https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/issue/feed Revista Brasileira de Estudos da Homocultura 2024-04-25T16:06:48+00:00 Editoria revistadaabeh@gmail.com Open Journal Systems <div style="text-align: left;"> <p style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12px;"><span style="font-weight: 400;">A REBEH publica trabalhos, nos mais diferentes formatos, que discutam as múltiplas dinâmicas envolvidas na produção social do gênero e da sexualidade, desde uma perspectiva interseccional, e com especial atenção para os saberes produzidos pelos e com os sujeitos que habitam o espaço (simultaneamente desafiador e potente) das dissidências sexuais e de gênero. Como periódico científico interdisciplinar, aceitamos contribuições de todas as áreas de conhecimento, produzidas por pessoas de diferentes níveis de formação, segundo a política de cada seção, desde que relacionadas ao escopo da revista. Embora tenha como espaço prioritário de atuação o campo científico brasileiro, a REBEH mira estabelecer pontes de diálogo com a produção internacional, publicando trabalhos originais em português, inglês e espanhol, além de traduções de textos de relevância já publicados.</span></span></p> <p style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12px;"><strong>ISSN: </strong>2595-3206</span></p> <p style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12px;"><strong>Prefixo DOI:</strong> 10.31560</span></p> </div> https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16764 “Hoje, os escombros das caravelas estão voltando” 2024-03-18T17:33:54+00:00 Luan Carpes Barros Cassal luancassal@gmail.com Gustavo Borges Mariano gustavobmariano@gmail.com Berenice Bento berenice.bento1@gmail.com <p>Esta é uma entrevista feita com a Professora Berenice Bento, da Universidade de Brasília, realizada em 17 de agosto de 2023. Comentamos os 20 anos de sua tese <em>A Reinvenção do Corpo</em>, agora livro na sua terceira edição. Além disso, Berenice apresentou pesquisas e militância em andamento que serão publicadas nos seus novos livros, <em>Dispositivo sionista e seus descontentes: Histórias de pessoas judias antissionistas </em>e <em>Abjeção: a construção histórica do racismo</em>. Berenice analisa a história e a atualidade das relações coloniais e práticas de guerra e extermínio impostas por países europeus e seus aliados contra populações colonizadas e oprimidas, com destaque para o papel do corpo como meio de disputa, regulação e confronto. Valendo-se de uma abordagem interseccional, Berenice discute raça, gênero, sexualidade, idade, classe e política, fazendo um chamado para ação política e de pesquisa para pessoas acadêmicas.</p> 2024-06-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16208 Discursos Conservadores e Direitos Humanos 2023-08-26T23:25:17+00:00 Denise Carreira denisecarreira@usp.br Amanda André de Mendonça amandademendonca@gmail.com Fernanda Pereira de Moura fernandapmoura@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Entrevista</span><span style="font-weight: 400;"> realizada por Amanda Mendonça e Fernanda Moura com a professora e ativista feminista e pelo direito à educação, Denise Carreira. Ao longo da conversa com a professora e do resgate de sua trajetória profissional e como ativista, é possível reconhecer parte significativa das principais lutas travadas nas últimas décadas no Brasil pelo direito à educação. </span><span style="font-weight: 400;">A entrevista aborda, ainda, uma análise sobre a relação entre discursos conservadores e direitos humanos no período mais recente e atual do país, destacando o papel da "Articulação contra o Ultraconservadorismo na Educação: em Defesa do Direito à Educação e contra a Censura nas Escolas" nos embates recentes relacionados a movimentos como o Escola sem Partido, militarização das escolas e campanhas anti-gênero na educação.</span></p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15964 Uma Transfeminismo em Rede: Os nossos movimentos vêm da ancestralidade 2023-10-05T13:27:33+00:00 Jessyka Silva Rodrigues jessykameiga@hotmail.com.br <p>O presente ensaio investiga os movimentos sociais e o transfeminismo sob a lente da interseccionalidade de gênero, raça e classe por meio de pesquisa bibliográficas. Incialmente apresenta a discussão da rede social como possibilidade de potencializar vozes de travestis e transexuais negras para essas corpas: ocupar o ciberespaço é ampliar o debate sobre o apagamento de experiências e vivencias de travestilidades negras na trajetória dos movimentos sociais regidos pelo racismo e cisgeneridade compulsória. A importância da pesquisa reside em apontar o racismo e transfobia produzidos pelos movimentos sociais. Notadamente as protagonismos de corpas interseccionada tenciona a estrutura opressora e reverbera o potencial do Aquilombamento na luta por emancipação e liberdade para todas, todos e todes. Objetiva produzir epistemologias que contribuem para uma reflexão acerca da transfobia e racismo existente nos movimentos sociais e a necessidade do rompimento de barreiras que impedem a luta coletiva, bem como a construção de mecanismo de enfretamento ao racismo e cisheteropatriarcado.&nbsp;</p> 2024-06-21T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16058 Em terra verde também brilha o arco-íris: 2023-08-14T22:56:52+00:00 Jeam Claude de Souza Gomes jeagomes50@gmail.com Winifred Knox winknox@gmail.com Pedro Henrique Bezerra Farias pedro.farias.016@ufrn.edu.br <p>O presente artigo propõe uma investigação fundamentada na análise de gênero sobre as práticas de resistência adotadas por sujeitas LGBTQIAPN+ inseridas em contextos rurais no estado do Rio Grande do Norte, frente à heteronormatividade, violência e à LGBTQIAPN+fobia. A pesquisa parte da premissa de que em comunidades pequenas, o controle sobre o indivíduo é mais acentuado, e que as representações veiculadas pela mídia e redes sociais criam um imaginário ideal de liberdade e vivência LGBTQIAPN+ nas áreas urbanas e metropolitanas, onde a expressão das (des) identidades de gênero é facilitada. Destarte, considera-se que uma das formas de resistência é o movimento migratório para os grandes centros urbanos. Entretanto, questiona-se se essa suposta busca por liberdade cosmopolita representa efetivamente uma maior emancipação, ou se constitui apenas um componente do imaginário positivo projetado para o espaço urbano. Portanto, o objetivo desta pesquisa é compreender como as sujeitas LGBTQIAPN+ que permanecem em territórios rurais confrontam os desafios impostos pelo conservadorismo local e como desenvolvem estratégias próprias de resistência. A metodologia do estudo consistiu em pesquisa bibliográfica, coleta de relatos escritos de cinco LGBTQIAPN+ residentes da zona rural do RN, dos territórios rurais do Mato Grande, Terras Potiguares e Agreste Litoral Sul, com idades entre 18 a 30 anos, além do levantamento de dados em observatórios acadêmicos e organizações da sociedade civil sobre a violência urbana e rural relacionada à LGBTQIAPN+fobia. Como principais achados da pesquisa, observou-se que as LGBTQIAPN+ rurais sofrem diversas violências, que muitas vezes não são notificadas, e são naturalizadas pelo conservadorismo da família e da igreja. É notório o desejo e imaginário de migrar para uma grande metrópole para vivenciar as suas identidades. Contudo, as LGBTQIAPN+ que permanecem no rural tendem se fortalecer e buscar autonomia coletiva através de movimentos sociais como o MST como forma de sobrevivência e resistência.</p> 2024-06-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16223 PANORAMA HISTORIOGRÁFICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO LGBTQIA+ NO BRASIL: UMA ANÁLISE DE DOCUMENTOS OFICIAIS DA UNIÃO 2024-03-04T10:47:58+00:00 Thabata Zamboli Fontana thabatazf@hotmail.com Luiz Eduardo de Almeida luiz.almeida@ufjf.br Valéria de Oliveira valeriaoliveiraufjf@gmail.com Julicristie Machado de Oliveira julicr@unicamp.br Fábio Luiz Mialhe mialhe@unicamp.br <p>Políticas públicas são estratégias fundamentais para reduzir as iniquidades sociais relacionadas à vulnerabilidade de múltiplas populações, inclusive a LGBTQIA+. Assim, o objetivo deste estudo foi mapear, por meio de um estudo documental, o percurso historiográfico de construção e/ou desconstrução das políticas públicas do Brasil dirigidas às identidades populacionais LGBTQIA+ até 2022. O percurso metodológico proveu uma análise da implementação, da vigência e do conteúdo de 31 documentos oficiais da esfera federal incluídos neste estudo. Os resultados apontam para um processo de desconstrução das políticas públicas para a população LGBTQIA+, principalmente nos últimos anos, associados ao contexto político de governos de direita no país. Conclui-se que há necessidade de maior representatividade e esforço do Congresso Nacional brasileiro na direção de uma concepção legislativa efetiva, no sentido de emergir leis que garantam o acesso a direitos básicos e/ou fundamentais que minimizem a condição de vulnerabilidade das identidades populacionais LGBTQIA+.</p> 2024-06-21T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16020 Trinta e cinco anos de omissão inconstitucional do Congresso Nacional sobre LGBTI (1988-2023) 2024-03-02T03:28:09+00:00 Vitor Nunes Lages vitornlages@gmail.com <p>Este artigo traz um mapa dos 355 projetos legislativos sobre LGBTI apresentados no Congresso Nacional desde a promulgação da Constituição em 1988 até abril de 2023. O objetivo é entender como tem sido possível a continuidade da omissão histórica desse Poder, declarada inconstitucional pelo STF em 2019, ao não aprovar legislações protetivas à dignidade humana de pessoas LGBTI. As análises, quantitativas e qualitativas, são centradas nos textos dos projetos, ainda que contextualizadas com fatos da política nacional, como decisões e determinações de outros Poderes, e levantaram dados importantes: a distribuição de projetos progressistas e reacionários ao longo do tempo; os partidos e parlamentares que se destacaram na apresentação de projetos, com ênfase no posicionamento político, gênero, identidade de gênero, orientação sexual e raça/cor; os temas e subtemas dos projetos; e seu atual momento de tramitação. Percebeu-se que a histórica omissão tem assumido características diversas ao longo desses 35 anos, distanciando-se cada vez mais, nos últimos anos, do sentido mais comum do termo – marasmo, inanição, silenciamento. Ao contrário, o Parlamento tem sido, desde 2015, crescentemente chacoalhado por uma onda reacionária de projetos que busca impor o aumento da violência homotransfóbica nas instituições sociais e o retrocesso de direitos, especialmente na educação de crianças e adolescentes. Enquanto isso, o campo progressista se esforça para impedir sua concretização e, diante da omissão e do reacionarismo do Parlamento, diversifica sua estratégia, ao propor transformações a Poderes mais receptivos, que têm acatado demandas importantes.</p> 2024-06-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16365 A abordagem publicitária LGBTQIA+ na pandemia: as representações no comercial do anunciante Bradesco e repercussão em rede social 2024-04-13T17:15:29+00:00 Andre Iribure Rodrigues iribure@ufrgs.br <p style="font-weight: 400;">O texto apresenta a leitura de peça publicitária do anunciante Bradesco veiculada em período da pandemia de Covid-19 em televisão aberta, intitulada Em 2021 Volte a Brilhar. A repercussão da peça em rede social Facebook da marca anunciante foi analisada até sete dias da veiculação em TV aberta, em 12 de dezembro de 2020. A partir de referências que abordam o impacto da pandemia e os desafios diante das desigualdades sociais e econômicas, consideram-se as representações LGBTQIA+ como o registro das pautas que envolvam a população que tensiona a heteronormatividade pela identidade sexual e de gênero, tanto da peça em TV aberta quanto dos comentários em rede social na página do anunciante a partir da veiculação. A leitura e análise se apoiam nas representações sociais através de análise de conteúdo em referência aos estudos de gênero e da sexualidade, visando identificar as relações de poder, negociações e transgressões do que escapa à hegemonia heterossexual. A peça não coaduna, pelas representações, os desafios enfrentados, historicamente, pelas minorias dissonantes de identidades sexuais e de gênero com o contexto da pandemia. Para além da veiculação da peça publicitária, os comentários reacendem disputas de apoio e de crítica a esse público representado, sendo incapaz de apresentar e de mobilizar as peculiaridades de vivências específicas desse segmento vulnerável, agravadas durante esse período.</p> 2024-06-21T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16023 “Eu venho tentando melhorar a minha fala. Acredito que pela fala eu posso sofrer um pouco de preconceito”: 2023-12-18T12:53:56+00:00 Joanderson de Oliveira Gomes joandersonoliveira@hotmail.com Joseval dos Reis Miranda josevalmiranda@yahoo.com.br <p>Este artigo é fruto de uma dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba – PPGE/UFPB. Para feitura deste trabalho, detemos o nosso olhar sobre as narrativas de um professor gay que atua na cidade de Mamanguape, interior paraibano. Nosso interesse consiste em compreender como tem ocorrido o trânsito de um docente que não se alinha ao padrão de masculinidade hegemônica dentro do âmbito educativo e, desse modo, como ele tem se constituído dentro desse espaço. O estudo sinaliza a forte presença da heteronormatividade no âmbito educativo e a importância da ampliação de investigações que tencionem problematizar as normativas das quais os nossos corpos tendem a ser alvo.</p> 2024-06-25T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16164 “Imbrochável, incomível e imorrível” 2024-03-18T13:56:12+00:00 Carlos Júnio de Oliveira Assunção cjoliveiramg@yahoo.com.br ESMAEL ALVES DE OLIVEIRA esmael_oliveira@live.com <p>Neste artigo, voltamo-nos à análise de alguns discursos proferidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro à luz do campo das masculinidades. Interessou-nos, sustentados na perspectiva foucaultiana do discurso enquanto prática discursiva, compreender qual masculinidade é produzida a partir de um discurso caracterizado por uma declarada e indisfarçável misoginia, sexismo, racismo e lgbtfobia. Assim, ao mapear e analisar notícias e postagens disponibilizadas em mídias sociais (noticiários <em>online</em>, plataformas digitais, redes sociais etc.) objetivamos deslindar a narrativa ideológica bolsonarista em torno de uma masculinidade pretensamente “imbrochável, incomível e imorrível”.</p> 2024-06-25T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/17101 Redes de políticas públicas LGBTQIA+ 2024-04-25T14:08:09+00:00 Prof. Me. Geovane Gesteira Sales Torres geovanegesteira.profissional@gmail.com Prof. Dr. Raimundo Batista dos Santos Junior rjunior@ufpi.edu.br <p>As redes de políticas públicas LGBTQIA+ são um fenômeno político de destaque na luta em prol dos direitos sexuais e reprodutivos no contexto neoliberal. Esses arranjos interorganizacionais se relacionam diretamente a espaços institucionais de participação social como os conselhos de políticas públicas. Nesse sentido, este artigo objetiva analisar as articulações sociopolíticas em rede geradas a partir do Conselho Municipal de Direitos LGBT (CMDLGBT) de Juazeiro do Norte – CE, entre 2013 e 2023, em sua correlação com a formulação de políticas públicas LGBTQIA+. Para tanto, a pesquisa qualitativa em questão realizou entrevistas semiestruturadas com seis atuais conselheiros do órgão ora citado e empregou o método análise de conteúdo para o tratamento dos dados. O estudo revela que a maioria absoluta dos(as) interlocutores(as) enxergam positivamente as parcerias entre organizações e movimentos sociais no território; há o compartilhamento de objetivos comuns; e que as relações entre as distintas instituições, organizações e movimentos sociais vislumbram a luta por direitos humanos e fundamentais. Enfim, a pesquisa evidencia retrocessos nas políticas públicas LGBTQIA+ advindos do recrudescimento do neoconservadorismo no país e que em âmbito municipal se destacam positivamente a criação do CMDLGBT; as cotas de 3% para pessoas transexuais e travestis em seleções e concursos públicos municipais; e o Disk LGBTQIA+fobia.</p> 2024-06-05T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15933 Entre o silêncio e o retrocesso 2023-08-16T01:57:56+00:00 Paula Rita Bacellar Gonzaga paribago@ufmg.br Luana de Jesus Amorim luanajesusamorim@gmail.com Bianca Palucci Calil bianca.palucci31@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Entendendo que no Brasil vivemos a pandemia de covid-19 em meio a um desmonte profundo das políticas públicas, entre elas às políticas de saúde, e de agudização da interferência de setores religiosos no campo da política formal; perguntamo-nos quais direcionamentos foram desenvolvidos pelo governo federal em torno dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos. Mais especificamente nesse artigo, nos debruçamos sobre os documentos oficiais publicados no Diário Oficial da União acerca da violência sexual e do aborto legal. A busca foi realizada a partir do desmembramento desses descritores e posterior seleção e sistematização dos materiais identificados. A partir das análises concluímos que há um investimento em iniciativas punivistas ao passo que são escassas ações de prevenção e educação sexual, bem como se demarcam retrocessos no que tange a direitos assegurados às vítimas de violência sexual.</span></p> 2024-05-22T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15073 "A religião precisa se adequar ao novo mundo, sabe?” 2024-04-04T14:15:20+00:00 Yuri Tomaz dos Santos yuri.tomaz90@gmail.com Esmael Alves de Oliveira esmael_oliveira@live.com <p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo, a partir de uma perspectiva antropológica, visa debruçar-se sobre a(s) umbanda(s) e o candomblé(s), enquanto religiões afrodiaspóricas, como </span><em><span style="font-weight: 400;">lócus</span></em><span style="font-weight: 400;"> de análise, a fim verificar em que medida as narrativas dos/as adeptos/as, entendidas aqui como atravessadas e constituídas por códigos, valores e hierarquias bem definidos, fomentam as dimensões de construção, reiteração e/ou subversão das noções de corpo, gênero e sexualidade em contexto afroreligioso. Trata-se de uma pesquisa de mestrado em andamento desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal da Grande Dourados. A partir de uma etnografia </span><em><span style="font-weight: 400;">online</span></em><span style="font-weight: 400;"> e </span><em><span style="font-weight: 400;">offline</span></em><span style="font-weight: 400;"> buscamos compreender a perspectiva afroteológica de gênero, sexualidade, corpo e pessoa de algumas/uns adeptos/as das religiões de matriz africana – especificamente em umbanda(s) e candomblé ketu. O objetivo é problematizar e refletir sobre a articulação entre dissidências sexuais e o sagrado afroreligioso. Por fim, concluímos que, quando o assunto é gênero e sexualidade(s), tanto no contexto da umbanda quanto do candomblé, continuidades e descontinuidades, reiterações e agenciamentos fazem-se presentes.</span></p> 2024-05-21T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16958 Por uma (re)visão transfeminista 2024-03-11T03:01:51+00:00 Dandara da Costa Rocha dandcrocha@gmail.com Ana Maria Bezerra Lucas hannaire@ufersa.edu.br <p>Este artigo apresenta uma análise abrangente das disputas político-institucionais que envolveram o Movimento Trans no Brasil no período de 1960 a 2016, adotando-se uma perspectiva crítica e interseccional, destacando a importância de uma perspectiva transfeminista para uma compreensão abrangente das questões de gênero e identidade na política e nas instituições do Estado brasileiro neste lapso temporal. No cerne desta análise está a necessidade de considerar não apenas as contrariedades às questões de identidade de gênero e orientação sexual, mas também as violações dos direitos individuais e sociais, que impactam diretamente na construção do Movimento Trans. Este estudo fornece <em>insights</em> valiosos sobre as dinâmicas políticas que moldaram a luta pela igualdade de gênero no Brasil e destaca o papel essencial do Movimento Trans na promoção da justiça e inclusão.</p> 2024-06-05T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16056 As liberdades na encruzilhada 2023-09-04T17:56:04+00:00 Luciano Santana prlucianosantana@hotmail.com <p>Este artigo traz à reflexão de como as políticas das sexualidades operacionalizam no contexto das instituições protestantes brasileiras. O caso da Igreja Batista do Pinheiro (Maceió/AL) é um exemplo relevante para essa discussão, pois em 2016 a igreja deliberou, favoravelmente, o Parecer de sua Diretoria que recomendava a aceitação de membros homossexuais. Como consequência desta decisão, a Igreja Batista do Pinheiro sofreu um processo disciplinar por parte da Convenção Batista Brasileira, que resultou na exclusão do rol de igrejas filiadas da entidade. Para compreender esta disputa entre as duas instituições, é importante destacar que a denominação batista é caracterizada pelos princípios das liberdades (livre interpretação da Bíblia, autonomia da igreja local nas suas deliberações, liberdade de consciência e liberdade religiosa). À luz desses princípios, o artigo aponta para a controvérsia deste episódio que coloca em disputa as racionalidades em torno da homossexualidade entre a Igreja Batista do Pinheiro e a Convenção Batista Brasileira, e como o conservadorismo impõe nesse contexto religioso caracterizado pelas liberdades.</p> 2024-05-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15839 Pós-pornografia gay e educação em saúde sexual: 2023-10-05T01:01:50+00:00 Luís Felipe Rios lfelipe.rios@gmail.com <p class="p1">O texto discute os bastidores teóricos e metodológicos da produção de materiais pós-pornográficos voltados para prevenção do HIV entre gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSHs). A produção faz parte de um plano de comunicação científica de um projeto de pesquisa sobre vulnerabilidade dos HSH ao vírus da AIDS. O grupo de pesquisa tem investido na criação de materiais informacionais com base em estudos da narrativa como dispositivo de subjetivação. No caso da produção direcionada a HSHs adultos, a pós-pornografia, concebida como uma forma narrativa, dá embasamento teórico e metodológico à produção, sendo escolhida como modo de abordar a prevenção. Isso ocorre tanto devido à forte presença do pornô no aprendizado e na experimentação da sexualidade entre os HSH, como pela sua capacidade de ser disruptiva em relação às pedagogias sexuais heteronormativas. Os materiais, produzidos para veiculação na <em>internet</em>, são compostos de cinco conjuntos de cartões que, por meio de narrativas pós-pornográficas verossímeis, abordam elementos corporais, afetivos e emocionais em enredos sexuais de sexo inseguro, além de apresentar possibilidades de prevenção (camisinha, segurança negociada, PrEP e tratamento como prevenção) e reparação (PEP) para o drama do sexo inseguro. A produção imagética baseia-se na noção de estilizações corporais:<span class="Apple-converted-space">&nbsp; </span>configurações que produzem sentido (sensações, valorações emocionais, significados e direções) aos corpos em interação. Ao trabalhar o contra-intuitivo por meio das imagens, busca-se criar uma segunda camada de sentido, de modo a questionar as dimensões de vulnerabilidade associadas a raça, gênero e classe. Os cartões são hospedados no <em>site</em> Alice Bee no Vale das Ninfas. Alice, uma drag queen,<span class="Apple-converted-space">&nbsp; </span>e o Vale das Ninfas (circuitos de sociabilidade LGBT+ da Região Metropolitana do Recife) fornecem o contexto local para as cenas apresentadas, ao mesmo tempo que usa dos recursos da arte drag para interrogar as estigmatizações da própria comunidade gay, que freqüentemente reproduz<span class="Apple-converted-space">&nbsp; </span>opressões em relação às feminilidades, especialmente quando habitam corpos de homens cis e mulheres trans. O texto conclui com apontamentos avaliativos sobre a experiência, explorando os limites de um material que exige a leitura formal para sua efetividade, num contexto marcado por desigualdades que se expressam no acesso a educação formal.</p> 2024-03-27T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15810 Preconceito sexual online 2023-09-04T17:59:41+00:00 Sheyla Christine Santos Fernandes sheyla.fernandes@ip.ufal.br Leogildo Alves Freires leogildo.freires@ip.ufal.br Maria Lúcia Vicente da Silva maria.silva@ip.ufal.br Marcikele Nascimento Martins marcikele.nascimento@ip.ufal.br Samyra Araújo Ferro Rocha samyra.rocha@ip.ufal.br <p>O presente estudo objetivou conhecer a expressão do preconceito sexual no Facebook. Para tanto, páginas e grupos abertos de ativismo LGBT+ foram visitados e, a partir dos comentários dos participantes, foi construído um banco de dados textual. Esse banco foi analisado por meio do software Iramuteq, sendo realizada uma análise de Classificação Hierárquica Descendente (CHD). Os resultados apontaram que emergiram cinco classes temáticas da intolerância homolesbotransfóbica: Classe 1 (28,8% de aproveitamento) “exclusão familiar”; Classe 2 (30,8% de aproveitamento) “confrontação religiosa”; Classe 3 (13,6% de aproveitamento) “discursos de ódio”; Classe 4 (12,6% de aproveitamento) “aspectos políticos”; e por fim a Classe 5 (14,1% de aproveitamento) “cultura LGBT+”. Esses resultados corroboram a influência das cisheteronormas de gênero na manifestação da intolerância homolesbotransfóbica no Facebook. Conclui-se que esses resultados reproduzem elementos danosos da expressão da intolerância, reforçando práticas e discursos preconceituosos tal como acontece no contexto real ilustrado pela crescente onda de violência contra LGBT+ que coloca o país na liderança do ranking mundial de crimes contra as minorias sexuais.</p> 2024-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15720 Poder Judiciário e demandas de pessoas sexualmente dissidentes 2023-08-15T17:57:24+00:00 Mateus de Faria mateusfaria18@gmail.com Paula Dias Bevilacqua paula.bevilacqua@fiocruz.br Lívia Pereira de Souza livia.souza@fiocruz.br <p>A judicialização da vida, e consequentemente da saúde, é um fenômeno crescente no Brasil e no mundo, em função da necessidade de efetivar direitos elencados em documentos normativos nacionais e internacionais. O objetivo desta pesquisa é identificar, descrever e analisar as perspectivas apresentadas pelo Poder Judiciário diante das demandas de saúde judicializadas por pessoas de identidades sexualmente dissidentes, incluindo lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e outras (LGBTTT+). Esta revisão integrativa da literatura foi realizada em seis etapas e utilizou as bases de dados BVS, Scielo e BDTD. Os resultados indicam que o volume de publicações cresceu até 2017, mas tem diminuído desde então, e a maioria dos trabalhos foi produzida no Brasil, especialmente na região Sudeste. Observou-se que os temas centrais das publicações abordavam a relação entre o Poder Judiciário e a sociedade ou a atuação da Justiça, cuja valoração apresenta um movimento pendular, ora reproduzindo discursos conservadores, ora agindo de modo pioneiro para garantir o direito a uma vida digna de pessoas LGBTTT+. Por fim, é importante destacar a crescente necessidade de fortalecer essas decisões favoráveis a pessoas de identidades sexuais dissidentes em leis, estatutos e outros instrumentos validados juridicamente, para que os retrocessos não sejam uma constante ameaça à vida e à saúde de quem ousa viver de forma diferente.</p> 2024-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15545 “Mas você, aqui, é capaz de qualquer coisa, por ser tão ruim em tudo” 2023-11-02T15:18:01+00:00 Rayane Aparecida Silveira Soares rayaneapsilveira@gmail.com Lissa Carvalho de Souza lissacarvalhosouza@gmail.com Giovanna Rodrigues Rebouças Martins giovannarrm@gmail.com <p>O vencedor do Oscar de Melhor Filme de 2023 “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” é um longa-metragem que aborda relações intrafamiliares a partir de viagens em multiversos, explorando diversas possibilidades de vivências aparentemente mais bem sucedidas na história de vida de cada personagem. Nessas trajetórias, a protagonista Evelyn e sua filha Joy/Jobu Tupaki se deparam com inúmeras questões existenciais que podem ser lidas a partir dos estudos queer, com a noção de fracasso para Halberstam, da destruição do sistema cisheteronormativo que as atravessam em Mombaça, da coragem de ser vulnerável em Preciado, além de considerações psicanalíticas sobre a travessia dos fantasmas produzidos em suas histórias de vida. Dessa forma, o objetivo deste artigo é propor análises críticas desse longa, tendo em vista a multiplicidade de interpretações que o filme traz, sendo esse trabalho um possível multiverso discursivo.</p> 2024-03-20T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15501 O amor lésbico como amor-erótico 2023-11-21T11:52:09+00:00 Ana Gabriela da Silva Vieira ags.21@hotmail.com Marcio Caetano mrvcaetano@gmail.com <p>Para além das obras renomadas e dos escritores e escritoras aclamados pela crítica, existem outras formas de literatura, algumas delas bastante vinculadas ao entretenimento. É o caso da literatura virtual, ou seja, textos literários publicados em plataformas digitais e popularizados a partir da internet. Neste artigo, analisam-se livros em formado <em>e-book</em>, publicados por autoras independentes (sem selo editorial) em plataformas digitais – mais especificamente o <em>Amazon Kindle</em> e o <em>Wattpad</em>. Os textos literários estudados fazem parte de uma literatura virtual lésbica, tratando do tema do amor entre mulheres. Nesta pesquisa, investigaram-se os discursos presentes na literatura virtual lésbica com o objetivo de pensar que modos de amar estão sendo constituídos a partir dos enunciados que compõem os textos literários. Encontrou-se funcionando um enunciado que entende o amor lésbico enquanto um amor-erótico, ou seja, um amor que se dá de forma vinculada ao desejo, à atração e, também, ao sexo.</p> 2024-03-20T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15375 “Eu sinto que a Ballroom me catapultou”: práticas de resistência e de promoção de saúde mental LGBTQIA+ 2023-05-18T19:46:46+00:00 Hallisson Eduardo dos Santos Pinho edupsi98@gmail.com Carla Fernanda de Lima carlafernandadelima@gmail.com Fabiana Ribeiro Monteiro fabianamonteiro@ufpi.edu.br <p>Este trabalho teve como objetivo principal investigar o papel que a cultura <em>Ballroom</em> exerce na vida e na saúde mental das pessoas que a vivenciam. Para isso foi utilizado o método de entrevistas narrativas, de natureza não estruturada onde as informações coletadas foram observadas através da análise temática. Participaram desse estudo cinco pessoas que fazem parte da comunidade <em>Ballroom</em> piauiense, especificamente das cidades de Teresina-PI e Parnaíba-PI. Por meio das entrevistas foi possível analisar questões psicossociais que motivam o fomento desta cultura, como apoio e afirmação social, construção de vínculos afetivos, autodesenvolvimento, dentre outros. Conclui-se que a cultura <em>Ballroom</em> representa um movimento que faz resistência frente as discriminações raciais, sexuais e identitárias, além de demonstrar ser um fator de proteção na vida das(os) participantes por promover redes de solidariedade e fortalecimento da saúde mental.</p> 2024-03-27T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15806 Jornalismo e violência de gênero: 2023-08-16T02:16:15+00:00 Carla Montuori Fernandes carla.montuori@docente.unip.br Luiz Ademir de Oliveira luizoli@ufsj.edu.br Ana Luiza Vieira Morais analuizavieirast@gmail.com <p>Em um contexto de crescente violência contra a imprensa, principalmente por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores, as mulheres jornalistas têm sido o principal alvo dos ataques. Assim, o presente artigo discute o papel da comunicação, a desigualdade de gênero e a violência simbólica (Bourdieu, 2002; Miguel &amp; Biroli, 2014) em uma sociedade midiatizada. Desenvolve-se um estudo de caso dos ataques à jornalista Patrícia Campos Mello, da <em>Folha de S. Paulo</em>, em 18 de fevereiro de 2018, e os desdobramentos do caso (repercussão na mídia e nas entidades de classe), para tentar identificar o discurso misógino e sexista usado para tentar deslegitimar o campo jornalístico e o trabalho das jornalistas.</p> 2024-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15733 Análise introdutória sobre a relação de Olavo de Carvalho com as pautas LGBTI+ 2023-11-14T01:24:21+00:00 Mário J. de Paiva mariojpaiva91@gmail.com <p>O presente artigo visa discutir a ambivalência da relação entre a direita e as pautas LGBTI+, tendo por base um dos autores que consideramos um dos grandes nomes da direita radical no Brasil contemporâneo, aqui abordamos o polemista e jornalista Olavo de Carvalho. Para tal tarefa, faremos uma análise qualitativa, de seu artigo&nbsp;<em>Mentiras gays</em>, presente no livro&nbsp;<em>O Imbecil Coletivo</em>&nbsp;de 1996. Nosso trabalho se pauta em elementos de uma história das ideias e em uma hermenêutica textual; como aporte teórico nos fiaremos em diversos autores que estudam a direita no mundo contemporâneo. Em termos de conclusão: mesmo não sendo abertamente homofóbico, vemos como Olavo trabalha com elementos que distorcem, ridicularizam, mentem e atacam as pautas LGBTI+, logo há uma homofobia que não quer se apresentar como homofobia, e tenta se travestir de uma discussão séria sobre o tema.</p> 2024-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15585 Homens e masculinidades na comercialização de suplementos alimentares 2023-08-16T23:18:39+00:00 Alan Camargo Silva alancamargo10@gmail.com Rafael Marques Garcia rafa.mgarcia@hotmail.com Erik Giuseppe Barbosa Pereira egiuseppe@eefd.ufrj.br <p>Suplementos alimentares são produtos nutricionais utilizados para fins estéticos, clínicos ou esportivos, apresentando diferentes contextos de comercialização. Questiona-se em que medida as empresas/marcas de suplementos alimentares constroem a venda dessas substâncias a partir de dispositivos e estratégias de <em>marketing</em> generificados. Teve-se por objetivo analisar as imagens de homens no processo de mercadorização em marcas brasileiras de suplementos alimentares. Foram coletadas 215 imagens dos <em>sites</em> de quatro marcas brasileiras de suplementos alimentares (<em>Integral Médica</em>, <em>Probiotica</em>, <em>Max Titanium</em> e <em>Growth Supplements</em>), posteriormente analisadas pela técnica de análise de imagens. Os resultados indicaram três perspectivas de imagens que denotam ou naturalizam o corpo masculino como “volumoso”, “viril”, “macho” e “ativo” a partir de expressões faciais de “raiva” ou de “enfrentamento”; poses e posições de dominância perante o produto ou a lente fotográfica em que se privilegia o homem em primeiro plano e; seminudez como artifício de sensualidade ou atração física ao associar os corpos “quase nus” como resultado do consumo de suplementos alimentares. Conclui-se que a compra de suplementos alimentares se atrela ao consumo de imaginários ou representações sobre modos peculiares de “ser masculino”, o que limita a diversidade ou a pulverização de outras maneiras de se apresentar como homem.</p> 2024-03-20T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15539 Produções culturais na construção de modos de subjetivação gay cisgênera em diferentes gerações 2023-11-02T15:22:09+00:00 Luiz Henrique Coelho de Siqueira Teixeira psico.luizteixeira@gmail.com Benedito Medrado benedito.medrado@ufpe.br Túlio Vinícius Andrade Souza tulio.andrade09@gmail.com <p>Este artigo apresenta alguns resultados de pesquisa, de orientação qualitativa, cujo objetivo foi analisar entrelaçamentos de produções culturais na construção de modos de subjetivação gay, dialogando com pessoas de diferentes gerações. Partimos do pressuposto que em uma sociedade marcada por regimes de verdade cisheteronormativos, a produção de si se organiza a partir de regulações diversas e as produções culturais têm atuado, ao longo de gerações, como catalisadores e produtores estéticos de agenciamentos possíveis. Esta leitura é orientada a partir de uma lente epistemológica (pós)construcionista e nosso corpus de análise foi produzido a partir de narrativas produzidas com homens gays cisgêneros, residentes na Região Metropolitana do Recife, os quais foram organizados em dois grupos: (1) homens jovens que em 2021 tinha idade entre 18 e 24 anos; e (2) homens idosos que, no início da década de 1980 (quando se instituem os primeiros grupos organizados de luta homossexuais em Pernambuco) tinham entre 18 e 24 anos. A análise das práticas discursivas foi orientada a partir da construção de mapas dialógicos, a partir dos quais percebe-se, em linhas gerais, que a música se configura com função especial nas construções de si, seja na dimensão de reconhecimento por aquilo que se assemelha ao suposto eu, seja como espaço de apoio/refúgio para situações de violências, garantindo a possibilidade de livre expressão e de transgressão das normas impostas socialmente.</p> 2024-03-20T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15463 A bandeira dos Estados Unidos sobre a cultura brasileira 2023-11-21T14:01:31+00:00 Guilherme Sfredo Miorando guilhermesmee@gmail.com Daniela dos Santos Domingues Marino dsdomingues@hotmal.com <p><span style="font-weight: 400;">Os avanços nas discussões sobre representação e representatividade indígena nas produções culturais, pautadas pelos estudos decoloniais têm alcançado não só o feminismo, como também a cultura pop. Nesse sentido, é possível apontar a existência de certos estereótipos e tropos recorrentes em relação a grupos socialmente minorizados que costumam ser nocivos e preconceituosos, o que, a longo prazo, tem acarretado a fixação desses estereótipos e preconceitos no imaginário coletivo dos leitores e reforçado o senso comum de uma cultura dominante que foi construída sobre alicerces racistas, homofóbicos e misóginos, ou seja problemas denominados como estruturais. Por isso, ao elencarmos teóricos dos estudos culturais e dos estudos decoloniais, o que buscamos com esse artigo é indicar alguns dos estereótipos contidos da produção das HQs que apresentam a Yara Flor, a Mulher-Maravilha brasileira, e refletir sobre meios que ajudariam a reverter essas representações nocivas a partir da aplicação de metodologias como a PHC – Produção Horizontal de Conhecimento.</span></p> 2024-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15963 A importância das discussões de gêneros e sexualidades na educação: 2024-02-15T15:20:47+00:00 Adeilson de Paula adeilsondepaula@gmail.com <p>O presente artigo, derivado de uma pesquisa de mestrado acadêmico em Educação, tem como objetivo apontar as interferências e influências que o conservadorismo vem exercendo sobre as minorias da nossa sociedade e em especial contra as pessoas LGBTQIA+, uma vez que os principais ataques estão relacionados às políticas públicas e as questões de gênero e sexualidade na educação. Partindo do resgate de demandas voltadas às necessidades sociais das pessoas LGBTQIA+, enfatizamos a importância de políticas públicas assertivas, destinadas a esses grupos minoritários, afim de evitar e reduzir as violências diversas, que enfrentam diariamente. Marcadores sociais como gênero, sexualidade, classe, raça e etnia atravessam interseccionalmente os corpos dos grupos minoritários. Quanto a fundamentação teórica, nos embasamos nos estudos de gênero e sexualidade na educação, assim como o conceito de gênero como uma construção social e cultural defendida por Scott (1995), Bourdieu (1999) e Beauvoir (1967) e conservador indivíduo afeito a ideias e costumes antiquados, ultrapassados, manifestando-se contrário a quaisquer mudanças, pontuado por Sepulveda e Sepulveda (2016). Tivemos como principais resultados a percepção de que a religiosidade e convicção de políticos conservadores impedem a implementação de políticas públicas necessárias aos grupos vulneráveis, assim como, identificamos que através da educação é possível transformar as pessoas e consequentemente resultar em uma sociedade mais igualitária.</p> 2024-04-02T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16800 Os sentidos do envelhecimento: 2024-01-14T18:33:52+00:00 Thara Wells thara.wells@estudante.ufscar.br Kelen Christina Leite kelen@ufscar.br Viviane Melo de Mendonça viviane@ufscar.br <p>O objetivo deste artigo é analisar o sentido do envelhecimento nas narrativas de histórias de vida de mulheres transexuais e travestis na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. Especificamente, buscou-se apreender como essas mulheres constituem uma imagem de si na sociedade diante do processo de envelhecer, identificando e compreendendo, em suas narrativas, as sistemáticas estratégias de superação das condições de violência e de exclusão social e institucional a que são submetidas. A pesquisa fez uso da História Oral como perspectiva teórico-metodológica por possibilitar focar em memórias e vivências de mulheres transexuais e travestis. Foram entrevistadas quatro mulheres transexuais e travestis acima de 35 anos de idade, que vivem na cidade de Sorocaba-SP. Conclui-se que são muitas as adversidades e os desafios enfrentados por essas mulheres, mas também se ressalta a importância de políticas públicas e medidas que assegurem o pleno exercício de seus direitos ao longo de suas vidas, especificamente, na velhice.</p> 2024-06-21T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16044 "QUEM NÃO MARCHAR DIREITO, VAI PRESO NO QUARTEL" 2023-12-18T12:52:00+00:00 Kelyel Fortes de Resende Melo kelyelresende@gmail.com Elizangela Barbosa Cardoso elibcardoso@yahoo.com.br <p>Esse artigo trata do comportamento masculino articulado à violência em contexto de prisão militar, durante o período do governo de Ditadura e de transição Democrática. A fonte documental que servirá para a análise consiste, principalmente, de um processo penal militar, disponibilizado pela plataforma <em>Arquimedes </em>do Superior Tribunal Militar (STM) e pelo jornal alternativo <em>Lampião da Esquina</em>, marcador do Movimento Homossexual Brasileiro (MHB). Argumenta-se que o interdito cultural sobre as práticas sexuais é suspenso, em determinados contextos, e a violência torna-se manifestação de dominação masculina entre os demais homens em situação de cárcere.</p> 2024-06-25T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15959 Masculinidade hegemônica e as possibilidades de desconstrução no contexto escolar 2023-12-18T12:53:34+00:00 Ellie Cristina Silva Ribeiro elliecsribeiro@gmail.com Consuelena Lopes Leitão consuelena@ufam.edu.br Iolete Ribeiro da Silva ioleteribeiro@ufam.edu.br <p>Este artigo apresenta uma revisão integrativa que analisa o impacto da masculinidade hegemônica na relação professor/aluno no ambiente escolar. Os objetivos específicos são avaliar as possibilidades de desconstrução das masculinidades hegemônicas na dinâmica escolar e analisar estratégias e abordagens pedagógicas para a desconstrução da masculinidade hegemônica no contexto educacional. A revisão foi conduzida por meio da análise crítica de 20 artigos selecionados nas bases de dados SciELO, LILACS e na plataforma de periódicos da CAPES, provenientes de três buscas realizadas nos anos de 2021, 2022 e 2023. Os resultados evidenciam que as diversas formas de expressão das masculinidades são sujeitas a processos de exclusão e estigmatização no ambiente escolar, quando confrontadas com o modelo dominante e hegemônico. A disciplina escolar reproduz lógicas binárias de gênero, configurando-se como um espaço generificado, onde a não conformidade com as normas de gênero e sexualidade acarreta riscos de sofrimento e deixa marcas profundas nos sujeitos. O estudo enfatiza que os meninos enfrentam um processo doloroso de aceitação ao não corresponderem às expectativas da masculinidade hegemônica. Diante disso, ressalta-se a importância de desenvolver estratégias pedagógicas que promovam a desconstrução da masculinidade hegemônica, visando estabelecer relações mais igualitárias e saudáveis entre professores e alunos. Essas estratégias podem contribuir para criar um ambiente educacional que acolha a diversidade de expressões de gênero e promova a autonomia e a liberdade dos indivíduos.</p> 2024-05-22T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16059 Fundamentalismo Religioso e Antifeminismo 2023-08-14T22:45:02+00:00 Victoria Vicente Rodrigues Lopes lopesvvr@gmail.com Nilton Abranches Junior niltonabranches07@yahoo.com.br <p>O fundamentalismo religioso no Brasil como ação politizada cresce com entrada dos evangélicos na política. Estes vem mantendo postura reacionária ao debate de gênero e as políticas públicas destinadas às mulheres, a comunidade LGBTQIAPN+, negros e povos originários. Sob a imagem de um governo guiado pelos valores cristãos e em defesa da família tradicional, o movimento “Mulheres com Bolsonaro” surge em 2018 no Facebook, fazendo oposição ao “Mulheres unidas contra Bolsonaro”. Entendemos que a pauta antifeminista está embasada no discurso fundamentalista religioso que atua docilizando o corpo feminino e conferindo-lhes papéis de gênero que foram histórica e culturalmente enraizados pelo patriarcado. Para isto, realizamos uma revisão bibliográfica visando construir uma discussão sobre o Fundamentalismo religioso e a construção de papéis de gênero. Entendemos que o ciberespaço promoveu essas discussões no Brasil, para isso utilizamos as redes sociais para o processo de investigação dos grupos antifeministas no Facebook e sua atuação nas redes. O objetivo deste artigo consiste em expor esses discursos, em uma tentativa de compreender como ocorre o controle e a dominação do corpo feminino pelos fundamentalista.</p> 2024-05-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16255 Registros históricos sobre o uso de silicone industrial por travestis no Brasil 2024-03-28T15:54:58+00:00 Guilherme José Parisi guilherme.parisipsi@gmail.com <p>Frente à escassez de dados históricos sobre o problema de saúde pública relacionado à injeção clandestina de silicone industrial (SI) no corpo humano, o objetivo deste artigo foi levantar registros históricos sobre o uso de SI por travestis presentes em quatro reconhecidas pesquisas etnográficas realizadas no Brasil com essa população nas décadas de 1980 e 1990. A análise da pesquisa de Oliveira (1994) revela que, embora conhecido entre as travestis de Salvador, o SI não havia sido utilizado por nenhuma participante, à medida que ainda não estava disponível na região. Silva (1993) cita timidamente o SI e em nenhuma passagem indica que as participantes da pesquisa usaram o produto ou que este encontrava-se disponível na cidade do Rio de Janeiro. Único pesquisador que descreveu em detalhes uma sessão de aplicação do SI, Kulick (2008) é o autor que mais contribui com registros históricos sobre o recurso, amplamente usado pelas travestis do Pelourinho (Salvador). Benedetti (2005) indica amplo uso do produto pelas travestis de Porto Alegre, apresentando consideráveis informações sobre o uso do silicone na região. Os registros encontrados permitem contextualizar historicamente o uso de SI pelas travestis no Brasil, mas não são capazes de constituir um retrospecto histórico sobre o fenômeno.</p> 2024-05-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15831 Formação continuada de professores 2023-12-18T12:53:18+00:00 Rita Celiane Feitosa celianepsicologia@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">A formação continuada docente tem ocupado lugar de destaque nas pesquisas que elegem a construção de experiências ao longo da trajetória pessoal, profissional e acadêmica como objeto de estudo. O termo formação se insere como elemento de desenvolvimento profissional e de crescimento docente em seu trabalho pedagógico, colaborando para a construção da identidade de um professor (a) crítico, reflexivo e autônomo. Para tanto, o presente estudo objetivou analisar a formação continuada docente do Ensino Superior em relação as questões de gênero e sexualidade. </span><span style="font-weight: 400;">O problema da pesquisa está pautado no seguinte questionamento:</span> <span style="font-weight: 400;">Como tem ocorrido (qual a regularidade) a formação continuada docente no Ensino Superior? A formação docente tem envolvido as questões de gênero e sexualidade?</span><span style="font-weight: 400;"> Este trabalho caracteriza-se como uma revisão integrativa de literatura, descritivo e embasado numa abordagem qualitativa. A análise dos dados se deu a partir da técnica de análise de Conteúdo de Bardin (2011). Deste modo, os resultados apontaram que a formação continuada docente do Ensino Superior envolvendo as questões de gênero e sexualidade precisa ser ampliado e ainda, necessita que essa formação resulte no desenvolvimento de práticas educativas sensíveis e inclusivas no âmbito das questões de gênero e sexualidade. Ao discutir a formação continuada docente do Ensino Superior, as questões de gênero e sexualidade, e as implicações destas para o desenvolvimento de práticas educativas, faz-se importante na medida em que busca superar as concepções tradicionais e compreender saberes intrínsecos necessários à atividade docente, assim como o papel que os/as professores desempenha no contexto da temática ao assumir sua função social.</span></p> 2024-03-27T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/17407 Políticas da Vida: coproduções de saberes e resistências 2024-04-03T00:09:06+00:00 Bruna Andrade Irineu brunairineu@gmail.com Pablo Cardozo Rocon pablocardoz@gmail.com Moisés Alessandro Lopes sepolm@gmail.com Marcos Aurélio da Silva marcosaurelio@ufmt.br <p>Políticas da Vida: coproduções de saberes e resistências é o livro resultante das mesas e conferências do X CINABETH, realizado virtualmente entre março e maio de 2021.</p> 2024-04-03T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/17300 Ciência como meio e espaço de luta: sete anos da Revista Brasileira de Estudos da Homocultura 2024-03-12T13:09:41+00:00 Alexandre Bortolini bortolini.alexandre@gmail.com Bruna Andrade Irineu brunairineu@gmail.com Cello Latini Pfeil mltpfeil@gmail.com 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/17262 Conservadorismos e as questões de gêneros e sexualidades 2024-03-01T19:16:58+00:00 Amanda Mendonça amandademendonca@gmail.com Denize Sepulveda denizesepulveda@hotmail.com Jose Antonio Sepulveda jamsepulveda3@hotmail.com Renan Corrêa naner_rj@hotmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Na última década vivenciamos no Brasil um aumento dos conservadorismos em várias arenas da sociedade. Politicamente tivemos perdas de direitos das consideradas minorias sociais, motivadas principalmente por ações religiosas extremistas que foram apoiadas pelo governo federal. Tal questão se deu principalmente em relação às mulheres e às pessoas LGBTQIA+. Os 16 artigos e a entrevista presentes neste dossiê evidenciam como os embates em torno das questões de gêneros e sexualidades perpassam o Estado, o governo, instituições e práticas políticas, afetando, por exemplo, o funcionamento de políticas de educação, e colocando em risco o princípio da laicidade do Estado como pilar fundamental para o fortalecimento da democracia.</span></p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16163 “Deus, pátria e família” 2024-01-10T15:48:55+00:00 José Rodolfo Lopes da Silva jrodolfolopes@hotmail.com Marcio Caetano mrvcaetano@gmail.com <p>Com o avanço e recrudescimento da <em>cisheteropatriarcalidade</em>, um projeto de sociedade vem privilegiando um empreendimento moral, tornando diferentes sujeitos, a exemplo da população LGBTI+, bodes expiatórios de supostas desordens sociais. São investimentos que nos levam a refletir acerca do neoconservadorismo como um movimento que alicerça a tradição e a natureza das relações e desigualdades de gênero. Nessa perspectiva, nos aproximamos dos estudos foucaultianos de gênero e sexualidade a fim de problematizar a produção da memória e os mecanismos de marginalização e supressão de direitos LGBTI+. Nessa direção, o presente artigo tem como objetivo interrogar os modos como as memórias oficializadas (re)constroem, disputam e educam sobre as identidades político-sexuais LGBTI+ no contexto de recrudescimento do neoconservadorismo a partir de tensionamentos político-culturais decorrentes do governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. Nessa direção ainda que possamos reconhecer mudanças, também é possível perceber uma grande resistência por parte de setores neoconservadores que vêm buscando manter ficções como a defesa da família cisheteropatriarcal enquanto núcleo social de sustentação e segurança, no sentido de que a sociedade se dividiria em papéis inquestionáveis, naturais e necessários para manutenção de uma suposta ordem.</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16169 O MatematiQueer como lócus de resistência à escalada do conservadorismo e fomento à formação em gêneros, sexualidades e educação matemática 2023-11-14T00:34:47+00:00 Hugo dos Reis Detoni hugodetoni@gmail.com Luísa Cardoso Mendes luisamendesc@gmail.com Agnaldo da Conceição Esquincalha agnaldo@im.ufrj.br <p>Em tempos de ascensão do conservadorismo no campo político e social, tratar sobre gêneros e sexualidades no campo da educação (em especial, na Educação Matemática) torna-se um lugar de exposição. Por meios digitais, conservadories se sentem confortáveis para atacar pesquisas de caráter crítico, principalmente as oriundas de universidades públicas. Nesse contexto, o grupo de pesquisa e extensão MatematiQueer apresenta-se como um lócus de resistência a esse conservadorismo. Este artigo tem como principais objetivos (i) apresentar o grupo de pesquisa e extensão MatematiQueer: Estudos de Gênero e Sexualidade em Educação Matemática, alguns de seus pressupostos relativamente ao campo da Educação Matemática, bem como ações de formação e projetos desenvolvidos e (ii) expor e analisar os discursos mobilizados por aquelus que atacam os projetos de pesquisa e extensão do grupo – inclusive por parte de docentes do próprio instituto em que está sediado – tendo em vista o atual debate sobre “ideologia de gênero” e outras concepções socialmente difundidas sobre a Matemática. Ao final, reiteramos a importância da resistência do MatematiQueer no campo da Educação Matemática, preocupado com o ensino e a aprendizagem de uma disciplina vista por muitos como “neutra” e “apolítica”.</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16048 Diversidade sexual censurada nas escolas públicas: investidas conservadoras pelo controle moral na Educação 2023-10-10T14:34:05+00:00 Allan do Carmo Silva allandocarmosilva@gmail.com Pedro Pinheiro Teixeira pedro.teixeira@puc-rio.br <p>O artigo analisa a lei municipal 4576/16, do município de Nova Iguaçu (RJ), que visou proibir a divulgação de material didático contendo orientações sobre diversidade sexual nas escolas públicas. Considera-se nesta análise a forte influência de atores religiosos e conservadores nos processos decisórios em torno desta lei. Os estudos sobre o conservadorismo apontam para a tentativa de um controle moral conservador na educação. Dois modelos analíticos da teoria política foram mobilizados: o Modelo de Ambiguidade e Conflito e o Modelo de Coalizões de Defesa (MCD). Os dados analisados foram: a lei 4576/16, o projeto de lei que a originou, leis anteriores que se relacionam diretamente, ações judiciais, manifestos públicos, notícias na imprensa e postagens em redes sociais, além de entrevistas com atores favoráveis e contrários ao tema. A análise de conteúdo foi utilizada para a categorização das unidades temáticas. Com o modelo de ambiguidade e conflito, foi possível verificar que o texto da referida lei não dialogava com a legislação federal e foi gerador de conflitos após sua aprovação. O MCD permitiu a identificação de duas coalizões de defesa: uma conservadora e religiosa, outra progressista e laica. A coalizão conservadora religiosa defende que a “ideologia de gênero” representa uma ameaça à família tradicional e à inocência das crianças, tendo a família primazia na educação dos filhos. Já a coalizão progressista laica acredita que a escola deva combater preconceitos e violência por meio da educação, com liberdade para ensinar com base na pluralidade de ideias, sem estar vinculada aos padrões morais das famílias dos alunos. As conclusões apontam para uma proatividade de grupos conservadores, com apoio de religiosos, em pautas que visam um controle moral na escola, neste município e em outros entes federados, opondo-se aos avanços referentes aos direitos e ao reconhecimento de pessoas LGBTQIA+ na sociedade.</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16017 O Brasil no olho do furacão COVID-19 2023-08-18T01:28:36+00:00 Marcelle Medeiros Teixeira marcellemteixeira@gmail.com Reginaldo Rosa Soares rrsoares1@hotmail.com Dilton Ribeiro Couto Junior junnior_2003@yahoo.com.br <div><span lang="PT-BR">Este texto é um desdobramento de duas pesquisas de mestrado recentemente concluídas que foram desenvolvidas durante a pandemia de COVID-19, tendo como pano de fundo o cenário (necro)político brasileiro. A primeira pesquisa realizou um mergulho nas redes sociais Twitter e Facebook, cartografando episódios de barbárie marcados pelas <em>fake news</em> em tempos necropolíticos. A segunda investigou o (ciber)ativismo de um grupo de professores no Facebook em resposta às políticas de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. A cartografia <em>online</em> ancorada em aportes pós-estruturalistas subsidiou teórico-metodologicamente as duas pesquisas que acompanharam o fluxo informacional de internautas que fizeram das redes um verdadeiro <em>lócus </em>de mobilização política em tempos de COVID-19. Acompanhar a atuação das/os internautas nas diferentes redes sociais em resposta às ações (necro)políticas experienciadas na pandemia significou perceber o desejo coletivo por continuar defendendo a democracia brasileira. Reconhecemos ainda o importante papel das redes sociais como (mais) um campo de batalha na cibercultura. Como educadoras, continuamos apostando na potência do ciberespaço para um diálogo mais plural e aberto, convidativo à mobilização de sujeitos interessados na ampliação de suas vozes e lutas.</span></div> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16166 Quando mulheres-pesquisadoras se tornam alvos de discursos de ódio nas redes sociais? 2023-08-23T12:17:09+00:00 Rachel Pulcino rachelpulcino@gmail.com Anderson Ferrari anderson.ferrari@ufjf.br <p><span style="font-weight: 400;">Nosso interesse de problematização são os discursos de ódio que são direcionados, nas redes sociais, a mulheres-pesquisadoras. Este é um fenômeno atual, recente e candente que nos exige não somente combatê-lo, mas, sobretudo, produzir conhecimentos sobre suas condições de emergência e seus efeitos sobre os sujeitos, para colocar em discussão os processos de subjetivação em suas historicidades. Para isso, vamos partir de reportagens que noticiaram os ataques perpetrados a três mulheres-pesquisadoras, para pensar as relações de saber e de poder que estão organizando as violências atravessadas pelos gêneros. Nossas problematizações são inspiradas em Michel Foucault e Judith Butler, dois autores que influenciaram a perspectiva pós-estruturalista, na medida em que vão tomar os modos de subjetivação como fio condutor de suas pesquisas, argumentando que somos sujeitos de experiência, resultados de discursos atravessados por relações de poder.&nbsp;</span></p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16162 O discurso da doutrinação como uma red pill 2024-01-26T20:45:10+00:00 Renata Aquino renatacas@id.uff.br <p>Este artigo visa ensaiar uma análise do discurso da doutrinação a partir de três eixos principais. Primeiro, pretendo argumentar que o discurso da doutrinação levou a uma bifurcação entre a esfera pública dominante e um mundo paralelo, o qual se formou pela inversão dos valores que estruturam o público dominante – o mundo das instituições, da ciência estabelecida nas universidades e nos institutos de pesquisa, da relação entre sociedade e escola prevista na Constituição de 1988; nessa linha o pânico da doutrinação teria funcionado como uma <em>red pill</em> (pílula vermelha) para atrair a adesão a valores cada vez mais contrários àqueles que se acreditava terem sido hegemonizados após a redemocratização, gerando o que Cesarino (2022) chamou de um público antiestrutural (Cesarino, 2022). Segundo, entendendo a sua forma de funcionamento e difusão como um empreendedorismo político (Nunes, 2022), uma atualização das formas de fazer política para tempos profundamente neoliberais. Terceiro, como possuidor de uma dimensão sociotécnica que ainda carece de ser compreendida nos estudos sobre ele, encapsulada aqui no fenômeno nomeado por Marwick e boyd (2011) de colapso de contextos. A partir destes eixos, o artigo defende que o discurso da doutrinação foi central para o processo de desdemocratização do país, atualizando um argumento já feito em [autor], principalmente pelo seu papel na crise dos sistemas de peritos (Cesarino, 2021). Essa crise impacta desde as condições de trabalho de educadores/as até a relação entre conhecimento científico e políticas públicas. Por fim, o artigo aponta também para mais indícios de um impacto profundo da digitalização da vida sobre os processos de organização social da educação.</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16171 Pedagogias Feministas 2023-08-25T13:10:32+00:00 Jesica Baez baez.jesica@gmail.com Isadora de Freitas Oliveira isafreitas@gmail.com <p>Vivemos tempos difíceis onde direitos básicos há muito conquistados estão sendo questionados, muitas vezes com aval do próprio Estado. O avanço dos conservadorismos traz sérios riscos a manutençaõ desses direitos, especialmente para<br />populações historicamente oprimidas como as mulheres, negros, indígenas e dissidentes sexuais. As pedagogias feministas e as práticas de afiddamento se apresentam como alternativas de resistência no campo educacional. Utilizando esses aportes, o presente trabalho tem como objetivo discutir estes avanços no tocante à Educação Sexual<br />Integral, tendo o projeto Entre Elas como estudo de caso. Por meio de encontros extracurriculares, o Projeto oportuniza o debate sobre as relações sociais, em especial, as questões de gênero e as violências. Exemplo de pedagogia feminista, essas práticas funcionam como um andaime para a construção de um futuro sexuado mais justo. Esquivando-se de receitas ou respostas lineares, propõe-se a construção de uma genealogia de experiências e derivadas de imaginações por produzir.</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16040 A Ameaça Trans 2023-11-14T01:21:47+00:00 Gabrielle Weber gabrielleweber@usp.br Rafaela Ribas Lopes rafaelaribaslopes@usp.br Jacira CArrasco carrascojacira@usp.br Lupe Lima Pugliesi llimapugliesi@usp.br <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo tem como objetivo analisar a recente onda de ataques legislativos que, em escala global, ameaçam e já cerceiam a autonomia e os direitos da população trans. Traçamos um panorama abrangente dos projetos de lei propostos na Europa, Estados Unidos e América Latina com o intuito de contextualizar e identificar similaridades com os discursos que reverberam nas casas legislativas brasileiras. A partir dessa análise, emerge uma série de espantalhos argumentativos que não passam de um conjunto incendiário de afirmações contraditórias e sem nenhum respaldo científico com o intuito de incitar uma reação moralista e fomentar o discurso de ódio.&nbsp;</span></p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16024 A constituição de uma arena pública em torno da descriminalização do aborto no Brasil: 2023-10-06T12:53:01+00:00 Lorena Monteiro lorena.madruga@gmail.com Elizabete Patriota elizabetepatriota@gmail.com Carlos Vitor Pereira da Silva carlosvitor2012al@gmail.com Jonatha Vasconcelos Santos vasconcelos.jonatha@gmail.com <p>A ADPF nº 442 trata da descriminalização do aborto. A ADPF contou com muitas organizações como <em>Amicus Curiae</em> em seu julgamento. Com intuito de tipificar essas organizações e refletir a mobilização dos argumentos científicos e jurídicos apresentados analisou-se os pedidos de <em>Amicus Curiae</em> e buscou-se classificá-las em relação sua experiência, recursos e atores, assim como as evidências mobilizadas nos memoriais apresentados. Com esse objetivo categorizou-se as evidências mobilizadas para compreender o debate e diferenciá-las no campo das ideias. Concluiu-se que pode-se classificá-las em três grupos: a) organizações que compõem os movimentos feministas no Brasil, com ampla experiência em litigância no judiciário, entendidas como de “defesa dos direitos sexuais e reprodutivos” b) organizações religiosas, conservadoras e autointituladas “liberais”, inexperientes nesse tipo de processo judicial, e classificadas como de “defesa à vida do nascituro” e c) organizações de causas relacionadas aos direitos humanos com assessoria jurídica consolidada, e experiência de litigância estratégica internacional, classificadas como de “defesa dos direitos humanos”. Enquanto as organizações de defesa dos direitos humanos e dos direitos reprodutivos e sexuais baseiam seus argumentos em estudos empíricos, evidências dos países que descriminaram e decisões das Cortes internacionais, as de defesa à vida do nascituro, sustentam suas análises em revisões sistemáticas de literatura “nebulosas” e em estudos de organizações anti-aborto internacionais.</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15978 Sexualidade, Movimentos de Educação Contemporânea e Educação Física: 2023-08-18T01:29:34+00:00 Christiane Garcia Macedo christiane.macedo@univasf.edu.br Bruno de Oliveira e Silva brunooliveira2306@gmail.com Felipe Quintão de Almeida felipe.almeida@ufes.br David Kirk david.kirk@strath.ac.uk <p>Atualmente, alguns movimentos de educação em nível nacional têm sido formados para abordar, em particular, questões associadas à educação moral, sexual e de identidade de gênero. Partimos do pressuposto de que a educação física escolar é um componente curricular que trata do corpo e de suas práticas culturais. Assim, está ligada à cultura, à saúde e ao lazer. Possibilitando, aproximações e debates sobre gênero e sexualidade que perpassam este campo do conhecimento. O objetivo deste artigo é analisar dois discursos de movimentos educacionais contemporâneos (Escola sem Partido e Time for Inclusive Education) com foco nos discursos sobre questões LGBTQIAP+ no currículo escolar, buscando compreender as implicações para a educação física. Utilizamos os Estudos Culturais como base teórica e metodológica. Para nosso estudo, buscamos evidências das culturas dos dois movimentos analisados primeiro nos sites oficiais, depois em notícias de jornais e sites governamentais e textos acadêmicos sobre os movimentos. Também analisamos o currículo nacional de cada país. Os movimentos analisados aqui apontam a importância da escola na sociedade contemporânea como lócus de discussões e ações sobre questões LGBTQIAP+ e atuam especialmente no currículo e na formação e atuação dos professores.</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16167 Questões de gêneros e sexualidades na reforma do Ensino Médio: 2023-08-29T19:23:18+00:00 Rodrigo Cerqueira do Nascimento Borba rodrigocnb@gmail.com <p>Este artigo tem como objetivo discutir como a reforma do Ensino Médio tem se desdobrado no trabalho pedagógico com as questões relacionadas aos gêneros e às sexualidades no ensino de Biologia. Para isso, investiga de modo qualitativo os currículos mineiros, reunindo indícios relacionados às prescrições presentes em documentos oficiais e pensando implicações para a prática docente a partir das narrativas de dois professores da rede pública estadual. Sob o ponto de vista teórico, o trabalho se estrutura a partir de autoras e autores do campo do Currículo e da Educação em Ciências que possibilitam a construções de reflexões envolvendo o lugar e a potência das discussões relacionadas às diversidades sexuais e de gênero na disciplina escolar Biologia. Metodologicamente, foram pesquisadas informações e diretrizes existentes no Currículo Referência de Minas Gerais, nos planos de curso para a 1ª e 2ª série do Ensino Médio e no catálogo de disciplina eletivas elaborados pela Secretaria Estadual de Educação. Ademais, narrativas de professores de Biologia de escolas públicas mineiras produzidas por meio de entrevistas também serviram de substrato metodológico. A investigação aponta para movimentos que silenciam e apagam as questões de gêneros e sexualidades das prescrições curriculares, mesmo que haja trechos nos documentos oficias que sinalizem a importância e o valor dessas temáticas para a formação das juventudes. Por outro lado, os docentes entrevistados evidenciam um compromisso social, ético e político com esses debates ao reforçar seu incômodo com o panorama vigente e ao partilhar que têm planejado ações educacionais que ajudam essas questões a emergirem nos cotidianos escolares. Conclui-se que as políticas curriculares mineiras convergem com as de âmbito federal nesse tocante, mas que brechas estão sendo criadas pela docência para que a escola pública siga sendo um espaço democrático, acolhedor e inclusivo para todas as pessoas, inclusive nas aulas de Biologia.</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16060 Contra a Ideologia de Gênero! 2023-09-04T17:55:42+00:00 Bruna Quinsan Camargo brunaqcamargo@gmail.com <p>O artigo objetiva investigar os temas que motivaram os legisladores na Câmara dos Deputados do Brasil a discutir sobre o tema da "ideologia de gênero" durante a 55ª legislatura. O período analisado é marcado por uma reação conservadora moral que promoveu censura aos debates sobre gênero e sexualidade, especialmente nas escolas, como resposta ao ganho de legitimidade do movimento feminista e à promoção de políticas de reconhecimento por parte do Estado. O procedimento metodológico consiste na Análise de Conteúdo de discursos parlamentares e declarações de líderes religiosos das igrejas às quais os legisladores são afiliados. O desenvolvimento da pesquisa permitiu identificar cinco agrupamentos temáticos, a saber, temas sobre direitos de pessoas trans, mulheres cisgêneras e pessoas dissidentes sexuais; sobre a promoção ou desejo de censura na arte, na ciência e na mídia; assuntos relativos a uma suposta doutrinação na educação; declarações de apoio ao Impeachment de Dilma Rousseff; e relativos à campanha presidencial de Jair Bolsonaro.</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16043 Dissidências e diferenças de sexualidade e de gênero 2024-01-11T03:29:08+00:00 Alexsandro Rodrigues xela_alex@bol.com.br Ariane Celestino Meireles arianecelestinomeireles@gmail.com Alexandre Filordi de Carvalho afilordi@gmail.com Steferson Zanoni Roseiro dinno_sauro@hotmail.com <p>O artigo objetiva colocar em destaque conversas de professoras e crianças na intersecção entre o gênero e a sexualidade em busca da potência dos corpos livres do consenso como doença. Para tanto, articula o conceito de heteronorma e de brutalismo para explorar modos de resistência por intermédio de corporeidades de crianças dissidentes. Conforme evidencia, há um movimento incisivo na vida de amolar facas e apontá-las para os corpos em dissidência, indicando um ódio que é a um só tempo individual e coletivo. Todavia, a escola convida o leitor a não ver apenas os brutalismos. As crianças em dissidência não apenas existem, elas também fazem alianças, convocam o outro a se posicionarem. “Professora, o que é que a senhora fará para que isso não se repita novamente”, convoca uma criança. Assim, realça a importância do diálogo com as crianças, ressaltando como as crianças dissidentes são potências para escrita de outras histórias para além da heteronormatividade.</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16050 A ideologia de gênero como dispositivo bioético político: 2023-08-14T23:22:53+00:00 Henrique Rabello de Carvalho henriquerabello.dh@gmail.com Fabio Alves Gomes de Oliveira fagoliveira@id.uff.br <p><span style="font-weight: 400;">O presente trabalho tem por objetivo principal analisar como o crescimento da extrema direita no Brasil está diretamente vinculado à utilização da ideologia de gênero, que denominamos como um dispositivo bioético-político, capaz de se transformar e atualizar ao longo dos anos, congregando diversos discursos e atores em torno do combate à diversidade sexual e de gênero. Destaca-se, ainda, que esse fenômeno é observado no contexto dos avanços dos direitos LGBTI+ tanto no âmbito nacional quanto internacional. Nesse sentido, considerando que o campo da educação, das artes e dos direitos LGBTI+ se tornaram arena de disputas, na qual se evidencia a utilização da ideologia de gênero como dispositivo bioético-político, o presente trabalho busca analisar também como o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou-se uma instituição com atuação contramajoritária na garantia dos direitos LGBTI+ enquanto direitos humanos.</span></p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16019 Por que o cristianismo fundamentalista tem medo da sapatona aberrante? 2024-01-10T15:56:16+00:00 Jessica Tatiane felizardo jessicafelizardo12@yahoo.com.br Ana Paula Figueiredo Louzada paulalouzada27@gmail.com <p>O ensaio tem como proposta problematizar o discurso acerca do cristianismo fundamentalista e o discurso da extrema-direita. Ambos se forjaram na política, ocasionando um discurso em torno do falatório da ideologia de gênero. Anexamos uma carta-manifesto escrita no ano de 2021 por três pessoas sendo uma delas em condição de dissidente sexual e de gênero, na qual denunciam o conservadorismo de uma comunidade católica situada na periferia de Cariacica, Espírito Santo. A carta é um analisador (ferramenta da análise institucional), que dá abertura para a reflexão a respeito do modo como o cristianismo fundamentalista produz violência. Ao mesmo tempo, a carta é um arquivo de problematização das práticas e de resistência. Lançamos, também, indagações sobre como a igreja católica continua sendo um lugar de paradoxo, que prega “amor” e “ódio” entre fiéis. Em tempos de discursos de ódio e de fascismos, algumas vidas permanecem vulneráveis, sendo alvos de diversos ataques. A sapatona, como desvio de identidades, mobiliza a política do borramento e do incômodo à norma. É relevante ressaltarmos que, desde 1995, na Conferência Mundial da Mulher da Organização das Nações Unidas, o Vaticano questionou a existência da lésbica como ser humano de direito. Os grupelhos eclesiais haviam indagado se a lésbica seria mesmo mulher. O poder pastoral que vigia os corpos é o mesmo que prega a paz. Nessa perspectiva, o que esses discursos produzem como práticas sobre as existências dissidentes? É imprescindível destacarmos que o discurso fundamentalista propicia o fascismo, uma vez que faz o ódio ao outro ganhar força. Assim, o extermínio da população negra, a violência doméstica, o assassinato de mulheres cis e trans, e a lesbofobia são experiências que, acusadas por práticas conservadoras, são produzidas por discursos, que rogam seus apagamentos. Finalmente, o presente escrito lança um diálogo com Michel Foucault e Judith Butler a respeito das tecnologias de controle do poder pastoral e das vigilâncias dos gêneros e sexualidades, questionando, por fim: quando uma vida importa e quais pistas sobre práticas de resistências são possíveis pensar num tempo em que todos/as vigiam o CU do/a outro/a?</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/17517 A pornografia como campo de indagação queer/cuir e transfeminista 2024-04-25T16:06:48+00:00 Rosângela Fachel queerzonebr@gmail.com Virginia Guarinos Galan guarinos@us.es Sofia Otero-Escudero sotero@us.es <p><span style="font-weight: 400;">Neste texto propomos uma breve revisão e reflexão acerca do questionamento e da apropriação dos discursos pornográficos pelos artivismo feministas, </span><em><span style="font-weight: 400;">queer/cuir </span></em><span style="font-weight: 400;">e transfeminista, retomamos conceitos e debates teórico-críticos e artísticos. Para assim, contextualizar o campo de abordagem proposto pelo dossiê e, por fim, apresentar brevemente os textos que o compõem.</span></p> 2024-04-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15822 Para quando um quarto só seu? 2023-10-05T01:00:34+00:00 Laura Pacheco Jiménez laura.pacheco@eusa.es <p><span id="E202" class="qowt-font2-TimesNewRoman">Atualmente, as pesquisas sobre o consumo de pornografia por adolescentes estão em pleno andamento, porém, pouco se fala sobre as referências sexuais que a geração millennial recebe por meio da pornografia. Dentro dessa coorte demográfica, as menos estudadas são as pessoas do coletivo LGTBI+ e, dentre as letras, a L (lésbica) é a menos investigada e representada, sendo, portanto, o perfil demográfico da presente investigação. Por meio de um projeto exploratório e com teorias da análise audiovisual convencional relacionadas à representação e ao olhar, como </span><span id="E204" class="qowt-font2-TimesNewRoman">Mulvey</span><span id="E206" class="qowt-font2-TimesNewRoman"> (1988), De Lauretis (1992), </span><span id="E208" class="qowt-font2-TimesNewRoman">Zurian</span><span id="E210" class="qowt-font2-TimesNewRoman"> e </span><span id="E212" class="qowt-font2-TimesNewRoman">Herrero</span><span id="E214" class="qowt-font2-TimesNewRoman"> (2004), Berger (2012) ou </span><span id="E216" class="qowt-font2-TimesNewRoman">Colazzi</span><span id="E218" class="qowt-font2-TimesNewRoman"> (2014) este O objetivo deste O trabalho é, por um lado, rever os principais conteúdos audiovisuais a que as lésbicas milenares tiveram acesso na fase do seu despertar sexual e, por outro, analisar os vídeos lésbicos mais vistos na plataforma </span><span id="E220" class="qowt-font2-TimesNewRoman">PornHub</span><span id="E222" class="qowt-font2-TimesNewRoman"> para perceber o que está disponível para eles em sua maturidade sexual dentro do </span><span id="E224" class="qowt-font2-TimesNewRoman">mainstream</span><span id="E226" class="qowt-font2-TimesNewRoman">. Os resultados mostram uma presença masculina evidente nesses vídeos de duas formas: ou diretamente explícita na forma de personagens, ou implicitamente como o público masculino é o principal destinatário desses conteúdos, deixando assim a comunidade lésbica sem um espaço próprio para o seu prazer específico.</span></p> 2024-04-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15991 Pornografia é bem-estar e diversidade? 2023-10-05T13:27:21+00:00 Dionys Melo dos Santos dionys.melo@gmail.com <p style="text-align: justify; background: white; margin: 0cm 0cm 12.0pt 0cm;"><span style="color: #212529;">O objetivo principal do trabalho em tela é analisar criticamente os discursos da indústria audiovisual pornô brasileira contemporânea. Mais especificamente, este trabalho busca analisar o processo estratégico de incorporação de um discurso sobre diversidade e inclusão pelo mercado do entretenimento adulto convencional. Partindo de uma pesquisa empírica, realizada junto a produtores e realizadores da indústria pornográfica nacional por intermédio de entrevistas e participações em eventos voltados para o mercado pornô, como as feiras de negócios, <em>workshops</em> e festas, esta pesquisa encontra no conceito de <em>sexual wellness </em>(bem-estar sexual) um ponto chave no discurso de realizadores da área em um processo que visa aumentar engajamento e fomentar a desestigmatização do campo. Nos últimos anos a cadeia produtiva da indústria pornô vem passando por intensas transformações, principalmente, no que se refere a emergencia de produtores independentes que vendem seus conteúdos por meio de aplicativos. “Novos” corpos e desejos, novos consumidores. Inclusão e diversidade são processos fundamentais para o capitalismo contemporâneo, pelo menos no discurso, e no campo pornográfico não seria diferente.</span></p> 2024-04-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16234 Transpornografias 2023-10-05T01:03:53+00:00 Rafael Martins rafaelmartins@ufpi.edu.br Shara Jane Holanda Costa Adad shara_pi@hotmail.com Valdenia Pinto de Sampaio Araújo valdeniasampaio@gmail.com Lucivando Ribeiro Martins lucivandomartinsprof@ors.uespi.br Letícia Carolina Pereira do Nascimento lecarolpereira@gmail.com Pedro Victor Modesto Batista pedro.victor17@gmail.com <p>As sexualidades contra hegemônicas podem se manifestar de diversos modos artísticos, a produção audiovisual “<em>Bixa Travesty”</em> evidencia essas possibilidades. Nesse documentário, a hipersexualização da corpa travesti é usada ao avesso na medida em que as performances de Lina Pereira afirma sua corpa Travesti. Diante do cenário exposto, trazemos o conceito transpornografias para evidenciar as performances afetivas, sensuais e sexuais não-cisgêneras, suas rupturas ontológicas e desestabilizações do cisheterobrancosexismo por meio de referenciais do Transfeminismo (Viviane Vergueiro, 2015; Nascimento; Meneses, 2021; Sofia Favero, 2020). Temos como objetivo analisar as trasnspornografias da obra cinematográfica Bixa Travesty, desse modo, destacar as possibilidades de afirmação das corporalidades Trans frente aos padrões de gênero e sexualidade. No decorrer do trabalho, percebe-se que os agenciamentos da cisheterobrancosexualidade tentam interditar certas performances consideradas perversões, porém há insurgências frente a esses costumes naturalizados historicamente. Doravante, afirmamos que uma travesti feliz é uma revolução. Se a cisheterobranconormatividade quer nos adoecer e entristecer, seja por quadro depressivos Cistêmicos, pânico social ou isolamento, a alegria e o prazer Trans é uma máquina de guerra pela afirmação da vida (des)territorializada em novos caminhos.</p> 2024-04-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16226 “Agora eu sou piranha e ninguém vai me segurar” 2024-02-14T15:06:53+00:00 Ana Paula Garcia Boscatti anapaulagarciab@gmail.com Leticia Barreto leticia.barreto@uemg.br <p>Este trabalho versa sobre o que nomeamos de “piranhas ", um conjunto de práticas, formas de subjetivação e efeitos do poder dentro das esferas das feminilidades. Para isso, busca-se identificar algumas estratégias de disciplinamentos e práticas de si oriundas da relação entre pornografia, cultura de massa e medicalização. Por outro lado, procuramos propor uma “ética piranha” conflagrada por práticas de hibridismo. Deste modo, propomos construir caminhos analíticos que reivindicam para as piranhas um espaço de enunciação de si. Consequentemente, optamos por construir uma narrativa situada que pretende elaborar possibilidades teóricas ao tratar dos modos e de condições subjetivação dessas sujeitas como agentes políticos.</p> 2024-04-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16063 A única coisa que difere pornografia de erótico é a grafia. 2023-10-05T13:27:01+00:00 Christian Gustavo de Sousa thered@thered.com.br <p>Este artigo surge da minha pesquisa iniciada no mestrado e continuada no doutorado tendo como foco principal as artes das sexualidades, na qual busquei fazer uma análise crítica de como o CIS-tema de arte traz estas temáticas categorizando-as entre artes erótica e pornográfica e as problemáticas e violências que surgem junto com esta divisão. Neste texto, vou traçando os caminhos que me levaram a afirmar que a única diferença entre pornografia e erótico está na grafia destas palavras e a partir desta afirmação, proponho o conceito de Pornossexualigrafia para pensar as artes das sexualidades partindo de conceitos como contrassexualidade e pós-pornografia, assim como as definições de CIS-tema de arte numa conversa com a ideia de Dispositivo de arte.</p> 2024-04-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16221 Contrassexualidade ciborgue 2023-10-05T00:50:09+00:00 Hernani Guimarães hernaniguimaraesbh@gmail.com <p lang="pt-BR" align="JUSTIFY"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Este artigo aborda como a pornografia está presente na vivência gay segundo a experiência do próprio autor em seu recorte geracional. Apresenta uma breve história da pornografia segundo Paul B. Preciado e como esta impacta nossa cultura. Por fim aborda a relação entre humano e tecnologia através das ideias de Donna Haraway e seu conceito de ciborgue, como possibilidade libertária de reescritura do corpo através das mesmas tecnologias que o marcaram. Entendendo a escritura como <em>phármakon</em> da forma que coloca Derrida, aquilo que é antídoto e veneno ao mesmo tempo independente da administração ou dosagem.</span></span></span></p> 2024-04-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16052 Sempre desejada por mais que esteja errada 2023-10-05T00:56:47+00:00 Gabriela Bercht gabrielabercht@gmail.com Fernando Seffner fernandoseffner@gmail.com <p>O artigo tem como propósito ampliar as reflexões em torno do tema da pornografia, particularmente em sua interface com a cultura escolar. Partimos de um conjunto de dados, depoimentos docentes, excertos de documentos e relatos de movimentos de caráter autoritário, conservador e reacionário, para entender os modos pelos quais a pornografia produz pânico moral na cultura escolar. Tais informações são produto de pesquisa e da inserção da autora e do autor no ambiente da Educação Básica. A partir dessas informações iniciais, nos propomos abordar a pornografia com os conceitos e ideias particularmente de Michel Foucault e Paul Preciado, em direção à noção de uma Era Farmacopornográfica. Em sintonia com as proposições de Preciado, &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;entendemos que estamos experimentando uma fase de transição entre uma sociedade disciplinar, na qual o poder se concentra no controle das populações, e uma sociedade farmacopornográfica, caracterizada pelos processos de governo biomolecular (fármaco) e semiótico-técnico (pornô) da subjetividade sexual. Tais ideias são uteis para compreender a emergência da pornografia na regulação dos corpos infantis e juvenis na cultura escolar, bem como para pensar ações educativas.</p> 2024-04-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/17270 Um show pornô na universidade 2024-03-06T19:34:33+00:00 Laura Milano lauramilano3005@gmail.com Rosângela Fachel queerzonebr@gmail.com Victória Lunardi Bauken victoriabauken18@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Em 2015, uma intervenção performática pós-pornô realizada na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires (UBA) causou um alvoroço midiático que fez com que essas práticas artístico-políticas saíssem, por alguns dias, do espaço </span><em><span style="font-weight: 400;">underground</span></em><span style="font-weight: 400;"> transfeminista para estampar as capas dos principais jornais da Argentina. Este artigo analisa as formas como esse acontecimento midiático foi criado a partir de uma leitura da performance como um evento pornográfico e obsceno, ao mesmo tempo em que busca problematizar as tensões simbólicas articuladas em torno a esse evento e à sua forma de intervir sexualmente no espaço público universitário.</span></p> 2024-04-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/17258 “Podemos experimentar un diálogo entre el Avant Porn y el Onlyfans” 2024-04-08T20:43:17+00:00 Ilsa Wolf email@email.com Jose Alirio Peña Zerpa jaliriopz@gmail.com <p>José Alirio Peña entrevista a la curadora e investigadora Ilsa Wolf quien dirige una colección especializada en erotismo, pornografía, cine experimental y exploitation sobre disidencias sexuales y de género. La exposición <em>AVANT PORN. Pornografía gay experimental en la década de 1970,</em> presentada en la Wunsch Gallery, es el espacio y el pretexto para conversar sobre la labor como archivista y coleccionista que no se ancla en el aspecto historicista. Se hace énfasis en el Avant Porn de la década del setenta y la película que dio inicio a este movimiento: <em>Boys in the sand</em>. La entrevista es, también, una invitación para pensar sobre los, no muy claro, límites entre el cine under/experimental y el cine comercial, el futuro del arte en el cine porno y del cine porno en el arte. Justamente, en este entramado, surge una declaración por parte de la curadora: “Podemos experimentar un diálogo entre el Avant Porn y el Onlyfans”.</p> 2024-04-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/17320 Elementos pré-textuais 2024-03-16T12:39:00+00:00 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15888 Trabalho, vida e pesca de ostras 2023-10-31T13:10:32+00:00 Aua Cassama auacassama6@gmail.com <p>Este artigo visa trazer uma abordagem sobre as <em>mindjeris</em> (mulheres) <em>felupes </em>que pescam nos <em>tarrafis</em> (manguezais) do rio Cacheu, situado na aldeia ou vila São Vicente na Guiné-Bissau. Essas mulheres fazem parte da sociedade ou etnia <em>felupe</em>, que é um dos diversos grupos étnicos existentes no país. Em termos de trabalho, elas buscam os seus meios de subsistência por meio da pesca de ostras ou mariscos, especialmente, com o objetivo de serem tratadas e vendidas nos mercados e pontos de vendas dos mais diversos locais como a cidade de nome Bula e a capital Bissau. Para além disso é importante atentar para o universo de relações sociais que essas mulheres constroem, tanto na vila São Vicente como em outros locais do território guineense. No quesito metodológico, esta pesquisa foca numa perspectiva bibliográfica, fundamentalmente ao nível de discussões e análises teóricas de autores que já trabalham no tema e com base num debate sobre gênero e sociedade sob o guarda-chuva da sociologia do trabalho.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: sociedade <em>felupe</em>; <em>mindjeris</em> <em>felupes</em>; São Vicente; <em>tarafis</em>; sociologia do trabalho.</p> 2024-05-22T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/17025 Trazendo o Passado para Iluminar o Presente 2024-01-27T21:12:58+00:00 Lucas Melo Rodrigues de Sousa lucasmelors97@gmail.com <p>Em "The Boys in the Band," dirigido por Joe Mantello e disponível na Netflix, a trama se desenrola durante uma festa de aniversário na Nova York dos anos 60, onde um grupo de amigos gays se reúne. A atmosfera inicialmente festiva transforma-se em uma exploração intensa de questões cruciais, como identidade, aceitação e o constante desafio do estigma social.</p> 2024-03-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15797 De Matrix a Suzano 2023-11-23T14:06:46+00:00 Bruna Amato bu.producao@gmail.com Raquel de Barros Pinto Miguel raquelbarrospm@gmai.com <p><span style="font-weight: 400;">Neste artigo, tem-se por objetivo traçar e articular alguns elementos constitutivos dos chamados movimentos masculinistas - mais especificamente de grupos de celibatários involuntários (</span><em><span style="font-weight: 400;">incels</span></em><span style="font-weight: 400;">) -, procurando situar alguns de seus desdobramentos e efeitos no Brasil. Essa organização tem como premissa central o ódio às mulheres, que se estende também a minorias sociais vulnerabilizadas, constituindo-se como terreno fértil para a disseminação de discursos de ódio, violência de gênero e promoção de ideologias de extrema-direita. Apesar de serem movimentos articulados no que será explanado como manosfera, em ambiente online, procura-se demonstrar como seus discursos engendram modos de subjetivação contemporâneos e incitam práticas de violência, cuja capilaridade extrapola as premissas da liberdade de expressão, da integridade física e psicológica e da democracia.</span></p> 2024-04-02T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15897 Desafios da autonomia e autodeterminação das crianças intersexo perante a Resolução Nº 1664/03 do Conselho Federal de Medicina 2023-09-04T17:59:24+00:00 Marina Garcia Valadares melgvaladares@gmail.com Taisa Maria Macena de Lima taisamacena@yahoo.com.br Alexandre Gustavo Melo Franco de Moraes Bahia alexandre@ufop.edu.br <p>O trabalho objetiva analisar o exercício da autonomia pela pessoa intersexo frente à Resolução nº 1664/03 do Conselho Federal de Medicina Brasileiro (CFM), que dispõe sobre cirurgias corretivas em pessoas intersexuais. Pela inoperância do poder legislativo brasileiro na regulamentação da matéria, o CFM, ao editar a referida Resolução, impôs restrições aos direitos fundamentais e autonomia privada do indivíduo. Como objeto de estudo, será analisado o corpo como dominação da sociedade. Evidencia-se o papel da medicina e do direito como instituições que possuem controle sobre os corpos, principalmente no que tange à autonomia privada e liberdade do sujeito, ficando o intersexo à mercê de terceiros para expressar futuramente sua identidade. Embora a Constituição da República de 1988 tenha preponderado a dignidade da pessoa humana e autonomia privada, a Resolução restringe os direitos fundamentais e a autonomia privada ao realizar a cirurgia corretiva em bebês intersexo que, em razão da tenra idade, não possuem condição de se manifestar. Justifica-se a pesquisa na tentativa de exteriorizar os anseios que determinado grupo social sofre em razão dessas cirurgias serem, muitas vezes, irreversíveis. Demonstra-se a necessidade de a medicina emoldurar e inserir os indivíduos em uma sociedade binária. Sustenta que esses indivíduos sejam reconhecidos como detentores da dignidade da pessoa humana, eliminando cabalmente qualquer conceito patológico e corretivo que lhes é atribuído. Por meio deste problema, entende-se que a partir do momento em que o indivíduo não pode responder por si mesmo e é submetido por um procedimento invasivo como a cirurgia corretiva, é violada a sua capacidade de autoafirmação. Nesse sentido, a pesquisa visa a subversão da referida Resolução, posto que os direitos fundamentais são preponderantes e assegurados constitucionalmente. Sugere-se sua revogação por uma nova norma que contemple os princípios de autonomia e despatologização presentes em recente Provimento do CNJ sobre o tema. O método utilizado é o indutivo e os procedimentos metodológicos são as revisões bibliográficas congregadas na análise da legislação, doutrinas e artigos que trabalham o assunto.</p> 2024-04-02T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16841 Sexularismo 2023-12-14T14:27:16+00:00 Joan Scott jws@ias.edu Tradução: Mônica Saldanha saldcoelho.msc@gmail.com <p align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Este artigo apresenta a tradução do inglês ao português do capítulo “Sexularism: On Secularism and Gender Equality”, que compõe o livro “The Fantasy of Feminist History”, de Joan Wallach Scott, publicado em 2011 pela Duke University Press. O texto confronta a presunção colonialista de que o secularismo ocidental representaria a superação da desigualdade de gênero, operando com os pares binários do pensamento moderno para demonstrar que a desigualdade substantiva pode ser obscurecida, senão deliberadamente ocultada, por meio da narrativa progressista liberal. Scott nos leva desde a Revolução Francesa - expondo os modos por meio dos quais se constroem esses pares binários, recorrendo à noção de complementaridade hierárquica que delimita as fronteiras imaginárias entre o Ocidente secular e o Oriente teocrático, seu Outro - até uma das manifestações mais recentes desse exercício colonial: as leis que visam proibir o uso do véu islãmico, o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>hijab</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">, em nome de uma pretensa defesa da igualdade que, em seu cerne, reproduz as próprias estruturas hierarquizantes contra as quais se posiciona na superfície. Agência, diferença sexual e igualdade são alguns dos tópicos pelos quais Scott navega, explorando os paradoxos do secularismo e expondo seu caráter inegavelmente generificado.</span></span></p> 2024-06-05T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16300 'Nem com os saltos mais altos você está à minha altura' 2023-11-06T22:01:10+00:00 Iván Villanueva Jordán ivan.villanueva@upc.pe Tradução: Willian Henrique Cândido Moura willianmoura.tradutor@gmail.com Tradução: Natália Scalvenzi nataliascalvenzi@gmail.com <p>Esta é uma tradução do espanhol ao português brasileiro do artigo <em>“‘Ni con los tacones más altos estás a mi altura’: El dragqueenismo limeño y la transformación de capitales”</em>, publicado inicialmente como um capítulo do livro <em>Género en el Perú: nuevos enfoques, miradas interdisciplinarias</em> (Villanueva-Jordán, 2019). O texto traz, em um primeiro momento, a noção de <em>dragqueenismo</em>, termo conhecido no Brasil popularmente como drag ou arte drag, e de como essa prática difere de região para região, principalmente se compararmos o dragqueenismo estadunidense com o latino-americano, mais precisamente o de Lima, no Peru. A partir disso, através de entrevistas com drag queens, nos são apresentados três tipos de capital que vão além do capital econômico e que essas artistas precisam acumular para se diferenciarem das demais: o capital social, relativo aos contatos que elas possuem e às pessoas que elas conhecem; o capital cultural, relativo aos seus conhecimentos de mundo e às ferramentas que utilizam para expressá-los por meio de sua arte; e o capital erótico, relativo ao estereótipo feminino que está intrinsecamente ligado ao ser drag queen. Esses três capitais se entrelaçam de tal forma que, finalmente, formam um só: o capital simbólico, e é o acúmulo deste que realmente diferencia uma drag queen da outra, chegando a estabelecer até mesmo certa relação de poder entre elas.</p> 2024-04-25T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação.