Nativa, Sinop, v. 10, n. 4, p. 585-594, 2022.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v10i4.14146 ISSN: 2318-7670
Incubação de calcário finamente moído e características químicas
do solo sob cultivo de soja e milho
Anderson LANGE1*, Mauro José ZAMBIASI JÚNIOR1, Edilson CAVALI2,
Cassiano Spaziani PEREIRA1, Onã da Silva FREDDI1
1Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Universidade Federal de Mato Grosso, Sinop, MT, Brasil.
1Instituto de Defesa Agropecuária, Matupá, MT, Brasil.
*E-mail: paranalange@hotmail.com
(ORCID: 0000-0002-2518-1915; 0000-0001-9923-7136; 0000-0003-0824-0861; 0000-0002-2001-697X; 0000-0002-1617-6954)
Submetido em 15/07/2022; Aceito em 05/12/2022; Publicado em 20/12/2022.
RESUMO: Estudou-se as modificações químicas no solo e o comportamento da soja e do milho decorrente
da aplicação de doses de calcário calcítico e dolomítico finamente moído. O experimento ocorreu em vasos de
10 dm³ em esquema fatorial 2x4 com quatro repetições, cujos tratamentos consistiram em dois calcários
(calcítico e dolomítico) e quatro doses: 0,0; 3,0; 6,0; 9,0 t ha-1. O solo foi incubado e amostrado aos 90, 200 e
300 dias. Aos 90 dias de incubação semeou-se a soja e colhida no final do ciclo. Em sequência semeou-se o
milho, o qual também foi colhido. Os resultados mostraram que as doses crescentes de calcário influenciaram
todas as variáveis do solo e das plantas com efeito linear ou quadrático; os teores de cálcio, magnésio, suas
saturações na CTC e a relação Ca:Mg foram afetadas em função do maior teor de cada nutriente no respectivo
corretivo e a aplicação de calcário finamente moído elevou saturação de bases para valores próximos do valor
calculado nas menores doses, não chegando ao valor desejado apenas na dose de 9,0 t ha-1, atingindo o pico de
reação aos 90 dias, decaindo a partir desta data
Palavras-chave: incubação; calcário; reatividade; PRNT.
Incubation of finely ground limestone and soil chemical characteristics
under cultivation of soy and corn
ABSTRACT: The chemical changes in the soil and the behavior of soybean and corn resulting from the
application of doses of finely ground calcitic and dolomitic limestone were studied. The experiment was carried
out in 10 dm³ pots in a 2x4 factorial scheme with four replications, whose treatments consisted of two
limestones (calcitic and dolomitic) and four doses: 0.0; 3.0; 6.0; 9.0 t ha-1. The soil was incubated and sampled
at 90, 200 and 300 days. At 90 days of incubation, the soybean was sown and harvested at the end of the cycle.
Next, corn was sown, which was also harvested. The results showed that the increasing doses of lime influenced
all soil and plant variables with a linear or quadratic effect; the levels of calcium, magnesium, their CEC
saturations and the Ca:Mg ratio were affected due to the higher content of each nutrient in the respective
corrective and the application of finely ground limestone increased base saturation to values close to the value
calculated at the lowest doses. , not reaching the desired value only at the dose of 9.0 t ha-1, reaching the reaction
peak at 90 days, decreasing from this date.
Keywords: incubation; limestone; reactivity; PRNT.
1. INTRODUÇÃO
A produtividade das culturas agrícolas do Cerrado é
limitada por praticamente todos os atributos químicos do
solo, determinados na análise, como acidez excessiva,
deficiência dos nutrientes P (fósforo), K (potássio), lcio
(Ca), magnésio (Mg) e micronutrientes, além da toxidez por
Al (alumínio), e a aplicação de corretivos da acidez é
imprescindível para que os fertilizantes aplicados entreguem
respostas (MALAVOLTA, 1989). Os corretivos podem ser
escolhidos conforme seus teores de cátions acompanhantes
(Ca e Mg) ou pela granulometria, o que se traduz no seu
poder de neutralização.
No norte de Mato Grosso estão disponíveis o calcário
calcítico com teor médio de MgO de < de 5% e CaO 40%, o
calcário dolomítico com teor médio de MgO de 20% e CaO
28% e o magnesiano com teor médio de MgO de 11% e CaO
37%. Segundo a literatura, a taxa de reatividade é calculada
em relação a porcentagem do corretivo que reage em um
período de 3 meses. Partículas de 0,84 a 2,00 mm tem apenas
20% de reação em 3 meses, deixando assim um efeito
residual; no tamanho entre 0,30 a 0,84 mm a reação em 3
meses é de cerca de 60%. Partículas menores que 0,30 mm
reagem totalmente em um período de 3 meses (ALCARDE;
RODELLA, 2003). Além deste fator, o tempo de reação está
condicionado ainda a existência de umidade disponível no
solo, contato corretivo-solo, entre outros.
Segundo Natale; Coutinho (1994) partículas maiores que
2,0 mm foram ineficientes para elevar a saturação por bases;
partículas menores que 2,0 mm tiveram efeitos
significativos na saturação por bases e; partículas menores
que 0,3 mm reagiram mais rápido do que partículas mais
grosseiras, mas tiveram seu efeito superado pelas partículas
retidas nas peneiras 0,6 e 0,3 mm ao final de 30 meses.
Gonçalves et al. (2011), trabalhando com duas
granulometrias e sistemas de preparo de solo avaliados aos
12, 24 e 36 meses após a aplicação, verificaram efeito da
granulometria apenas no preparo convencional aos 24 meses,
com aumento dos teores de cálcio e na saturação por bases
Incubação de calcário finamente moído e características químicas do solo sob cultivo de soja e milho
Nativa, Sinop, v. 10, n. 4, p. 585-594, 2022.
586
(V%) até 10 cm de profundidade, remetendo a ideia de que o
não contato do corretivo-solo em semeadura direta não
aumenta a reação do calcário fino. Em estudo de diferentes
solos e granulometrias do corretivo, Rodrighero et al. (2015)
verificaram após um ano, efeito do calcário apenas na camada
de 0-5 cm, com diferença para as granulometrias, gerando
efeito corretivo e alterando o pH, Ca, Mg e V%.
Com relação à dose e ao calcário utilizado, Gallo et al.
(1956) estudando solos com 3,63 e 0,87 cmolc dm-3 de Ca e
Mg, respectivamente, aplicaram as doses para elevar a
saturação por bases à 70% ou o dobro da dose recomendada
para V 70%. Os autores verificaram que a soja se desenvolveu
melhor ao usar calcário dolomítico versus calcítico, e que ao
dobrar a dose, o desenvolvimento foi ainda melhor.
Clarck et al. (1997) verificaram redução nas
concentrações de Ca, P e Mn da parte rea do milho, quando
houve o aumento de Mg no solo, decorrente do uso de
calcário dolomítico, verificando ainda maiores acúmulos de
massa radicular e rea nas relações superiores a 10:01 de
Ca:Mg. Munoz Hernandez; Silveira (1998) verificaram que
em solos com relação Ca:Mg maior 03:01, redução no
crescimento e queda na produção da gramínea decorrente do
antagonismo que o Ca causa na absorção de Mg. Nolla;
Anghinoni (2006) ao cultivarem a soja com doses crescentes
de calcário, verificaram incrementos em todos os parâmetros
das plantas decorrentes do aumento das doses.
O objetivo do trabalho foi determinar o efeito de doses
de calcário calcítico e dolomítico sobre os atributos químicos
do solo e na produtividade de plantas de soja e milho.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi instalado em casa de vegetação no setor
do Viveiro, da UFMT Sinop MT. O solo utilizado foi
classificado como Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico
(LvAd), coletado em subsolo (10-30 cm de profundidade), em
área de mata, na região de Sinop MT. As características
químicas do solo, antes da instalação do experimento foram as
seguintes: pH = 4,37; P= 0,63 mg dm-3, K = 32,0 mg dm-3; Ca
= 0,31 cmolc dm-3; Mg = 0,27 cmolc dm-3; Al = 0,7 cmolc dm-
3; H+Al = 9,18 cmolc dm-3; CTC = 9,83 cmolc dm-3; V = 6,69%
e 510 g kg-1 de argila.
O delineamento experimental utilizado foi inteiramente
casualizado (DIC) em esquema fatorial 2x4, sendo dois
calcários tipo filler (calcítico e dolomítico) e quatro doses (0,0;
3,0; 6,0; e 9,0 t ha-1), com quatro repetições. As repetições eram
constituídas por vasos plásticos com 10,0 dm³ de solo, cuja
umidade foi mantida próxima da capacidade de campo, através
de pesagens diárias do conjunto vaso-planta. O solo foi
peneirado em peneira de 4,00 mm e incubado com a fração
menor que 0,3 mm com calcário calcítico (46% de CaO e 3%
de MgO) de PRNT de 90% e com dolomítico (29% de CaO e
19% de MgO) de PRNT de 99%. Para se obter o calcário, o
mesmo foi macerado em cadinho de porcelana e passado em
peneira de 0,3 mm até se conseguir um volume suficiente para
o estudo.
O calcário foi adicionado ao solo no dia 15/04/2015, o
qual foi irrigado semanalmente. Aos 90 dias o solo dos vasos
foi amostrado (1ª amostragem), retirando-se quatro furos por
vaso para compor uma amostra (repetição), e determinou-se o
pH em água, P, K, Ca, Mg, H+Al. Após este procedimento, o
solo ficou em repouso nos vasos.
Em 18/10/2015 o solo voltou a ser irrigado e em 21/10 foi
semeada a soja, cultivar TMG 132, de ciclo normal, com cinco
sementes por vaso. Em V3 realizou-se o desbaste, deixando
apenas três plantas por vaso. Antes da semeadura, realizou-se
a adubação de base por vaso, quando os fertilizantes foram
distribuídos por vaso e homogeneizado em todo o volume. A
adubação foi feita utilizando uma formulação comercial MAP
(51% de P2O5 e 9% de N), visando atingir a concentração de
250 mg dm-3 de P. A aplicação dos micronutrientes foi com
diluição em água e posterior distribuição no solo nas
concentrações de; Boro 0,5 mg dm-3, Manganês 4 mg dm-3,
Cobre 1,5 mg dm-3 e Zinco 5 mg dm-3. A adubação de
cobertura foi feita utilizando a mesma metodologia dos
micronutrientes, com cloreto de potássio e a ureia, parcelados
em 3 aplicações até 45 dias, visando atingir de 250 mg dm-3 de
potássio e nitrogênio finais, respectivamente (MALAVOLTA,
1980).
O tratamento das sementes de soja foi realizado com a
aplicação, inoculante, cobalto, molibdênio e inseticida a base
de fipronil. O controle de pragas e doenças foi realizado
conforme a necessidade da cultura.
Em 10/02/2016, a soja foi colhida e avaliou-se: altura de
plantas, diâmetro do caule, massa seca da parte rea, massa
seca de raiz, massa seca total, número de vagens por planta,
número de grãos por planta, relação parte aérea:raiz, massa de
1000 grãos (estimada com subamostras de 50 grãos cada),
produção de grãos e a concentração de P, K, Ca, Mg na matéria
seca da parte aérea da planta, sem os grãos. O solo foi
amostrado seguindo mesmo procedimento anterior,
contabilizando nesta data ~200 dias do início da incubação (2ª
amostragem). Após a amostragem os vasos foram mantidos
sem irrigação por um ano.
Em fevereiro de 2017, o solo foi fertilizado com fósforo e
novamente irrigado e o milho DKB 290 foi semeado, com
quatro sementes por vaso e desbaste após 15 dias, conduzindo-
se duas plantas durante a avaliação. As sementes receberam
tratamento industrial e o controle de pragas e doenças foi
realizado conforme a necessidade da cultura. A fertilização para
o milho foi similar a soja, apenas com aumento da dose de N
para 300 mg dm-3. Devido a haver duas plantas por vaso,
quando as plantas iniciaram o florescimento e emitiram os
primórdios das espigas, elas começaram a morrer,
possivelmente pelo espaço diminuto dos vasos, então optou-se
por colhê-las. Para o milho avaliou-se massa seca da raiz, massa
da parte aérea, massa seca total, número de nós por planta,
número de folhas, diâmetro do colmo, comprimento do
colmo, altura da planta e altura de inserção do primórdio da
espigueta. Após a colheita das plantas o solo foi amostrado e
analisado (3ª amostragem), finalizando o estudo com
aproximadamente 300 dias de incubação de solo úmido,
descontando o período de repouso dos vasos (sem irrigação).
Os dados obtidos foram analisados estatisticamente no
programa estatístico SISVAR® (FERREIRA, 2011), sendo
submetido a análise de variância pelo teste F a 5% de
probabilidade, sendo comparados os efeitos dos calcários pelo
teste de Tukey (p< 0,05) e as doses por regressão polinomial, e
a interação entre fontes e doses de calcários foram desdobradas
em função das doses.
3. RESULTADOS
3.1. Atributos Químicos do Solo
Houve efeito das doses de calcário para todas as variáveis
analisados no solo e interação significativa entre o corretivo
e as doses para os teores de Ca e Mg (cmolc dm-3) e sua % na
CTC, como também para a relação Ca:Mg (Tabela 1). Em
relação aos corretivos, os valores absolutos de Ca, sua
saturação na CTC e a relação Ca:Mg se mostraram superiores
Lange et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 4, p. 585-594, 2022.
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com o uso de calcário calcítico, os valores de Mg e sua
saturação na CTC foram superiores com dolomítico,
resultado da composição dos corretivos, decorrentes do
maior teor de Ca ou Mg nos insumos.
O pH manteve comportamento linear nas três épocas de
amostragem em função das doses. Os valores de pH foram
máximos aos 90 dias para a maior dose, próximo a 6,0, caindo
para 5,5 e ~4,8 na última amostragem, após o cultivo do
milho (Figura 1). Para as interações significativas, os valores
de Ca e sua saturação na CTC (% de Ca na CTC) foram
máximos no solo para o uso de calcário calcítico na 1ª
amostragem (Figura 1 e 2). O Ca em valor absoluto atingiu
7,0 cmolc dm-3 (saturação próxima a 80% na CTC) decaindo
para próximo de 5,0 cmolc dm-3 na amostragem, sendo
superior ao dolomítico e ao final do cultivo, na avaliação,
não havia diferença para os corretivos quanto ao teor de
Ca no solo, decorrente do consumo de Ca pelas plantas e da
maior reação do calcário dolomítico ao final do período. Este
resultado pode ser verificado nos teores de Ca das plantas de
soja (Figura 3), que ao serem cultivadas em solo rico em Ca,
tiveram seus valores quase que dobrados, como se observa
para a dose 6 t ha-1, em que as plantas apresentaram mais que
12 g kg-1 de Ca quando do uso de calcário calcítico e 6 g kg-1
de Ca para dolomítico na matéria seca, evidenciando a maior
extração de Ca do solo. Apesar das plantas de milho não
terem sido analisadas quimicamente, é de se esperar que as
mesmas também tenham tido comportamento similar,
extraindo mais Ca na presença de calcário calcítico, o que
igualou os teores de Ca no solo ao final, para os corretivos.
Os teores de Mg foram alterados com a aplicação de
calcário dolomítico, com maiores concentrações de Mg e %
na CTC para as três amostragens e a extração pelas culturas
não chegou a reduzir significativamente os teores no solo ao
ponto de igualar as leituras de Mg dos calcários. A saturação
por bases apresentou comportamento linear para as doses,
sem efeito isolado de cada calcário (Figura 2), similar ao efeito
do pH. Isso se deve à similaridade granulométrica dos
mesmos e também ao seu PRNT próximo. Observa-se que o
V% máximo atingido foi de ~85, aos 90 dias, decaindo após
o cultivo da soja para ~70 e após o milho para 45, ajustando-
se ao comportamento de Ca e Mg, que também foram
exauridos ao longo dos cultivos. A relação Ca:Mg foi alterada
apenas pela aplicação de calcário calcítico, e permaneceu
significativa para as três amostragens, com valores de até 6:1.
Tabela 1. Valores médios de pH, hidrogênio mais alumínio (H+Al), cálcio (Ca), magnésio (Mg), saturação por bases (V%), % de cálcio na
CTC (CaCTC), % de Mg na CTC (MgCTC) e relação Ca:Mg, aos 90, 200 e 300 dias (1ª, 2ª e 3ª coleta, respectivamente) após a aplicação de
doses de calcário calcítico e dolomítico finamente moído ao solo.
Table 1. Mean values of pH, hydrogen plus aluminum (H+Al), calcium (Ca), magnesium (Mg), base saturation (V%), % calcium in CTC
(CaCTC), % Mg in CTC (MgCTC) and Ca:Mg ratio at 90, 200 and 300 days (1st, 2nd and 3rd collection, respectively) after application of
doses of finely ground calcitic and dolomitic limestone to the soil.
----------
pH
----------
H +Al (Cmolc dm
-3
)
-3
)
Mg (cmolc dm
-3
)
1ª col
2ª col
3ª col
1ª col
2ª col
3ª col
1ª col
2ª col
3ª col
1ª col
2ª col
col
Corretivos
Calcítico
5,21
4,79
4,28
3,21
4,32
7,6
3,59 a
2,34 a
2,25
0,76 b
0,35 b
0,61 b
Dolomítico
5,29
4,71
4,53
3,28
4,72
7,4
2,04 b
1,34 b
1,81
2,20 a
1,32 a
1,36 a
Análise estatística
Corretivos
ns
ns
ns
ns
ns
ns
*
*
ns
*
*
*
Doses
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
C x D
ns
ns
ns
ns
ns
ns
*
*
ns
*
*
*
----------
V%
----------
----------
%Ca
----------
----------
%Mg
----------
---------
Ca:Mg
---------
1ª col
2ª col
3ª col
1ª col
2ª col
3ª col
1ª col
2ª col
col
1ª col
2ª col
3ª col
Corretivos
Calcítico
54,1
37,0
30,9
43,6 a
31,2 a
20,3
9,8 b
4,9 b
5,5 b
4,31 a
6,25 a
3,79 a
Dolomítico
53,6
34,8
31,6
25,7 b
17,1 b
16,3
27,1 a
16,8 a
12,1 a
1,00 b
1,00 b
1,54 b
Análise estatística
Corretivos
ns
ns
ns
*
*
ns
*
*
*
*
*
*
Doses
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
C x D
ns
ns
ns
*
*
ns
*
*
*
*
*
*
Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si a 5% pelo teste de Scott Knott; *: significativo a 5% pelo teste de regressão;
ns: não significativo. C= corretivos; D=doses (0,3,6,9 t ha-1).
3.1.1. Soja
Nas plantas de soja houve efeito do corretivo para o
maior acúmulo de massa radicular (MSR), com destaque para
o calcário dolomítico em relação ao calcítico, com diferença
de 4,3 gramas por planta (Tabela 2), o que ocasionou maior
concentração de Mg na parte aérea (5,77 g kg-1) e
consequente acúmulo neste tratamento. Assim como o
sistema radicular, a massa de mil grãos (M1000) apresentou
comportamento linear para as doses, com um aumento de 25
g entre a ausência do corretivo e a maior dose. Para a
concentração de Ca e Mg na matéria seca das plantas se
observou interação entre os corretivos e as doses aplicadas,
havendo aumento de Ca no tecido para ambos os calcários e
no caso do Mg, apenas o uso de calcário dolomítico
aumentou a concentração do nutriente. As doses crescentes
dos corretivos influenciaram todas as variáveis analisadas nas
plantas de soja, com ajustes lineares ou quadráticos.
3.1.2. Milho
As plantas de milho tiveram a massa seca da parte aérea,
a massa seca total, o diâmetro de colmo e a altura da planta
maiores ao se utilizar calcário dolomítico em relação a
correção com calcítico, havendo ainda efeito quadrático das
doses para todas as variáveis analisadas, exceto para o
comprimento do colmo, em que o efeito foi linear (Tabela 3),
e interação para a altura de inserção das espiguetas, com
destaque para o calcário dolomítico (Figura 4). As plantas
cultivadas em solo corrigido com calcário dolomítico
mostraram um incremento de ~ 12 g na massa seca da parte
aérea, 5 g no sistema radicular e por consequência, 17 g de
massa total a mais quando comparadas as cultivadas sob
Incubação de calcário finamente moído e características químicas do solo sob cultivo de soja e milho
Nativa, Sinop, v. 10, n. 4, p. 585-594, 2022.
588
calcário calcítico. Este efeito ocorreu porque o solo original
era deficiente em magnésio (0,27 cmolc dm-3) e a aplicação de
calcário calcítico, mesmo em alta dose não foi suficiente para
elevar o teor do nutriente no solo, tanto que o aumento de
Mg no solo foi significativo apenas na 1ª amostragem (Figura
1). Então a presença de Mg em maior quantidade no calcário
dolomítico favoreceu a planta, tornando-a mais alta, com
maior número de folhas por planta, apesar de não
significativo, o que favoreceu o acúmulo de massa. Como
pode se observar o valor de Mg no solo previamente ao
cultivo do milho era 0,35 cmolc dm-3 nos vasos corrigidos
com calcário calcítico (Tabela 1), contra 1,32 cmolc dm-3 de
Mg nos vasos corrigidos com dolomítico, o que certamente
causou deficiência deste elemento no milho para o cultivo
com calcítico. Outrossim, o cultivo de soja extraiu a pequena
reserva de Mg do solo, levando os teores a menos que 0,5
cmolc dm-3 nos vasos corrigidos com calcário calcítico, logo
após a colheita da soja e também no final do ciclo do milho
(Figura 1). Salienta-se que no cultivo da soja este efeito não
apareceu, pois as reservas eram maiores.
Figura 1. Valores médios de pH, hidrogênio mais alumínio (H+Al), cálcio (Ca) e magnésio (Mg), aos 90, 200 e 300 dias (1ª, e 3ª coleta,
respectivamente) após a aplicação de doses de calcário calcítico e dolomítico finamente moído ao solo.
Figure 1. Mean values of pH, hydrogen plus aluminum (H+Al), calcium (Ca) and magnesium (Mg), at 90, 200 and 300 days (1st, 2nd and
3rd collection, respectively) after application of doses of finely ground calcitic and dolomitic limestone to the ground.
1º amostragem
CV=5,59
Média=5,24
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
pH
0,00
4,50
4,75
5,00
5,25
5,50
5,75
6,00
6,25
y =4,55 + 0,16x; R
2
=0,99
2º amostragem
CV=6,18
Média=4,75
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
pH
0,00
4,00
4,25
4,50
4,75
5,00
5,25
5,50
5,75
y =4,05 + 0,16x; R
2
=0,99
3º amostragem
CV=10,29
Média=4,36
Doses (t ha
-1
)
0369
pH
0,00
4,00
4,25
4,50
4,75
5,00
y =4,04 + 0,07x; R
2
=0,89
1º amostragem
CV=17,15
Média=3,24
Doses (t ha-1)
0 3 6 9
Hidrogênio + alumínio (Cmol
c
dm
-3
)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
y =5,37 - 0,47x; R
2
=0,97
2º amostragem
CV=12,66
Média=4,52
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Hidrogênio + alumínio (Cmol
c
dm
-3
)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
y =5,71 - 0,27x; R
2
=0,99
3º amostragem
CV=14,59
Média=7,50
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Hidrogênio + alumínio (Cmol
c
dm
-3
)
0
6
7
8
9
10
11
y =8,44 - 0,21x; R
2
=0,96
1º amostragem
CV=19.73
Média=2,82
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Cálcio (Cmol
c
dm
-3
)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Cal; y=0,29 + 0,73x; R
2
=0,99
Dol; y=0,56 + 0.33x; R
2
=0,95
2º amostragem
CV=28,01
Média=1,84
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Cálcio (Cmol
c
dm
-3
)
0
1
2
3
4
5
Cal; y=0,15 + 0,49x; R
2
=0,99
Dol; y=0,31 + 0,23x; R
2
=0,99
3º amostragem
CV=42,01
Média=2,03
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Cálcio (Cmol
c
dm
-3
)
0
1
2
3
4
y =0,92 + 0,25x; R
2
=0,95
1º amostragem
CV=21,79
Média=1,48
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Magsio (Cmol
c
dm
-3
)
0
1
2
3
4
5
6
7
Cal; y=0,47 + 0,06x; R
2
=0,82
Dol; y=0,49 + 0,38x; R
2
=0,90
2º amostragem
CV=25,68
Média=0,83
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Magnésio (Cmol
c
dm
-3
)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
Cal
Dol; y=0,32 + 0,11x; R
2
=0,99
3º amostragem
CV=41,97
Média=0,98
Doses (t ha
-1
)
0369
Magnésio (Cmol
c
dm
-3
)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
Cal
Dol; y=0,51 + 0,19x; R
2
=0,89
Lange et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 4, p. 585-594, 2022.
589
Figura 2. Valores médios de saturação por bases (V%), % de cálcio na CTC (CaCTC), % de Mg na CTC (MgCTC) e relação Ca:Mg aos 90, 200
e 300 dias (1ª, 2ª e 3ª coleta, respectivamente) após a aplicação de doses de calcário calcítico e dolomítico finamente moído ao solo.
Figure 2. Mean values of base saturation (V%), % of calcium in CTC (CaCTC), % of Mg in CTC (MgCTC) and Ca:Mg ratio at 90, 200 and
300 days (1st, 2nd and 3rd collection, respectively) after application of finely ground calcitic and dolomitic limestone doses to the soil.
4. DISCUSSÃO
Os aumentos nos teores de Ca e Mg no solo eram
esperados, que estes nutrientes foram diretamente
aplicados via calagem. Os valores de P e K e a saturação por
K na CTC não foram significativos em nenhuma
amostragem, por isso não foram apresentados. Caires et al.
(2005) em trabalho semelhante verificaram efeitos da calagem
aplicado ao solo, em campo, para pH, Al e cátions básicos até
20 cm de profundidade, com efeito consistente após 10 anos
da calagem, variando doses.
O pH, os teores de H+Al e o V% não foram diferentes
para ambos os corretivos, ficando claro que ambos têm a
mesma capacidade de correção da acidez e de preencher a
CTC com os elementos Ca e Mg, o que se deve a mesma
1º amostragem
CV=10,19
Média=53,86
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Saturação por bases (%)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
y =17,89 + 7,99x; R
2
=0,97
2º amostragem
CV=19,12
Média=38,78
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Saturação por bases (%)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
y =15,81+ 5,10x; R
2
=0,99
3º amostragem
CV=29,97
Média=31,26
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Saturação por bases (%)
0
10
20
30
40
50
60
y =20,23 + 2,45x; R
2
=0,98
1º amostragem
CV=12,89
Média=34,66
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Cálcio na CTC (%)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Cal; y=9,29 + 7,62x; R
2
=0,97
Dol;y=9,32 + 3,64x; R
2
=0,92
2º amostragem
CV=26,71
Média=23,21
Doses (t ha
-1
)
0369
Cálcio na CTC (%)
0
10
20
30
40
50
60
70
Cal; y=4,12 + 5,75x; R
2
=0,99
Dol; y=4,91 + 256x; R
2
=0,99
3º amostragem
CV=42,02
Média=18,30
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Cálcio na CTC (%)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
y =8,81 + 2,10x; R
2
=0,95
1º amostragem
CV=14,44
Média=18,44
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Magnésio na CTC (%)
0
10
20
30
40
50
Cal; y=7,58 + 0,49x; R
2
=0,52
Dol; y=7,92 + 4,27x; R
2
=0,94
2º amostragem
CV=22,71
Média=10,44
Doses (t ha
-1
)
0369
Magnésio na CTC (%)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Cal
Dol; 5,57 + 2,36x; R
2
=0,98
3º amostragem
CV=36,36
Média=8,82
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Magnésio na CTC (%)
0
5
10
15
20
25
30
35
Cal
Dol; y=5,08 + 1,56x; R
2
=0,92
1º amostragem
CV=25,99
Média=2,65
Doses (t ha-1)
0 3 6 9
Relacão C álcio:M a gnésio
0
2
4
6
8
10
12
Cal; y=1,34 + 0,66x; R
2
=0,85
Dol
2º amostragem
CV=26,39
Média=3,62
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Relacão Cálcio:Magnésio
0
3
6
9
12
15
18
Cal; y=1,60 + 1,03x; R
2
=0,91
Dol
3º amostragem
CV=45,88
Média=2,66
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Relacão Cálcio:Magnésio
0
2
4
6
8
10
Cal; y=1,28 + 0,56x; R
2
=0,96
Dol
Incubação de calcário finamente moído e características químicas do solo sob cultivo de soja e milho
Nativa, Sinop, v. 10, n. 4, p. 585-594, 2022.
590
origem geológica do material, com presença significativa de
CaCO3 nestes corretivos, como documentado por Kurihara
et al. (1999), que não encontraram diferença no pH do solo,
ao avaliarem calcário calcítico e dolomítico e diferentes
granulometrias.
Os valores de pH foram máximos no início da incubação,
o que está de acordo com o trabalho de Corrêa et al. (2018)
e Kurihara et al. (1999), que avaliaram o tempo de reação para
diferentes partículas de calcário e verificaram maior reação
nos primeiros meses da aplicação. Maraschin et al (2020)
trabalhando com doses de calcário dolomítico, similar ao
utilizado neste estudo em relação as % de Ca e Mg e PRNT,
observaram comportamento exponencial para as doses de até
20 t ha-1, após a incubação para pH, Ca, Mg e V%.
Figura 3. Valores médios de massa seca da parte aérea (MSA), massa seca da raiz (MSR), número de grãos por planta (NGP), número de
grãos por vagem (NGV), massa de mil grãos (M1000), produção por planta (PRO), diâmetro de caule (DC), altura das plantas (ALT), cálcio
(Ca), magnésio (Mg), K (potássio) nas folhas de soja após a aplicação de doses de calcário calcítico e dolomítico finamente moído ao solo.
Figure 3. Mean values of shoot dry mass (MSA), root dry mass (MSR), number of grains per plant (NGP), number of grains per pod (NGV),
thousand grain mass (M1000), yield per plant (PRO), stem diameter (DC), plant height (ALT), calcium (Ca), magnesium (Mg), K (potassium)
in soybean leaves after application of finely ground calcitic and dolomitic limestone to the ground.
Soja
CV=17,82
Média=7,51
Doses (t ha-1)
0 3 6 9
Cálcio (g kg-1)
0
3
6
9
12
15
18
Cal; y=2,75 +3,40x - 0,27x
2
; R
2
=0,99
Dol; y=2,76 + 1,22x - 0,09x
2
; R
2
=0,91
Soja
CV=14,21
Média=4,16
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Magnésio (g kg
-1
)
0
2
4
6
8
10
12
Cal; y=1,93 + 0,14x; R
2
=0,96
Dol; y=2,30 + 1,60x - 0,12x
2
; R
2
=0,92
Soja
CV=13,35
Média=18,31
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Potássio (g kg
-1
)
0
12
15
18
21
24
27
30
33
36
39
y =27,13 - 4,44x + 0,35x
2
; R
2
=0,98
Soja
CV=15,67
Média=31,20
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Massa seca parte aérea (g)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
y =8,38 +1 0,11x - 0,72x
2
; R
2
=0,98
soja
CV=37,35
Média=9,74
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Massa seca de raiz (g)
0
3
6
9
12
15
18
y =4,29 + 1,21x; R
2
=0,99
Soja
CV=17,66
Média=62,96
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Número de vagens por plantas
0
15
30
45
60
75
90
105
y =17,26 +19,49x - 1,33x
2
; R
2
=0,98
Soja
CV=15,08
Média=1,39
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Número de gos por vagem
0.00
0.50
1.00
1.50
2.00
2.50
3.00
y =0,65 +0,38x - 0,03x2; R2=0,97
Soja
CV=16,45
Média=99,65
Doses (t ha
-1
)
0369
Número de grãos por planta
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
y =13,56 + 38,62x - 2,78x
2
; R
2
=0,99
soja
CV=14,54
Média=87,03
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Massa de 100 grãos (g)
0
60
70
80
90
100
110
120
y =74,28 + 2,83x; R
2
=0,82
Soja
CV=15,50
Média=9,59
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Produtividade (g/planta)
0
2
4
6
8
10
12
14
16
y =1,52 + 3,32x - 0,22x
2
; R
2
=0,99
soja
CV=5,09
Média=6,73
Doses (t ha-1)
0 3 6 9
Diametro caule (mm)
0
2
4
6
8
10
12
y =4,24 + 1,27x -0,10x
2
; R
2
=0,97
Soja
CV=6,86
Média=58,22
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Altura de planta (cm)
0
40
45
50
55
60
65
70
75
80
y =42,85 + 7,14x - 0,53x
2
; R
2
=0,99
Lange et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 4, p. 585-594, 2022.
591
Tabela 2. Valores médios de massa seca da parte aérea (MSA), massa seca da raiz (MSR), número de grãos por planta (NGP), número de
grãos por vagem (NGV), massa de mil grãos (M1000), produção por planta (PRO), diâmetro de caule (DC), altura das plantas (ALT), cálcio
(Ca), magnésio (Mg), K (potássio) nas folhas de soja após a aplicação de doses de calcário calcítico e dolomítico finamente moído ao solo.
Table 2. Mean values of shoot dry mass (MSA), root dry mass (MSR), number of grains per plant (NGP), number of grains per pod (NGV),
thousand grain weight (M1000), yield per plant (PRO), stem diameter (DC), plant height (ALT), calcium (Ca), magnesium (Mg), K
(potassium) in soybean leaves after application of finely ground calcitic and dolomitic limestone to the ground.
MSA
MSR
NGP
NVP
NGV
M1000
PRO
DC
ALT
Ca
Mg
K
-------
(g)
-------
(g)
(
g
plt
-1
)
(mm)
(cm)
---
MSA(
g
kg
-1
)
---
Corretivos
Calcítico
31,0
7,6 b
98
60,3
1,8
82,8
9,3
6,7
58,0
6,68 a
2,55 b
18,06
Dolomítico
31,4
11,9 a
100
65,6
1,7
91,3
9,9
6,7
58,4
5,33 b
5,77 a
18,56
Análise estatística
Corretivos
ns
*
ns
ns
ns
ns
ns
ns
ns
*
*
ns
Doses
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
C x D
ns
ns
ns
ns
ns
ns
ns
ns
ns
*
*
ns
Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si a 5% pelo teste de Scott Knott; *: significativo a 5% pelo teste de
regressão; ns: não significativo. C= corretivos; D=doses (0,3,6,9 t ha-1).
Tabela 3. Valores médios de massa seca da parte aérea (MSA), massa seca da raiz (MSR), massa seca total (MST), número de nós por planta
(NNP), número de folhas por planta (NFP), diâmetro de colmo (DC), altura das plantas (ALT), altura de inserção da espigueta (AIE) em
plantas de milho após a aplicação de calcário calcítico e dolomítico finamente moído ao solo.
Table 3. Mean values of shoot dry mass (MSA), root dry mass (MSR), total dry mass (MST), number of nodes per plant (NNP), number
of leaves per plant (NFP), diameter of stalk (DC), plant height (ALT), spikelet insertion height (AIE) in maize plants after application of
finely ground calcitic and dolomitic limestone to the soil.
MSA
MSR
MST
NNP
NFP
DC
CC
ALT
AIE
----------
(g)
----------
(mm)
----------
(cm)
----------
Corretivos
Calcítico
32,7 b
10,9
43,5 b
9,9
11,2
10,4 b
10
127 b
44 b
Dolomítico
44,6 a
15,8
60,4 a
10,4
11,7
11,9 a
11
148 a
61 a
Analise estatística
Corretivos
*
ns
*
ns
ns
*
ns
*
*
Doses
*
*
*
*
*
*
*
*
*
C x D
ns
ns
ns
ns
ns
ns
ns
ns
*
Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si a 5% pelo teste de Scott Knott; *: significativo a 5% pelo teste de
regressão; ns: não significativo. C= corretivos; D=doses (0,3,6,9 t ha-1).
A acidificação do solo no decorrer do tempo era
esperada, devido ao uso de fertilizantes nitrogenados
principalmente na adubação prévia ao cultivo do milho, fato
documentado na literatura (CECAGNO et al., 2019;
LANGE et al., 2006). Também o efeito do cultivo, o balanço
eletroquímico das plantas, que ao absorverem tions,
acabam eliminando H+ no meio acidificam o solo (LANGE
et al., 2019). Em contrapartida, a variável H+Al apresentou
comportamento inverso, com valores tendendo a zero na
primeira amostragem, para a maior dose e, ao longo do
cultivo os valores aparecerem no complexo de troca.
O teor de Mg significativamente superior no calcário
dolomítico durante todo o estudo ocorre porque este
apresenta aproximadamente seis vezes mais MgO que o
calcítico, em sua composição, além da menor extração deste
elemento, como pode se observar na concentração das
plantas de soja. A % de saturação de Mg na CTC foi superior
a 40% na primeira amostragem para a maior dose de calcário
dolomítico, decaindo para 25 e 20
% ao final das avaliações, decorrente do consumo dos
nutrientes pelas plantas de soja e de milho cultivadas.
Ao se observar as médias da saturação por bases (V%)
para cada dose e corretivo aos 90 dias (Tabela 4), verifica-se
V% máximo de 88,5 e 82,9, para calcítico e dolomítico,
respectivamente. Estes valores, se comparados ao valor
teórico, que poderiam ser obtido pela recomendação
[NC=(V2-V1)*T/PRNT)], são menores. Para o calcítico, o
valor obtido é ~7% menor que o calculado para a maior dose
e, para o dolomítico é cerca de 20% menor, demonstrando
que o V% estimado normalmente não é atingido, mesmo em
condições controladas e com calcário extremamente fino, de
alta reação, o que foi apontado em outros estudos
(GUARÇONI; SOBREIRA, 2017; CORRÊA et al. 2018;
LANGE et al., 2021).
Para as doses menores, percebe-se que há coerência entre
valores determinados e calculados. Maraschin et al. (2020) ao
incubar até 20 t ha-1, observaram V% máximo de 93, em solo
de textura similar. Este comportamento foi também
observado com o uso dos mesmos corretivos deste estudo,
porém em campo, demonstrando que a necessidade de
uma dose maior que a estimada para que se chegue aos
valores desejados (CHAPLA, 2017).
Tabela 4. Valores médios observados e calculados para a saturação
por bases (V%), aos 90 dias após a aplicação de doses de calcário
calcítico e dolomítico finamente moído ao solo.
Table 4. Mean values observed and calculated for base saturation
(V%), at 90 days after application of doses of finely ground calcitic
and dolomitic limestone to the soil.
Dose (t ha
-1
)
V% observado
calcítico
V% calculado calcítico
0
12,9
12,9
3
49,6
40,4
6
65,4
67,8
9
88,5
95,3
Dose (t ha
-1
)
V%
obser
vado
V% calculado
dolomítico
dolomítico
0
12,9
12,9
3
46,0
43,1
6
72,6
73,3
9
82,9
103,5
Incubação de calcário finamente moído e características químicas do solo sob cultivo de soja e milho
Nativa, Sinop, v. 10, n. 4, p. 585-594, 2022.
592
Figura 4. Valores médios de massa seca da parte aérea (MSA), massa seca da raiz (MSR), massa seca total (MST), número de nós por planta
(NNP), número de folhas por planta (NFP), diâmetro de colmo (DC), altura das plantas (ALT), altura de inserção da espiga (AIE) em
plantas de milho após a aplicação de doses de calcário calcítico e dolomítico finamente moído ao solo.
Figure 4. Mean values of shoot dry mass (MSA), root dry mass (MSR), total dry mass (MST), number of nodes per plant (NNP), number
of leaves per plant (NFP), diameter of stalk (DC), plant height (ALT), ear insertion height (EIA) in maize plants after application of finely
ground calcitic and dolomitic limestone doses to the soil.
As plantas de soja apresentaram a massa do sistema
radicular superior ao serem cultivadas sob calcário
dolomítico, o que também ocasionou maior concentração de
Mg na parte aérea. A importância do elemento Mg está no
fato de o mesmo incrementar de sistema radicular das
plantas, devido a função de facilitar o aprofundamento e a
expansão radicular (MALAVOLTA et al., 1997).
Assim como as raízes, a massa dos grãos aumentou com
a calagem, o que evidencia haver uma relação entre o
incremento do sistema radicular e o enchimento de grãos e,
certamente aos elementos Ca e Mg presentes nos corretivos
foram fundamentais para este efeito na planta, facilitando a
exploração de um maior volume de solo, aumentando o
contato raíz-nutriente. O Ca tem papel mecânico importante
como integridade da membrana, formação de paredes,
pectato de cálcio, que é um agente cimentante, abertura
estomatal e seletividade na absorção e transporte de íons,
entre eles o K, em que a omissão de Ca na solução faz com
que a absorção de K sucumba em minutos; protege ainda a
membrana dos efeitos deletérios do H+, e juntamente com o
Mg, importante componente da clorofila e maior ativador
enzimático, entre os nutrientes (EPSTEIN; BLOOM, 2005).
Os valores de Ca e Mg na matéria seca das plantas estão
dentro da faixa adequada para a soja, para Ca e Mg, segundo
Oliveira (2004). Caires; Fonseca (2000) observaram aumento
da concentração de Mg nas folhas de soja para o uso de doses
de calcário dolomítico em plantio direto e ausência de efeito
para o Ca no tecido, explicado pelo alto teor de Ca no solo.
Corrêa et al. (2018), não verificaram alterações na
concentração de nutrientes nas folhas ou frutos de goiabeira,
testando doses e granulometrias de calcário, atribuindo este
efeito ao tempo decorrido da aplicação e a espécie em
questão, que o solo dos autores também respondeu as
doses dos corretivos.
Os componentes que impactaram na produção (grãos por
vagem, vagens por planta e consequente número de grãos por
Milho
CV=35,64
Média=38,64
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Massa seca parte aérea (g)
0
10
20
30
40
50
60
70
y =11,72 + 11,40x - 0,77x
2
; R
2
=0,91
Milho
CV=56,34
Média=13,35
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Massa seca de raiz (g)
0
5
10
15
20
25
30
y =2,85 + 5,82x - 0,50x
2
;; R
2
=0,96
Milho
CV=39,02
Média=51,99
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Massa seca total (g)
0
15
30
45
60
75
90
105
y =14,57 +17,22x - 1,27x
2
;; R
2
=0,92
Milho
CV=9,67
Média=10,15
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Número de nós por planta
0
3
6
9
12
15
18
21
y =7,72 + 1,13x - 0,08x
2
; R
2
=0,99
Milho
CV=10,78
Média=11,46
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Número de folhas por plantas
0
3
6
9
12
15
18
21
y =10,16 +0,73x - 0,06x
2
; R
2
=0,99
Milho
CV=16,74
Média=11,13
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Diametro colmo (mm)
0
4
8
12
16
20
y =6,25 + 2,30x -0,17x
2
; R
2
=0,98
Milho
CV=16,63
Média=10,47
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Com primento do colm o (cm)
0
3
6
9
12
15
18
y =9,25 + 0,27x; R
2
=0,98
Milho
CV=13,27
Média=137,25
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Altura de planta (cm)
0
90
105
120
135
150
165
180
195
y =90,44 + 19,64x - 1,32x
2
; R
2
=0,95
Milho
CV=20,24
Média=52,71
Doses (t ha
-1
)
0 3 6 9
Altura de inseão da espiga (cm)
0
20
40
60
80
100
120
Cal; y=23,56 + 4,60x; R
2
=0,95
Dol; y=22,89 + 18,68x - 1,45x
2
; R
2
=0,94
Lange et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 4, p. 585-594, 2022.
593
planta) tiveram efeito quadrático (Figura 3), o que resultou
também em efeito quadrático para a produção final de grãos,
assim como para as partes vegetativas da planta (matéria seca
da parte aérea, altura e diâmetro de caule). Pottker; Bem
(1998) também verificaram ganhos em produtividade com a
aplicação de calcário na cultura da soja em plantio direto.
Estes resultados obviamente estão ligados ao
comportamento que o solo apresentou, tendo seu pH, teores
e saturações de Ca e Mg aumentados, fornecendo mais
nutrientes para as plantas e criando melhores condições de
desenvolvimento de raiz, de parte aérea e produção de grão
final, com 0,6 g a mais de grãos por planta. Nolla; Anghinoni
(2006) verificaram incrementos em todos os parâmetros de
planta de soja avaliados decorrentes do aumento das doses
de calcário, aplicando até ~8,0 t ha-1 de calcário.
O melhor ajuste quadrático para os dados e o linear,
resultado similar ao de Nolla; Anghinoni (2006), se deve ao
enriquecimento dos tecidos com Ca e Mg até um certo limite,
em função dos efeitos de cada corretivo, e também pelo
antagonismo e posterior redução das concentrações de K no
tecido nas doses mais altas de calcário (Figura 3), decaindo de
27 g kg-1 na ausência de calagem para 15 g kg-1 nas doses de
6 e 9 t ha-1, resultado na inibição competitiva no complexo
de troca do solo, em que altos teores de Ca e Mg no solo
reduziram a absorção de K, o que prejudicou a produção final
das plantas. Caires et al. (2002) avaliaram por sete anos, uma
área de plantio direto e observaram que a supercalagem
proporcionou melhoria nas condições do solo, melhor
crescimento e distribuição das raízes, embora tenha reduzido
os teores de K nas plantas, porém sem comprometer a
produtividade da cultura.
Ao não se fornecer calcário, é notório o efeito negativo
nas plantas, o que fica evidente pelos coeficientes de ajustes
das equações e pela observação da lei dos incrementos
decrescentes. A aplicação da primeira dose do corretivo (3 t
ha-1) aumentou o número de vagens por planta de 15 para 74,
o número de grãos por planta de 11 para 110 e a produção
de 1,8 para 10 gramas, respectivamente. Salienta-se que
existiam algumas vagens sem a presença de grãos nas plantas.
Isso demonstra a importância de uma correta calagem para
correção do pH do solo e para o fornecimento de nutrientes
essenciais como cálcio e magnésio.
Para o milho, o efeito das doses de calcário nas plantas
para todas as variáveis é resultado dos diversos benefícios do
calcário, como observado em outros estudos. Rodrighero et
al. (2015) verificaram aumento na produtividade de milho em
campo com o aumento das doses de calcário, não havendo
efeito para diferentes corretivos (calcítico x dolomítico) e
nem para níveis de PRNT dos mesmos. A ausência de efeito
entre os calcários no trabalho dos autores pode ser explicada
pelos teores Mg no solo, sempre superiores a 1,5 cmolc dm-3.
Pottker; Bem (1998) não verificaram ganhos em
produtividade no milho com a aplicação de doses de calcário,
atribuindo tal evento as boas condições de solo locais.
Alterações nas plantas pela carência de Mg se devem as
várias funções do nutriente, que incluem a fotofosforilação,
fixação de CO2, síntese de proteínas, formação de clorofila,
partição e utilização de fotoassimilados, geração de espécies
reativas de oxigênio e fotooxidação em tecidos foliares
(CAKMAK; YAZICI, 2010). Assim, segundo os mesmos
autores, muitos processos fisiológicos e bioquímicos são
afetados pela deficiência de Mg, diminuindo a formação de
raízes, o crescimento e rendimento das plantas.
5. CONCLUSÕES
As doses crescentes de calcário influenciaram todas as
variáveis do solo e das plantas com efeito linear ou
quadrático.
Os teores de cálcio, magnésio, suas saturações na CTC e
a relação Ca:Mg foram afetadas em função da riqueza de cada
nutrientes no respectivo corretivo.
A aplicação de calcário finamente moído elevou saturação
de bases para valores próximos do valor calculado, não
chegando ao valor desejado apenas na dose de 9,0 t ha-1 e
atingiu o pico de reação aos 90 dias, decaindo a partir desta
data.
Nas plantas houve interação entre corretivo e dose, com
efeito na soja para a concentração de Ca ou Mg, decorrente
do maior teor do nutriente no corretivo e no milho a altura
de inserção da espiga foi superior com a aplicação de calcário
dolomítico.
6. AGRADECIMENTOS
À Sinecal pelo apoio financeiro.
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