Na sequência, o décimo artigo é de Cíntia da Silva Pacheco, Encaixamento
linguístico da ausência da concordância de gênero no português europeu e no
português brasileiro, que compara os dados de ausência de concordância de gênero no
português europeu escrito com a observação participante do português brasileiro em
diversos estilos, sendo possível, dessa forma, identificar que o fenômeno da variação da
concordância de gênero no sintagma nominal e no sintagma predicativo.
O décimo primeiro artigo, Mobile learning e zona de desenvolvimento
proximal: transformando o ensino e aprendizagem de línguas através da tecnologia
móvel, de Giselda dos Santos Costa, apresenta a interface entre linguagem e tecnologia.
O texto discute, apoiado em Vygotsky e seu conceito de zona de desenvolvimento
proximal, a potencialidade do uso do celular na interação do aluno versus aluno versus
professor no ensino e aprendizagem de língua inglesa como língua estrangeira.
Na esteira da relação professor e aluno, o décimo segundo artigo, Professores em
formação ou aprendizes de inglês? Identidade, complexidade e valores
compartilhados, apresenta a formação de professores como foco. Rafael Vetromille-
Castro e Gabriela Bohlmann Duarte analisam, pelo viés das teorias do Caos e da
Complexidade, um grupo de professores de inglês em formação no 6º semestre do curso,
interagindo em um blog, com vistas ao desenvolvimento da escrita e à sua atuação
docente, a fim de averiguar suas construções identitárias.
Outra faceta do fazer pedagógico de línguas, no décimo terceiro artigo,
Atividades de gramática no livro didático de língua estrangeira, Maria Fabiola
Vasconcelos Lopes, analisa a tipologia das atividades gramaticais reveladas no livro texto
buscando compreender de que forma as atividades de gramática são desenvolvidas no
livro didático de inglês.
Partindo para a relação entre língua e sociedade, o décimo quarto artigo, Uma
fotografia sociolinguística dos verbos botar, colocar e pôr em Alagoas, Ceará e Piauí
a partir de dados do ALIB, os autores, Cassio Murilio Alves de Lavor, Aluiza Alves de
Araújo e Rakel Beserra de Macedo Viana, buscaram descobrir, a partir de dados do Atlas
Linguístico do Brasil (ALiB), qual verbo é mais produtivo e quais variáveis linguísticas
e sociais podem influenciar seus usos.
Em termos sociolinguísticos, o décimo quinto artigo, Variação linguística entre
surdos negros e surdos brancos na ASL: desenvolvimento histórico, de Carla
Damasceno de Morais e Myrna Salerno Monteiro, abordou a segregação racial nos
Estados Unidos e as implicações para o surdo negro.
Por fim, o décimo sexto artigo, Estigma e preconceito na escola: relatos de
imigrantes, Sidney de Souza Silva e Heloísa Augusta Brito de Mello, por meio de um
estudo etnográfico, buscam provocar um debate sobre a discriminação e o preconceito no
contexto escolar, geralmente direcionados às minorias linguísticas e culturais. O pano de
fundo para as reflexões são relatos de imigrantes bolivianos que reportam eventos de
preconceito e discriminação em escolas na cidade de São Paulo, SP.