Nativa, Sinop, v. 11, n. 2, p. 192-199, 2023.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v11i2.14986
ISSN: 2318-7670
Regeneração natural de espécies comerciais em área submetida ao manejo
florestal em pequena escala no médio Amazonas
Fábio Balieiro DE GOES1, Adriene de Oliveira AMARAL1, Alisson Borges Miranda SANTOS1,
Kaline Fernandes MIRANDA1, Victor Alexandre Hardt Ferreira dos SANTOS1*
1Universidade do Estado do Amazonas, Itacoatiara, AM, Brasil.
*E-mail: vasantos@uea.edu.br
Submissão: 09/02/2023; Aceito em 21/06/2023; Publicado em 07/07/2023.
RESUMO: A investigação da regeneração natural após manejo florestal em pequena escala é crucial para a
compreensão dos impactos que a exploração florestal causa na estrutura e dinâmica da floresta. Neste estudo,
foi avaliada a regeneração natural de espécies comerciais exploradas em manejo florestal em pequena escala.
Para isso, vinte clareiras de exploração foram caracterizadas de acordo com o tamanho, abertura de dossel e
altura da floresta de borda. Em seguida, a regeneração natural foi diagnosticada a partir da identificação de
espécies comerciais (altura ≥ 1,3 m) em nove parcelas de 2 x 2 m. A associação entre a abundância e riqueza da
regeneração natural foi testada com correlação de Pearson. Foram encontrados 205 indivíduos, pertencentes a
42 espécies e 11 famílias. As espécies que comumente se repetiram foram Protium apiculatum, Protium decandrum
e Goupia glabra. A abertura de dossel esteve positivamente associada com a abundância e riqueza de espécies,
mas não com a composição de espécies. Portanto, existe uma abundante e diversificada regeneração de espécies
comerciais nas clareiras e; a disponibilidade de luz afeta positivamente a quantidade de mudas e espécies da
regeneração. No entanto, a composição de espécies nas clareiras não depende da disponibilidade de luz e deve
ser manipulada via plantio de enriquecimento.
Palavras-chave: área de clareira; disponibilidade de luz; espécies pioneiras.
Natural regeneration of commercial species in area submitted to small-scale
forest management in the middle Amazon
ABSTRACT: The investigation of natural regeneration after small-scale forest management is crucial for
understanding the impacts that logging causes on the structure and dynamics of the forest. This study evaluated
the natural regeneration of commercial species exploited in small-scale forest management. For this, twenty
logging gaps were characterized according to size, canopy opening and forest edge height. Then, natural
regeneration was diagnosed from the identification of commercial species (height 1.3 m) in nine 2 x 2 m
plots. The association between the abundance and richness of natural regeneration was tested with Pearson's
correlation. A total of 205 individuals were found, belonging to 42 species and 11 families. The species that
commonly repeated were Protium apiculatum, Protium decandrum and Goupia glabra. Canopy openness was positively
associated with species abundance and richness, but not with species composition. Therefore, there is an
abundant and diversified regeneration of commercial species in the gaps and the availability of light positively
affects the number of seedlings and species in regeneration. However, species composition in gaps does not
depend on light availability and must be manipulated via enrichment planting.
Keywords: gap area; light availability; pioneer species.
1. INTRODUÇÃO
A dinâmica florestal pode ser definida como o conjunto
de mudanças na estrutura e composição de uma floresta
quando exposta a distúrbios naturais ou antrópicos. Esses
distúrbios provocam a quebra de galhos e/ou a morte de uma
ou mais árvores, causando a abertura de clareiras no dossel
da floresta (NASCIMENTO et al., 2012). A abertura dessas
clareiras é acompanhada por alterações nas condições
ambientais no local, sendo a principal delas o aumento da
disponibilidade de irradiância (JARDIM et al., 2007), que
impulsionam o início dos processos dinâmicos da
regeneração natural, que são fundamentais para garantir a
renovação das florestas tropicais (PUIG, 2008).
A abertura das clareiras possibilita o aumento da
incidência da irradiância no sub-bosque da floresta, criando
ambientes de crescimento propícios à proliferação e
coexistência de diferentes espécies, promovendo um
aumento na diversidade geral de espécies na floresta
(HAMMOND et al., 2020). O fechamento das clareiras está
associado aos mecanismos de regeneração natural, tais como,
germinação das sementes no banco do solo ou de sementes
que chegaram após a formação da clareira; do banco de
plântulas ou da rebrota de plantas danificadas e do
crescimento lateral da copa de árvores ao longo da borda das
clareiras (WHITMORE, 1990). No entanto, a composição da
regeneração natural pode diferir entre clareiras devido a ação
De Goes et al.
Nativa, Sinop, v. 11, n. 2, p. 192-199, 2023.
193
de diferentes fatores, tais como, tamanho e forma das
clareiras e as respostas variadas das espécies à alteração no
ambiente (HAMMOND et al., 2020). Assim, o
conhecimento sobre a dinâmica de clareiras em florestas
tropicais é fundamental para compreender a restauração da
floresta, o manejo sustentável e a conservação dos
remanescentes florestais (MARTINS et al., 2012).
No entanto, ainda é um desafio para os planos de manejo
florestal em pequena escala conciliar os protocolos de
exploração madeireira com os processos de regeneração
natural de florestas tropicais (ZIMMERMAN; KORMOS,
2012), principalmente, a regeneração de espécies comerciais;
pois, o recrutamento dessas árvores é essencial para garantir
a sustentabilidade e a viabilidade operacional em longo prazo
do plano de manejo (FREDERICKSEN; PARIONA, 2002).
Diante disso, o estudo da regeneração natural é uma
importante ferramenta para obter informações sobre o
ingresso e sobrevivência de espécies que estão associados a
formação das clareiras em decorrência da exploração, entre
outras informações fundamentais para embasar as próximas
explorações madeireiras e as intervenções silviculturais
previstas nos planos de manejo (QUADROS et al., 2013). No
entanto, entender o processo de regeneração das espécies é
uma tarefa complexa, pois está relacionada às características
ecológicas das espécies e às condições ambientais (SANTOS
et al., 2015).
Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o
potencial da regeneração natural de espécies arbóreas de
interesse comercial em clareiras resultantes da exploração
madeireira seletiva e de impacto reduzido em manejo florestal
de pequena escala no médio Amazonas; e se as características
das clareiras afetam a abundância, riqueza e composição da
regeneração natural.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Área de estudo
O estudo foi desenvolvido em dois planos de manejo
florestal em pequena escala localizados no km 64 da rodovia
AM 363 (Estrada da Várzea), no município de Silves,
interior do estado do Amazonas (Figura 1). A propriedade I
possui uma área de manejo florestal de 87,3 ha, e a
propriedade II possui uma área de 75,8 ha. Nas duas
propriedades foram explorados 741 de madeira dos
planos de manejo no ano de 2020. As duas áreas foram
exploradas no ano de 2020, seguindo todas as normas e
procedimentos da resolução CEMAAM 007/2011 que
regulamenta os planos de manejo florestal sustentável em
pequena escala no estado do Amazonas.
Segundo o sistema de classificação de Koppen, o clima
da região é do tipo “Am”, tropical úmido, com temperatura
média anual de 26,7 ºC, com variação sazonal entre 25,9 ºC e
27,7 ºC (KOTTEK et al., 2006). A precipitação média anual
é estimada em 2.249,0 mm, com chuvas excessivas de janeiro
a maio (SILVA; RODRIGUES, 2003). O solo predominante
na área é o Latossolo Amarelo Distrófico, sendo um solo
muito argiloso com baixa fertilidade (SILVA; RODRIGUES,
2003).
A vegetação da região é a Floresta Tropical Densa, que
ocorre em dois ecossistemas distintos: o da Floresta das
Baixas Altitudes, ocupando os platôs Terciários e terraços de
aluviões antigos, onde são encontradas as espécies de
Angelim (Dinizia excelsa Ducke), Breu (Protium brasiliense) e
Abiu (Pouteria caimito Ruiz &Pav.), e o da Floresta
Submontana, que ocupa as áreas com médias a altas altitudes,
com a presença das espécies de Cardeiro (Scleronema micranthu
Ducke), Cumaru (Dipteryx odorata Willd), Louro (Octea
neesiana) e Tauari (Couratari guianensis Aubl) (GOELDI, 2008).
Figura 1. Localização da área de estudo.
Figure 1. Location of the study area.
2.2. Caracterização das clareiras
Primeiramente, as clareiras formadas pela exploração de
árvores foram caracterizadas de acordo com a área da clareira,
abertura do dossel, altura da floresta nas bordas e posição no
gradiente topográfico. Para caracterização, foram
selecionadas 20 clareiras, 10 em áreas de platô e 10 em áreas
de baixio. Para tanto, utilizou-se o mapa de exploração do
plano de manejo florestal para sortear as clareiras. Em
campo, com auxílio de um GPS, as clareiras foram
localizadas, verificada a sua posição na topografia (platô e
baixio) e identificadas com uma numeração de A1-A10
(clareiras localizadas no platô) e B1-B10 (clareiras localizadas
no baixio). O tamanho da clareira foi determinado a partir da
mensuração da distância radial em oito direções (norte, sul,
leste, oeste, sudeste, sudoeste, nordeste e noroeste) partindo
do centro, utilizando bússola e trena laser. A abertura do
dossel foi determinada com a utilização de um medidor de
dossel (Plant Canopy Imager CI-110, Cid Biosciense, WA
US). A partir do uso do medidor de dossel, foram tiradas três
fotografias hemisféricas, no centro de cada clareira, 2 m
acima do solo, em dias parcialmente nublados. As fotografias
foram analisadas no software próprio do medidor de dossel,
com ajustes de filtros de céu e vegetação, e limites de borda.
Para determinar a altura da floresta de borda foi
mensurada a altura em três pontos: árvore mais alta,
intermediária e mais baixa. A altura foi mensurada utilizando
um nível de Abney, coletando os dados de inclinação no topo
e base de cada altura e a distância horizontal do medidor até
a árvore.
2.3. Diagnóstico da regeneração natural
Para o diagnóstico da regeneração natural, foi realizada
uma amostragem nas clareiras para determinar a abundância
e riqueza de espécies arbóreas de interesse comercial
(espécies exploradas em 2020 e outras comumente
comercializadas na região).
Regeneração natural de espécies comerciais em área submetida ao manejo florestal ...
Nativa, Sinop, v. 11, n. 2, p. 192-199, 2023.
194
Para o inventário, foram marcadas nove parcelas de 2 x 2
metros em cada clareira, sendo uma parcela no centro, e as
demais nas direções Norte (N1 e N2), Sul (S1 e S2), Leste (L1
e L2) e Oeste (O1 e O2). Foram inventariados indivíduos
com altura superior à 1,3 metros, e as informações coletadas
foram: espécie, família e localização na parcela.
2.4. Análise estatística
Para o cumprimento do primeiro objetivo, os dados
foram reportados como média e amplitude dos valores de
riqueza de espécies e abundância de cada espécie por clareira.
Para o segundo objetivo, a associação entre a abertura do
dossel e a regeneração natural foi testada com análise de
correlação de Pearson. Para tanto, foram testadas as seguintes
associações: abertura do dossel vs área da clareira; abertura
do dossel vs altura da floresta de borda; abertura dossel vs
abundância de mudas da regeneração natural, abertura do
dossel vs riqueza de espécies da regeneração natural e
abertura do dossel vs composição de espécies da regeneração
natural. Para a associação da abertura do dossel com a
composição de espécies, os valores de ocorrência e
abundância, das 19 espécies de maior abundância nas
clareiras, foram sumarizados em um eixo de escalonamento
métrico não-dimensional (nMDS). As análises foram
realizadas no software livre R Development Core Team.
3. RESULTADOS
3.1. Caracterização das clareiras
Em relação a abertura do dossel, a clareira A1 foi que a
apresentou maior abertura de dossel com 50% de abertura,
enquanto a clareira A8 foi a que apresentou o menor valor de
abertura de dossel com 13% (Figura 2).
Foi observada uma relação positiva e significativa
(coeficiente de correlação de Pearson = 0,557) entre a
abertura do dossel e a área da clareira (Figura 3). Em clareiras
pequenas, com área entre 100 e 200 m², foi observado uma
abertura do dossel variando entre 13% e 24%, enquanto, em
clareiras grandes 400 a 500 , foi verificada uma abertura de
dossel média de 27%, porém com valores máximos de 50%.
Uma exceção foi a clareira B1, que apresentou um elevado
valor de área, porém reduzido valor de abertura do dossel.
Esse resultado pode ser consequência da posição dessa
clareira no gradiente topográfico, tendo em vista que ela
estava adjacente e na parte inferior de uma grande vertente.
3.2. Regeneração natural de espécies comerciais
Foram encontradas, regenerando nas clareiras de
exploração, mudas de 11 famílias botânicas, divididas em 42
espécies de interesse comercial, contabilizando um total de
205 indivíduos (Tabela 1). A família Burseraceae apresentou
o maior número de espécies (9), seguida das famílias
Lecythidaceae e Sapotaceae com 6 espécies, Fabaceae e
Lauraceae cada uma com 5 espécies; e as demais famílias com
1 a 3 representantes.
As clareiras apresentaram em média 2,56 indivíduos/m²,
e uma média de 1,44 espécies/m². As espécies Protium
apiculatum, Protium decandrum e Goupia glabra foram as espécies
que mais se destacaram entre as espécies comerciais
contabilizadas nas clareiras, representando 22,9, 14,6 e 4,88%
do total de indivíduos, respectivamente.
As clareiras apresentaram entre 3 e 27 indivíduos, com
exceção da clareira A8 que não apresentou nenhum indivíduo
de interesse comercial. A clareira A1 foi a que apresentou o
maior número de indivíduos, com 27 indivíduos pertencentes
a 8 espécies, sendo P. apiculatum a espécie dominante nessa
clareira. Em contrapartida, a clareira B2 foi a que apresentou
o menor número de indivíduos, sendo representada por 3
indivíduos de 2 espécies.
As espécies exploradas nas duas áreas de manejo no ano
de 2020 totalizaram 10 espécies, destas somente Angelim
Rajado (Zygia racemosa), Cardeiro (Scleronema micranthum),
Cupiúba (Goupia glabra) e Itaúba (Mezilaurus itauba) foram
encontradas regenerando nas áreas de clareira estudadas
(Tabela 2).
Figura 2. Foto hemisférica das clareiras ilustrando a abertura do
dossel.
Figure 2. Hemispherical photo of gaps illustrating canopy openness.
Tabela 2. Espécies comerciais exploradas em 2020 e a abundância
de indivíduos encontradas regenerando nas clareiras dois anos após
a colheita.
Table 2. Commercial species exploited in 2020 and the abundance
of individuals found regenerating in gaps two years after harvest.
Família
Espécie
Abundância
Apocynaceae
desmanthum
-
Fabaceae
Bowdichia nitida
-
Dipteryx odorata
-
Hymenolobium petraeum
-
Zygia racemosa
9
Goupiaceae
Goupia glabra
10
Lauraceae
Licaria aritu
-
Mezilaurus itauba
3
Ocotea neesiana
-
Malvaceae
Scleronema micranthum
9
De Goes et al.
Nativa, Sinop, v. 11, n. 2, p. 192-199, 2023.
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Tabela 1. Número total de mudas e abundância relativa das espécies de interesse comercial encontradas regenerando nas clareiras de
exploração.
Table 1. Total number of seedlings and relative abundance of species of commercial interest found regenerating in exploration gaps.
Família
Espécie
Abundância
Abundância Relativa
Burseracea
Protium apiculatum
Swart
47
22,93
Protium decandrum
(Aubl.) Marchand
30
14,63
Protium giganteum
Engl.
3
1,46
Protium heptaphyllum
(Aubl.) Marchand
4
1,95
Protium spruceanum
(Benth.) Engl.
9
4,39
Protium strumosum
Daly
1
0,49
Protium subserratum
(Engl.) Engl.
7
3,41
Tetragastris panamensis
(Engl.) Kuntze
2
0,98
Trattinnickia glaziovii
Swart
6
2,93
Caryocaraceae
Caryocar glabrum
(Aubl.) Pers.
2
0,98
Caryocar villosum
(Aubl.) Pers.
1
0,49
Fabaceae
Swartzia corrugata
Benth.
1
0,49
Tachigali micropetala
(Ducke) Zarucchi & Pipoly
1
0,49
Tachigali
paniculatum
Aubl.
1
0,49
Tachigali venusta
Aubl.
1
0,49
Zygia racemosa
(Ducke) Barneby & J.W.Grimes
9
4,39
Goupiaceae
Goupia glabra
Aubl.
10
4,88
Humiriaceae
Sacoglottis mattogrossensis
Malme
1
0,49
Lauraceae
Aniba hostimaniana
(Nees) Mez
1
0,49
Aniba panurensis
(Nees) Mez
1
0,49
Licaria chrysophylla
(Meisn.) Kosterm.
1
0,49
Mezilaurus itaúba
(Meisn.) Taub. exMez
3
1,46
Ocotea matogrossensis
Vattimo
1
0,49
Lecythidaceae
Eschweilera atropetiolata
S.A.Mori
3
1,46
Eschweilera
coriácea
(DC.) S.A.Mori
2
0,98
Eschweilera grandiflora
(Aubl.) Sandwith
5
2,44
Eschweilera tessmannii
R.Knuth
1
0,49
Eschweilera truncata
A.C.Sm.
5
2,44
Eschweilera wachenheim
(Benoist) Sandwith
1
0,49
Malvaceae
Scleronema micranthum
(Ducke)
Ducke
9
4,39
Moraceae
Brosimum guianense
(Aubl.) Huber ex Ducke
2
0,98
Brosimum potabile
Ducke
2
0,98
Helicostylis tomentosa
(Poepp. &Endl.) J.F.Macbr.
9
4,39
Myristicaceae
Iryanthera lancifolia
Ducke
2
0,98
Virola michelii
Heckel
5
2,44
Virola molíssima
(A.DC.) Warb.
4
1,95
Sapotaceae
Chrysophyllum amazonicum
T.D.Penn.
3
1,46
Chrysophyllum sanguinolentum
spp
. balata
(Ducke) T.D.Penn
.
2
0,98
Chrysophyllum sanguinolentum
spp.
Spurium
(Ducke) T.D.Penn
.
4
1,95
Pouteria
macrophylla
(Lam.) Eyma
1
0,49
Pouteria reticulata
(Engl.) Eyma
1
0,49
Pouteria vernicosa
T.D.Penn.
1
0,49
Total
205
3.3. Efeito da abertura do dossel na regeneração natural
Foi constatado uma correlação positiva entre a
abundância de mudas e abertura de dossel (coeficiente de
correlação de Pearson = 0,69; Figura 4). Foi observado que
com o aumento da abertura do dossel nas clareiras, aumenta
também a abundância de mudas de espécies de interesse
comercial regenerando naturalmente. A espécie Goupia glabra
e as espécies do gênero Protium se favoreceram dessa abertura
do dossel, pois são espécies que se desenvolvem melhor com
os altos índices de irradiância no interior da clareira.
Foi observada associação entre a riqueza de espécies e a
abertura do dossel (coeficiente de correlação de Pearson =
0,503; Figura 5). A riqueza de espécies de interesse comercial
aumenta em clareiras maiores.
A altura média da floresta de borda não apresentou
correlação positiva com a abertura do dossel (Coeficiente de
correlação de Pearson = 0,229; Figura 6). Esse resultado
mostra que a altura da floresta de borda não influenciou, para
as condições estudadas, a abertura do dossel; embora tenha
existido uma tendência, não significativa, de redução da
abertura do dossel conforme aumento da altura de borda da
floresta na clareira. A expectativa de redução da abertura de
dossel conforme altura da floresta de borda se deve à maior
sobreposição do céu pelas árvores no horizonte de 180° da
fotografia hemisférica.
A composição florística das clareiras, sumarizada pelo
eixo multivariado (nMDS) não esteve associada com a
abertura do dossel de maneira significativa (Coeficiente de
correlação de Pearson = 0,334; Figura 7).
4. DISCUSSÃO
Dois anos após a exploração florestal, verificou-se que as
condições ambientais condicionadas pela abertura das
clareiras contribuíram para a regeneração de espécies
comerciais. No entanto, essas mudanças ocasionadas pela
exploração florestal, como quantidade de luz que penetra no
dossel, podem favorecer algumas espécies em detrimento de
outras, como é o caso das espécies P. apiculatum e P. decandrum
que foram predominantes na maioria das clareiras estudadas.
Regeneração natural de espécies comerciais em área submetida ao manejo florestal ...
Nativa, Sinop, v. 11, n. 2, p. 192-199, 2023.
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Figura 3. Dispersão da associação entre abertura do dossel e área da
clareira.
Figure 3. Scatter plot of the association between canopy openness
and gap area.
Figura 4. Dispersão da associação entre abundância de espécies e
abertura do dossel.
Figure 4. Scatter of the association between species abundance and
canopy openness.
Figura 5. Dispersão da associação entre riqueza de espécies e
abertura do dossel.
Figure 5. Scatter of the association between species richness and
canopy openness.
Figura 6. Dispersão da relação entre altura média da floresta de
borda e abertura do dossel.
Figure 6. Scatter plot of the relationship between the average height
of edge forest and canopy openness.
Figura 7. Dispersão da associação entre abertura do dossel e a
composição de espécies representada pelo eixo do escalonamento
métrico não-dimensional (nMDS).
Figure 7. Scatter of the association between canopy openness and
species composition represented by the non-dimensional metric
scaling axis (nMDS).
Os altos índices de irradiância nas clareiras, oriundos da
abertura do dossel, favoreceram a regeneração dessas duas
espécies de Protium que se desenvolvem melhor em
ambientes com alta luminosidade, assim como, a espécie
Goupia glabra, que é heliófila e abundante em clareiras com
alta disponibilidade de luz (MORY; JARDIM, 2001). Goupia
glabra é uma espécie que produz madeira de elevado valor
econômico, sendo uma das espécies mais comercializadas na
Amazônia (IBAMA, 2019); portanto, a condução da
regeneração natural dessa espécie é fundamental para que em
explorações futuras a espécie esteja presente em abundância
e com volume adequado.
A ocorrência de 42 espécies de interesse comercial nas
clareiras foi superior ao número de espécies encontradas por
Scotti (2020), que verificou nove (09) espécies de valor
madeireiro na regeneração natural de uma área de manejo,
indicando que os distúrbios da exploração florestal criam
ambientes adequados para regeneração de espécies
comerciais, exceto quando os impactos são severos
(SCHWARTZ et al., 2017). Costa et al., (2008) destacam que
independente das características intrínsecas das espécies
(grupo ecológico, fatores genéticos etc.), a entrada de luz
através do dossel descontínuo em clareiras estimula um bom
crescimento de todas as espécies, principalmente, das
espécies de rápido crescimento que respondem
positivamente à luz, aumentando as taxas de recrutamento e
a velocidade de desenvolvimento das plântulas
(TURCHETTO et al., 2015).
Nossos resultados para a riqueza e abundância foram
semelhantes a outros estudos na Floresta Amazônica, que
também encontraram um maior número de espécies de
regeneração natural pertencentes as famílias Burseraceae e
Lecythidaceae (JARDIM; QUADROS, 2016; LIMA FILHO
et al., 2002). Isso destaca as famílias Burseraceae e
Lecythidaceae como parte importante da estrutura e
diversidade de florestas úmidas em muitas partes dos
trópicos, com a família Burseraceae, por exemplo,
contribuindo com mais de 100 espécies na Amazônia (DALY
et al., 2012).
Entre as espécies que foram exploradas nos dois planos
de manejo florestal de pequena escala no ano de 2020, apenas
quatro (04) foram encontradas regenerando nas clareiras e
com uma abundância extremamente baixa quando
De Goes et al.
Nativa, Sinop, v. 11, n. 2, p. 192-199, 2023.
197
comparada com as duas espécies de Protium mais abundantes
nas clareiras. Esse achado somado com resultados de outros
estudos em florestas tropicais reforça a evidência de que a
regeneração natural de espécies comerciais na Amazônia,
embora abundante, é, na maioria das vezes, insuficiente para
repor o estoque de madeira em futuros ciclos de corte com
as mesmas espécies exploradas no primeiro ciclo
(SCHWARTZ et al., 2017; D’OLIVEIRA; RIBAS, 2011). E,
mesmo que existam plântulas, muitas espécies morrem com
a abertura das clareiras devido ao estresse por alta irradiância,
danos mecânicos e competição com espécies pioneiras de
rápido crescimento. A baixa abundância na regeneração
natural das árvores que foram colhidas no manejo pode estar
relacionada ainda, a raridade dessas espécies, a sua
distribuição com densidade baixa e escassez de indivíduos
reprodutivos (GOMES et al., 2021), podendo ocasionar a
redução dessas espécies em ciclos de corte futuro.
Alguns autores, como Schwartz et al., (2017) e Gomes et
al., (2021), tem observado que a manutenção de 10% dos
indivíduos das espécies exploradas com DAP acima de 50
cm, tem se mostrado uma medida pouco eficiente para
garantir a regeneração natural das espécies comerciais
exploradas, sendo necessário a adoção de outras técnicas,
como o plantio de mudas (SCHWARTZ et al., 2013).
Portanto, nas clareiras de exploração em manejo florestal de
baixo impacto, do presente estudo, devem ser realizados
tratamentos silviculturais para conduzir a regeneração natural
e introduzir novas espécies aumentando a densidade e
diversidade de mudas, via plantio de enriquecimento.
A abundância e riqueza da regeneração de espécies
comerciais foi positivamente correlacionada com a abertura
do dossel (Figura 4 e 5), reforçando as afirmações de
d’Oliveira, (2009) que em seu estudo constatou que a
abundância de espécies aumenta com a abertura do dossel,
porém apenas para aberturas acima de 30%. No início da
abertura da clareira, a abundância e riqueza de espécies tende
a ser maior, devido, principalmente, aos maiores níveis de luz
que chega no seu interior; em grandes clareiras esses níveis
de luz são mais altos e compostos por maiores proporções de
comprimento de ondas fotossinteticamente ativos do que em
pequenas clareiras, favorecendo o estabelecimento,
desenvolvimento e sobrevivência de plântulas
(d’OLIVEIRA; RIBAS, 2011; TURCHETTO et al., 2015).
Assim, pequenas clareiras favorecem o crescimento de
regeneração avançada, como é o caso de plântulas ou mudas
estabelecidas antes da formação da clareira, enquanto as
clareiras grandes favorecem as espécies que formam banco
de sementes (BAZZAZ; PICKETT, 1980).
No presente estudo, a clareira A8 não apresentou
regeneração de espécies comerciais e esse fato pode estar
relacionado a menor irradiância no interior da floresta, uma
vez que essa clareira apresentou a menor abertura de dossel
(13%), portanto, as sementes presentes no solo não tiveram
o estímulo luminoso para germinar e se estabelecer. Assim,
pode-se afirmar que quanto maior a abertura do dossel,
melhor será para a regeneração, e que a correta exploração
favorece a regeneração de espécies comerciais. No entanto, o
predomínio de algumas espécies pode comprometer, em
longo prazo, a manutenção das demais populações arbóreas
de interesse comercial, indicando a necessidade de adoção de
tratamentos silviculturais para assegurar a sustentabilidade.
5. CONCLUSÕES
As clareiras ocasionadas pela exploração florestal criam
ambientes adequados para regeneração de espécies
comerciais, no entanto, essa regeneração pode ser
desequilibrada entre as espécies. A regeneração em massa de
Protium apiculatum e Protium decandrum estão associadas aos
altos índices de irradiância em algumas clareiras. Plantios de
enriquecimento podem ser uma alternativa para equilibrar a
regeneração das espécies comerciais. A abertura do dossel e
a área da clareira tem influência direta na regeneração; pois
quanto maior, melhor será a abundância e riqueza de espécies
comerciais. No entanto, deve existir um limite para que a área
de clareiras seja grande o suficiente para promover a
regeneração natural, mas que não comprometa a provisão de
serviços ecossistêmicos e não estimule a abundância de
espécies pioneiras de rápido crescimento que podem
comprometer o estabelecimento e crescimento das espécies
comerciais.
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199
Agradecimentos: Os autores agradecem à dona Maria Izabel de
Oliveira Amaral, Joaquim Figueiredo Amaral e Donizeti Lopes, por
conceder a área de execução da pesquisa. O autor correspondente
agradece à Universidade do Estado do Amazonas pela bolsa de
produtividade acadêmica concedida durante a pesquisa.
Contribuição dos autores: FBG - análise estatística, redação
(rascunho original), metodologia, coleta de dados. AOA, ABMS,
KFM - metodologia, coleta de dados, análise estatística, redação
(revisão e edição). VAHFS - conceituação, obtenção de
financiamento, metodologia, coleta de dados, análise estatística,
administração, supervisão e redação (rascunho original). Todos os
autores leram e concordaram com a versão publicada do manuscrito
Financiamento: FAPEAM pelo auxílio financeiro concedido via
Programa Estratégico de Desenvolvimento do Setor Primário
Amazonense Edital N. 008/2021 - PROSPAM/FAPEAM.
Revisão por comitê institucional: Não se aplica.
Comitê de Ética: Não se aplica.
Disponibilização de dados: Os dados da pesquisa podem ser
disponibilizados. Por gentileza, solicitar via e-mail
vasantos@uea.edu.br
Conflito de Interesse: Os autores declaram que não existem
conflitos de interesse com outros pesquisadores ou instituições.