v. 5, n. 1, Janeiro-Abril/2021

Avaliação de veículos utilizados na distribuição urbana de mercadorias na perspectiva do bem-estar da população

 

  Cesar Eduardo Leite           

cesareleite@hotmail.com

ORCID: 0000-0002-6144-7733

Programa de Pós-Graduação em Transportes, Universidade de Brasília

Brasília, Distrito Federal, Brasil

 

Sérgio Ronaldo Granemann

ORCID: 0000-0001-8772-798X

Programa de Pós-Graduação em Transportes, Universidade de Brasília

Brasília, Distrito Federal, Brasil

           

João Carlos Félix Souza

ORCID: 0000-0002-9883-8148

Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília

Brasília, Distrito Federal, Brasil

 

 

RESUMO

O crescimento das cidades e a valorização do conforto de seus habitantes determina um trade-off que pondera entre o transporte urbano de mercadorias, possível gerador de desconforto, e o bem-estar da população. A utilização correta de insumos, inputs, e a efetiva entrega de produtos, outputs, determinam a eficiência, cuja comparação entre seus pares indica o benchmarking. Os outputs representam a perfeita realização dos resultados esperados do processo de transporte urbano de mercadorias, enquanto os inputs representam a tolerância da população aos impactos negativos causados ao seu bem-estar. A pesquisa se utiliza da análise envoltória de dados para avaliar os veículos utilizados no transporte urbano de mercadorias, e indica como benchmarking aquele que promova menores desconfortos aos moradores. Como resultado, são identificados os veículos mais eficientes por realizarem a sua atividade mantendo o bem-estar da população.

 

Palavras-chave: Logística Urbana; Análise Envoltória de Dados; Incomodidades da População.

 

Evaluation of vehiches used in urban distribution of goods in the perspective of population well-being

 

ABSTRACT

The growth of cities and valuing of its inhabitants’ comfort determine a trade-off that consider between urban freight transport, possible discomfort generator, and the population well-being. The appropriate use of raw materials (inputs) and the effective delivery of products (outputs) determine efficiency, which indicates benchmarking after peer comparinson. The outputs represent the perfect realization of expected results of the urban goods transport process, while the inputs represent the population's tolerance to the negative impacts caused to their well-being. The research uses the data envelopment analysis to evaluate the vehicles used in urban goods transport, and indicates as benchmarking the one that promotes the least discomfort to residents. As results, the most efficient vehicles are identified for carrying out their activity while maintaining the population well-being.

 

Keywords: Urban Logistics; Data Envelopment Analysis; Population Discomforts.        

 

Submetido: 30/10/2020

Aceito: 30/12/2020

Publicado: 30/04/2021

 

 

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

 

Durante todo o Século XX os princípios da Administração Científica difundiram o lema de se “produzir mais com menos” nas indústrias, e a fórmula básica da produção orientou seu resultado como sendo o avaliador do desempenho empresarial da época (Taylor, 2011). A força da produção é definida como a razão entre aquilo que se produz, os outputs, sobre tudo aquilo que tenha sido utilizado para se produzir, os inputs, e é definida como produtividade (Slack, Chambers & Johnston, 2011). Nesse período, com o desenvolvimento da industrialização, surge a competição entre as empresas, onde aquela que produz a maior quantidade com o menor custo é considerada a mais economicamente eficiente (Mankiw, 2013).

As empresas mais eficientes são consideradas referência para suas concorrentes, as quais deveriam buscar estratégias para alcançar o mesmo nível. Surge, então, o conceito de Benchmarking, que consiste na comparação de processos empresariais, identificando as melhores práticas utilizadas, as quais se configuram como meta para os processos que não alcançaram esse estágio (Ferreira & Gomes, 2009).

O conceito de eficiência, nesta pesquisa, se baseia naquele utilizado pelo método de Análise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis - DEA) (Farrell, 1957; Charnes, Cooper & Rhodes, 1978; Banker, Charnes & Cooper, 1984), que utiliza o conceito de benchmark para delimitação de uma linha de eficiência dentre as relações inputs - outputs avaliadas. São analisados os veículos transportadores de mercadorias utilizados e identificados aqueles que geram menores desconfortos para a população da cidade de São Paulo, determinando-os como Benchmarking para os demais.

Utilizando-se de um conceito mais elementar, um veículo representa qualquer meio utilizado para transportar ou conduzir pessoas, animais ou volumes, de um lugar para outro. No caso, os veículos avaliados são os meios utilizados para o Transporte Urbano de Mercadorias - TUM, como as entregas de fast food, do e-commerce, entregas de diversas lojas de departamentos, mensageiros e correios, e tantos outros modelos de distribuição de mercadorias na área urbana.

O desenvolvimento de processos industriais e comerciais mais produtivos, associados ao aumento do consumo e a geração de renda, promovem uma contínua concentração nas áreas urbanas. A vida na cidade atrai mais população e a necessidade de mais insumos, o que resulta em maior número de viagens para o TUM e mais pessoas circulando, mais veículos, mais poluição, e maior desconforto para essa população. Na realidade do Brasil, essa concentração da população nas cidades faz com que a população urbana chegue a ser nove vezes maior que a população rural (Brito & Pinho, 2016).

Para que a população receba os insumos que necessita precisa aceitar o desconforto gerado pelo transporte mercadorias, e renunciar a parte do seu bem-estar. É um trade-off que determina a escolha da solução de um problema em detrimento de outro, e aqui, esse trade-off pondera entre o benefício e o desconforto gerado pelo TUM (Mankiw, 2013).

A logística urbana estuda os serviços de transporte de mercadorias no ambiente urbano (Taniguchi, Thompson, Yamada & Van Duin, 2001), e tem a eficiência como a maior produtividade nas entregas, segundo a visão econômica. Assim, a logística urbana tem se dedicado a fazer as mercadorias chegarem ao seu destino e proporcionar o Bem-Estar da População - BEP através de suas necessidades de insumos atendidas, sem avaliar o desconforto gerado por sua atividade.

A pesquisa se propõe a complementar a estratégia do TUM, baseado na produtividade, com a avaliação do BEP, e pondera dentre os meios de transporte utilizados, aqueles que geram menor desconforto para a realização dos serviços de transporte de mercadorias no ambiente urbano. Para identificar os fatores que determinam o BEP, é estudado o Plano Diretor de São Paulo (São Paulo, 2014), onde se definem as situações indesejáveis que geram desconforto a todos, definidas como incomodidades (Araújo Junior, 2005).

O objetivo da pesquisa é avaliar a eficiência dos veículos usados no TUM na cidade de São Paulo, segundo os fatores que impactam negativamente no bem-estar da população, baseados em seu Plano Diretor Estratégico - PDE. Para isso, utiliza-se a Análise Envoltória de Dados - DEA para se calcular a eficiência de cada veículo selecionado.

Na utilização do DEA, os veículos são designados como as Decision Making Units - DMU’s (Unidades Tomadoras de Decisão), que oferecem os resultados esperados de um bom serviço de TUM, os outputs, com a utilização do desgaste do BEP provocado pelos impactos negativos gerados pelo TUM, os inputs. Para aplicação do método DEA é utilizado o software SIAD - Sistema Integrado de Apoio à Decisão (Meza, Biondi Neto, Mello & Gomes, 2005), ferramenta que atende plenamente às necessidades.

Os resultados comprovam que, quando são utilizados os veículos de grande porte para o TUM, esses contribuem negativamente para o BEP da cidade de São Paulo. Dentre os veículos mais eficientes está a bicicleta, que vem sendo tema de muitas pesquisas sobre as vantagens de seu uso na logística urbana.

 

BASES TEÓRICAS

 

Logística Urbana

Com o TUM se configurando como essencial para a civilização urbana moderna, as cidades pelo mundo têm se preocupado com a distribuição urbana de mercadorias como forma de resolver seus problemas locais de abastecimento. O próprio conceito prevê que a urbanização tenha um sistema de transporte que deva sustentá-la, que atenda as pessoas concentradas em áreas distantes das fontes de insumos, as quais necessitam da logística para equacionar suas necessidades e o volume de mercadorias em trânsito (Ogden, 1992; Dutra, 2004).

A expressão “logística urbana”, assim como o conceito de “city logistics”, surgiu com o trabalho de Taniguchi et al. (2001), como sendo o processo de otimização das atividades de logística em áreas urbanas, considerando fatores como tráfego, congestionamento e consumo de energia. City logistics se tornou um termo comum para os mercados urbanos, que representa um sistema de movimento e distribuição física de mercadorias feita essencialmente por meios alternativos (Smirlis, Zeimpekis & Kaimakamis, 2012).

Apesar da utilização de outros diversos termos, como: “logística urbana”, “transporte de carga urbana”, “distribuição de carga urbana”, “entrega de mercadoria urbana”, o termo “logística das cidades”, de Taniguchi et al. (2001), define o conceito essencial. Em Ballou (2006), observa-se que o termo tem mais afinidade com o conceito de Distribuição Física das mercadorias, subdivisão da Cadeia de Suprimentos, que é responsável por fazer chegar ao cliente final todos os produtos das operações empresariais.

Percebe-se que o TUM tem papel significativo na competitividade de uma região e é essencial para sua economia, pois gera renda e emprego para a população através dos serviços prestados às indústrias e comércios. A movimentação de mercadorias é parte do processo econômico que disponibiliza produtos para serem utilizados, processados, armazenados ou consumidos, agregando-lhes um valor econômico espacial (Dutra, 2004).

Estudos mostram que, os atuais veículos usados no TUM são responsáveis pelo maior impacto no estudo dos congestionamentos urbanos, e sua exclusão desse meio traria consideráveis ganhos (Cintra, 2014). O transporte de cargas aparece como o problema mais perceptível e determinante para a falta de mobilidade e do bem-estar da população das cidades, apesar de fundamental para o seu desenvolvimento econômico.

No planejamento para a mobilidade urbana sustentável, o conceito de city logistics não se limita ao estudo dos veículos utilizados ou do transporte de mercadorias em áreas urbanas, mas busca uma visão ampla da distribuição física de mercadorias nas cidades (Smirlis et al., 2012). Dentre as diversas iniciativas voltadas ao conceito de city logistics, Gammelgaard (2015) relata a experiência do Citylogistik-kbh, que busca uma visão integrada do movimento de mercadorias na cidade de Copenhagen (Dinamarca), através de um centro de distribuição localizado fora da área urbana, que consolida todas as entregas e utiliza somente carros elétricos para os serviços de distribuição.

 

Bem-Estar da População

O conceito de bem-estar tem visões diferenciadas, desde refletir o estado de saúde de uma pessoa, de seu conforto, até a simples sensação de felicidade. Ao se considerar que o TUM prejudica a mobilidade da população, restringindo deslocamentos, gerando poluição do ar, sonora e até dos cursos de água na região urbana, isto o define como um fator de privação do bem-estar da população em quaisquer perspectivas. Assim, esta pesquisa adota o conceito de bem-estar como a falta de impactos negativos sentidos pela população, sendo maior o bem-estar quanto menor o grau ou incidência de fatores negativos.

Considera-se que a preocupação com o bem-estar da população de uma cidade é dever do Poder Público Municipal, que, através de seu Plano Diretor, deve definir exatamente qual a destinação de uso e ocupação do solo como forma de mitigar que os interesses divergentes gerem desconfortos. Assim, o morador local pode se sentir incomodado quando os limites das atividades desenvolvidas são ultrapassados, pode questionar as autoridades e pedir soluções sobre os desconfortos gerados (Dorneles, 2015).

A Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001 (Brasil, 2001), aprovou o Estatuto da Cidade que define regras para a gestão das áreas urbanas do país, institui diretrizes e instrumentos para garantir a função social da propriedade e define como obrigatória a criação de um Plano Diretor por todos os municípios, os quais devem ser construídos com a participação popular, garantindo o acesso de todos (Araújo Junior, 2005).

O Plano Diretor e o zoneamento das cidades têm a obrigação definir de forma diferenciada: limites de horário e intensidade na emissão de sons e ruídos; limites para emissão de gases poluentes; limites e restrições ao tráfego de veículos; diretrizes para o uso e ocupação do solo e reivindicações que possam ser levantadas pela população (Brasil, 2001).

A pesquisa utiliza a Lei nº 13.885, de 25 de agosto de 2004, que estabelece o Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo e de suas Subprefeituras (São Paulo, 2014), determinando zonas com limitação sobre as atividades praticadas, tais como, residencial, comercial, industrial, agrícola, e outras; e, ainda, regulamentando a permissão ou proibição da atividade desenvolvida com base no nível de ruído, vibração, emissão de poluentes e no uso do sistema viário (Martins Júnior, 2013).

Em complemento, a Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014, em seu Artigo 30, §3º, lista os possíveis impactos negativos sentidos pelos moradores, como sendo:

Na mesma Lei, em seu Artigo 151, §4º, o documento especifica os potenciais pontos a serem avaliados para se prevenir o chamado “impacto de vizinhança”:

 

Análise Envoltória de Dados

A Análise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis - DEA), ou Teoria da Fronteira (Frontier Analysis), é um modelo matemático que utiliza a Pesquisa Operacional - PO para analisar sistemas complexos e dar instrumentos de otimização para uma possível tomada de decisão (Ferreira & Gomes, 2009). Consiste em analisar a eficiência de um conjunto de unidades produtivas, baseado na comparação de suas relações entre insumos (inputs) e produtos (outputs) e construindo modelos matemáticos cuja distribuição da população não respeita parâmetros estatísticos, pode não ter relações funcionais entre si nem a mesma forma de medida. Na aplicação, avalia-se o desempenho relativo de uma população produtiva, onde existam múltiplos insumos e múltiplos produtos que vão gerar vários resultados.

O desenvolvimento do método teve início com a publicação do trabalho The Measurement of Productive Efficiency, em 1957, por Michael James Farrell (Ferreira & Gomes, 2009; Farrell, 1957). Nele, o autor analisa o problema de se medir a eficiência produtiva de uma indústria somente do ponto de vista teórico econômico, e propõe uma forma de se avaliar fatores não ligados diretamente ao produto, mas que contribuem para a otimizar a função produção.

O modelo de Farrell (1957) limita-se à avaliação de apenas um produto como resultado da combinação de vários insumos, a mão de obra, o capital investido, a área ocupada e a matéria prima utilizada. Já o trabalho Measuring the efficiency of the decision making units, de Edwardo Lao Rhodes (Charnes et al., 1978), ampliou o método para aceitar várias entradas e várias saídas. Com isso, se consolidou como um método que utiliza o termo Decision Making Units - DMU para definir unidades tomadoras de decisão que promovam a transformação de insumos (inputs) em produtos (outputs) (Charnes et al., 1978; Banker et al., 1984; Smirlis et al., 2012).

 

 Eficiência e Benchmarking

Segundo os princípios da Economia, o Produto (q) é resultado da multiplicação entre os fatores de produção, chamados Insumos, que são: mão de obra (N), capital (K), área (T) e matéria prima (Mp), como representado na Equação (1) (Mankiw, 2013).

 

 

q = f ( N , K , T , Mp )

(1)

 

O processo produtivo se baseia em transformar Insumos - inputs em Produtos - outputs, sendo que, a razão entre os produtos e os insumos determina a produtividade do sistema. Portanto, a produtividade é relativa aos produtos e insumos avaliados, sendo maior quanto menor forem os insumos utilizados ou maiores os produtos resultantes (Slack et al., 2011).

A Análise Envoltória de Dados utiliza o conceito de eficiência como a maior produtividade medida entre um grupo de resultados avaliados, configurando uma fronteira de eficiência traçada pelos resultados das melhores relações entre produtos e insumos. A Figura 1 ilustra a comparação feita entre pela análise DEA indicando a fronteira de eficiência dentre os resultados das diversas DMU’s (Banker et al., 1984).

No DEA, a eficiência compara o resultado das relações entre outputs e inputs de todas as DMU’s, e identifica o benchmarking para cada DMU buscar atingir a eficiência. Em essência, as DMU’s benchmarks são referência dentro de um grupo, e são definidas como objetivo para as outras alcançarem seu nível de insumos e produtos (Meza et al., 2005; Smirlis et al., 2012).

Figura 1. Representação das fronteiras de eficiência e ineficiência na análise DEA

Fonte. elaborado pelos autores

 

Modelos, Orientação e Fronteira Invertida

O modelo matemático inicial de Farrell (1957) passou por atualizações para se configurar como a Análise Envoltória de Dados e, em especial, duas atualizações determinaram os modelos originais da ferramenta, o de retornos constantes de escala e o de retornos variáveis de escala. Para qualquer um dos modelos a otimização pode acontecer por duas perspectivas, a primeira fixando os outputs e minimizando os inputs, e a segunda fixando os inputs e maximizando os outputs (Ferreira & Gomes, 2009; Charnes et al., 1978).

Modelo CCR – com seu nome atribuído às iniciais dos autores Charnes, Cooper e Rhodes, também é conhecido como CRS (Constant Returns to Scale) pois prevê retornos constantes de escala, ou seja, para qualquer variação nos insumos (inputs) existe uma variação proporcional nos produtos (outputs) (Charnes et al., 1978).

Como uma otimização, o sistema prevê a utilização de pesos atribuídos aos inputs e outputs, o que inclui nas fórmulas as variáveis de decisão “u” e “v”, e, ainda, como o modelo é um problema de programação linear, o denominador da função objetivo deve corresponder a uma constante unitária, assim, são definidas as Equações (2) para orientação aos insumos e (3) aos produtos.

 

(2)

 

Sujeito a:

 

 

 

 

 

(3)

 

Sujeito a:

 

Onde:

Eff0 = eficiência da DMU0;

uj = pesos dos outputs, variável de decisão;

vi = pesos dos inputs, variável de decisão;

yjk = outputs j para a DMUk;

xik = inputs i para a DMUk;

yj0 = outputs j para a DMU0;

xi0 = inputs i para a DMU0.

 

Modelo BCC – igualmente tem seu nome atribuído às iniciais dos autores Banker, Charnes e Cooper, também é conhecido como VRS (Variable Return to Scale) pois prevê retornos variáveis de escala, ou seja, para qualquer variação nos insumos (inputs) existe uma variação não proporcional dos produtos (outputs), podendo gerar retornos crescentes ou decrescentes de escala. A Equação (4) representa o modelo BCC orientado aos insumos e a Equação (5) orientado aos produtos (Banker et al., 1984).

 

(4)

 

Sujeito a:


 

 

 

 

 

(5)

 

Sujeito a:

 

 

A utilização dos modelos DEA por vezes resultam um grande número de DMU’s consideradas eficientes, inviabilizando a tomada de decisão. A técnica desenvolvida por Yamada et al. (1994) avalia também a ineficiência da unidade produtiva, construindo uma nova fronteira com as unidades mais ineficientes, o que seria o inverso do benchmarking. Com uma troca de posições, os inputs e os outputs do modelo original indicam a visão pessimista, conforme mostrado na Figura 1, que fecha um contorno de todos os resultados e demonstra os referenciais do melhor a ser seguido e do pior a ser evitado (Meza et al., 2005; Cooper, Seiford & Zhu, 2011).

Nos casos em que um grande número de DMU’s se mostra eficiente, a técnica de fronteira invertida contribui na escolha da melhor DMU, pois pondera entre as DMU’s mais eficientes e as menos ineficientes.

 

MÉTODO E COLETA DE DADOS

 

Esta pesquisa se caracteriza como aplicada, pois procura produzir conhecimentos dirigidos à solução dos problemas levantados por meios experimentais, observadas as variações propostas pelo pesquisador. Tem abordagem quali-quantitativa, pois interpreta contextos não paramétricos e avalia o quanto eles impactam em seus objetivos. Para se atingir os objetivos, a pesquisa toma por base o estudo de caso da cidade de São Paulo, do qual são consultadas as Leis, registros e relatórios técnicos, de onde são definidas as variáveis que são manipuladas, a critério do pesquisador, para observação dos resultados (Severino, 2000).

Utiliza-se o método de Análise Envoltória de Dados para se avaliar a relação entre as sensações de bem-estar da população correspondentes ao serviço de TUC, ponderando entre o conforto das entregas dos produtos necessários (outputs) e o desconforto das incomodidades provocadas (inputs).

 

Outputs – Produtos

Os outputs, ou produtos, representam o resultado do processo produtivo que se deseja maximizar e, neste estudo, se baseia nas seis variáveis que caracterizam a escolha de um serviço de TUM (Ballou, 2006), baseadas em McGinnis (1990), sendo elas:

Ao se avaliar o TUM, algumas das variáveis definidas por McGinnis (1990) não se aplicam, ou têm importância inexpressiva, como as “Perdas, danos, processamento das reclamações” e “Considerações de mercado sobre o embarcador”. Assim, faz-se uma seleção de quais variáveis representam indicadores dos resultados esperados pelo cliente, que são:

 

Portanto, são considerados quatro outputs a serem avaliados mediante ajustes para que respeitem a regra de maximização dos valores.

No caso da “Capacidade de Carga”, o maior valor é o melhor resultado, respeitando a regra da produtividade de se “fazer mais com menos”, porém, no caso do “Custo/Preço”, “Agilidade” e “Agilidade na Carga/Descarga”, quanto menor forem os valores, melhor é o resultado. Assim, nesses casos de output, seus dados serão submetidos a uma normalização linear com inversão dos pesos, fazendo com que o produto com maior valor tenha menor peso.

É feita a normalização, ordenando-se as variáveis da menor para a maior, adotando o maior valor como referência e ponderando o quanto as variáveis intermediárias estão distantes desse valor. Dessa forma o maior assume o valor mais baixo, e o menor assume o valor mais alto.

 

Inputs – Insumos

Segundo Slack et al. (2011), os inputs representam tudo aquilo que é necessário para se produzir algo, também denominados insumos, que representam matérias primas, equipamentos, mão de obra, capital, e tudo que seja necessário para se produzir (Mankiw, 2013).

Normalmente a definição de insumo está relacionado ao processo produtivo de Slack et al. (2011), voltado a tudo aquilo que se consome para se produzir algo, na busca da menor utilização de insumos para se produzir o máximo de produtos. Nesta pesquisa, os insumos são representados pela cessão de direito de uso dos recursos estruturais de uma cidade pelo TUM, com o objetivo de utilizar o mínimo de recursos e gerar o mínimo de impactos, segundo aqueles identificados no PDE do Município de São Paulo (São Paulo, 2014).

O PDE-SP determina limites de interferência de quaisquer agentes no ambiente urbano. Assim, qualquer obra, negócio, morador, transeunte, na região urbana da cidade, se obriga a respeitar limites de ruídos, emissão de gases, vibração, poluição ou qualquer outro desgaste para o BEP. O documento lista os possíveis geradores de desconfortos, aqui citados como:

O mesmo documento também faz referência a pontos avaliados como de “impactos de vizinhança”, aqui citados como:

Dentre todos estes potenciais fatores geradores de impactos negativos aos cidadãos, alguns são desconsiderados por não serem influenciados pelo transporte, ou têm essa influência demasiadamente indireta, ou ainda, são tão genéricos para o TUM que não há motivo de serem avaliados. Dos itens considerados, esta pesquisa desenvolve a análise de sete inputs identificados como depreciadores do BEP urbana, são eles:

 

Unidades Tomadoras de Decisão – DMU’s

A pesquisa analisa como as Unidades Tomadores de Decisão - DMU’s os seguintes veículos: 

 

São considerados os dados característicos de cada DMU aqueles indicados nas fichas técnicas de cada fabricante, os quais representam os vários modelos próximos do tipo de veículo adotado.          

 

Quadro de Produtos e Insumos

Os produtos, ou outputs avaliados são:

Com os valores normalizados, conforme descrito, a Tabela 1 apresenta os outputs utilizados.

 

 

 

 

 

 

 

Tabela 1. Quadro de outputs utilizados

Veículo

Custo

Agilidade

Capacidade de Carga

Agilidade Carga/ Descarga

Bicicleta

170.887,00

36,07

5,00

15,03

Motocicleta

162.259,00

35,54

20,00

14,57

V. U. P. P.

106.996,00

21,26

650,00

7,72

VUC

63.986,00

9,72

1.800,00

3,86

Caminhão

1.099,00

1,23

6.740,00

1,14

Fonte. elaborado pelos autores

 

Como insumos, ou inputs, são avaliados:

O quadro de inputs é apresentado na Tabela 2.

 

Tabela 2. Quadro de inputs utilizados

Veículo

População

Neg.

Veículos

P. Sonora

P. Ambiental

Vibr.

Pericul.

Bicicleta

153,75

2,12

20,11

0,00

0,00

21,80

0,00

Motocicleta

216,27

2,99

1,66

14,90

406.768,00

119,00

119.055,00

V. U. P. P.

1.141,29

15,76

63,46

85,00

330.765,00

1.768,00

2.674,00

VUC

1.663,35

22,98

24,74

130,00

42.457,00

3.500,00

5.939,00

Caminhão

2.031,48

28,06

113,53

162,00

18.266,00

10.000,00

5.939,00

Fonte. elaborado pelos autores

 

APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DE RESULTADOS

 

Os dados das DMU’s, outputs e inputs, são alimentados no software SIAD configurado para realizar a análise segundo o modelo BCC, pois não existe proporcionalidade entre os valores de input e output, e com orientação ao input, pois se busca minimizar os impactos causados ao BEP sem aumento na carga de cada veículo transportador. Como forma de acentuar as diferenças entre os resultados de eficiência calculados utiliza-se o recurso Fronteira Invertida, e o resultado é apresentado na Figura 2.

 

Figura 2. Resultado apresentado no software SIAD

Fonte. elaborado pelos autores com dados do SIAD

 

A coluna Composta mostra a média entre os modelos de eficiência e de ineficiência, conforme demonstrado em Meza et al. (2005). Como mostra a Equação (6), o cálculo determina que a Eficiência Composta é igual à média entre a Eficiência Padrão (otimista) e a subtração da Eficiência Invertida (pessimista) de uma unidade.

 

 

(6)

 

Desta forma se obtém valores que hierarquizam as DMU’s na relação de maior eficiência e menor ineficiência na seguinte configuração:

  1. Bicicleta
  2. Veículo Urbano de Carga
  3. Motocicleta
  4. Caminhão
  5. Utilitário de Pequeno Porte

 

A Equação (7) demonstra o cálculo da coluna Eficiência Composta* apresentada no SIAD, que representa a normalização dos valores de Eficiência Composta.

 

Eficiência Composta* = Eficiência Composta / Max (Eficiência Composta)

(7)

O resultado reforça que, apesar da mínima capacidade de carga, a bicicleta possui expressiva vantagem por ser um veículo não motorizado, assim, sua eficiência em não incomodar o ambiente urbano é significativa, sendo considerada o benchmarking desta pesquisa.

Levando-se em conta o volume de carga transportado, o veículo que alcança a segunda posição no ranking de eficiência prestigia a lei que valoriza a utilização do Veículo Urbano de Carga - VUC (São Paulo, 2014) nas zonas de restrição ao tráfego da cidade de São Paulo.

Apesar da extrema agilidade, a motocicleta surge atrás dos VUCs na ordem de eficiência, já que, além do reduzido volume de carga que transporta em cada viagem, não fica muito atrás dos veículos de quatro rodas nos níveis de impactos negativos ao BEP que causam, além de ser o veículo campeão distante em periculosidade.

Já o caminhão, que aparentemente seria o campeão de impactos negativos ao BEP, tem em sua capacidade de carga a compensação pelos transtornos que causa. A viabilidade econômica o define como melhor opção para a logística urbana, porém os fatores de sustentabilidade têm criado dificuldades no mundo todo sobre sua utilização nesse ambiente.

O veículo menos eficiente é o utilitário de pequeno porte, o qual surpreende pela posição, já que sua utilização se difunde pela composição de capacidade de carga e a agilidade que oferece, pois são veículos com dimensões reduzidas que transportam um volume de carga considerável para o ambiente urbano.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A pesquisa alcança seu objetivo avaliar a eficiência dos veículos usados no TUM na cidade de São Paulo, segundo os fatores que impactam negativamente no BEP. O PDE da cidade de São Paulo, assim como os dados disponibilizados no portal Geosampa demonstram coerência entre os fatores avaliados e os resultados obtidos. Por fim, a Análise Envoltória de Dados - DEA, processada no software SIAD, demonstra capacidade de produzir resultados hierarquizados a partir de dados não paramétricos.

Os resultados apresentados são coerentes e projetam opções de decisão factíveis, plenamente possíveis de serem praticadas por empresas ou o Poder Público em suas estratégias de gestão, especialmente no caso da utilização de bicicletas como a opção não motorizada para distribuição de mercadorias. Atenção especial deve ser dada para o caso do VUC, que é o veículo motorizado mais eficiente da pesquisa e têm sua utilização definida por lei de zoneamento da cidade de São Paulo.

A pesquisa mostra avanço na utilização da ferramenta de Análise Envoltória de Dados - DEA para avaliar a eficiência no nível de sensações humanas, na abordagem de fatores urbanísticos que influenciam a logística urbana e na avaliação da eficiência de veículos não convencionais utilizados no TUM, como a bicicleta.

Pesquisas futuras podem evoluir a perspectiva apresentada, diversificando nas opções de veículos utilizados, na interpretação das incomodidades e nas exigências atuais dos usuários do transporte urbano de mercadorias.

 

REFERÊNCIAS

 

Agrale (2019). Ficha Técnica do Caminhão Agrale A10000. Recuperado em 20 de março de 2020, de: https://www.agrale.com.br /pt/caminhoes-leves/caminhao-agrale-a10000-1.

 

Araújo Junior, M. E. (2005). Algumas considerações sobre o Plano Diretor dos municípios e sua importância no processo de construção da cidadania e da democracia. Revista do Direito Público, 1(1), 45-62.

 

Ballou, R. H. (2006). Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos / Logística Empresarial (5ª Ed.). Porto Alegre: Bookman.

 

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