ESTUDO DA POSSIBILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE
UMA GESTÃO PARTICIPATIVA EM UMA LOJA DE VAREJO NA CIDADE DE JUAZEIRO-BA
Carmicelia Fidiel dos Santos Cajuí
carmicelia@gmail.com
http://orcid.org/0000-0001-6798-8293
Faculdade
São Francisco de Juazeiro
Juazeiro-Bahia, Brasil
Patricia Emanuelle Araujo
http://orcid.org/0000-0003-0815-6520
Faculdade
São Francisco de Juazeiro
Juazeiro-Bahia, Brasil
Mercia Maria da Silva Souza
http://orcid.org/0000-0003-4850-2854
Faculdade
São Francisco de Juazeiro
Juazeiro-Bahia, Brasil
Florisvaldo Cunha Cavalcante Junior
http://orcid.org/0000-0002-6306-0380
Instituto
Federal do Sertão Pernambucano
Juazeiro-Bahia, Brasil
Resumo
A gestão participativa, um tema pouco adotado no
âmbito empresarial que é o processo de tomadas de decisão sobre a administração
das organizações, contribui para as melhorias no ambiente de trabalho, onde os
gerentes participam das decisões junto com os gestores da empresa. Assim, o
artigo apresenta como objetivo analisar a possibilidade da gestão participativa
para o desempenho das atividades em loja de varejo na cidade de Juazeiro Bahia.
Conhecer a gestão participativa nesse estudo de caso é expor comparações entre
as ideias dos gestores com os gerentes. O presente trabalho foi desenvolvido
através de uma pesquisa bibliográfica e descritiva, aplicando assim um
questionário de 8 questões para 3 gestores e 11 gerentes, onde foi evidenciado
através da pesquisa que a empresa tem interesse na implantação da gestão
participativa para a melhoria do
desempenho das atividades na organização. Conclui-se que para a implantação da gestão
participativa requer mudanças de comportamentos não só da chefia, mas também de
todos os gerentes vale ressaltar que tomar iniciativa, agir, discutir,
questionar e sugerir devem ser ações espontâneas e voluntárias, portanto, sem
adequação na empresa não há possibilidade de uma gestão participativa.
Palavras-chave:
Gestão Participativa; Decisões; Implantação.
STUDY OF THE POSSIBILITY OF IMPLEMENTING A PARTICIPATIVE MANAGEMENT IN A
RETAIL STORE IN THE CITY OF JUAZEIRO-BA
Abstract
Participatory management, a
theme little adopted in the business environment, which is the decision-making
process about the management of organizations, contributes to improvements in
the work environment, where managers participate in decisions together with
company managers. Thus, the article aims to analyze the possibility of
participatory management for the performance of activities in a retail store in
the city of Juazeiro Bahia. To know the participative management in this case
study is to expose comparisons between the managers' ideas with the managers.
The present work was developed through a bibliographic and descriptive
research, thus applying a questionnaire of 8 questions for 3 managers and 11
managers, where it was evidenced through the research that the company is
interested in the implementation of participative management to improve the
performance of activities in the organization. It is concluded that for the
implementation of participative management it requires changes in behaviors not
only of the head, but also of all managers, it is worth mentioning that taking
initiative, acting, discussing, questioning and suggesting must be spontaneous
and voluntary actions, therefore, without adaptation in there is no possibility
of participatory management.
Keywords: Participatory Management; Decisions; Implantation.
CAJUÍ, ARAUJO, SOUZA e
CAVALCANTE JUNIOR DOI: 10.30781/repad.v4i2.10223
Repad 2020 - ISSN 2594-7559 – Rondonópolis - v. 4, n. 2, p.
119-134 – Maio-Agosto/2020
Submetido: 20/04/2020
Aceito: 12/05/2020
Publicado: 31/05/2020
1 Introdução
A
empresa estudada já está há 45 anos no mercado, iniciou suas atividades com o
ramo em tecidos na cidade de Remanso, estado da Bahia, atualmente com 16 lojas
em diversas cidades na Bahia, Pernambuco e Piauí, com um quadro funcional de
240 colaboradores.
A gestão
participativa representa um estágio liberal da gestão das pessoas,
transformando em parceiros do negócio para o desenvolvimento das organizações
nas tomadas de decisão das empresas, tirando a centralização hierárquica e
distribuindo para os funcionários fazendo com que eles sejam mais
participativos mostrando suas atribuições e capacitação para determinada
atividade.
Para
Maximiano (1995, p.15), não há receitas ou fórmulas para a gestão
participativa, pois se trata muito mais de uma filosofia do que uma técnica.
Cada empresa precisa descobrir o seu método de gestão participativa. Primeiramente
o gestor deverá estar pronto para aceitações das opiniões e críticas dos
funcionários, por essa razão quando se têm várias ideias juntas ajuda a empresa
na buscado seu objetivo.
Portanto, um processo
participativo que utiliza a competência total dos funcionários, e se destina a
encorajar o maior comprometimento com o sucesso da organização, sendo assim
criando um vínculo entre empresa e colaborador. Nesse sentido, a gestão participativa é um
estado liberal das pessoas nas tomadas de decisão, onde terão a oportunidade de
questionar, discutir e sugerir para o alcance dos objetivos aonde se quer
chegar.
Para
Chiavenato (2015, p. 89), “a gestão participativa é uma forma de gestão na qual
as pessoas têm reais possibilidades de participar, com liberdade de questionar,
discutir, sugerir, modificar, alterar, questionar uma decisão um projeto ou uma
simples proposta”. Para o mesmo autor, isso não significa destruir ou anular os
centros de poder, pois a gestão participativa é perfeitamente compatível com a
hierarquia. Desse modo, o presente artigo buscará responder a
seguinte questão: Como a
implantação da gestão participativa poderá motivar em uma loja de varejo na
cidade de Juazeiro Bahia?
A gestão participativa tem a
motivação como uma ferramenta de altíssimo valor, valorizando as pessoas em
todos os aspectos dentro das organizações, sendo assim aprimorando a satisfação
e motivação no ambiente de trabalho.
Conforme Maximiano (1995, p. 38), a motivação para o trabalho é a disposição ou interesse para executar uma tarefa ou decidir-se um determinado tipo de trabalho.
Assim, o artigo tem como objetivo de verificar os fatores que impossibilitam os empregados de desempenharem a gestão participativa, buscando também identificarem as vantagens e desvantagens.
O que justifica este artigo é que a Gestão
Participativa tem demonstrado para crescimento e sucesso das organizações e
revela que forma ela vem contribuindo para um melhor desempenho dos líderes na
gestão de pessoas, considerando, de forma geral, que quando os funcionários são
valorizados, eles sentem-se animados a colaborar para que a empresa atinja seus
objetivos. Sendo assim, neste mundo globalizado e competitivo, as empresas que
não valorizam seus funcionários, não os integram no processo de trabalho, que
se sintam motivados, satisfeitos, envolvidos e comprometidos com o trabalho,
dificilmente se mantêm no mercado.
Portanto, quando uma organização usa a gestão
Participativa, esta oferece a oportunidades de um funcionário ser autônomo e
mais responsável, proporcionando assim, um bem estar para a empresa e para
aqueles que nela trabalham.
Ao permitir que os colaboradores
participem com suas experiências e conhecimentos, de forma organizada e
responsável, os benefícios de uma correta tomada de decisões revertem em
interesse para a organização. Portanto, funcionários que se sentem mais
valorizados, são mais produtivos e mais comprometidos, pois se sentem mais
motivados (CHIAVENATO, 2015).
2 Gestão Participativa
Neste tópico serão abordados autores da área da
gestão participativa, que propicionaram a estrutura para entendimento do tema
proposto nesse artigo.
Com a elevação dos níveis de produtividade,
incentivados pela competitividade crescente, surgiu a necessidade de manter um
bom nível de satisfação entre os funcionários, para que estes possam responder
às demandas por produtividade, com esse propósito surgem novos modelos de
administração menos rígidos e um desses modelos é exatamente a gestão
participativa.
Para Bordenave (1983, p. 16), “a participação é
o caminho natural para o homem exprimir sua tendência inata de realizar, fazer
coisas, afirmar-se a si mesmo e dominar a natureza e o mundo”. A gestão
participativa ou ideia de participação teve início, desde antiguidade, a mesma
nasceu na Grécia, com o nome de democracia.
Sendo assim, a gestão participativa foi
abordada nos anos 1970 a 1980 depois da Segunda Guerra Mundial, após os anos 1980
ela foi mais divulgada na revolução Japonesa que favoreceu para exposição dos
métodos da gestão participativa.
Participação consiste
basicamente na criação de oportunidades para que as pessoas influenciem
decisões que a afetarão. Essa influência pode variar pouco ou muito. Participação
é um caso especial de delegação, na qual o subordinado obtém maior controle,
maior liberdade de escolha em relação às suas próprias responsabilidades
(MARANALDO, 1989, p 60).
Nesse sentido, para a empresa implantar a
gestão participativa precisa da participação entre gestores e gerentes, o mais
simples é aprimorar a comunicação, que costuma ser precária especialmente entre
a base e o topo. Diante disso necessitará ter um processo de liderança baseado
na confiança, portanto ajudará na tomada de decisão da empresa.
A gestão participativa tem sido apontada por
empresas bem-sucedidas, principalmente, nos últimos anos, como a alavanca para
o progresso, tendo por base as pessoas. Representa o envolvimento do capital
intelectual na gestão da empresa. Na realidade, a gestão participativa é uma
evolução de processo democrático de participar e decidir (CHIAVENATO, 2015).
Verifica-se que a gestão participativa se
caracteriza por um modelo liberal de administração que envolve gerentes e
funcionários num processo de participação contínua, que deve ser sempre
incentivado pelos gerentes através da motivação e do envolvimento a ponto de
assumirem responsabilidades das decisões na empresa.
A participação nesse processo, diz respeito à
motivação individual de cada individuo, às habilidades, passa pela liderança e
pela dinâmica de grupo e incluem até fatores organizacionais, estruturas
sociopolíticas, processos em cada sociedade e entre sociedades. Os empregados querem
contribuir e opinar sobre os assuntos que os afetam, tais como definição dos
objetivos de trabalho e solução de problemas de produtividade e qualidade. Isto
faz com que se sintam importantes valorizados (KANAANE, 1999).
A tomada de decisão é um processo responsável
pela escolha da melhor solução para um problema ou oportunidade, dependendo do
contexto, o processo decisório é considerado difícil e uma vez feito poderá
ocasionar em consequências positivas ou negativas. Conforme Maximiano (2000, p.
139), decisões são escolhas que as pessoas fazem para enfrentar problemas e
aproveitar oportunidades.
A partir de vários conhecimentos e
experiências, o processo decisório pode ser um facilitador na tomada de
decisão. Observa-se que o trabalhador começa a conquistar aos poucos o seu
espaço, tendo mais participação e reconhecimento no trabalho humano, se
tornando como fator principal e colaborando com o processo decisório nas
organizações.
De acordo com Lerner (1996,
p.33), a participação de cada indivíduo garante uma composição de forças, onde
o “todo”, trabalhando junto, tenha mais poder do que a soma das partes
isoladas. Um fator importante na gestão participativa são as vantagens onde
geram ideias diferentes sobre o mesmo assunto, dando ao gestor a possibilidade
de escolha, além de uma visão ampla em suas áreas de atuação.
A gestão participativa aumenta em muito a
visão de novas ideias, são possibilidades que temos com a colaboração de mais
pessoas, que tem ângulos de visão e níveis de conhecimento diferenciado. Este
desenvolvimento gera alternativas positivas e mais agilidades para o alcance
dos objetivos.
Uma boa
gestão participativa só é possível quando o principal líder da empresa
presidente ou acionista estiver convicto de que é possível tê-la e se ele mesmo
patrocinar esse processo. Segundo Chiavenato (2015, p. 88), “a gestão
participativa somente funciona quando os executivos a fazem funcionar”.
Para Victor
e Bryto (2019, p. 4), “o líder só terá apoio da sua equipe mediante a conquista diária, ele deve participar das
atividades e está acompanhando a
todo o momento
para orientar as pessoas”. Por outro, lado os liderados
precisam atentar para o fato de que “são peças essenciais na obtenção desses
resultados, percebendo que ao se adequar de forma assertiva nas estratégias
propostas, tornam visíveis seus esforços e bom desempenho diante dos objetivos
organizacionais” (LIMA; BRYTO, 2018, p. 96).
Com a implantação da
gestão participativa de seus colaboradores, há a descentralização dos cargos e
assim, cada um ganha uma autonomia e independência para as tomadas de decisão,
tanto da parte do cargo mais alto, quanto do mais baixo da organização, nesse
sentido passando um pouco de responsabilidades para um grupo de pessoas com
habilidades para o trabalho indicado. Segundo Chiavenato (2015), o executivo deve assegurar os
seguintes pré-requisitos para o sucesso da participação das pessoas:
Uma
equipe adequada para haver participação eficaz; os benefícios potenciais de
participar devem ser maiores do que os custos de participar; a participação
deve também relevar os objetivos e interesses individuais a serem alcançados; a
participação deve utilizar as habilidades adequadas de cada pessoa para lidar
com tarefa; a participação deve se basear em uma capacidade mútua de
comunicação; muita confiança: não deve haver sentimento de medo de nenhuma
parte; ampla liberdade de trabalho (CHIAVENATO,
2015, p.91).
Nesse sentido, para o sucesso da gestão participativa tem que haver um engajamento onde são necessárias energias físicas, mentais e emocionais a serviço da organização, a gestão participativa requer garra, volume de esforços por parte das pessoas e para transformar seus colaboradores em elementos comprometidos à empresa precisa ter um bom relacionamento, um ambiente de trabalho agradável, uma boa comunicação, mensagens positivas e um estilo de gestão aberta e democrática.
3
Procedimentos Metodológicos
A metodologia utilizada
baseou-se em uma pesquisa descritiva dedutiva, pois descreve as
particularidades do objeto de estudo, designando o tema da gestão
participativa.
Nesse trabalho foi feita pesquisa bibliográfica
para a elaboração do tema escolhido. Conforme Gil (2002, p. 48), a pesquisa
bibliográfica é desenvolvida a partir do material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos. De acordo com autor, a pesquisa
realizada por meio de livros e artigos científicos é de grande importância para
o enriquecimento do trabalho, pois é através da pesquisa que determinamos os
objetivos a serem alcançados.
Para a realização da pesquisa foi formulado um
questionário com 8 (oito) questões iguais de múltipla escolha e aplicado em
loja de varejo na cidade de Juazeiro-Bahia para os gestores e gerentes onde foi
feito uma comparação entre as respostas.
Conforme Cervo (2007, p. 52), o questionário é
uma forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com mais
exatidão o que se deseja. De acordo com autor possibilitando a tabulação dos
dados que favorecem as condições de um raciocínio lógico e o resultado
satisfatório para o estudo do tema abordado.
A gestão participativa, porém, é uma maneira
de integrar funcionários onde há discussão sobre um assunto tanto positivo como
negativo de uma empresa. As propostas são adequadas para que os funcionários se
sintam satisfeito e o trabalho tenha êxito e grande qualidade.
4 Análise dos Resultados e
Discussão
Os dados coletados foram tabulados e apresentados em dois blocos, sendo
as respostas dos gerentes e, em seguida, as respostas dos gestores
(proprietários).
4.1 Informações do Questionário
dos Gerentes
Questão
1: Eu me
sinto livre e a vontade para falar sobre meu trabalho com os funcionários da
minha unidade?
Conforme
Gráfico 1, 64% os gerentes concordam totalmente para falar sobre o seu trabalho
com os funcionários, contra 18% dos gerentes que concordam e discordam
parcialmente. Portanto, os gerentes da empresa estudada sentem-se a vontade para a comunicação dentro
do ambiente de trabalho na empresa com os seus colaboradores, conforme Gráfico
1.
Gráfico
1. Resultado da pergunta 1
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
2: As
informações na minha unidade fluem naturalmente em todos os sentidos: para
cima, para baixo e lateralmente (do gerente aos subordinados, dos subordinados
para o gerente, entre o gerente e os subordinados)?
Em relação à pergunta 2 com 46%, concordam
parcialmente que as informações fluem naturalmente entre gerentes e
subordinados, 36% discordam parcialmente, 9% nem discorda e nem concorda e 9%
concordam totalmente. Nesse sentido a maioria dos gerentes concorda que as
informações são passadas dentro da empresa, conforme Gráfico 2.
Gráfico
2. Resultado da pergunta 2
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
3: Há
interação, com elevado grau de confiança entre mim e os funcionários da minha
unidade?
Em
relação à pergunta 3, o grau de
confiança entre gerentes e funcionários foi de 37%concordando parcialmente, 36%
concordaram totalmente e 27% discordaram parcialmente. A maioria dos gerentes
concordam que tem uma confiança dentro do ambiente de trabalho, portanto
contribuindo muito para implantaçãoda gestão participativa na empresa estudada,
conforme Gráfico 3.
Gráfico
3. Resultado da pergunta 3
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
4: Meus
funcionários proporcionam um ambiente para trabalho cooperativo, ou seja, prevalece
o espírito de equipe?
De acordo com à pergunta 4, 73% dos gerentes
concordam parcialmente em relação a cooperação dos funcionários e o espírito de
equipe, 9% nem discorda e nem concorda, 9% discorda totalmente e 9% concordam
totalmente. Conforme o gráfico ele evidencia que a maioria dos colaboradores
proporciona e prevalece um ambiente cooperativo prevalecendo um espírito de
equipe, conforme Gráfico 4.
Gráfico
4. Resultado da pergunta 4
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
5: O
processo de tomar decisões é bem integrado e ocorre em toda a minha unidade,
por meio de grupos que se comunicam?
De acordo com a pergunta 5, 37% dos gerentes
discordam parcialmente com relação ao processo de tomadas de decisões que
ocorrem na unidade através de grupos, 36% concordam parcialmente, 18% discordam
totalmente e 9% nem discordam e nem concordam. Nessa pergunta o gráfico mostra
que não é bem integrado o processo de tomada de decisões dentro da empresa,
precisando ser melhorado, conforme Gráfico 5.
Gráfico
5. Resultado da pergunta 5
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
6: As
minhas decisões ajudam a desenvolver motivação suficiente para implementá-las
na minha empresa?
Com
base na pergunta 6, 37% dos gerentes concordam parcialmente em relação a tomada
de decisões no desenvolvimento da motivação para execução na empresa, 36%
concordam totalmente, 9% discordam totalmente, 9% discordam parcialmete e 9%
nem discordam e nem concordam. Nessa gráfico buscaram-se descobrir se as
decisões contribuem para a motivação entre gerentes e colaboradores dentro do
ambinte de trabalho, onde o resultado encontrado precisa ser melhorado dentro da
organização, conforme Gráfico 6.
Gráfico
6. Resultado da pergunta 6
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
7: Fora
as emergências, as metas e objetivos da minha unidade são definidos por meio da
participação coletiva?
Em
relação à pergunta 7, 37% concordam parcialmemte dos gerentes responderam que
as emergências, metas e objetivos são definidos por meio da participação
coletiva, 27% discordam totalmente, 18% discordam parcialmente, 9% nem
discordam e nem concordam, e 9% concordam totalmente. Conforme o gráfico da
alternativa acima foi percebido que há um ponto positivo onde a maioria dos
gerentes acreditam na possibilidade da gestão particpativa na empresa, conforme
Gráfico 7.
Gráfico
7. Resultado da pergunta 7
Fonte:
Elaborado pelos autores
Questão
8: Os
funcionários da minha unidade valorizam minhas ideias e opiniões e tentam fazer
uso construtivo delas?
De acordo com a pergunta 8, 37%dos gerentes
concordam parcialmente na valorização das ideias e opiniões e tentam fazer uso
delas, 27% discordam parcialmente, 18% nem discordam e nem concordam e 18%
concordam totalmente. Portanto, no gráfico abordado pode-se observar que há
respostas muito parecidas, mas com um ponto positivo, percebendo-se que os
gerentes acreditam que suas ideias e opiniões vão valorizadas, conforme Gráfico
8.
Gráfico
8. Resultado da pergunta 8
Fonte.
Elaborado pelos autores
4.2
Informações do Questionário dos Gestores
No que se refere ao ponto de vista
dos gestores (proprietários), os dados foram tabulados e as considerações serão
apresentadas nessa seção.
Questão 1: Meus funcionários se sentem livres e a vontade para falar sobre a minha empresa e comigo na unidade?
Em
relação a pergunta 1, 100% dos gestores
concordam totalmente para falar sobre a sua empresa com os funcionários.
O Gráfico 9 indica claramente que os gestores da empresa não tem nenhum
problema em relação ao diálogo entre os funcionários, um ponto forte para a
implantação.
Gráfico
9. Resultado da pergunta 1
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
2: As
informações na empresa fluem naturalmente em todos os sentidos: para cima, para
baixo e lateralmente (do chefe aos subordinados, dos subordinados para o chefe,
entre o chefe e os subordinados)?
Em relação à pergunta 2, 100% dos gestores
concordam parcialmente que as informações fluem
naturalmente entre gestores e subordinados. O Gráfico 10 relata que
precisam ser melhoradas as informações que são passadas dentro da empresa.
Gráfico
10. Resultado da pergunta 2
Fonte:
Elaborado pelos autores
Questão
3: Há
interação, com elevado grau de confiança entre mim e os funcionários da minha
empresa?
Em
relação a pergunta 3, o grau de confiança entre gestores e funcionários foi de
67% concordando totalmentee 33% concordaram parcialmente. Diante do Gráfico 11, percebece-se
que na opinão dos gestores a empresa tem uma confiança em seus colaboradores,
portanto, mais um ponto positivo para a implantação da gestão participativa na
empresa estudada.
Gráfico
11. Resultado da pergunta 3
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
4: Meus
funcionários proporcionam um ambiente para trabalho cooperativo, ou seja,
prevalece o espírito de equipe?
De acordo com a pergunta 4, 67% dos gestores
discordam parcialmente em relação á cooperação dos funcionários e o espírito de
equipe e 33% discordam totalmente. No Gráfico 12, buscaram-se descobrir a
possibilidade da implantação da Gestão Participativa, onde os gestores estão
mais para discordar que para concordar, no entanto não quer dizer que não tenha
a possibilidade da implantação na empresa.
Gráfico
12. Resultado da pergunta 4
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
5: O
processo de tomar decisões é bem integrado e ocorre em toda a minha empresa,
por meio de grupos que se comunicam?
De acordo com a pergunta 5, 34% dos gestores
discordam totalmente com relação ao processo de tomadas de decisões que ocorrem
na sua empresa por meio de grupos, 33% discordam parcialmente, e 33% concordam
parcialmente. Evidencia-se que as respostas foram bem parecidas entrem os gestores,
uma área que precisa ser melhorada onde a comunicação em grupo para uma gestão
participativa é essencial na empresa, conforme Gráfico 13.
Gráfico
13. Resultado da pergunta 5
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
6: As
minhas decisões ajudam a desenvolver motivação suficiente para implementá-las
na minha empresa?
Com
base na pergunta 6, 67% dos gestores concordam parcialmente em relação a tomada
de decisões no desenvolvimento da motivação para execução na sua empresa e 33%
discordam totalmente. De acordo com o Gráfico 14, a maioria dos gestores
confirmam que as decisões tomada por eles ajudam nas atividades da empresa.
Gráfico
14. Resultado da pergunta 6
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
7: Fora
as emergências, as metas e objetivos da minha empresa são definidos por meio da
participação coletiva?
Em
relação a pergunta 7, 67% dos gestores discordam parcialmente que as emergências, metas e objetivos são
definidos por meio da participação coletiva, 33% concordam parcialmente. Quanto ao Gráfico 15, este
relata que os gestores da empresa não concordam, mas por essa razão a empresa
ela não possui uma gestão participativa, apenas está sendo estudado a
possibilidade da implantação para a melhoria do andamento na organização.
Gráfico
15. Resultado da pergunta 7
Fonte.
Elaborado pelos autores
Questão
8: Os
funcionários da minha empresa valorizam minhas ideias e opiniões e tentam fazer
uso construtivo delas?
De acordo com a pergunta 8,67% dos gestores
discordam parcialmente acercada valorização das suas ideias e opiniões dos
funcionários e 33% discordam totalmente. O objetivo dessa questão foi saber, se
na opinião dos gestores, suas ideias e opiniões são valorizadas e aproveitadas
pelos gerentes, onde foi percebido que a maioria dos gestores discorda,
conforme Gráfico 16.
Gráfico
16. Resultado da pergunta 8
Fonte.
Elaborado pelos autores
5 Considerações Finais
Este estudo mostrou que a gestão participativa
tem a possibilidade de ser implantada na empresa pesquisada, onde o gestor
mostrou interesse em adotar o método na sua empresa, pois com relação à
comunicação entre gestores e gerentes há um resultado satisfatório onde o
gestor da empresa interage bem com os gerentes. As informações fluem
parcialmente com naturalidade, sem um impacto negativo.
Dentro
do ambiente de trabalho há um grau elevado de confiança entre gestores e
gerentes proporcionando assim um ambiente cooperativo, porém as opiniões quanto
às tomadas de decisão por meio de grupos que se comunicam estão divididas, no
entanto, isso não quer dizer que não haja um ponto positivo para a implantação
da gestão participativa, pois novas ideias podem ser discutidas e utilizadas.
De acordo com Maximiano (1995, p. 88), “Dirigente e pessoas com atitude
participativa, empresa participativa”.
Durante a análise em relação ás metas e objetivos,
por meio de uma maior participação dos funcionários, as mesmas serão
alcançadas, pois havendo uma maior coletividade entre gestores e gerentes, o
resultado será positivo e eficaz. De acordo com Robbins (2002, p. 188), “a
principal característica comum a todos os programas de gestão participativa é a
utilização do processo decisório coletivo”.
Em relação à valorização das ideias propostas
pelos gestores, verificou-se que nem todos os gerentes da empresa fazem uso
construtivo delas, mas não podemos generalizar de forma que isto seja um ponto
negativo para a implantação da gestão participativa na empresa.
Quando uma organização usa a Gestão
Participativa, esta dá oportunidades de um funcionário ser autônomo e mais
responsável, proporcionando assim, um bem estar para a empresa e para aqueles
que nela trabalham. De acordo com Lerner (1996,
p. 33), a participação de cada indivíduo garante uma composição de forças, onde
o “todo”, trabalhando junto, tenha mais poder do que a soma das partes
isoladas.
Todos desejam o sucesso que está efetivamente
ao alcance daqueles que o buscarem, preparando-se adequadamente, sempre atentos
às ações dos melhores do mercado. Nesse sentido é importante que cada pessoa
tenha o seu espaço para desempenhar seu papel com dedicação e responsabilidade.
Conclui-se que para a implantação da gestão
participativa requer mudanças de comportamentos não só da chefia, mas também de
todos os gerentes vale ressaltar que tomar iniciativa, agir, discutir,
questionar e sugerir devem ser ações espontâneas e voluntárias, portanto, sem
adequação na empresa não há possibilidade de uma gestão participativa. É
importante compreender que a gestão participativa não é uma solução de todos os
problemas da empresa e dos colaboradores, não se pode esperar ou estabelecer um
padrão de gestão participativa. O sucesso dessa filosofia depende do respeito e
no aproveitamento das diferenças entre os indivíduos da organização.
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