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5, n. 1, Janeiro-Abril/2021 This work is licensed under a Creative
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4.0 International License
Gestão de sala
de aula: Processo de ensino-aprendizagem eficiente e eficaz em um curso de
extensão profissional
Erinaldo Silva Oliveira
ery-itb@hotmail.com
https://orcid.org/0000-0001-9323-7581
Universidade Federal do Oeste do Pará
Itaituba, Pará, Brasil
Daniel Nascimento-e-Silva
https://orcid.org/0000-0001-9770-575X
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Amazonas
Manaus, Amazonas, Brasil
RESUMO
Diante
do atual cenário de rápidas mudanças, um profissional competente pode se tornar
um importante aliado para a manutenção de uma organização; para isso é
necessário um novo modelo de educação e aprendizagem que possa gerir
descobertas e conhecimentos de maneira eficiente e eficaz. Este estudo propõe a
gestão de sala de aula como forma de facilitar a aprendizagem de competências
individuais e como forma de fomentar o ingresso ou manutenção de potencial
empregatício de pessoas no mundo do trabalho. A metodologia se constituiu de
revisão bibliográfica para fundamentação teórica e pesquisa de levantamento na
parte prática, realizada durante um curso de extensão profissional. Os resultados demonstraram que as atividades
e técnicas aplicadas no curso em questão permitiram o desenvolvimento de
diversas competências. A conclusão mostra que a aplicação das técnicas e
processos de gestão de sala de aula possibilita alcançar um nível de ensino e aprendizagem
eficiente e eficaz. A contribuição deste estudo para a área da extensão é a
apresentação de um esquema de avaliação da eficiência e eficácia da gestão do
espaço de aprendizagem.
Palavras-chave: Gestão de sala
de aula. Competências. Aprendizagem.
Management
Classroom: Efficient and effective teaching-learning process in a professional
extension course
ABSTRACT
Given
the current scenario of rapid change, a competent professional can become an
important ally in maintaining an organization; in order to do that, a new model
of education and learning which can manage discoveries and knowledge in an
efficient and effective way is needed. This study proposes the classroom
management as a way of facilitating the learning of individual competences and
to foster the entry or maintenance of the employment potential of people in the
world of work. The methodology consisted of a bibliographical review for
theoretical foundation and conduction of a survey of the practical part,
carried out during a professional extension course. Results showed that
activities and techniques applied in the course allowed the development of several
competences. The conclusion shows that the application of classroom management
techniques and processes enables an efficient and effective level of teaching
and learning. The contribution of this study to the area of extension is the
presentation of an evaluation scheme of the efficiency and effectiveness of
learning space.
Keywords: Classroom
management. Competences. Learning.
Submetido: 23/10/2020
Solicitação de Modificação: 31/12/2020
Aceito: 05/01/2021
Publicado: 30/04/2021
INTRODUÇÃO
As rápidas e constantes mudanças frutos
de nosso novo modelo de sociedade geram novos desafios para as atuais
organizações. Diante do atual cenário, um profissional competente pode se
tornar um importante aliado para a manutenção de uma organização competitiva.
Por esse motivo, o conceito de competência tornou-se um assunto de diversas
pesquisas e estudos no âmbito organizacional (PIRES; AMORIM, 2012; SILVA;
SCHWERTNER, 2018; BASTOS, et al., 2019).
O novo modelo de sociedade exige um novo
modelo de educação e, consequentemente, um modelo de aprendizagem que possa
gerir descobertas e conhecimentos de maneira eficiente e eficaz. Por isso, este
estudo propõe a gestão de sala de aula ou “classroom management” como
forma de facilitar a aprendizagem de competências individuais e como forma
fomentar o ingresso ou manutenção de potencial empregatício de pessoas no mundo
do trabalho.
O estudo objetiva ainda trazer novos
conceitos sobre gestão da sala de aula; sobre o termo “competência” e
apresentar os resultados da gestão de sala de aula realizada durante o curso de
extensão profissional de Assistente Administrativo, ocorrido no distrito de
Campo Verde no município de Itaituba – Pará, ofertado pela Universidade Federal
do Oeste do Pará Campus Itaituba. Para isso, está dividido da seguinte forma: a
primeira parte é esta introdução, que mostra o contexto, o problema, o objetivo
e organização do estudo; na segunda, são abordadas as características e
principais aspectos nos quais consiste a gestão de sala de aula, discorrendo
também sobre a necessidade e o conceito de competências; na terceira,
apresenta-se o percurso metodológico utilizado; a quarta apresenta os
resultados e discussão; a quinta parte contém a conclusão do estudo.
REFERENCIAL
TEÓRICO
Gestão da sala
de aula
Apesar de ainda engatinhar em obras e
publicações de contexto nacional (COSTA; LIMA, 2017), a gestão da sala de aula
trata-se de um assunto de grande envergadura em diversas publicações
internacionais (DJIGIC; STOJILJKOVIC, 2011; 2012; HUTCHINGS et al., 2013; DOBRESCU;
GROSU, 2014; ERDOGAN; KURT, 2015; VOSS et al.; 2017; MCGLYNN, KELLY, 2018).
Sendo entendida como as habilidades (HUTCHINGS et al., 2013; SADIK; AKBULUT,
2015), recursos (DICKE et al., 2015), estratégias (MAGGIN et al., 2011),
processos (DJIGIC; STOJILJKOVIC, 2012; DOBRESCU; GROSU, 2014; POPESCU-MITROI et
al., 2015), tarefas (CANER; TERTEMIZ, 2015) ou ações (DJIGIC; STOJILJKOVIC,
2011; ERDOGAN; KURT, 2015) que os docentes precisam ter ou usar para obter a
máxima produtividade no ambiente de ensino.
Erdogan e Kurt (2015) comentam que o
termo “gestão da sala de aula” ou “classroom management” é um termo
bastante abrangente. Para os autores, engloba, por exemplo, as ações que os
docentes devem realizar para estabelecer um espaço de aprendizagem que fornece
o apoio para o desenvolvimento de habilidades acadêmico e sócio emocionais dos
alunos. Isso denota a necessidade de catalogação das corretas ações a serem
tomadas, como por exemplo, identificar as diretrizes necessárias que o aluno
deve realizar para seu processo de aprendizagem ocorra com eficiência. Com
relação as ações que visam o desenvolvimento sócio emocionais nos leva a
compreensão das regras, valores e atitudes que visem a interação entre os
alunos, ou seja, a socialização, o respeito, os comportamentos e a disciplina
esperada em atividades na classe, enfim tudo o que leve o ambiente a funcionar
corretamente. Toda essa organização aperfeiçoa os métodos e meios direcionando
a um processo de ensino e aprendizagem eficaz.
Este processo de gerenciamento deve ser
contínuo para Sadik e Akbulut (2015). Por contínuo entendemos um processo que
busca uma permanente melhoria, visando como resultado obter o máximo de
eficiência e produtividade na sala de aula (GÜLBAHAR et al., 2015). Isso pode
gerar no docente um melhor manejo ou habilidade laborativa de suas atividades.
Dentre algumas das habilidades que precisam ser melhoradas continuamente
citadas pelas autoras são a parceria com os demais componentes escolares como a
direção visando a resolução dos problemas complexos; uso de tecnologias que
tenham relação com o conteúdo do curso e saber orientar os alunos a produzirem
conhecimentos. Ainda para as autoras é a habilidade em gerir a sala de aula que
torna o ensino eficaz, pois auxilia na tomada de decisão.
A gestão de uma sala de aula também pode
resultar em um processo de aprendizagem mais eficaz e produtivo possível
(DOBRESCU; GROSU, 2014). Este processo trata-se conjunto de estratégias e
técnicas de gerenciamento que permitem potencializar a relação educador x
educando. O docente gestor deve se permitir inovar em seus processos educativos
e em sua didática através de novas estratégias que busquem a colaboração, o
aumento da confiança entre os alunos e a melhoria do desempenho acadêmico.
Trata-se de coordenar as diversas atividades buscando tornar os alunos
independentes, com senso de iniciativa, proativos e resultando consequentemente
em melhores índices avaliativos. Para elaboração de estratégias as etapas
planejamento do processo administrativo (NASCIMENTO-E-SILVA, 2011; SILVA et
al., 2018) devem se fazer presentes.
Uma gestão de sala de aula entendida
como estratégia é exposta novamente por Christofferson e Sullivan (2015).
Todavia, diferente de Dobrescu e Grosu (2014), os autores a entendem como
sistemas e não como conjuntos de estratégias. A intenção é permitir ao docente
ter o comando sobre a sala de aula. Para isso serão utilizadas estratégias
proativas, ou seja, algo que muito se aproxima do senso de iniciativa
(DOBRESCU; GROSU, 2014), o que significa permitir ao aluno agir, correr riscos,
empreender e descobrir por conta própria, recebendo para isso os corretos
direcionamentos, sendo necessária para isso a habilidade de liderança. Também
devem ser utilizadas estratégias reativas, isto é, algo que responda de forma
satisfatória as necessidades e exigências dos alunos e das metas estabelecidas
pelos sistemas de ensino.
A gestão de sala de aula é entendida
mais uma vez como processo por Djigic e Stojiljkovic (2012). O processo
relatado pelas autoras pode apresentar pelo menos oito aspectos, variáveis
(SADIK; AKBULUT, 2015) ou setores de gerenciamento, entre outros apresenta-se:
o espaço, o tempo, as atividades, os materiais, o trabalho, as relações sociais
e características de personalidade, as habilidades e competências. Isto sugere
a organização e o controle de todas essas variáveis, através de um processo de
planejamento que permita abarcar cada um destes aspectos. Nota-se a abrangência
do tema (ERDOGAN; KURT, 2015), pois o processo envolve variáveis de comum
mensuração como atividades e o tempo; a variáveis mais difíceis de obter
mensuração como habilidades e competências. O que está de acordo com as
afirmações de Caner e Tertemiz (2015) de que a gestão de sala de aula é uma das
mais desafiadoras tarefas que os docentes precisam lidar.
Voss et al. (2017) limitam o
gerenciamento de sala de aula a um dos aspectos citados pelas autoras
anteriores, o tempo (DJIGIC; STOJILJKOVIC, 2012). Para a autora gerenciar uma
sala de aula trata-se de utilizar de forma eficiente o tempo dedicado a
instrução visando tornar possível uma aprendizagem significativa aos alunos
visando promover o crescimento destes. Por isso o professor deve adotar a
prática de durante o planejamento de aula identificar a estrutura básica da
disciplina, indo dos conceitos mais abrangentes, ou concretos, aos conceitos
menos abrangentes, ou abstratos visando facilitar o processamento de
informações por parte do aluno, para que este possa aprender e assimilar de
forma significativa os conteúdos (NOGUEIRA; LEAL, 2013). Isto significa fazer a
interação dos conhecimentos prévios com os novos conhecimentos (MOREIRA, 2012)
tornando possível aos alunos construírem seu próprio saber e consequentemente
avançando em suas descobertas.
Finalmente, Garrett (2015) procura
definir o que não é uma gestão de sala de aula através da confrontação de três
equívocos: gestão de sala de aula não é disciplina; gestão de sala de aula
eficaz não é sinônimo de uma sala de aula silenciosa; um plano eficiente de
gestão de sala de aula não depende de recompensas e punição. O primeiro
equivoco se refere a concepção errônea de relacionar gestão de sala de aula
apenas ou somente com a disciplina (não desmerecendo esse componente de
fundamental importância). Se o componente organização se fizer presente os
gestores conseguem evitar diversos problemas de comportamento, reduzindo o foco
na disciplina. Em síntese, uma classe comportada é reflexo de uma gestão eficaz
e não o seu objetivo.
O segundo equívoco refere-se à concepção
de uma sala de aula bem gerida ou ordenada como um local sem vida, sem ação,
passivo. Para se produzir é necessário ação, muita atividade e muitas vezes
barulho, pois para o aprendizado deve haver diálogo, expressão e
compartilhamento de ideias, os quais podem gerar animados debates e muito som,
que leva novamente a necessidade da característica de liderança para docente
saber conduzir e gerenciar os debates, seminários e demais processos
produtivos.
Por fim, o terceiro equívoco vem da
concepção de que uma sala de aula bem gerida é dependente de recompensas e
punições, o que sugere uma compreensão meramente behaviorista. Para Garrett a utilização exclusiva de
recompensas extrínsecas reduz a motivação intrínseca dos alunos. Quer dizer, no
momento em que a motivação do aluno depende unicamente de incentivos externos,
reduz nele cada vez mais a capacidade de se auto motivar na busca da superação
de desafios.
Garrett (2015) mais uma vez caracteriza
a gestão de sala de aula como processo (DJIGIC; STOJILJKOVIC, 2012; DOBRESCU;
GROSU, 2014; SADIK; AKBULUT, 2015) composto de cinco áreas: organização do
design físico da sala de aula, estabelecer regras e rotinas (MCGLYNN; KELLY,
2018), desenvolver relações de cuidado, implementar instrução envolvente e
eficaz e abordar questões disciplinares. Devem ser elaboradas estratégias
específicas (DOBRESCU; GROSU, 2014; CHRISTOFFERSON; SULLIVAN, 2015) para cada
uma destas áreas para que o ambiente se torne um ambiente de aprendizagem. É
possível perceber implicitamente presente nas áreas citadas pelo autor duas
etapas do processo administrativo, a organização e o controle
(NASCIMENTO-E-SILVA, 2011; SILVA et al., 2018).
Por tudo isso, podemos inferir que a
gestão da sala de aula é um processo que envolve diversas variáveis como o
planejamento, a organização, o controle e a direção do ambiente aprendizagem,
visando promover um ensino e aprendizagem eficaz. A intenção de todas as variáveis que compõe o
processo de gestão de uma sala de aula é impulsionar o ensino e a aprendizagem
de forma a torna-lo o mais produtivo e eficiente possível. Como o processo de
ensino-aprendizagem envolve todos os componentes do ambiente de aprendizagem,
significa que as variáveis não visam a promoção desse processo de forma isolada
ou individual para cada um dos alunos. Longe de ser um processo excludente,
visa a adoção de estratégias e rotinas educativas que possam incluir todos os
alunos de forma que todos alcancem seu maior potencial. É através da correta
execução das variáveis ou etapas de gestão de uma sala de aula que o ambiente
de aprendizagem a alcançará essa máxima produtividade.
A necessidade de
competências
O ambiente
atual é exigente por resultados organizacionais através das pessoas (SILVA;
SCHWERTNER, 2018). As autoras lembram que as organizações precisam estar
constantemente se inovando em seus processos e metodologias de trabalho, o que
causa uma demanda por profissionais competentes, sendo a educação profissional
uma das opções de fornecer ao ambiente este modelo de indivíduo. Para isso é
necessário um modelo educacional que esteja amparado em um método de educação e
ensino que saiba direcionar indivíduos para o uso de tecnologias e seja capaz
de gerar competência nas pessoas.
Demai (2017)
entende que a intenção curricular da educação profissional deve ser a de
aperfeiçoar perfis profissionais e competências que respondam a necessidades
formativas de acordo com funções e demandas do mundo do trabalho, dos processos
gerenciais e produtivos. Para Neiva
Filho, Vasconcelos e Sousa (2015), isso significa satisfazer as necessidades e
oportunidade profissionais surgidas ou oportunizadas de acordo com as mutações
do sistema de produção, isto é, um ensino de acordo com as necessidades das
organizações e dos novos processos de trabalho, as quais no atual modelo de
sociedade modificam-se rápido e constantemente.
Devido a
diversas e constantes mudanças relativas à complexidade do trabalho no âmbito
organizacional, as competências acabam sendo caracterizadas de diversas maneiras
e em diferentes dimensões (MARINHO-ARAÚJO; ALMEIDA, 2016; SILVA; SCHWERTNER,
2018; BASTOS et al., 2019). Uma tendência é caracterizar competências como
contribuição humana às organizações visando a interação destas com seu ambiente
de atuação, conservando ou mesmo expandindo suas vantagens competitivas (SILVA;
SCHWERTNER, 2018). Por isso, podemos citar dentre diversas competências que
podem ser geradas através de um processo de ensino a capacidade de trabalho em
equipe, a compreensão de todas as etapas do processo de produção (RAMOS, 2009)
ou de serviço, a empatia, a iniciativa, a capacidade de decisão, a capacidade
empreendedora (LAPOLLI; FRANZONI; BELLO, 2014), entre outras.
Quanto ao uso
de tecnologias, esta necessidade sugere a formação de um profissional
atualizado (MACEDO; MACEDO; KALHIL, 2017), que conheça as principais
ferramentas de produtividade relacionadas a sua área de atuação e que tenha a
capacidade de buscar a melhoria contínua ou aprendizagem permanente (SILVA;
SCHWERTNER, 2018), que sabia articular os processos de trabalho com os
benefícios da ciência e da tecnologia (PEREIRA, 2012), compreendendo que a
atual sociedade exige profissionais que estejam cientes de que o processo de
aprender o acompanhará por toda a vida.
Para Pires e Amorim
(2012) a competência é o resultado do processo de criação do conhecimento,
principalmente em ambientes organizacionais. Na visão das autoras só existe
competência através de conhecimentos adquiridos. Por isso não basta apenas a
transmissão, mais o processamento de informações e conhecimento de maneira que
o aprendiz consiga reter e transformar aquelas informações em novos
conhecimentos.
Almeida,
Borini e Souza (2018) entendem que a competência individual trata-se do
desempenho de determinada pessoa em um determinado serviço, processo ou
atividade. Disso depreendemos tratar-se da melhor performance ou do
comportamento esperado de um profissional ao realizar uma ação. A autora cita
como exemplos de competências exigidas no cenário internacional a autonomia, a
iniciativa e o comprometimento com os objetivos e estratégias, o que resulta em
maior um juízo de responsabilidade para os componentes de uma instituição.
Na visão de
Bastos et al. (2019) competência trata-se de um conjunto de saberes, os quais
podem acrescentar valores individuais e organizacionais. Ou seja, o processo de
adquirir competências trás benefícios tanto para a própria pessoa, como
autoconhecimento, automotivação, identificação de forças e fraquezas, como pode
acarretar benefícios para o sistema qual o mesmo faz parte, como melhoria da
relação interpessoal, melhor atuação do grupo, capacidade de motivar os outros,
etc.
Por isso
podemos denominar competência como o conjunto de conhecimentos que podem
melhorar o desempenho das pessoas no contexto organizacional melhorando a sua
competitividade. O resultado da aquisição de conhecimentos necessários para a
melhoria do processo institucional nas pessoas resulta em um ambiente
corporativo mais otimizado e produtivo, sendo o processo de ensino e aprendizagem
componente significativo para essa aquisição. Como a máxima produção ou
desempenho é a intenção de toda instituição que queria sobreviver no mercado
competitivo de hoje, profissionais competentes são de fundamental importância
para essa continuidade.
Tendo
discutido sobre a gestão de sala de aula; a necessidade de competências e
percebido o papel fundamental da aprendizagem para a aquisição de novas
competências, será apresentada, na próxima seção, a aplicação desses processos
em um curso de extensão profissional de Assistente Administrativo.
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
A estratégia
metodológica definiu como fonte dos dados (unidade de análise) os componentes
do curso de Assistente Administrativo, o que configurou uma análise individual
de estudo. É um estudo do tipo quali-quantitativo. A metodologia utilizada se
constitui de pesquisa e revisão bibliográfica para fundamentação teórica,
seguida da análise e organização de dados coletados (NASCIMENTO-E-SILVA, 2012).
Posteriormente, aplicou-se a pesquisa empírica, seguida da análise, organização
e discussão dos dados obtidos visando alcançar os objetivos propostos (LAKATOS;
MARCONI, 2018). Utilizou-se o método de pesquisa de levantamento, o qual tem
por intenção questionar de forma direta determinada parte da população que se
intenciona conhecer o seu comportamento (CORDEIRO; MOLINA; DIAS, 2014). As bases de dados utilizadas neste estudo
foram os endereços eletrônicos “http://www.periodicos.capes.gov.br/”, “https://www.sciencedirect.com/”
e “http://www.spell.org.br/”. A perspectiva de análise foi sincrônica,
uma vez que se pretendeu explicar o momento atual do fenômeno “classroom
management”. Essa perspectiva objetiva capturar ou registar o atual momento
da realidade.
O curso foi
realizado em um dos distritos do município de Itaituba no Estado do Pará
(distrito Campo Verde), sendo um componente de uma série de serviços sociais
prestados à comunidade. O distrito fica localizado a 30 quilômetros da sede do
município de Itaituba, no entroncamento das BRs: 230, Transamazônica, e 163,
Cuiabá-Santarém. Esse distrito apresenta um crescimento em sua demanda
populacional (MUNICÍPIO DE ITAITUBA, 2018). Um dos motivos desse crescimento é
o fato do distrito está localizado na área de influência direta de empreendimentos
portuários de transportes de Cargas, componentes do projeto logístico federal
“Arco Norte”, o qual tem como objetivo escoar a produção agrícola do
Centro-Oeste do país utilizando a integração dos eixos rodoviários, fluviais e
ferroviários, para o escoamento estimado de milhões de toneladas de grãos
(SANTOS; SCHUBER, 2018). Por isso justifica-se a preparação para o mundo do
trabalho dos componentes dessa comunidade para que possam estar preparados para
as oportunidades surgidas ou que surgirão com o decorrer desse crescimento na
localidade.
Para que
pudessem entender a dinâmica interna das organizações, o curso de Assistente
Administrativo teve carga horária de 20 horas, realizado entre os dias 18 e 19
de janeiro de 2019. Este objetivou proporcionar a compreensão da importância
das ações eficientes e ao mesmo tempo eficazes; noções de diversas rotinas
administrativas; a organização e planejamento das atividades visando o máximo
desempenho. Por isso todas as atividades objetivaram uma formação interdisciplinar
que levasse os estudantes ao conhecimento de diversas áreas da organização,
fugindo de uma formação fragmentada e de visão limitada. Buscou-se formar um
profissional polivalente que compreendesse ao máximo as etapas administrativas
e ainda buscou enfatizar a importância da utilização de forma produtiva das
tecnologias digitais (SADIK; AKBULUT, 2015).
Os conteúdos
ministrados no curso foram os seguintes: 1. Fazendo as coisas certas
acontecerem no momento certo; 2. Administração do tempo; 3. Habilidades para o
trabalho em equipe; 4. Processadores de texto e planilhas eletrônicas; 5.
Redação de documentos; 6. Organização sistêmica; 7. Eficiência e Eficácia; 8.
Comunicação eficaz; 9. Utilizando a internet de forma produtiva.
Os temas,
tópicos e atividades visaram a aquisição das seguintes competências, entre
outras: relacionamento interpessoal, comunicação, proatividade, motivação para
o trabalho, comprometimento, administração de conflitos, colaboração,
organização, planejamento, liderança, trabalho em equipe, capacidade de
iniciativa, criatividade, flexibilidade, autocontrole, capacidade de inovação,
empreendedorismo e visão sistêmica.
Questões
norteadoras
Para alcançar
o objetivo geral do estudo, foram selecionadas quatro questões norteadoras para
orientar os trabalhos de campo:
1) Quais são
as características prévias (saberes, experiências) dos componentes da turma de
Assistente Administrativo realizada no distrito de Campo Verde?
2) Qual o
nível de satisfação de aprendizagem e obtenção de competências alcançadas
através do curso realizado utilizando a concepção de “classroom management”?
3) Qual o
nível de satisfação de aprendizagem e obtenção de competências de alunos
conduzidos por um gestor de sala de aula?
4) Qual o
nível de satisfação de aprendizagem e obtenção de competências obtidas através
da infraestrutura/material didático fornecido?
Participantes
Neste estudo,
a escolha da amostra foi feita de forma intencional, não aleatória, devido ao
fato de se pretender obter dados e informações de 22 alunos do curso de
Extensão Universitária e Profissional Assistente Administrativo residentes no
distrito de Campo Verde: 05 indivíduos do sexo masculino e 17 do sexo feminino,
com idades entre 18 e 38 anos. Todos os alunos aceitaram participar da
avaliação. Os critérios de matrícula na turma foram: ter acima de 18 anos e
possuir como grau mínimo o Ensino Médio.
Instrumento de
coleta de dados
Os dados quantitativos
foram obtidos inicialmente por meio de uma tabela de levantamento e após a
finalização do curso foi apresentado um questionário avaliativo visando
diagnosticar o nível de satisfação do curso por meio de uma escala de medição
de satisfação que solicitou valores numéricos visando atribuir quantificação,
aplicados através de um questionário.
A tabela de
levantamento foi elaborada visando identificar saberes ou competências prévias
dos alunos, para a partir daí elaborar estratégias específicas (DOBRESCU;
GROSU, 2014; GARRETT, 2015; CHRISTOFFERSON; SULLIVAN, 2015) e buscando também
catalogar os conhecimentos prévios para posteriormente fazer a interação com os
novos conhecimentos (MOREIRA, 2012).
A escala de
medição utilizada para a avaliação final foi a Escala de Likert, a qual
trata-se de uma técnica que utiliza determinado tipo de escala de respostas
visando identificar variados graus de satisfação de cada item analisado, esta
escala foi criada por Rensis Likert em 1932 (AVELAR; COSTA, 2016; VIANA et al.,
2018). A Escala de Likert criada tratou-se uma escala de 0 a 10 para avaliar a
satisfação com o curso ministrado, na qual 0 corresponderia a muito
insatisfeito e 10 corresponderia a muito satisfeito. Foram avaliadas três
dimensões (o curso, com cinco categorias de análise; o instrutor com sete
categorias de análise e a infraestrutura/material didático com seis categorias
de análise).
Estratégia de
coleta
Os dados
referentes ao levantamento prévio foram coletados com o auxílio de um protocolo
de pesquisa elaborado previamente. Os dados foram coletados através de tabela
de levantamento criada através de uma planilha eletrônica. Durante a coleta,
indagou-se de forma sequencial e individual a cada um dos alunos sobre sua
identificação, nível de instrução, sua experiência profissional, o conhecimento
ou não de ferramentas de produtividade e o conhecimento ou não de assuntos
administrativos. Só após a resposta de cada uma dessas questões se passava a
interrogar o próximo aluno, procedimento utilizado com toda a turma.
Os dados
referentes ao questionário avaliativo de satisfação do curso foram coletados
após a realização de todas as ações e atividades, através do preenchimento
individual do questionário de forma impressa. Todos os alunos tiveram um tempo
estipulado para o preenchimento do questionário. Os alunos foram orientados a
determinarem uma única pontuação para cada uma das dezoito categorias
avaliadas. O questionário foi preenchido de forma anônima.
Organização dos
dados
Depois que a
avaliação foi concluída, as respostas do questionário também foram incluídas em
uma planilha eletrônica. Para isso, o pesquisador criou um arquivo contendo uma
tabela frequência dos dados informados em cada questionário de cada respondente
e organizou as respostas em torno das categorias avaliadas, de maneira que
todas as respostas relativas à mesma categoria estivessem na mesma seção.
Posteriormente
foram criados três quadros referentes as três dimensões analisadas. Cada quadro
foi composto de quantas linhas fossem necessárias para incluir cada uma das
afirmações correspondentes a cada categoria analisada. Em seguida foi disposto
nas colunas da esquerda para a direita cada número referente ao intervalo da
escala de avaliação proposta. Depois que os quadros individuais estavam prontos
foram incluídas frequências percentuais das respostas, conforme os dados
contidos nos quadros 2, 3, e 4 desse estudo.
Interpretação
dos resultados
A
interpretação dos resultados foi feita com o auxílio da frequência percentual,
sendo possível nesse momento identificar o percentual de respostas
correspondentes a cada um dos valores da escala de satisfação (0 a 10). A
frequência percentual foi obtida da seguinte maneira: identificou-se a
quantidade de respostas referentes a cada número do intervalo da escala de
avaliação ou satisfação, em seguida dividiu-se o valor da quantidade de
respostas pelo valor total amostral de respostas (22). Em seguida
multiplicou-se o resultado dessa divisão por 100, obtendo-se aí o valor
percentual de respostas com relação à amostra em estudo, isto é, o percentual
de satisfação em relação a cada categoria analisada. Esse procedimento foi
realizado com todas as respostas de todas as categorias.
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
O Quadro 01
apresenta os resultados obtidos em relação a avaliação inicial dos alunos.
Percebeu-se que a idade dos alunos variou entre 18 a 38 anos. O quadro
demonstra que apenas 04 alunos possuíam o ensino superior, os demais possuíam
apenas o ensino médio. 08 alunos nunca trabalharam em alguma organização
empresarial. Somente cinco alunos conheciam algum aplicativo de produtividade.
19 alunos não tinham nenhum conhecimento administrativo.
Quadro 1.
Avaliação inicial dos alunos
Identificação |
Idade |
Nível de instrução |
Trabalha ou |
Conhece aplicativos de produtividade? |
Possui conhecimentos administrativos? |
Aluno 1 |
26 |
Médio |
sim |
sim |
sim |
Aluno 2 |
29 |
Médio |
sim |
sim |
não |
Aluno 3 |
25 |
Médio |
sim |
não |
não |
Aluno 4 |
22 |
Médio |
sim |
não |
não |
Aluno 5 |
21 |
Médio |
sim |
não |
não |
Aluno 6 |
22 |
Médio |
sim |
sim |
não |
Aluno 7 |
19 |
Médio |
não |
não |
não |
Aluno 8 |
25 |
Médio |
sim |
não |
sim |
Aluno 9 |
18 |
Médio |
não |
não |
não |
Aluno 10 |
22 |
Médio |
sim |
não |
não |
Aluno 11 |
38 |
Superior |
não |
não |
não |
Aluno 12 |
29 |
Superior |
sim |
não |
não |
Aluno 13 |
20 |
Médio |
sim |
não |
não |
Aluno 14 |
29 |
Superior |
sim |
sim |
não |
Aluno 15 |
29 |
Superior |
sim |
sim |
não |
Aluno 16 |
18 |
Médio |
não |
não |
não |
Aluno 17 |
25 |
Médio |
não |
não |
não |
Aluno 18 |
25 |
Médio |
não |
não |
não |
Aluno 19 |
29 |
Médio |
não |
não |
não |
Aluno 20 |
18 |
Médio |
não |
não |
não |
Aluno 21 |
20 |
Médio |
sim |
não |
sim |
Aluno 22 |
27 |
Médio |
sim |
não |
não |
Fonte: Elaborado pelos autores (2019)
A turma foi
composta por 95,45% dos alunos com menos de 30 anos, o que revelou tratar-se de
um público ainda jovem. Apenas 18,18% tinham o ensino superior, o que levou o
gestor da sala a redirecionar o processo formativo, levando em consideração um
público oriundo da educação básica. Apesar da média formação, 63,63% dos alunos
já possuíam experiência e saberes vindo de trabalho exercido com remuneração;
77,27% dos alunos não conheciam nenhum aplicativo que pudesse aumentar sua
produtividade laboral, o que sugeriu o foco na demonstração básica de
aplicativos de desempenho; 86,33% não possuíam nenhum conhecimento
administrativo, o que ressaltou a importância da formação para aquela
localidade e a necessidade de um conhecimento básico sobre a ciência administrativa.
O levantamento
inicial ainda esteve de acordo com Erdogan e Kurt (2015) ao realizar a
catalogação das corretas ações a serem tomadas. No exemplo, foi possível
identificar a trajetória que o gestor deveria utilizar para que o processo de
aprendizagem ocorresse com eficiência e eficácia, levando em consideração a
situação inicial dos alunos. Também esteve de acordo com Christofferson e
Sullivan (2015), isto é, propor através dessa estratégia, algo que respondesse
de forma satisfatória as necessidades e exigências dos alunos e ao mesmo
buscando adequação com a metas estabelecidas.
O Quadro 2
apresenta os resultados obtidos em relação a avaliação do curso realizado.
Percebeu-se que todas as cinco categorias mostram altos percentuais da máxima
nota da escala. O quadro demonstra que apenas a categoria 2 ficou abaixo dos
80% de muita satisfação. A categoria 4 alcançou o máximo de satisfação nessa
primeira dimensão analisada. Sendo logo seguida pela categoria 3.
Quadro 2.
Avaliação do curso.
0 Muito insatisfeito |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
10 Muito satisfeito |
1. Está satisfeito com o nível de exigência do
curso. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
13,63% |
86,36% |
2. As atividades de aula foram consistentes. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
27,27% |
72,72% |
3. O curso lhe preparou para o mundo do trabalho. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
9,09% |
90,90% |
4. Considera o conteúdo importante para seu
aprimoramento profissional. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
4,54% |
95,45% |
5. O curso permitiu adquirir novas competências. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
13,63% |
86,36% |
Fonte.
Elaborado pelos autores (2019)
Isso significa
que o curso preencheu a necessidade formativa dos alunos matriculados, o que é
perceptível pelo fato de 90,90% dos alunos revelarem a máxima satisfação com
relação à preparação para o mundo do trabalho através do curso e 95, 45%
considerarem o conteúdo importante para o aprimoramento profissional dos
mesmos. Ainda 86,36% dos alunos forneceram a maior nota da escala com relação a
afirmação de que o curso permitiu o aprendizado de novas competências. Em
harmonia com as concepções de Demai (2017), uma formação profissional deve
buscar desenvolver ou aprimorar atividades profissionais com conhecimentos,
habilidades e atitudes que supram necessidades formativas que estejam em
sintonia com funções e demandas do mundo do trabalho. O curso proporcionou
agentes capazes de contribuir com o ambiente e com as organizações do distrito,
trazendo novos conhecimentos que possibilitem auxilio em suas atuações
presentes ou futuras (SILVA; SCHWERTNER, 2018).
Levando em
consideração a carga horária de 20 horas, constatou-se os benefícios da gestão
de sala de aula ao utilizar de forma eficiente o tempo dedicado à instrução
visando tornar possível uma aprendizagem dos alunos. Conforme Voss et al.
(2017) é necessário gerenciar bem o tempo de forma a possibilitar uma
aprendizagem significativa e que permita avanços em relação ao nível de
aprendizado inicial. Apesar da
categoria 2 apresentar um índice de 72,72% da nota máxima, os outros 27,27%
restantes estão incluídos na escala 9, o que ainda revela um grande índice de
satisfação. Esses resultados demonstram um eficiente nível de aprendizado.
O Quadro 3
demostra os resultados da avaliação do instrutor do curso. Identificou-se que
cinco categorias atingiram o máximo de satisfação (categorias 1, 2, 3, 5 e 6).
As demais categorias ultrapassam 90% de satisfação.
Os resultados
mostram que esta dimensão também contribuiu com a satisfação de necessidade
formativa dos alunos. Mais de 90% dos alunos afirmaram estar muito satisfeitos
com as técnicas utilizadas e admitem que estas os auxiliaram no desenvolvimento
de novas competências, o que confirma a gestão de sala de aula como um processo
de ensino e aprendizagem eficiente e eficaz (ERDOGAN; KURT, 2015; SADIK;
AKBULUT, 2015). Todas as estratégias utilizadas pelo gestor foram elaboradas
com o auxílio das etapas do processo gerencial: planejamento, organização,
direção e controle (NASCIMENTO-E-SILVA, 2011; SILVA et al., 2018) as quais
foram de fundamental importância para a concretização dos objetivos que, entre
outros, foram satisfazer as necessidades e exigências formativas dos alunos
(CHRISTOFFERSON; SULLIVAN, 2015). O Quadro apresenta ótimo índice de
satisfação.
Quadro 3.
Avaliação do gestor da sala
0 Muito insatisfeito |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
10 Muito satisfeito |
1. A relação Instrutor aluno favoreceu o processo
de aprendizagem. |
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- |
- |
- |
- |
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- |
- |
- |
- |
- |
100% |
2. O Instrutor demonstrou domínio do conteúdo do
curso. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
100% |
3. O Instrutor foi claro em suas explicações. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
100% |
4. O Instrutor foi objetivo em suas explicações. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
4,54% |
95,45% |
5. O Instrutor criou um ambiente de discussão
durante o curso. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
100% |
6. O Instrutor estimulou a participação durante o
curso. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
100% |
7. As técnicas utilizadas permitiram desenvolver
novas competências. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
9,09% |
90,90% |
Fonte. Elaborado pelos autores (2019)
O Quadro 4
apresenta os resultados da avaliação da infraestrutura/material didático.
Novamente foi possível detectar altos graus de satisfação de acordo com a
escala. Apesar de nenhuma das categorias atingir 100% de muita satisfação,
todas ultrapassaram os 85% das avaliações classificadas como muito satisfeito.
Identificou-se que quatro categorias ultrapassaram os 90% de muita satisfação
(categorias 2, 3, 5 e 6). As demais categorias ultrapassam os 85%.
Quadro
4.
Avaliação da Infraestrutura/material didático.
0 Muito insatisfeito |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
10 Muito satisfeito |
1. Nível de satisfação com a qualidade do material
de apoio. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
4,54% |
- |
9,09% |
86,36% |
2. A infraestrutura utilizada atendeu as suas
necessidades. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
4,54% |
- |
- |
4,54% |
90,90% |
3. Os recursos tecnológicos utilizados facilitaram
a aprendizagem. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
9,09% |
90,90% |
4. O espaço utilizado foi adequado ao número de
alunos. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
13,63% |
86,36% |
5. Os temas utilizados permitiram novos
aprendizados. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
9,09% |
90,90% |
6. As atividades permitiram o desenvolvimento de
novas competências. |
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- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
9,09% |
90,90% |
Fonte. Elaborado pelos autores (2019)
Isso significa que mais esta dimensão
contribuiu com a satisfação de necessidade formativa dos alunos. Mais de 80%
dos alunos afirmaram estar muito satisfeitos com a qualidade do material de
apoio fornecido. Apesar do local em que ocorreu a formação não ter sido uma
sala de aula formal, 90% dos alunos sentiram-se muito satisfeitos com relação a
infraestrutura fornecida, o que corrobora as afirmações de Oliveira et al.
(2018), de que o processo de ensino e
conhecimento é capaz de superar limitações e fronteiras e que para que um
espaço seja considerado de aprendizagem, basta apresentar, dentre outras
características: um sistema de ensino e conhecimentos organizados e um ensino e aprendizagem específicos elaborados conforme as necessidades do
público alvo.
Finalmente,
mais de 90% dos alunos admitiram que os temas utilizados e as atividades
realizadas auxiliaram de forma muito satisfatória no desenvolvimento de novas
competências ou aprendizados, o que reforça a aprovação do conteúdo do curso e
as afirmações de Djigic e Stojiljkovic (2012), de que a gestão de sala de aula
deve envolver, entre outros aspectos as atividades, os materiais e o trabalho.
O quadro apresenta alto índice de satisfação.
CONCLUSÃO
Este estudo
mostrou que a aplicação das técnicas e processos de classroom management
torna possível alcançar um nível de ensino e aprendizagem eficiente e eficaz. A
gestão da sala de aula é um processo que envolve diversas variáveis como o
planejamento, a organização, o controle e a direção do ambiente aprendizagem,
visando promover um ensino e aprendizagem eficaz. A intenção de todas as
variáveis que compõe o processo de gestão de uma sala de aula é impulsionar o
ensino e a aprendizagem de forma a torná-lo o mais produtivo e eficiente
possível. Além disso, visa à adoção de estratégias e rotinas educativas que
possam incluir todos os alunos de forma que todos alcancem seu maior potencial.
É através da correta execução das variáveis ou etapas de gestão de uma sala de
aula que o ambiente de aprendizagem a alcançará essa máxima produtividade.
Podemos chamar
de competência o conjunto de conhecimentos que podem melhorar o desempenho das
pessoas no contexto organizacional melhorando a sua competitividade. Os resultados
das três dimensões avaliadas demostraram também que as atividades e técnicas
aplicadas no curso em questão permitiram o desenvolvimento de diversas
competências. O resultado da aquisição de conhecimentos necessários para a
melhoria do processo institucional nas pessoas resulta em um ambiente
corporativo mais otimizado e produtivo, sendo o processo de ensino e
aprendizagem componente significativo para essa aquisição. Como a máxima
produção ou desempenho é a intenção de toda instituição que queria sobreviver
no mercado competitivo de hoje, profissionais competentes são de fundamental
importância para essa continuidade.
A ação
formativa no interior do Oeste do Pará forneceu bem mais que muita satisfação
formativa para os alunos do curso. Proporcionou liberdade em vários sentidos,
como a maior probabilidade empregatícia ou promoção no emprego atual, melhoria
curricular ou mesmo o despertar para o empreendedorismo, além de ter oferecido
um ensino articulado com as necessidades do mundo prático do trabalho cada vez
mais alinhado com a ciência e a tecnologia. Tornou-se um projeto de emancipação
em uma comunidade na qual, apesar da grande expectativa de crescimento
econômico, o setor educacional está limitado ao ensino médio.
Desta maneira,
a gestão de sala de aula tem muito a contribuir com o novo modelo de educação
exigido pelo atual modelo de sociedade e com a área da extensão, ao
possibilitar um esquema de aprendizagem que promove ao docente o papel de
gestor de descobertas e conhecimentos, realizados e alcançados de maneira
eficiente e eficaz.
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