isso leva
a crer que o nível de estresse do empregado pode ter sido trazido da época em
que esteve no atendimento e, possivelmente, potencializado no cargo de gestão,
uma vez que exige muito mais dedicação, responsabilidade e pressão para o
cumprimento das metas.
O cargo de gestão é um desafio para muitos e,
nesse caso, pode ser determinante para desencadear o estresse. Os problemas
apontados como mais estressores na pesquisa explicam tal afirmativa, pois
acúmulo de funções, falhas de comunicação com a equipe de trabalho e a falta de
autonomia para a tomada de decisões tendem a incomodar muito um gestor.
Como bem exposto no decorrer do estudo, o
estresse traz consigo inúmeras consequências tanto de cunho pessoal quanto
profissional. Pessoalmente o indivíduo pode se sentir insuficiente,
desvalorizado, o organismo reage quimicamente podendo desenvolver distúrbios,
problemas com relacionamento interpessoal, dentre outras. Profissionalmente o
funcionário pode se sentir desmotivado, discriminado, há queda na
produtividade, há possibilidade de afastamentos do trabalho. Deverá existir o
esforço de ambas as partes, empresa e funcionário, para que a situação seja
alterada e mutuamente benéfica.
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[1] Criada em 1973 nos Estados Unidos e presente atualmente em 12 países, a ISMA - International Stress Management Association é uma associação, sem fins lucrativos, que se destina à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento do estresse no mundo. É considerada a mais antiga e respeitada associação nesse sentido e a única de caráter internacional voltada para o assunto. (ISMA-BR, 2019).