perpetrators of illicit acts. This fact does not depend on the severity of the evidence used for their
accusation. As the main conclusion, we confirm here how much the referencing process is relevant to the
production and to the manipulation of discourse.
Keywords: Noun phrases, referencing, discourse.
Resumen
En este trabajo, estudiamos la relación entre las expresiones nominales, el proceso de referencia y el
discurso en las noticias sobre los crímenes. Pretendemos estudiar el mecanismo por el cual el uso de tales
expresiones contribuye a la producción de significado y lectura de lo real. También pretendemos
investigar la manipulación del discurso de la prensa para juzgar, eximir o explotar la imagen de las
personas a las que se hace referencia en materia de delitos. Para ello, hemos seleccionado cinco textos
escritos publicados en el portal G1 y centramos nuestra atención en las expresiones nominales utilizadas
para referirnos a los autores de los crímenes y a sus víctimas. A través de nuestro estudio, hemos
identificado un tratamiento desigual de la construcción de la imagen de estos individuos, especialmente,
la imagen de los acusados de ser los autores de actos ilícitos. Este hecho no depende ni siquiera de la
severidad de las pruebas utilizadas para su acusación. Como conclusión principal, confirmamos aquí
cuánto el proceso de referencia es relevante para la producción y manipulación del discurso.
Palabras clave: Expresiones nominales, referencia y discurso
Introdução
Não é incomum encontrar obras escolares que tratam do processo de nomeação
ou de referência ao mundo real através da língua com um paradigma “simplificador”.
Obras de cunho gramatical normativo apontam o substantivo como a classe gramatical
por excelência para tal processo, como podemos ver no trecho seguir: “Tudo que existe
no mundo – ou que imaginamos existir – tem um nome: casa, escola, livros, Deus,
Brasil, amor, felicidade, fada, etc. Esse nome é justamente o substantivo (SACCONI,
1994, p. 54). O mesmo encontramos em obra mais recentemente publicada: “O
substantivo é a classe de gramatical que nomeia seres, qualidades, ações ou estados”
(CARVALHO; ROSADO, 2017, p. 8).
Dessa proposição, esses manuais passam para descrições de cunho formal da
classe em questão, caminhando para suas propriedades sintáticas, ou seja, as funções
que cumprem na constituição de uma oração ou sentença. Obras sobre “redações”
voltam ao tema do uso das expressões nominais para discorrer sobre aspectos como a
coesão e progressão textual. Esse tratamento ou é marcado por uma ausência de reflexão
de como por meio da linguagem construímos uma visão sobre o mundo ou, pior ainda,
por uma concepção que aposta na relação direta entre os nomes e as coisas, como se a
língua se limitasse a etiquetar um objeto ou dado real acessado de modo direto.