REMUNERAÇÃO DE EXECUTIVOS: Uma análise da produção científica
internacional de 2006 a 2015
Roberto Francisco de Souza
robertofsouzajr@gmail.com
https://orcid.org/0000-0001-9776-9139
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Salvador- Bahia, Brasil
Ivan Rafael Defaveri
https://orcid.org/0000-0002-7385-6948
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Cascavél-Paraná, Brasil
Delci Grapegia Dal Vesco
https://orcid.org/0000-0002-0818-3142
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Cascavél-Paraná, Brasil
Resumo
Esta pesquisa aborda a
produção cientifica sobre remuneração executiva no período de 2006 a 2015. Tem
como objetivo investigar a produção científica permanente sobre remuneração de executivos, disponíveis
na base de dados internacional Scopus. Para o estudo e para a interpretação dos
dados, utilizou-se a análise de conteúdo fundamentada em Bardin. Foram
analisados os títulos de 571 artigos, considerando o termo “executive
compensation”. Verificou-se que o tema é frequentemente discutido no cenário
internacional. Há
concentração de pesquisas em países desenvolvidos, destacando-se os EUA, UK, e
em desenvolvimento, com destaque para a China. A literatura de governança
corporativa é a mais recorrente nas pesquisas relacionadas à remuneração de
executivos, seguida pela literatura de desempenho e teoria da agência.
Predomina a metodologia quantitativa com o uso de técnicas estatísticas e
modelagem econométrica.
Palavras-Chave:
Remuneração de Executivos; Sistemas de Incentivo; Bibliometria.
EXECUTIVE REMUNERATION: An analysis of international scientific
production from 2005 to 2015
Abstract
This research
addresses the scientific production on executive remuneration from 2006 to
2015. It aims to investigate the permanent scientific production on executive
remuneration, available in the international database Scopus. For the study and
interpretation of data, content analysis based on Bardin was used. The titles
of 571 articles were analyzed, considering the term “executive compensation”.
It was found that the theme is frequently discussed on the international stage.
There is a concentration of research in developed countries, especially the
USA, UK and developing China. The corporate governance literature is the most
recurrent in surveys related to executive compensation, followed by performance
literature and agency theory. The quantitative methodology predominates with
the use of statistical techniques and econometric modeling.
Keywords: Executive
Compensation; Incentive Systems; Bibliometrics.
SOUZA, DEFAVERI e Dal VESCO DOI: 10.30781/repad.v4i2.10331
Repad 2020 - ISSN 2594-7559 – Rondonópolis - v.
4, n. 2, p. 7-23 – Maio-Agosto/2020
Submetido: 19/01/2020
Nova Submissão: 08/05/2020
Aceito: 15/05/2020
Publicado: 31/05/2020
1 INTRODUÇÃO
O debate acerca da remuneração de executivos é um tema que vem
ganhando cada vez mais destaque a partir da década de 1990, ao se levar em
consideração que esses profissionais não se submetem as mesmas políticas de
recursos humanos aplicadas aos demais funcionários de uma organização (OLIVA;
ALBUQUERQUE, 2007).
A remuneração de executivos é um assunto algo complexo e controverso,
principalmente ao se considerar como principal forma de análise dessas
remunerações a teoria da agencia. De acordo com essa teoria, o acionista
contrata um executivo, o agente, delegando a ele responsabilidades de tomada de
decisão, com o intuito de receber vantagens nesse ciclo (CONYON, 2006).
Dessa forma, a remuneração paga aos Chief Executive Officer(CEOs) é uma forma de os acionistas conseguirem
alinhar seus interesses ao do agente, para que, assim, esses convirjam em algo
benéfico a ambos. No entanto, diversas pesquisas, realizadas, sobretudo nos
Estados Unidos da América (EUA), indicam grandes índices de remuneração aos
CEOs de grandes empresas desse país, levantando a questão do atendimento desses
agentes aos interesses dos acionistas.
Segundo Krauter (2009), diversas pesquisas são realizadas, sobretudo
nos EUA, buscando encontrar relação entre a remuneração paga aos executivos e
desempenho das empresas por eles geridas, influenciadas, sobretudo, por casos
onde de CEOs de grandes corporações terem divulgados rendimentos vultosos,
enquanto as empresas geridas por eles apresentavam resultados pouco
satisfatórios, o que demonstra pouco alinhamento entre os interesses dos
executivos com as corporações que controlam.
Para que busquem essa conformidade com os objetivos da organização, os
planos de remuneração devem ser compostos por quatro componentes básicos, sendo
eles o salário base, bônus anual vinculado ao desempenho contábil ou outro
indicador de desempenho acordado, e opções de ações (MURPHY, 1999). Além disso,
também recebem incentivos financeiros, que
incluem aumentos de salários, gratificações, benefícios e prerrogativas
(automóveis, viagens de férias, títulos de clubes), incentivos psicológicos e
sociais, que incluem possibilidades de promoção, aumentos de responsabilidade,
aumento de autonomia, melhor localização e reconhecimento (troféus,
participação em programas de excetivos) (ANTHONY; GOVINDARAJAN, 2006; MURPHY, 1999).
O
estudo justifica-se pela importância do tema para os estudos organizacionais,
bem como a limitação de informações sobre a remuneração dos agentes, onde se
apontam necessários mais estudos sobre o assunto, abrindo caminho para novas
pesquisas. A principal contribuição que se pretende neste estudo é apresentar
as pesquisas que vêm sendo publicadas sobre remuneração de executivos e criar
vínculo para futuras pesquisas.
Tomando-se como base o exposto, chega-se a seguinte questão de
pesquisa: quais abordagens e teorias sobre
remuneração de executivos são encontradas no contexto das pesquisas publicadas
nos periódicos internacionais? Partindo dessa questão, a pesquisa toma como
objetivo investigar as abordagens e teorias relacionadas à remuneração de
executivos, publicadas em periódicos internacionais, disponíveis na base de
dados Scopus.
2 REFERENCIAL
Nessa seção será discutida a literatura pertinente sobre o tema
remuneração de executivos, sendo abordados os conceitos referentes aos termos
remuneração e posteriormente, sistemas de incentivos.
2.1 Remuneração
A remuneração é um instrumento de administração de recursos humanos,
que apresenta relevância no alinhamento dos agentes da empresa aos objetivos
estratégicos desta (KRAUTER, 2013). Em vias gerais, Milkovich e Boudreau (2000)
consideram a remuneração como um retorno financeiro, ou em forma de serviços ou
benefícios, recebido pelos colaboradores de uma organização, em retribuição ao
trabalho desprendido nesta. Hanashiro, Teixeira e Zacarelli (2008) indicam que
o sentido de remuneração engloba outros fatores além do financeiro, de modo que
existem modalidades distintas, que são resumidas por Krauter (2009) na Figura
1.
Figura
1. Modalidades de remuneração
Fonte.
Krauter (2009)
A remuneração pode ser direta ou
indireta, sendo que a primeira refere-se a valores monetários recebidos em contraprestação
ao trabalho realizado, e a segunda representa outros benefícios recebidos, como
seguros, assistência odontológica (DUTRA, 2002).
Dentro da remuneração direta, a modalidade que mais se destaca no
pagamento das contrapartidas a executivos de grandes empresas é a remuneração
variável, que é colocada por Silva e Beuren (2015) como uma forma de
remuneração em que o montante a ser recompensado ao CEO é determinado por
critérios, como produtividade ou resultados. A remuneração variável pode ser paga
por meio de diversas modalidades, sendo que Xavier et al. (1999) colocam que os
modelos mais utilizados no Brasil são os bônus, gratificações, comissões,
incentivos, participação nos lucros e resultados e participação acionária.
A remuneração de executivos na modalidade variável toma como base a
Teoria da Agência, que indica que os acionistas transferem a responsabilidade
em gerenciar a organização a um agente, o qual irá gerir a empresa mantendo o
alinhamento de interesses dos acionistas, ou seja, em consonância de seus
objetivos pessoais com os da organização (MURPHY, 1999).
Um fator determinante na remuneração de executivos é a delimitação de
um plano de remuneração. A determinação de qual a modalidade de recompensas
será utilizada para recompensar o CEO por seu trabalho. Krauter (2013) coloca
que a base de uma política de remuneração está na determinação de como o
executivo será recompensado. Dentro dessas formas de compensação, a autora cita
a remuneração fixa, bônus a partir do desempenho, geralmente medido pelo lucro,
bem como outras formas, entre elas opções de ações, revisões de salário, e
incentivos (JENSEN; MURPHY, 1990).
2.2 Sistemas de Incentivos
Segundo Barkema e Gomez-Mejla (1998), os determinantes da remuneração
dos gestores podem ser relacionados com: o desempenho; a dimensão da empresa;
as características individuais; a estratégia da empresa; a dimensão e o
crescimento do mercado.
Para Rodrigues (2014), os Sistemas de Incentivos são utilizados como
forma de premiar os funcionários pelo seu desempenho, com o objetivo de
motivá-los a desempenharem as suas funções de acordo com os interesses dos
acionistas. Bouwens e Lent (2006) afirmam que um SI tem a capacidade de selecionar
melhores funcionários, contudo pode não ser suficiente para obter um melhor
desempenho empresarial. A Figura 2 mostra uma síntese dos sistemas de
incentivo.
Figura
2. Sistemas de Incentivo
Fonte.
Souza et al. (2016
Conforme
indicado na Figura 2, para Anthony e Govindarajan (2006), os incentivos
financeiros incluem aumentos de salários, gratificações, benéficos e
prerrogativas (automóveis, viagens de férias, títulos de clubes), os incentivos
psicológicos e sociais incluem possibilidades de promoção, aumentos de
responsabilidade, aumento de autonomia, melhor localização e reconhecimento
(troféus, participação em programas de executivos). Adicionalmente a esses três
tipos, também a Literatura indica que os incentivos podem ser políticos
(Status; poder, etc.).
Para
Anthony e Govindarajan (2006), os planos de remuneração por incentivos podem
ser divididos em (1) planos de incentivos à curto prazo, os quais se baseiam no
desempenho do ano em curso, e (2) planos de incentivos à longo prazo, os quais
se fundamentam no desempenho à longo prazo, sendo que estes consideram,
geralmente, as cotações das ações da empresa nas bolsas. Um executivo pode
ganhar uma gratificação sob os dois planos e as gratificações sob os planos à
curto prazo são pagas, geralmente em dinheiro. As gratificações sob longo prazo
são concedidas, geralmente, na modalidade de stock options.
2.3 Leis da Bibliometria
Pritchard
(1969) é apontado como o proponente da expressão bibliometria em substituição
ao termo “bibliografia estatística”, apresentado inicialmente em 1922 por
Edward Wyndham Hulme Pritchard (1969, p. 348) define a bibliometria como “[...]
a aplicação da matemática e métodos estatísticos para livros e outros meios de
comunicação”. Para Macias-Chapula (1998, p. 134), “[...] a bibliometria é o
estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação
registrada”. Dessa forma essas definições posicionam a bibliometria como um
estudo quantitativo que objetiva identificar características comuns entre os
artigos científicos (MACHADO JUNIOR et al., 2016).
De
acordo com Machado Junior et al. (2016), estudos que analisam estatisticamente
características de publicações (autores, palavras-chave, entre outras) buscam quantificar,
descrever e prognosticar o processo de comunicação escrita. Os estudos de
frequência da comunicação, escrita ao longo do tempo, identificaram modelos de
comportamento que se estabeleceram em padrões de análise de dados. Estes
padrões se instituíram em princípios de comportamento, a saber: Lei de Lotka,
Lei de Brandford, Lei e Zipf, entre outros. Pode-se dizer que a finalidade das
pesquisas bibliométricas é colocar o pesquisador em contato com o que já foi
produzido anteriormente a respeito do tema de pesquisa de interesse.
A
Lei de Lotka (1926) ou Lei do Quadrado Inverso propõe que um número restrito de
pesquisadores produz muito em determinada área de conhecimento, enquanto um
grande volume de pesquisadores produz pouco. Em seu artigo The frequency distribution of scientific productivity, Lotka
estudou os autores presentes no Chemical Abstracts, entre 1909 e 1916, e
identificou que grande parte da produção científica é produzida por poucos
autores. A produção deste número reduzido de autores se iguala em quantidade ao
desempenho de muitos autores que possuem baixo volume de publicação. A
representação deste princípio pode ser expressa matematicamente como o número
de autores que publica n artigos (n é igual à quantidade de artigos) é igual a
1/n2 dos autores que publicam somente um artigo (MACHADO JUNIOR et al., 2016; SILVA,
MARTINS, HEIN, 2018).
Machado
Junior et al. (2016) exemplificam a lógica matemática de Lotka da seguinte
forma, “em determinada área de conhecimento a quantidade de autores que
publicam dois artigos é igual a ¼ do número de autores que publicam um artigo.
Para os autores que publicam três artigos correspondem a 1/9 dos que produziram
somente um artigo”.
A Lei de
Bradford ou Lei da Dispersão, que incide sobre conjunto de periódicos, surgiu
de pesquisas médicas conduzidas por Hill Bradford e outros médicos do conselho
de pesquisas médicas americanas (BOGAERT; ROUSSEAU; VAN HECKE, 2000). Com o objetivo de descobrir a extensão na qual artigos
de um assunto científico específico apareciam em periódicos destinados a outros
assuntos, estudando a distribuição dos artigos em termos de variáveis de
proximidade ou de afastamento, Bradford realiza uma série de estudos que
culminam, em 1934, com a formulação da lei da dispersão (ARAÚJO, 2006).
Conforme Machado Junior et al.
(2016), Bradford identificou a extensão de publicação de artigos científicos de
um assunto específico, em revistas especializadas daquele tema. Os dados
coletados mostraram a existência de um pequeno núcleo de periódicos que aborda
o assunto de maneira mais extensiva, e uma vasta região periférica dividida em
zonas. Nessas zonas observa-se o aumento do número de periódicos que reduzem a
produtividade de publicação de artigos do respectivo assunto.
A
Lei de Zipf ou Lei do Mínimo Esforço consiste em medir a frequência do
aparecimento das palavras em vários textos, gerando uma lista ordenada de
termos de uma determinada disciplina ou assunto. De acordo com Bardin (2011), a
Lei de Zipf observa a frequência em que aparecem determinadas palavras ou
palavras-chave em um texto. Formando uma classificação, a primeira palavra mais
citada no texto, a segunda, a terceira e assim por diante. Sua utilidade reside
em estabelecer, a partir da classificação, o assunto abordado nos textos
analisados (SILVA et al., 2018).
Na
Figura 3, Guedes e Borschiver (2005) apresentam as principais leis da
Bibliometria, seus focos de estudo e suas relações com os sistemas de
comunicação e de informação científica e tecnológica.
Figura 3. Leis da Bibliometria
Fonte. Guedes e Borschiver (2005)
Para
Acedo e Casillas (2005), a Lei de Bradford mensura o nível de relevância dos
periódicos sobre determinada área. Já a Lei de Lotka descreve a produtividade e
as citações de autores por meio de um modelo de distribuição de
tamanho-frequência, em um conjunto de pesquisas, evidenciando aspectos de
coautoria (RIBEIRO; TAVARES; COSTA, 2016). E a Lei de Zipf calcula a quantidade de ocorrências das
palavras em vários textos, gerando uma lista de terminações de determinado
assunto, sendo utilizada para observar qual tema científico é tratado nos
trabalhos (EGGHE, 2005). Dessa forma, segue-se para a definição metodológica do
estudo.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Em resposta a problematização apresentada, o objetivo da pesquisa, enquadra-se em uma pesquisa descritiva, foi
realizado levantamento bibliográfico no intuito de colher conhecimento prévio,
conhecer a produção já existente e buscar pesquisas que fundamentassem a
classificação a ser utilizada no estudo, com abordagem qualitativa.
O
universo do estudo consistiu-se por consulta efetuada na base de dados
internacional Scopus, utilizando as palavras-chave: “executive compensation”.
Inicialmente, por meio de busca avançada, foram identificados 910 artigos
relacionados a remuneração executiva, compreendendo o período de 2006 a 2015.
Para
análise e interpretação dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, segundo
Bardin (1991, p. 42), resume-se em um conjunto de técnicas de análise das
comunicações, visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de
descrição do conteúdo das mensagens, indicadores quantitativos ou não, que
permitam a inferência de conhecimentos relativos ás condições de
produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.
Assim, o
processo da análise de conteúdo, fundamentou-se na análise de todos os títulos,
resumos e palavras chave dos trabalhos com categorização, considerando-se a
presença ou ausência do termo “executive compensation” nos artigos pesquisados,
restringindo-se ás subáreas, Business, Management and Accounting (632) e
Decision Sciences (27). Foram excluídos 88 artigos, por não possuírem
abordagens referentes ao objetivo da pesquisa.
Partindo
do método apresentado, puderam-se inferir os seguintes dados, analisados com o
intuito de atender aos objetivos da pesquisa.
4
ANALISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Esta
seção expõe a análise de publicações referente a remuneração executivos na base
de dados internacional Scopus, no período de 2006 a 2015. Conduziu-se a análise
e apresentação dos resultados pela seguinte ordem: distribuição da produção
científica ao longo do tempo; produtividade dos periódicos (Lei de Bradford);
produtividade dos autores (Lei de Lotka); frequência de palavras (Lei de Zipf).
As
informações contidas na Figura 4 revelam que as publicações de trabalhos sobre
remuneração executiva aumentaram gradativamente entre os anos de 2006 e 2009,
no entanto houve um crescimento expressivo de 62% na produção de artigos no
período de 2009 a 2013, o qual no ano de 2011 apresentou 72 publicações,
seguido de 71 no ano de 2010. No entanto esse crescimento talvez seja explicado
pelo interesse da academia em investigar a remuneração de executivos após os
grandes escândalos em função de executivos, sobretudo norte-americanos que por
algum tempo possuíram altos salários ao mesmo tempo em que as empresas sob sua
administração apresentavam resultados negativos.
Figura
4. Comparativo entre artigos publicados relacionado com a remuneração
executiva
Fonte.
Dados da pesquisa
Também,
pode-se observar a existência de duas correntes de pesquisas sobre remuneração
executiva, uma voltada para os Estados Unidos e outra para a Europa destacando
o Reino Unido. Contudo houve
significativa redução no ano de 2013, permanecendo até 2015.
De acordo
com a Tabela 1, a condição de maior concentração de trabalhos que tratam do
tema remuneração executiva concentra-se em três periódicos sendo que o Journal of Financial Economics,
que liderou em 5 dos 10 anos pesquisados, apresentando um expressivo número de
artigos relacionados ao tema pesquisado, é, portanto, o periódico de maior
impacto quando o assunto é remuneração.
Tabela
1. Citações por periódico
Periódico |
Ano |
% |
Journal of Business Ethics |
2006 |
0,21 |
Review of Accounting Studies |
2007 |
0,24 |
Journal of Financial Economics |
2008 |
5,12 |
Journal of Financial Economics |
2009 |
2,76 |
Review of Financial Studies |
2010 |
2,61 |
Journal of Financial Economics |
2011 |
3,83 |
Journal of Corporate Finance |
2011 |
3,83 |
Journal of Financial Economics |
2012 |
1,76 |
Journal of Financial Economics |
2013 |
2,12 |
Journal of Corporate Finance |
2014 |
0,51 |
Management Science |
2014 |
0,51 |
Journal of Management |
2015 |
0,60 |
Fonte.
Dados da Pesquisa
Na segunda colocação o Journal of
Corporate Finance, aparece em 2 anos do período pesquisado, na
terceira colocação, embora com um número menor de artigos publicados, o Review
of Financial Studies, ressalta-se que outros periódicos também apresentaram
elevado número de citações, o Journal of Management, o Management Science e o
Journal of Business Ethics.
Essas
informações permitem aceitar a Lei de Bradford, mostrando que, no tema de
remuneração de executivos, um pequeno número de periódicos concentra a maior
parte da produção, tendo maior impacto nas pesquisas sobre a área.
Na
Tabela 2, listam-se os autores mais citados ou que mais pesquisaram sobre
remuneração executiva. Os dados mostram que Armstrong, Chris S., é o autor
com a maior produtividade no período pesquisado, liderando em 3 anos
consecutivos. Na sequência Frydman, C., possui alta produtividade, sendo o mais
expressivo pesquisador norte americano e ao mesmo tempo um dos maiores nomes se
tratando de pesquisas relacionadas à temática remuneração executiva.
Tabela 2. Produtividade dos autores (Lei de Lotka)
Autores |
Ano |
% |
Pukthuanthong, K., |
2007 |
0,17 |
Bizjak, J.M., |
2008 |
2,4 |
Berrone, P. |
2009 |
3,69 |
Frydman, C. |
2010 |
2,61 |
Conyon, Martin J. |
2011 |
1,67 |
Armstrong, Chris S. |
2012 |
1,46 |
Armstrong, Chris S. |
2013 |
0,34 |
Armstrong, Chris S. |
2014 |
0,81 |
Anantharaman, Divya |
2015 |
0,36 |
Fonte. Dados da pesquisa
Na
terceira colocação, porém não menos importante, Conyon, também sendo um dos
principais pesquisadores sobre remuneração no mundo e o mais conceituado na
Europa. Destaca-se aqui a aceitação da Lei de Lotka, indicando que um pequeno
número de pesquisadores tem produção consideravelmente superior a um grande número
de outros pesquisadores, indicando maior representatividade no estudo da área.
Tabela 3. Instituições de Ensino mais citadas
IES |
Ano |
% |
San Diego State
University, CA, United States |
2007 |
0,17 |
The Wharton School, University of Pennsylvania, Philadelphia, United
States |
2008 |
2,36 |
IESE Business School, Spain |
2009 |
3,68 |
Krannert School of
Management, Purdue University, West Lafayette, United States |
2010 |
2,76 |
Harvard Law School,
Cambridge, United States |
2011 |
1,89 |
University of
Pennsylvania, Wharton School, Philadelphia, United States |
2012 |
1,46 |
University of
Pennsylvania, Wharton School, Philadelphia, United States |
2013 |
0,81 |
Temple University,
Fox School of Business, Philadelphia, United States |
2014 |
0,17 |
University of St.
Gallen, School of Management, United States |
2015 |
0,43 |
Fonte.
Dados da pesquisa
Na
Tabela 3, apresentam-se as instituições que mais apareceram nos periódicos
analisados, embora de maneira fragmentada, ou seja, variando de acordo com o
período pesquisado, as instituições de ensino norte americanas lideram as
pesquisas sobre remuneração executiva, ano após ano. A University of
Pennsylvania, Wharton School, Philadelphia, United States, lidera o número de
citações no período analisado.
Seguida pelo IESE Business School, Spain,
sendo o periódico europeu mais citado em 2009. No entanto observa-se a
prevalência de instituições de ensino norte americana, e concentração de
instituições no estado da Philadelphia. Krannert School of Management, Purdue
University, West Lafayette, United States, Harvard Law School, Cambridge,
United States.
Observa-se,
na Figura 5, que as palavras mais destacadas são Governança, Desempenho,
Agência, Gerenciamento, Risco, Executivo chief,
Opções, Social, Equidade, Incentivo, Contabilidade, entre outros. A ocorrência
frequente de tais termos sugere que, que a maioria dos artigos aborde
diretamente o tema remuneração executiva, relacionado a teorias de diversas
áreas como, finanças, economia, contabilidade, administração, psicologia,
medicina e marketing. No entanto observa-se forte mudança no paradigma das
pesquisas sobre remuneração, a base teórica mais utilizada está aos poucos
deixando de ser a teoria da agência que trata especificamente dos conflitos
entre o principal e o agente, dando espaço para outras teorias, sobretudo a
teoria de governança com o surgimento da Lei SOX no início dos anos 2000,
momento que o mundo atentou-se para os altos salários percebidos pelos
executivos mesmo em situações que as empresas apresentavam resultados
negativos.
Figura
5. Frequência de palavras Lei de Zipf
Fonte.
Dados da pesquisa
Não
obstante outras teorias emergiram como é o caso da Literatura de Desempenho
geralmente relacionada aos vários tipos de remuneração, levantando indagações
sobre qual é o tipo de remuneração mais adequado, qual vai alinhar melhor os
objetivos da empresa aos do CEO os Planos de bônus anual, as Opção de ações,
Outras Formas de Compensação de (MURPHY, 1999). Mas será que a alta remuneração pode resolver possíveis
desvios de conduta do CEO ou ainda garantir que a organização terá resultados
positivos?
A
Literatura de Desempenho também vem sendo amplamente utilizada em pesquisa com
a temática remuneração, sobre tudo para relacionando o desempenho do CEO influenciado
pela remuneração o que acaba por remeter a outra literatura emergida na
pesquisa, a de Gerenciamento de Resultado, que estuda a manipulação de
resultado pelo CEO para galgar melhores salários em determinado período. Ainda
emerge da pesquisa a literatura sobre o Chieff Executive Officer, que pesquisa
os efeitos da remuneração em suas ações e comportamentos do CEO. Por fim cabe
destacar a ausência de estudos que abordassem os incentivos sejam financeiros
ou não financeiros baseados em (ANTHONY; GOVINDARAJAN, 2006).
No
entanto, as palavras mais utilizadas se referem às teorias relacionadas à
remuneração executiva, seja para as formas de remuneração, divulgação e
desempenho. Na Figura 6, apresentam-se as principais abordagens teóricas
relacionadas às pesquisas sobre remuneração executiva.
Figura
6. Abordagens Teóricas versus Remuneração Executiva
Fonte.
Dados da pesquisa
Diversas
abordagens teóricas emergem da pesquisa relacionadas remuneração. A teoria da
Agência, por muito anos, foi a mais recorrente, por discutir e propor soluções
a partir dos tipos de remunerações existentes para solucionar os problemas de
agência, ou seja, alinhar interesses entre o principal e o agente, acionista
(dono) e o gestor (ceo). Por muitos anos, acadêmicos, políticos e meios de
comunicação têm chamado a atenção sobre a temática remuneração, alertando sobre
os elevados níveis de remuneração concedida aos diretores executivos nos
Estados Unidos da América – EUA, e questionando se eles estão de acordo com os
interesses dos acionistas (CONYON, 2006).
Mas
também aspectos não financeiros da remuneração como é o caso dos incentivos
financeiros e não financeiros. Conforme Jensen e Murphy (1990), os pacotes de
remuneração geralmente são compostos das diferentes formas de compensação, a
remuneração fixa, bônus a partir do desempenho, geralmente medido pelo lucro,
bem como outras formas, entre elas opções de ações, revisões de salário, e
incentivos. Conforme Conyon (2006), os incentivos financeiros são os de
primeira ordem, pois motivam os gerentes a trabalharem em função de aumentar o
preço das ações, e são os mais reportados nos estudos sobre remuneração. Os
incentivos não financeiros, de segunda ordem, apesar de fazerem parte da
remuneração dos gerentes, na literatura são reportados aos funcionários que
estão abaixo do nível gerencial. Mesmo assim esses pacotes de remuneração
parecem não garantir boa conduta ou ainda resultados operacionais positivos as
organizações, dados a vários escândalos que deram origem a Lei Sarbanes-Oxley.
Assim, a
literatura de governança corporativa ganhou espaço na academia, talvez o
principal motivo seja a quebra de grandes corporações norte americanas por
motivos de fraudes e corrupção. Geralmente relaciona seus princípios básicos;
transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa ao
comportamento e conduta do CEO, mas sob a influência da remuneração. Mas cabe
destacar que a governança implica na redução de riscos como fraudes, corrupção
ou ainda distorções nos relatórios contábil-financeiros, uma vez que todos os
responsáveis pela alta administração poderão também responder por seus atos
juntamente com a equipe técnica e operacional, o que remete a literatura de
desempenho também muito presente nesta pesquisa.
A
literatura de desempenho tem questionado a influência da remuneração sobre o
desempenho do CEO em gerar resultados positivos. Normalmente são utilizados
indicadores de rentabilidade para medir desempenho como; Retorno sobre o Ativo
(ROA), Retorno sobre o Patrimônio (ROE), Tamanho da empresa (TAM), Market to
Book (MB), Liquidez Geral e sobre a Remuneração dos diretores executivos (DEGENHART,
MARTINS, HEIN, 2017; FORTI et al., 2018). Além disso, auxilia o entendimento
dos valores pagos aos diretores executivos, demonstrando que o desempenho das
empresas reflete na remuneração dos diretores executivos, fazendo com que estes
atuem na empresa com vistas a elevar os resultados econômico-financeiros (DEGENHART;
MARTINS; HEIN, 2017). No entanto os incentivos financeiros e não financeiros
também exercem influência no desempenho do CEO o que também poderá refletir no
desempenho de empresas seja positivo ou negativamente (MURPHY, 1985; VLACHOS,
2009).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este
artigo busca contribuir para o conhecimento da produção cientifica sobre a
temática de remuneração e incentivos concedidos aos executivos CEOs ou, seja em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Para análise e interpretação dos dados foi utilizada a análise de
conteúdo, segundo Bardin (1991). Foram analisados 571 artigos, respeitando as
leis da Bibliometria, produtividade dos periódicos (Lei de Bradford);
produtividade dos autores (Lei de Lotka); frequência de palavras (Lei de Zipf).
As
publicações de trabalhos sobre remuneração executiva aumentaram gradativamente
entre os anos de 2006 e 2009, houve um crescimento expressivo de 62% na
produção de artigos no período de 2009 a 2013, o qual no ano de 2011 apresentou
72 publicações, seguido de 71 no ano de 2010. Contudo houve significativa
redução no ano de 2013, permanecendo até 2015.
O Journal of Financial Economics,
que liderou em 5 dos 10 anos pesquisados, apresentando um expressivo número de
artigo relacionado ao tema pesquisado, é portanto o periódico de maior impacto.
Os dados mostram que Armstrong, Chris S. esteve presente em grande
parte do período pesquisado, liderando a produtividade em 3 anos consecutivos. As
instituições de ensino norte americanas, de longe lideram as pesquisas sobre
remuneração executiva, ano após ano. A University of Pennsylvania, Wharton
School, Philadelphia, United States, foi a instituição que apareceu em quase
todos os anos analisados.
Observa-se
que a governança corporativa é a teoria mais recorrente nos títulos, resumos e
palavras chaves dos artigos pesquisados. Seguida pela literatura desempenho,
seja econômico, financeiro, contábil ou social. A teoria da Agência, também é
muito recorrente ao tema, pois ela do suporte para a segregação de direitos e
deveres entre principal e agente e os custos de agência, sendo em alguns casos
utilizada concomitantemente com a governança corporativa. O Gerenciamento de
resultado embora não seja muito expressivo aparece nos artigos pesquisados,
seguido por Stakeholders, Teoria do Prospecto, Shareholders, Finanças
comportamentais, Teoria dos Contratos, Divulgação Voluntária, Teoria da
Equidade, e outras.
Quanto
ao método observa-se que em quase a totalidade do universo pesquisado a abordagem
metodológica quantitativa é a mais recorrente bem como os testes estatísticos e
a modelagem econométrica, diferenciando uma ou outra variável explicativa nos
modelos empíricos analisados. Ainda, Nota-se a concentração de pesquisas seja
no continente americano ou do outro lado do atlântico, em destaque os EUA, e, o
Reino Unido na Europa. Embora pouco expressivo, os países em desenvolvimento
mais especificamente os que compõem o Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul, também aparecem no cenário internacional, destacando-se a China,
devido ao desenvolvimento recente de seu mercado de capitais.
Conclui-se
que o tema é bem
explorado no cenário internacional, existe concentração de pesquisas em países
desenvolvidos, destacando-se os EUA, UK e em desenvolvimento a ascensão da
China. A literatura de governança corporativa é a mais recorrente nas pesquisas
relacionadas a remuneração de executivos, seguida pela literatura de desempenho
e teoria da agencia. Predomina a metodologia quantitativa com o uso de técnicas
estatísticas e modelagem econométrica.
Por fim, sugere-se para pesquisas futuras o levantamento de dados com
maior série temporal e limitada a mais subáreas, que ampliem mais o escopo da
pesquisa e a amplitude dos resultados.
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