A ELASTICIDADE
DE TRANSMISSÃO DE PREÇOS ENTRE OS ELOS DE MERCADO: Produtor, atacado e varejo
na comercialização da carne bovina no período de 1997 a 2013
Anderson Nunes de Carvalho Vieira
andersonvieira.nunes@hotmail.com
https://orcid.org/0000-0002-4200-9420
Faculdade de Tecnologia do SENAI-MT
Cuiabá-Mato Grosso, Brasil
Andrey Sartori
https://orcid.org/0000-0001-6882-3378
Faculdade de Tecnologia do SENAI-MT
Cuiabá- Mato Grosso, Brasil
Fabrício César de Moraes
https://orcid.org/0000-0002-0183-1178
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de Mato Grosso
Cuiabá- Mato Grosso, Brasil
Rosicley Nicolao de Siqueira
https://orcid.org/0000-0001-7944-1084
Faculdade de Tecnologia do SENAI-MT
Cuiabá- Mato Grosso, Brasil
Resumo
O
agronegócio brasileiro contribui essencialmente para o desenvolvimento
econômico do país. Inserida nesse complexo está a cadeia de carne bovina com um
percentual significativo para as exportações brasileiras impulsionando a
economia através de sua participação no consumo interno de alimentos. Neste
trabalho, analisa-se a elasticidade de transmissão de preços entre os elos de
mercado, na cadeia da carne bovina. O modelo proposto foi implementado
utilizando-se teste de raiz unitário de Dickey-Fuller
Aumentado (ADF), teste de cointegração de Johansen e método de Vetor Auto Regressivo (VAR) e Vetor de
Correção de Erros (VEC), Decomposição da Variância e finaliza-se com a função
de impulso resposta com o choque de 1% nos elos dentro das cadeias estudadas.
Os dados analisados são referentes aos preços da carne de boi praticados no
atacado, no varejo e ao produtor, entre julho de 1997 e dezembro de 2013.
Observa-se, de acordo com os resultados encontrados, que o atacado é o
principal responsável pela transmissão de preços entre os demais elos, ou seja,
choques de preço ocorridos no atacado são transmitidos de forma significativa
para o produtor e o varejo.
Palavras-chave: Agronegócio, Elasticidade,
Transmissão de Preços.
THE
ELASTICITY OF PRICE TRANSMISSION BETWEEN MARKET LINKS: Producer, wholesale and
retail in the marketing of beef in the period from 1997 to 2013
Abstract
Brazilian agribusiness
contributes essentially to the economic development of the country. Included in
this complex is the beef chain with a significant percentage for Brazilian
exports boosting the economy through its share of domestic food consumption. In
this work, the elasticity of price transmission between the market links in the
beef chain is analyzed. The proposed model was implemented using the
Dickey-Fuller Increased unit root (ADF) test, Johansen cointegration
test and (VAR), Variance Decomposition Vector (VEC), Variance Decomposition and
finalization with the impulse response function with the 1% shock at the links
within the studied chains. The data analyzed refer to the prices of beef
practiced in the wholesale, retail and producer between July 1997 and December
2013. It is observed, according to the results found, that the wholesale is the
main responsible for the transmission between the other links, that is,
wholesale price shocks are transmitted significantly to the producer and the
retailer.
Keywords: Agribusiness,
Elasticity, Price Transmission.
VIEIRA,
SARTORI, MORAES e SIQUEIRA
DOI: 10.30781/repad.v4i2.10069
Repad 2020 - ISSN 2594-7559 – Rondonópolis
- v. 4, n. 2, p. 65-80 – Maio-Agosto/2020
Submetido: 30/03/2020
Aceito: 15/05/2020
Publicado: 31/05/2020
INTRODUÇÃO
O cenário atual aponta que o Brasil se
destaca consideravelmente na produção e comercialização de produtos
agropecuários, sendo o agronegócio uma das mais importantes fontes geradoras de
riquezas no país. Segundo Barros (2006), houve um grande incremento qualitativo
e quantitativo dos produtos brasileiros na última década, o que ocorreu devido
ao crescimento sistemático na qualidade e controle da produção e do
processamento produtivo. Além disso, o Brasil apresenta condições que favorecem
esse desenvolvimento, a exemplo de chuvas regulares, clima diversificado,
energia solar abundante, aproximadamente 13% de toda a água doce disponível no
planeta, entre outros (EMBRAPA, 2009).
Esses fatores fazem do país um lugar de
vocação natural para a produção de todos os negócios relacionados às suas
cadeias produtivas. De acordo com informações da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (EMBRAPA, 2009), o Brasil construiu um sistema produtivo altamente
eficiente e competitivo no que se refere ao agronegócio. Conforme Barros
(2015), em dezembro de 2014 os exportadores do agronegócio brasileiro obtiveram
receita na ordem de US$ 6,8 bilhões, alta de 6% em relação a dezembro de 2013,
segundo estatísticas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada -
CEPEA-ESALQ/USP (2015).
Na
cadeia produtiva do agronegócio está inserida a produção de carne bovina, que
atingiu um nível de exportação de 3% em 2009,
totalizando um faturamento de 6 bilhões de reais. Tal produto representa 6% do
Produto Interno Bruto (PIB), ao mesmo tempo que equivale à 30% do PIB do agronegócio
brasileiro, movimentando mais de 400 bilhões de reais. Vale ressaltar que estes
valores aumentaram em quase 45% nos últimos 5 anos (EMBRAPA, 2009).
Diante do
exposto o presente trabalho tem como objetivo principal analisar a elasticidade
de transmissão de preços entre os elos de comercialização no mercado brasileiro
da carne bovina baseando-se nas séries temporais do estado de São Paulo. Desta
forma, a pergunta a ser respondida no presente estudo é: Qual dos três níveis
de mercado (atacado, produtor ou varejo) tem a maior influência sobre os preços
nos demais níveis?
O processo de
comercialização, envolvendo os três níveis de mercado, produtor, atacado e
varejo, desenvolve-se a partir do momento que os bens são transferidos dos
produtores aos consumidores, cujos resultados dessas trocas são as transações
responsáveis pelo desenvolvimento e funcionamento de um sistema econômico. Além
disso, a hipótese a ser investigada será o atacado na carne bovina, por
trabalhar com maior escala no comércio do produto, que poderá assumir o papel
de líder na transmissão de choques de preços para os demais elos.
2.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Elasticidades de Preço e o
Processo de Comercialização
A
elasticidade refere-se ao grau de sensibilidade que uma variável tem em virtude
de alterações em outra variável. Assim, de acordo com Mankiw
(2010), na lei de demanda, quando há uma queda no preço de um bem o que se
espera é que exista um aumento na quantidade demandada. Sendo assim,
consequentemente, a elasticidade-preço da demanda é utilizada para medir o
quanto a quantidade demandada reage dada uma variação no preço, ou seja, o
quanto e como os consumidores estão dispostos a deixar de comprar determinado
bem à medida que seu preço aumenta. Se a demanda de determinado produto for
elástica, significa que os consumidores desse produto possuem grande reação às
variações do preço, ou seja, o aumento do preço reduz proporcionalmente mais a
quantidade demandada. Entretanto, quanto mais produtos substitutos existirem, maior será a elasticidade. A demanda infinitamente elástica
é uma situação de mercado em que os consumidores irão adquirir a quantidade que
puderem de certo bem, a determinado preço; e a qualquer preço mais alto do que
esse, a demanda cai a zero, outrossim, a qualquer preço mais baixo, a demanda
aumenta ilimitadamente (PYNDICK, RUBINFELD, 2010).
A
comercialização envolve uma série de atividades, em um processo de produção,
onde os bens e serviços são transferidos dos produtores aos consumidores. Essas atividades resultam na transformação
dos bens, mediante utilização de recursos produtivos – capital e trabalho – que
atuam sobre a matéria-prima agrícola. De acordo com Piza e Welsh
(1968, p. 78), a comercialização compreende “o conjunto de atividades
realizadas por instituições que se acham empenhadas na transferência de bens e
serviços desde o ponto de produção inicial até que eles atinjam o consumidor
final”.
Conforme
Zylberstajn (2000), comercialização seria a troca de
bens e serviços entre agentes econômicos. O fruto dessas trocas são as
transações que podem ser consideradas a unidade fundamental da análise do
funcionamento do sistema econômico. Todo esse processo representado na cadeia
produtiva é explicado pela microeconomia por meio de mercado consiste em um
grupo de compradores e vendedores, que, por intermédio e suas interações efetivas
ou potenciais, determinam o preço de um produto ou um conjunto de produtos
(PINDYCK, 2010).
Segundo
Mendes e Padilha Jr. (2007), entre a produção e o consumo há uma série de
funções desempenhadas pelos agentes envolvidos e o processo de comercialização
pode ser dividido em três fases distintas: concentração, equilíbrio e
dispersão. O primeiro passo é a procura e a reunião dos produtos produzidos
pelo grande número de produtores, a chamada concentração de mercado. O Segundo
passo seria a temos da taxa de equilíbrio, onde se sintetizam as atividades que
regulam o fluxo de produção (sazonalidade) em função da taxa consumida que é
variável no decorrer do tempo. Já o último passo seria a finalização do
processo de dispersão representado pelo agrupamento dos grandes lotes de
produtos da concentração que é destinado ao consumo, no lugar, no tempo e nas
formas desejadas pelos consumidores finais.
Os
diferentes níveis de mercado são os responsáveis pelo processo de
comercialização dos produtos. Ele subdivide-se em três grandes grupos:
produtor, atacadista e varejista (BARROS, 2007). A relação entre esses três
níveis ocorre da seguinte forma: os produtores oferecem sua produção aos
intermediários. As transações volumosas têm lugar no mercado atacadista, além
disso, nesse nível ocorrem as trocas entre intermediários, os atacadistas e
varejistas e por outro lado nessa etapa ocorre uma pequena participação de
produtores e consumidores. Os varejistas constituem o último elo da cadeia,
pois colocam a mercadoria a disposição dos consumidores.
2.2 Transmissões de Preços
O
estudo da transmissão de preços foi realizado primeiramente por Gardner (1975)
em seu modelo analítico para um mercado em concorrência perfeita, que se
equilibra a cada mudança de demanda e oferta. O autor desenvolveu um modelo
estatístico comparativo para determinar a transmissão de preços entre mercados.
Entende-se a transmissão de preços entre dois mercados como uma situação em que
qualquer alteração de preço em um mercado é instantaneamente transmitida a
outro mercado.
Após alguns anos, o modelo é reproduzido por
Barros (1990), acompanhado de análise gráfica aplicável para situações em que
se podem admitir funções de coeficientes fixos. De acordo com esse modelo, nos
níveis de varejo, de atacado ou de produtor, as variações podem ocorrer,
demonstrando que não há um único nível que sistematicamente lidere essas
variações. É possível notar que o processo de transmissão de preços está
relacionado com a identificação do agente da cadeia relacionando os três
agentes acima citados.
Segundo
Barros (1990), a liderança está associada à sensibilidade do setor às variações
da oferta e demanda, ao custo para alterar os preços, à quantidade de
transações com produtos (especialização) e ao risco de prejuízo nas transações.
Sob essas condições, a elasticidade de transmissão de preços, na medida dos
preços do produtor para o varejo, sempre será inferior ou igual à unidade, ou
seja, as variações de preço ao produtor serão sempre maiores ou iguais as
variações ao nível de varejo. Por outro lado, Barros (1990) considera que
dentre os três níveis de mercado o setor atacadista pode trabalhar com volumes
maiores de produtos, podendo assumir a liderança nas variações de preços devido
ao maior acesso a informação e ao baixo custo de mudanças de preços. Ele
enfatiza que o ajustamento de preço ocorre instantaneamente pelo excesso de
demanda.
2.3 Cenário
Brasileiro da Produção de Carnes Bovinas
A introdução do gado no Brasil
caracteriza-se pelo sistema extensivo de produção, desenvolvendo-se através da
expansão das fronteiras agrícolas, com a incorporação de novas terras. Outro fator que impulsionou o crescimento da
produção de carnes bovinas foi a incorporação de novas tecnologias, no século
XX, visando o aumento da produtividade, crescendo, assim, sistemas intensivos
de produção em determinadas regiões conhecidos como confinamentos e semiconfinamentos. Neste período ocorre também o incentivo
governamental com o intuito de estimular novas tecnologias para a importação de
raças indianas e europeias. A introdução de sal na alimentação dos bovinos
trouxe um controle mais efetivo sobre a febre aftosa, que vinha prejudicando
esse mercado. Cabe destacar também que o sucesso do agronegócio é devido, em
partes, a uma estratégia desenhada nesse período que apontou para a resolução
de vários problemas estruturais que entravavam o desempenho da agricultura e
pecuária.
Após esse processo de adaptação do
gado, iniciaram-se várias pesquisas para melhorar esse sistema produtivo. A
EMBRAPA, com a ajuda de incentivos financeiros, desenvolveu projetos para levar
o gado zebuíno[1] e a braquiária[2] para a região
Norte e Centro-Oeste. Atualmente o elevado crescimento de produção de carne
bovina no Brasil posicionou o país diante do mercado internacional. As
exportações brasileiras de carne bovina seguem em grande escala. De acordo com os dados da Associação
Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Bovinas (ABIEC, 2018), de
janeiro a março desse ano, os embarques somaram 405.668 toneladas, crescimento
2,6% em relação às 395.536 toneladas no mesmo período do ano passado. Trata-se
do melhor início de ano dos últimos 12 anos. Em receita, as vendas do período
somaram US$ 1,51 bilhão, redução de 5,6% ante a receita de US$ 1,60 bilhão no
primeiro trimestre de 2018.
O acentuado aumento das exportações depende
de vários fatores, e, entre eles, as pastagens brasileiras que favorecem a criação
e atendem a produção da grande quantidade demandada do alimento, provocando
melhoras do manejo alimentar do rebanho. De acordo com dados da Pesquisa da Pecuária Municipal
(PPM) realizada em 2014 pelo IBGE, o Brasil possui aproximadamente 213,5
milhões de cabeça de gado, sendo que 14% se concentra no estado de Mato Grosso.
Assim, segundo a pesquisa, Mato Grosso é o maior produtor de bovinos do país
desde 2004. Para Pereira (2012), esse sucesso já era esperado no estado devido
as fatores econômicos e ambientais que favorece esse nicho de mercado do
agronegócio mato-grossense. Pereira (2012) também ressalta o sucesso das
políticas macroeconômicas dos últimos governos, o impulsionamento da Lei Kandir
e as parcerias comerciais com a China que contribuíram substancialmente com o
sucesso da pecuária mato-grossense.
O presente trabalho
constitui-se a partir do levantamento de dados secundários, referentes aos
preços mensais das carnes nos três níveis de mercado, entre os anos de 1997 a
2013. Os dados foram coletados no site
do Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo - IEA/SP. Os preços
foram deflacionados pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna –
IGP-DI, da fundação Getúlio Vargas – FGV, com base em dezembro de 2013. Para
que seja eliminado o efeito da inflação sobre os valores nominais da série de
dados, precisa-se deflaciona-la, para assim consequentemente obter o real poder
aquisitivo em relação ao ano base. A cadeia produtiva estudada refere-se à
média no Brasil, baseando-se no estado de São Paulo, pois representa o maior
polo de comercialização do país. Para a realização dos cálculos econométricos
foram utilizados os programas R e WINRATS.
O primeiro passo antes da aplicação
do método proposto é verificar se as séries utilizadas são estacionárias. De
acordo com Bueno (2011), uma série é estacionária quando possuir média e variância
constante ao longo do tempo e covariância dependente apenas das defasagens
entre períodos de tempo (e não do período de tempo em que a covariância é
calculada). A ordem de integração da variável, por sua vez, diz respeito ao
número de vezes que uma série deve ser diferenciada (Xt-i – Xt), para que se torne estacionária.
Conforme Gujarati (2006), as propriedades de uma
série estacionária, algebricamente, são as seguintes:
E
(Yt) = µ (1)
var
(Yt) = E(Yt
- µ)2 = σ2 (2)
γk = E[(Yt
- µ)( Yt+k - µ)] (3)
De
acordo com Santana (2003), uma representação de um processo não estacionário
corresponde ao modelo de raiz unitária, ou seja, quando o processo gerador dos
dados possui uma raiz unitária (ou tendência estocástica). Um teste muito
utilizado na prática para verificação de raiz unitária foi proposto pelos
pesquisadores Dickey e Fuller
(1981), conforme resumido a seguir.
Suponha
um modelo do tipo AR (1):
yt = yt-1 + εt (4)
A condição para que esta série seja
estacionária é: │a1│< 1
Se
a1 =
1
diz-se
que esta série possui uma raiz unitária (ou tendência estocástica) e, portanto,
não será estacionária.
A
tendência inicial é estimar esse modelo e usar um teste de hipóteses do tipo 𝑡
sobre a1, tendo como hipótese nula H0: a1 =
1.
Porém,
em geral, os pacotes econométricos reportam os testes nos coeficientes contra a
nula de serem iguais a zero. Então, o teste poderia ser alterado, subtraindo yt-1 de ambos os
lados para deixar o parâmetro da hipótese nula igualado à zero.
Subtraindo
yt-1
yt - yt-1 = a1yt-1
- yt-1 + εyt
Δyt =
(a1 –
1) yt-1+ εyt (5)
yt = γyt-1 +
εyt
Onde: (a1 – 1) = γ
|
|
O
teste de Dickey e Fuller vai
verificar se γ = 0. Se γ for igual à zero é por que a série não
é estacionária (possui uma raiz unitária). Há três modelos de testes Dickey e Fuller, que são: Com
constante e com tendência determinística em que o valor crítico é dado pela
estatística ττ
a:
|
|
Δyt = a0 + a2t + γ1yt-1 + εyt (6)
Com constante, sem tendência
determinística em que o valor crítico é dado pela estatística τµ:
Δyt = a0 + γ1yt-1
+ εyt (7)
|
|
Sem
constante e sem tendência determinística sendo que o valor crítico é dado pela estatística
τ:
Δyt = γ1yt-1
+ εyt (8)
|
|
Sem
constante e sem tendência determinística, para séries em
primeira diferença:
Δ2yt = β1Δyt-1 +
εt (9)
Ao confirmar que a série possui pelo
menos uma raiz unitária, é necessário diferenciá-la uma vez e repetir o teste
para verificar se ela se torna estacionária em primeira diferença, ou seja,
para verificar se a variável é integrada de ordem 1. Para testar a variável em
primeira diferença, utiliza-se somente o formato mais simples, sem tendência
determinística e sem constante, pois a diferenciação elimina os dois
componentes.
Uma
vez confirmado que as variáveis em questão são estacionárias em I (1), é
necessário verificar se as mesmas são cointegradas,
para que se possa utilizá-las conjuntamente em um modelo de Auto-Regressões
Vetoriais – VAR. O teste recomendado para verificar a cointegração
quando se trabalha com mais do que duas variáveis foi proposto por Johansen (1995).
As
estatísticas propostas por Johansen (1995) para
determinar as relações de cointegração são calculadas
pelos autovalores obtidos, por meio da razão de verossimilhança, cujos testes
são a estatística traço e de Máximo, de acordo com SANTANA (2003):
Qr = – T Σki
= 1+r log (1 – λi) para r = 0,1, ...
k – 1 (10)
Qm = – T * log (1 – λi+1) = Qr – Qr+1 (11)
(...) Qr e Qm são
as estatísticas traço e de máximo autovalor, respectivamente; r é o rank de cointegração; k é
o número de variáveis endógenas; λ é
o i-ésimo maior autovalor (ou raiz característica) e
T é o número de observações (Santana, 2003, p. 71).
Neste teste, as relações ocorrem
sequencialmente, variando de 0 a k – 1. O teste é realizado até que se
rejeite a hipótese nula. A estatística deste teste é conhecida como estatística
traço (Qr).
A hipótese nula prevê que não existe relação de cointegração
entre as variáveis, portanto, as variáveis serão cointegradas
em uma determinada ordem somente se a hipótese nula for rejeitada. Sendo as
hipóteses de acordo com Santana (2003):
H0:r
= 0 (12)
Ha:r > 0 (13)
e cuja indicação é de que “a análise de
acordo com a rejeição da hipótese nula implica que duas séries,Yt e Xt
Com a finalidade de determinar o número
de defasagens do modelo VAR, no presente trabalho, foram adotados três
critérios: o primeiro, a decisão pelo número de defasagens que minimizou os
Critérios de Informação de Akaike (AIC); o segundo
foi o de Schwarz (SC) e, por último, o de Hannan-Quinn
(HQ).
Posteriormente, ao detectar a relação de cointegração entre as variáveis, direciona-se para a
próxima etapa, que consiste na inclusão do vetor de correção de erros. Proposta inicialmente por Cristopher Sims em 1980, Vetor Auto
Regressivo (VAR), de acordo com Gujarati (2006),
apresenta o termo vetorial em função de tratar de duas ou mais variáveis, e o
termo auto regressão devido ao valor defasado da variável dependente.
Complementarmente,
como descreve Bacchi (1994), a capacidade deste
modelo em estimar modelos que envolvem inter-relações complexas entre as
variáveis é muito eficaz, sendo capaz de fornecer a geração de parâmetros que podem
ser utilizados em análises prospectivas.
O
VAR consiste em um sistema de equações, em que cada variável que compõe o
sistema é função dos valores das demais variáveis no presente e valores das
demais variáveis defasadas no tempo, mais o termo de erro. As equações de um
modelo VAR podem conter também, segundo Enders (1995), tendências
determinísticas e variáveis exógenas.
Além
de informar sobre as relações de equilíbrio em longo prazo entre duas ou mais séries
temporais, o conceito de cointegração tem implicação
direta sobre as representações dinâmicas por meio dos vetores auto regressivos
(SANTANA, 2003).
O sistema VAR contém um conjunto
de variáveis, que no modelo assumem o papel de uma função linear dela mesma
defasada e também, em função da outra (s) variável do modelo defasada. As
equações do modelo VAR estão expressas de acordo com as equações 14 e 15,
conforme Gujarati (2006).
Pt = δ + Σn j
= 1 βjPt – j +
Σn j = 1 γjFt
– j + u1t (14)
Pt = ω + Σn j
= 1 ϴjPt – j +
Σn j = 1 λjFt
– j + u2t (15)
Para o VEC, há a inserção de um
vetor de correção de erro de forma que o vetor de correção de erro é
incorporado em um VAR com variáveis em diferença da seguinte forma:
Δyt = a1
+ a0yyt
– 1 βyt
– 1 + i = 1α11(i) Δyt –
i + i = 1α121Δzt-i + εytΔzt
= α1 + αz[yt – 1 – β yt
– 1] + Σi = 1 α21 (i) Δyt – i + Σi = 1 α22 (1) Δzt
– i + εzt (16)
Em que [yt – 1 – βyt
– 1] é a correção de erro incorporado no modelo.
A
partir do VAR, as análises são realizadas em grande parte via observação da
decomposição da variância e do impulso resposta. A decomposição da variância
permite avaliar o poder explanatório de cada variável do VAR/VEC sobre as
demais, identificando a proporção de movimentos de uma série que é devida a
choques nela mesma, bem como a proporção que é devida aos choques que ocorrem
nas outras variáveis inseridas no sistema. Conforme Margarido (2000), “a
análise da decomposição da variância mostra a evolução do comportamento
dinâmico apresentado pelas variáveis do sistema econômico, ao longo do tempo,
isto é, permite separar a variância dos erros de previsão para cada variável em
componentes que podem ser atribuídos por ela e pelas demais variáveis endógenas
isoladamente, apresentando em termos percentuais qual o efeito que o choque não
antecipado sobre determinada variável tem sobre ela mesma e sobre as demais
variáveis pertencentes ao sistema”.
De
acordo com Pindyck e Rubinlfed
(2010), a metodologia VAR oferece um meio de deixar os próprios dados
determinarem a estrutura dinâmica de um modelo. A função impulso-resposta
avalia o impacto que um choque em cada variável causa sobre si mesma, bem como
nas demais variáveis do modelo, nos períodos seguintes ao que ocorreu o choque.
4.1 Testes de
raiz unitária
Conforme já mencionado, para verificar a
estacionariedade das séries utilizadas no presente
estudo foi utilizado o teste de raiz unitária, proposto por Dickey
e Fuller (1981).
Tabela 1. Resultado dos testes de Raiz
Unitária para a cadeia da carne bovina
|
|
Em nível |
|
Em diferença |
Variável |
ττ |
τµ |
τ |
τ |
Boiatac |
-1,80 |
-1,82 |
0,24 |
-3,32 |
Boivar |
-1,28 |
-0,87 |
0,48 |
-3,15 |
Boiprod |
-2,67 |
-2,66 |
0,22 |
-3,52 |
Fonte. Resultados da pesquisa. Nota. Valores críticos a 1% de
significância, em Fuller (1976): ττ = -3,99 / τµ = -3,46 /
τ = -2,58
Os resultados da Tabela 1 mostram que
todas as séries consideradas na análise são integradas de ordem 1, denominadas
I (1), pois não são estacionárias em nível, mas se tornam estacionárias em
primeira diferença.
O teste de Johansen foi utilizado para analisar as relações econômicas de longo prazo entre as séries e, em caso de confirmação da cointegração, para verificar também quantas relações de longo prazo existem entre elas. O teste foi realizado considerando três variáveis e os resultados são apresentados na Tabela 2.
Assim, observando-se os resultados apresentados na Tabela 2,
conclui-se que há um único vetor de cointegração
entre as variáveis analisadas, uma vez que a hipótese nula h = 0 é
rejeitada em favor da hipótese alternativa h
> 0; para um nível de significância de 1%. E a hipótese nula
h
≤ 1, não foi rejeitada. Desta maneira, ao estimar o modelo de Auto
Regressões Vetoriais, deve-se considerar a existência desta relação de longo
prazo. Infere-se, então, que o modelo a ser estimado deve ser o VEC, para que
sejam considerados tanto os aspectos de curto prazo quanto os de longo prazo.
Tabela 2.
Resultados do teste de cointegração de Johansen para a cadeia da carne bovina.
Hipótese Nula |
Hipótese Alternativa |
λtraço |
Valor-p |
h =0 |
h
> 0 |
51,260 |
0,005 |
h
≤ 1 |
h
> 1 |
11,520 |
0,840 |
h
≤ 2 |
h
> 2 |
2,955 |
0,871 |
Fonte. Resultados da pesquisa
Uma última análise a ser realizada quanto à
estabilidade do modelo estimado é feita através da observação dos coeficientes
do VEC.
Tabela
3.
Coeficientes dos modelos estimados
Variável |
Coeficiente |
Erro
padrão |
Estatística-t |
P-valor |
BOIVAR {1} |
0,184 |
0,089 |
2,073 |
0,040 |
BOIVAR {2} |
-0,028 |
0,086 |
-0,322 |
0,748 |
BOIATAC {1} |
0,043 |
0,079 |
0,544 |
0,587 |
BOIATAC {2} |
-0,111 |
0,071 |
-1,561 |
0,120 |
BOIPROD {1} |
0,143 |
0,030 |
4,740 |
0,000 |
BOIPROD {2} |
-0,219 |
0,046 |
-4,714 |
0,000 |
Constant |
-0,028 |
0,086 |
-0,322 |
0,748 |
R1 |
0,014 |
0,086 |
0,166 |
0,868 |
Fonte. Resultados da pesquisa
O VEC/VAR possui
em sua estrutura problemas relacionados à multicolinearidade,
sendo assim, o Teste t não é ideal para descartar parâmetros do modelo e não
deve ser utilizado como medida de adequação de parâmetros, portanto, não foi
feita nenhuma análise na tabela 3 neste sentido. Porém, é importante observar
os valores dos coeficientes estimados, pois para garantir a estabilidade do
modelo é necessário que os coeficientes estimados sejam menores que |1| e
observando a Tabela 3, é possível observar que este critério foi atendido.
Para avaliar a importância
de cada variável presente no sistema, foi analisada a decomposição da variância
de cada uma das séries estimadas no VEC. Esta é uma medida da proporção de
variação explicada pela própria série e pelas demais séries do modelo. Para
fins de avaliação do poder de explicativo de uma série sobre a outra, foi
considerado como proporção significativa, percentuais acima de 10%.
A Tabela 4
mostra os resultados da Análise de Decomposição da Variância para o preço da
carne de boi no varejo. Observa-se que o preço no atacado explica as variações
do erro no preço no varejo, explicando em média 16,84% destas variações ao longo
de doze meses. Cerca de 80% das variações são explicadas pela própria variável
e menos de 3% explicadas por variações do preço ao produtor.
Tabela
4. Decomposição
da Variância para o preço da carne bovina no varejo do período de 1997 a 2013
Meses |
Desvio-padrão |
PRODUTOR |
ATACADO |
VAREJO |
1 |
0,024 |
0,000 |
8,323 |
91,677 |
2 |
0,026 |
2,215 |
16,162 |
81,624 |
3 |
0,026 |
2,409 |
16,050 |
81,541 |
4 |
0,026 |
2,404 |
16,763 |
80,833 |
5 |
0,026 |
2,434 |
16,798 |
80,768 |
6 |
0,026 |
2,433 |
16,832 |
80,735 |
7 |
0,026 |
2,434 |
16,843 |
80,723 |
8 |
0,026 |
2,434 |
16,843 |
80,722 |
9 |
0,026 |
2,434 |
16,845 |
80,721 |
10 |
0,026 |
2,434 |
16,845 |
80,721 |
11 |
0,026 |
2,434 |
16,845 |
80,721 |
12 |
0,026 |
2,434 |
16,845 |
80,721 |
Fonte. Resultado da Pesquisa
Os resultados da
Tabela 5 correspondem à decomposição da variância para o preço no atacado, e
mostram que os preços no varejo e ao produtor não têm efeito sobre o preço no
atacado, ou seja, não ocorre transmissão de preços dos dois níveis de mercado
para o atacado de forma significativa.
Tabela
5. Decomposição
da Variância para o preço da carne bovina no atacado de 1997 a 2013
Meses |
Desvio-padrão |
PRODUTOR |
ATACADO |
VAREJO |
1 |
0,036 |
0,000 |
100,000 |
0,000 |
2 |
0,036 |
0,029 |
99,894 |
0,077 |
3 |
0,036 |
0,079 |
99,715 |
0,206 |
4 |
0,036 |
0,079 |
99,663 |
0,258 |
5 |
0,036 |
0,086 |
99,654 |
0,260 |
6 |
0,036 |
0,086 |
99,647 |
0,267 |
7 |
0,036 |
0,087 |
99,646 |
0,267 |
8 |
0,036 |
0,087 |
99,646 |
0,267 |
9 |
0,036 |
0,087 |
99,646 |
0,268 |
10 |
0,036 |
0,087 |
99,646 |
0,268 |
11 |
0,036 |
0,087 |
99,646 |
0,268 |
12 |
0,036 |
0,087 |
99,646 |
0,268 |
Fonte. Resultado da Pesquisa
Os resultados
apresentados na Tabela 6 mostram que apenas o preço no atacado tem efeito sobre
o preço ao produtor, explicando 65,71% das variações no preço ao produtor ao
longo dos doze meses. O varejo explica menos de 1% destas variações, e a própria
variável explica 33,8%.
Tabela
6. Decomposição
da Variância para o preço da carne bovina ao produtor de 1997 a 2013
Meses |
Desvio Padrão |
PRODUTOR |
ATACADO |
VAREJO |
1 |
0,030 |
35,118 |
64,865 |
0,018 |
2 |
0,031 |
34,052 |
65,875 |
0,073 |
3 |
0,031 |
33,831 |
65,718 |
0,451 |
4 |
0,031 |
33,828 |
65,720 |
0,452 |
5 |
0,031 |
33,806 |
65,715 |
0,479 |
6 |
0,031 |
33,806 |
65,713 |
0,481 |
7 |
0,031 |
33,805 |
65,713 |
0,482 |
8 |
0,031 |
33,805 |
65,713 |
0,482 |
9 |
0,031 |
33,805 |
65,713 |
0,482 |
10 |
0,031 |
33,805 |
65,713 |
0,482 |
11 |
0,031 |
33,805 |
65,713 |
0,482 |
12 |
0,031 |
33,805 |
65,713 |
0,482 |
Fonte. Resultado da Pesquisa
Sendo assim,
observa-se que o segmento mais exógeno é o atacado, pois suas variações de
preço causam mudanças nos outros dois segmentos, porém é pouco impactado pelos
outros segmentos.
4.4
Análise da Função Impulso-Resposta
Considerando que apenas as variações dos preços no atacado são transmitidas de forma significativa para os demais elos, conforme a análise de decomposição da variância, foram analisados apenas os resultados da função impulso-resposta dos preços ao atacado sobre os preços no varejo e ao produtor e ao próprio atacado. A Figura 1 permite visualizar os resultados dos choques nos preços do atacado sobre todos os três setores. As respostas ao impulso tiveram sinais esperados.
Figura 1. Função Impulso-resposta do preço ao atacado sobre
todos os segmentos
Um
choque sobre seu próprio setor tende a ter efeito permanente de 0,83, indicando
que a reposta ao choque é de 83%. Tanto para o varejo quanto para o produtor
uns choques nos preços do atacado tendem a ter um efeito permanente bastante
pequeno e similar de 0,06, indicando que a resposta do varejo e do produtor a
choques no atacado é de 6%.
5. CONCLUSÕES
O presente estudo teve como
principal objetivo analisar a elasticidade de transmissão de preços entre os
elos de mercado, dentro da cadeia de carne bovina. Os resultados do trabalho
permitiram confirmar a hipótese inicial de que o atacado é o grande responsável
pela transmissão de preços para os níveis do varejo e do produtor. Verificou-se
isso na cadeia bovina através dos cálculos apresentados. A hipótese inicial de
que o atacado é o principal elo transmissor de preços se deve ao fato de o
atacado contar com a presença de grandes frigoríficos, com elevado poder de
barganha, além de ser o principal detentor de informações acerca dos demais
elos. Além disso, outra explicação em relação ao atacado ser o maior
responsável na transmissão de preços no período estudado, deve-se ao fato de o
consumo de carne bovina ser consolidado no Brasil.
Ressalta-se
que o presente trabalho envidou esforços no sentido de estudar o comportamento
da cadeia bovina através da revisão bibliográfica e do levantamento de
informações estatísticas, bem como aplicar técnicas de econometria de séries
temporais para quantificar as elasticidades de transmissão de preços entre os
elos de mercado. No entanto, fica como sugestão para trabalhos futuros uma
investigação mais detalhada acerca do dimensionamento e do funcionamento dos
sistemas agroindustriais das carnes bovina, para que se possam encontrar
explicações complementares para o comportamento dos preços na comercialização
agrícola do produto analisado.
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