Nativa, Sinop, v. 11, n. 1, p. 101-107, 2023.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v11i1.14024
ISSN: 2318-7670
Densidade de plantas e os efeitos nas características agronômicas,
temperatura e umidade do solo em consórcio milho-braquiária
Jorge Gabriel LORENZETTI1, Maxsuel Antonio RODRIGUES1,
Alexandra de Paiva SOARES1, Cristiane Ramos VIEIRA2*
1Instituto Federal de Mato Grosso, Campo Verde, MT, Brasil.
2Universidade de Cuiabá, Cuiabá, MT, Brasil.
*E-mail: cris00986@hotmail.com
Submissão: 21/06/2022; Aceito em 28/03/2023; Publicado em 11/04/2023.
RESUMO: Com o desenvolvimento da agricultura tecnológica, o solo passou a ser utilizado de maneira mais
intensa e, desta forma, ficou mais propício à instalação de processos erosivos, exigindo a utilização de práticas
conservacionistas, como os consórcios e a integração lavoura-pecuária. Diante disso, desenvolveu-se
experimento para avaliar o consórcio de milho com diferentes populações de Brachiaria ruziziensis, na umidade
e temperatura do solo e nos componentes de produção dessas plantas. O experimento foi conduzido em
delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições, utilizando-se uma variedade de braquiária em cinco
arranjos populacionais (0, 5, 10, 15 e 20 plantas por m2). As variáveis analisadas no milho foram altura, número
de grãos por espiga, massa de cem grãos e produtividade de grãos, no entanto, não se observou diferenças entre
os tratamentos. Na braquiária, avaliou-se altura, peso fresco e seco, e verificou-se que, conforme o aumento
populacional, houve maior altura e peso fresco. No solo, foi avaliada a temperatura superficial, às 7:00, 12:00 e
17:00 horas e constatou-se que, a cobertura é favorável para a redução na temperatura do solo. A outra
característica do solo analisada foi a umidade gravimétrica, nas profundidades de 0,0-0,2m e 0,2-0,4m, que não
sofreu influência dos tratamentos testados.
Palavras-chave: Brachiaria ruziziensis; consórcio; umidade do solo; temperatura do solo; produtividade.
Plant density and effects on agronomic characteristics, temperature and soil
moisture in maize-brachiaria intercropping
ABSTRACT: With the development of technological agriculture, the soil began to be used more intensively
and, in this way, it became more favorable to the installation of erosive processes, requiring the use of
conservationist practices, such as intercropping and crop-livestock integration. Therefore, an experiment was
developed to evaluate the intercropping of corn with populations of Brachiaria ruziziensis, in soil moisture and
temperature and in the production components of Brachiaria. The experiment was carried out in randomized
complete block design, with four replications, using a variety of brachiaria in five population arrangements (0,
5, 10, 15 and 20 plants per m2). The variables analyzed in corn were height, number of grains per ear, mass of
one hundred grains and grain yield, however, no differences were observed. In brachiaria, height, fresh and dry
weight were evaluated, and it was found that, according to population increase, there was greater height and
fresh weight. In the soil, the surface temperature was evaluated at 7:00, 12:00 and 17:00 hours and it was found
that the ground cover is favorable for the reduction in temperature. The other soil characteristic analyzed was
gravimetric moisture, at depths of 0.0-0.2m and 0.2-0.4m, which was not influenced by the treatments tested.
Keywords: Brachiaria ruziziensis; intercropping; soil moisture; soil temperature; productivity.
1. INTRODUÇÃO
A agricultura tecnológica, com a evolução dos anos,
passou a exigir mais do solo. Este uso mais intenso, inclui
uma sequência de safras na mesma área ao longo do ano, o
aumento da população de plantas, bem como a utilização de
variedades mais exigentes em fertilidade. No entanto, a
ausência de rotação de culturas e de adesão ao sistema de
plantio direto, por exemplo, podem levar a degradação
química e física, caso o se faça a adoção de um manejo
conservacionista que evite e controle a erosão, promova a
ciclagem de nutrientes e adicione resíduos orgânicos ao solo.
Um tipo de manejo conservacionista que pode atender à
essas necessidades é o cultivo de duas culturas
simultaneamente, como se faz na consorciação. Um exemplo
de consórcio que pode ser empregado é o milho-braquiária
que, além de produzir grãos, produz resíduos orgânicos
capazes de promover benefícios a curto, médio e longo
prazo, dada a constituição desses resíduos; além deles
apresentarem elevada relação C/N, que favorece a
permanência da cobertura por mais tempo no solo.
O consórcio milho-braquiária não tem como objetivo
principal formar pasto, entretanto, a forrageira, quando
semeada junto ao milho, pode ser usada para pastejo após a
colheita do grão ou, simplesmente, permanecer no solo como
planta de cobertura. Porém, deve apresentar as seguintes
características: cobrir a área uniformemente, ser de fácil
dessecação, não promover a propagação e resistência de
pragas e doenças e; permitir um desempenho adequado da
Densidade de plantas e os efeitos nas características agronômicas, temperatura e umidade do solo ...
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máquina semeadora quando da próxima safra (CECCON et
al., 2013).
De acordo com Scopel et al. (2013), as plantas de
cobertura, especialmente as gramíneas, produzem elevada
quantidade de matéria seca para semeadura direta, que
protege o solo contra o impacto direto das gotas de água,
diminui a velocidade do escoamento superficial da água,
reduz a capacidade de transporte de partículas minerais e
orgânicas pela enxurrada. Além disso, essas plantas permitem
maior retorno financeiro ao produtor, pela redução dos
custos, por preservar a saúde do solo e pelo aumento da
produtividade e estabilidade produtiva das culturas
econômicas (SILVA et al., 2021).
Por isso, a utilização do consórcio do milho safrinha, com
espécies forrageiras se tornou uma alternativa que tem ganho
relevância, pois otimiza os fatores de produção, contribuindo
para a diversificação de atividades, com melhorias ambientais
e menor pressão sobre áreas de fronteira agrícola (CECCON
et al., 2015).
Em estudo sobre a decomposição e liberação de
nutrientes de resíduos de culturas no sistema de cultivo soja-
milho, Cavalli et al. (2018) analisaram a palhada residual dos
sistemas de cultivo, sendo milho, braquiária e consórcio
milho-braquiária. Os autores verificaram que o consórcio
apresentou o maior acúmulo de nutrientes por hectare (K =
172,1; N = 141,7 e Ca = 56,0 kg ha-1); enquanto a braquiária
apresentou a maior taxa de decomposição (85%) e a maior
porcentagem de liberação de nutrientes (K = 99%; N = 92%,
Mg = 98% e Ca = 90% do conteúdo inicial).
Enquanto, em relação às características físicas do solo,
Chioderoli et al. (2012) desenvolveram estudo que
comprovou a importância das forrageiras para a agregação,
estruturação e permeabilidade do solo. Segundo os autores,
isso favoreceu o desenvolvimento do sistema radicular, que
permitiu explorar um maior volume de solo do perfil,
atingindo camadas mais profundas e, consequentemente,
maior absorção de água e de nutrientes. O que foi
comprovado por Foloni et al. (2008). Eles observaram que a
braquiária se mostrou altamente eficiente na absorção de P,
mesmo oriundo de fonte pouco solúvel, o que se deve ao
sistema radicular bastante ramificado e volumoso, que
favorece o contato raiz-solo e aumenta a absorção do P por
difusão e interceptação radicular.
Apesar desses benefícios, o consórcio milho-braquiária
pode proporcionar redução na produtividade do milho,
tendo em vista sua competitividade com a cultura de grãos
por recursos (água, luz, nutrientes). No entanto, Ceccon et al.
(2015) destacam que é possível contornar essa perda com a
utilização de herbicidas que impeçam, momentaneamente, o
crescimento da forrageira, permitindo com que o milho se
desenvolva, evitando-se, desta forma, a competição entre as
plantas.
Sendo assim, observa-se que, os resultados da
consorciação milho-braquiária podem ser diversos, porque
dependerão da região e dos fatores de produção. Diante
disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes
populações de plantas de Brachiaria ruziziensis consorciadas
com milho, e seus efeitos na umidade do solo, na temperatura
do solo e nos componentes de produção dessas plantas.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado na segunda safra de
2021/21, em condições de campo, na Fazenda Pirassununga,
localizada na região sul do Estado de Mato Grosso, no
município de Campo Verde MT, nas coordenadas
geodésicas Latitude: 15°36'51.4"S e Longitude: 55°11'09.3"W
e 750 metros de altitude. De acordo com a classificação
climática de Köppen, o clima da região se enquadra na
descrição Aw, como tropical úmido, sendo caracterizado
como tropical chuvoso com nítida estação de seca e cerca de
95% das chuvas ocorrendo no período de outubro a abril. Já
o período que se estende de maio a setembro é considerado
seco. Sendo que, a precipitação pluviométrica anual pode
atingir medidas superiores a 1.726 mm (ALVARES et al.,
2013).
A área utilizada para o experimento é considerada nova
com poucos anos de cultivo, tendo sido utilizada, nos anos
agrícolas de 2018/19, de 2019/20 e de 2020/21, para o
cultivo do feijão (segunda safra), em seguida, foi deixada em
pousio. O solo predominante na área foi classificado como
Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico (SANTOS et al.,
2018).
Dois meses antes da semeadura, efetuou-se a gradagem
para a eliminação de plantas invasoras, seguida da aplicação
de 3,85 t ha-1 de calcário, calculada a partir do método da
saturação por bases e dos resultados obtidos na análise de
solo (Tabela 1), visando corrigir o pH do solo e elevar a
saturação a 60% para atender à exigência do milho (SOUSA;
LOBATO, 2004).
Tabela 1. Análise química e granulométrica do solo
Table 1. Soil chemical and granulometric analysis
Camada 0,0
-
0,2 m
pH
K
H+Al
Al
Ca+Mg
CaCl
2
mg dm
-3
---------
cmol
c
dm
-
³
----------
4,70
74,00
102,02
7,76
0,05
3,86
T
V
m
Areia
Silte
Argila
cmol
c
dm-³
------
%
------
------------
g kg
-1
-------------
11,80
34,30
1,22
475,0
205,5
319,5
Camada 0,2
-
0,4 m
pH
K
H+Al
Al
Ca+Mg
CaCl
2
mg
dm
-3
---------
cmol
c
dm
-
³
----------
4,40
31,00
3,48
6,11
0,20
1,20
T
V
m
Areia
Silte
Argila
cmol
c
dm-³
------
%
------
------------
g kg
-1
-------------
7,38
17,32
13,52
537,5
169,5
293,0
pH em CaCl2 – relação 1:2,5; H+Al – em acetato de cálcio; Al, Ca e Mg - em
KCl 1N; P e K – em Mehlich; T – capacidade de troca de cátions a pH 7,0;
V% - saturação por bases, em %; m% - saturação por Al, em %; Areia, silte
e argila – método do densímetro.
A adubação de base se deu junto a semeadura, com
aplicação de 143 kg ha-1 de microessentials, nas linhas. Este
produto contém: 7 kg N, 37 kg P2O5, 6 kg K2O,
micronutrientes (B, Cu, Mn e Zn) e macronutrientes
secundários (Ca e S), para cada 100 kg do adubo. O objetivo
foi fornecer 10 kg de N, atendendo juntamente a demanda
de P, que apresentava teor de 102,02 mg dm-3, de acordo
com a análise de solo. A adubação de cobertura foi realizada
em três momentos diferentes, a primeira quando a cultura de
grãos atingiu de quatro a seis folhas; a segunda com oito a
dez folhas e; a última com 10 a 12 folhas (40%, 40% e 20%
da adubação, respectivamente), totalizando a aplicação de
260 kg ha-1 de ureia e 85,7 kg ha-1 de cloreto de potássio.
O experimento foi instalado seguindo o delineamento
experimental em blocos ao acaso, utilizando-se a Brachiaria
Lorenzetti et al.
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(Syn. Urochloa) em cinco arranjos populacionais (0, 5, 10, 15 e
20 plantas por m2). Cada parcela delimitada apresentava três
metros de comprimento por dois metros de largura,
totalizando seis m2, contendo seis linhas com milho,
espaçadas em 0,50 m e, espaçamento entre cada unidade
experimental de 0,50 m, perfazendo uma área experimental
de 191 m2. Para a coleta de dados, considerou-se como área
útil, as quatro linhas centrais, descartando-se os 0,50 m em
ambas as extremidades.
Os tratamentos foram distribuídos da seguinte forma:
(T1) milho solteiro como testemunha; (T2) milho + B.
ruziziensis com população de 5 plantas por m2; (T3) milho +
B. ruziziensis com população de 10 plantas por m2; (T4) milho
+ B. ruziziensis com população de 15 plantas por m2; (T5)
milho + B. ruziziensis com população de 20 plantas por m2;
com quatro repetições para cada tratamento, totalizando 20
unidades experimentais.
A cultivar do milho (Brevante B2401PWU) foi semeada
em fevereiro de 2021, de forma manual, buscando a
densidade de plantas de 60.000 ha-1, com espaçamento de
0,50 m entre linhas e média de 3,92 plantas por metro linear.
A braquiária foi semeada manualmente, no mesmo dia, nas
entrelinhas da cultura de grãos. Após a semeadura, realizou-
se a incorporação das sementes no solo com o auxílio de
rastelo. Cerca de 15 dias após a semeadura da braquiária, foi
realizado o desbaste das plantas excedentes, ajustando para o
nível populacional desejado (0, 5,10, 15 e 20 plantas por m2).
As variáveis analisadas neste experimento foram, a altura
das plantas de milho, medida no estádio de florescimento
(R1), com ajuda de um bastão medidor (cm). Para esta
determinação, adotou-se a distância da superfície do solo até
o final do pendão, medindo-se 10 plantas da área útil de cada
parcela, excluindo-se 0,50 m de cada extremidade da parcela,
a fim de evitar o efeito de borda.
Para a determinação do número de grãos por espiga do
milho, realizou-se a contagem do número de fileiras e a
contagem do número de grãos em três fileiras de cada espiga,
num total de cinco espigas por parcela. Após a debulha das
espigas colhidas na área útil de cada parcela, determinou-se a
massa de cem grãos. Para isso, aleatoriamente, realizou-se
três amostragens por parcela de 100 grãos e, em seguida, suas
massas foram submetidas à pesagem em balança de precisão
(0,01 g) e à determinação do teor de umidade, para correção
do peso, considerando umidade desejada de 13%.
A produtividade de grãos do milho foi obtida após a
debulha de todas as espigas da área útil de cada parcela. Após
pesagem dos grãos retirou-se uma amostra para
determinação do teor de umidade, que precisou ser corrigida
para 13%, para a avaliação da umidade da massa de grãos,
para que fosse possível obter a produtividade de grãos, cujos
valores foram, posteriormente, transformados para
quilogramas por hectare.
Quanto à braquiária, foram avaliadas, a altura de plantas,
determinada 30 dias após a semeadura, com o uso de trena
(cm), medindo a distância desde a superfície do solo até a
folha mais alta da planta.
Após a maturação do milho, foram amostrados pontos
aleatórios dentro da área útil de cada parcela, em uma área de
0,25 m2 (um quadrado de madeira de 0,5 X 0,5 m), para
coletar a braquiária. Cada amostra foi cortada a 15 cm do
solo, e colocada em sacos de papel kraft, onde foram pesados.
Após a pesagem foram colocadas em estufa a 50 ºC por 66
horas, para obtenção do peso seco. Em seguida, calculou-se
a produção de massa seca por hectare.
Após a maturação completa do milho, foram coletadas
amostras do solo com auxílio de um enxadão. Para isso, foi
aberta uma mini trincheira e as amostras foram retiradas das
camadas de 0-0,2 m e 0,2-0,4m de profundidade. Um total de
100 g de solo por amostra, que foi colocado em saco plástico,
fechado e guardado em caixa de isopor para conservação da
umidade.
Ao chegar ao laboratório, as amostras foram pesadas,
para obtenção do peso úmido do solo. Para posterior cálculo
da umidade gravimétrica, as amostras foram levadas para
estufa a 105 °C por 24 horas, depois foram pesadas
novamente para obtenção do peso seco. Com base nos pesos
do solo úmido e seco, foi calculada a umidade gravimétrica
do solo, a partir da Equação 1: Ug = (Mu – Ms)/Ms, em que:
Ug: Umidade gravimétrica, em kg kg-1 ou %; Mu: Massa do
solo úmido, em kg; Ms: Massa do solo seco em estufa, em kg.
A partir da maturação do milho, foi medida a temperatura
na superfície do solo, na área útil de cada parcela, com
termômetro digital, às 7:00; 12:00 e 17:00 horas.
Os resultados obtidos foram avaliados por meio da
análise de variância (ANOVA) e em caso de efeito
significativo entre os tratamentos, as médias foram
comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade,
utilizando-se o software gratuito Sisvar (FERREIRA, 2014).
3. RESULTADOS
3.1. Características agronômicas do milho
As análises estatísticas realizadas para as características
agronômicas obtidas para o milho, em função da população
de braquiária, estão apresentadas nas Tabelas 2 e 3.
Tabela 2. Altura de plantas de milho (APM), número de grãos por
espiga (NGE) e massa de cem grãos (MCG), em diferentes
populações de braquiária
Table 2. Corn plant height (APM), number of grains per ear (NGE)
and hundred-grain mass (MCG), in brachiaria different populations
Braquiária (m²)
APM (m)
NGE
MCG (g)
0
2,66 a
512,34 a
31,52 a
5
2,63 a
532,76 a
31,80 a
10
2,66 a
554,40 a
30,13 a
15
2,62 a
542,44 a
30,78 a
20
2,61 a
544,44 a
32,30 a
Média geral
2,64
537,27
31,31
CV (%)
2,4
3,6
5,14
CV Coeficiente de variação. Médias seguidas de mesma letra, na coluna,
não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 3. Produtividade de grãos (PG) de milho, em kg ha-1 e em sc
ha-1, em diferentes populações de braquiária
Table 3. Corn grain yield (PG), in kg ha-1 and in sc ha-1, in brachiaria
different populations
Braquiária (m²)
PG (kg ha
-1
)
PG (sc ha
-1
)
0
7.453, 33 a
124,22 a
5
6.659,99 a
111,00 a
10
7.099,99 a
118,33 a
15
6.826,66 a
113,77 a
20
6.906,61 a
115,11 a
Média geral
6.989,32
116,48
CV (%)
13,15
13,15
CV Coeficiente de variação. Médias seguidas de mesma letra, na coluna,
não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Densidade de plantas e os efeitos nas características agronômicas, temperatura e umidade do solo ...
Nativa, Sinop, v. 11, n. 1, p. 101-107, 2023.
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Verifica-se que não houve diferença entre os tratamentos
para as variáveis analisadas. Sendo que, a média para a altura
de plantas (Tabela 2) foi de 2,61 m em área com 20 plantas
por m² e; 2,66 m em zero e em 10 plantas por m².
Quanto ao número de grãos por espiga (Tabela 2), a
média em população com 10 plantas por (554,4),
apresentou diferença de apenas 7,6% em relação ao
tratamento com zero. a média para a massa de cem grãos
(Tabela 2) variou entre 30,13 no tratamento com 10 plantas
por m² e, 32,30 em 20 plantas por m².
No entanto, a produtividade de grãos (Tabela 3), tanto
em kg ha-1, quanto em sc ha-1, em tratamento com zero de
população de braquiária apresentou diferença de 4,7% em
relação ao obtido em área com 10 plantas por m².
3.2. Características agronômicas da braquiária
As análises estatísticas realizadas para as características
agronômicas obtidas para a braquiária, em função de sua
população, estão apresentadas na Tabela 4. Verifica-se que
houve diferença entre os tratamentos para as variáveis
analisadas.
Tabela 4. Altura de plantas de braquiária (APB), peso fresco (PF) e
peso seco (PS), em diferentes populações de braquiária
Table 4. Height of brachiaria plants (APB), fresh weight (PF) and
dry weight (PS), in Brachiaria different populations
Braquiária (m²)
APB (cm)
PF (kg ha
-1
)
PS (kg ha
-1
)
0
0,00 c
0,00 c
0,00 b
5
75,16 bc
3.427,50 b
827,17 a
10
79,21 b
4.252,50 ab
1.057,60 a
15
84,60 a
4,780,00 ab
1.281,20 a
20
84,65 a
5.455,00 a
1.462,50 a
Média geral
64,72
3.583
925,69
CV (%)
5,4
19,73
30,57
CV Coeficiente de variação. Médias seguidas de mesma letra, na coluna,
não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Em relação à altura da braquiária, as maiores médias
foram observadas nos tratamentos contendo 15 e 20 plantas
por m2, os quais foram 11,2% superiores em relação à altura
no tratamento com 5 plantas por m².
o peso fresco aumentou conforme se aumentou a
população de braquiária por m2, obtendo-se a maior média
nas condições de 20 plantas por m2, que foi 37,2% superior
em relação à observada no tratamento com 5 plantas por m².
Ao avaliar o peso seco não se observou diferença para os
tratamentos com densidade populacional de braquiária.
3.3. Características do solo
As análises estatísticas realizadas para as características
temperatura e umidade gravimétrica, em função da
população de braquiária, estão apresentadas nas Tabelas 5 e
6, respectivamente.
Ao avaliar a temperatura, não se observou diferença
estatística para as análises realizadas às 7:00 horas. No
entanto, às 12:00 horas, se observou as maiores temperaturas
e, dentre os tratamentos testados, a maior média foi obtida
no tratamento sem densidade de plantas.
Às 17:00 horas a maior média também foi observada no
tratamento sem plantas.
Quanto à umidade do solo, o se observou diferenças
entre os tratamentos testados, porém, verificou-se que, nas
camadas mais profundas o solo tendeu para um maior teor
de umidade.
Tabela 5. Temperatura superficial em diferentes horários do dia, em
diferentes populações de braquiária
Table 5. Surface temperature at different times of day, in brachiaria
different populations
Braquiária (m²)
Temperatura (ºC)
7:00 h
12:00
17:00
0
14,90 a
40,32 a
20,85 a
5
14,15 a
25,42 b
19,72 ab
10
14,22 a
24,60 b
19,45 ab
15
14,22 a
24,50 b
18,77 b
20
14,22 a
24,30 b
19,72 ab
Média geral
14,35
27,83
19,70
CV (%)
2,50
4,53
3,30
CV Coeficiente de variação. Médias seguidas de mesma letra, na coluna,
não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 6. Umidade gravimétrica (UG) nas profundidades de 0,0-0,2
m e 0,2-0,4 m, em diferentes populações de braquiária
Table 6. Gravimetric humidity (UG) at depths of 0.0-0.2 m and 0.2-
0.4 m, in brachiaria different populations
Braquiária (m²)
%
UG 0,0
-
0,2
UG 0,2
-
0,4
0
14,75 a
21,25 a
5
17,00 a
21,00 a
10
17,50 a
21,00 a
15
18,50 a
19,75 a
20
18,50 a
19,00 a
Média geral
17,25
20,40
CV (%)
10,85
16,59
CV Coeficiente de variação. Médias seguidas de mesma letra, na coluna,
não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
4. DISCUSSÃO
4.1. Características agronômicas do milho
Os resultados referentes à altura e ao número de grãos
por espiga (Tabela 2) não apresentaram médias significativas,
não sendo, portanto, influenciados pela presença e/ou
quantidade de forrageiras no consórcio.
Makino et al. (2019) ao avaliarem a produtividade e teores
de nutrientes em populações de milho safrinha solteiro e
consorciado com braquiária observaram que, entre as
variáveis morfológicas avaliadas, a altura de plantas e de
inserção de espigas e a área foliar por planta não foram
afetadas pelos tratamentos. Além disso, concluíram que, os
sistemas de cultivo também não influenciaram os
componentes de produção avaliados no milho,
demonstrando que, apesar de afetar os teores de alguns
nutrientes foliares e as características morfológicas, a
competição entre plantas de braquiária e milho no sistema
consorciado não foi capaz de comprometer a produtividade
da cultura. Coletti et al. (2015) encontraram resultados
semelhantes ao avaliarem o desempenho do milho em
consórcio com forrageiras semeadas por ocasião da adubação
de cobertura do milho.
Outra característica relacionada à produção de grãos e
que foi avaliada foi a massa de cem grãos (Tabela 2), cujos
resultados também não diferiram. Desta forma, pode-se dizer
que, o aumento da população de plantas de braquiária no
consórcio não influenciou a produção da massa de grãos.
Isso, provavelmente, influenciou na produtividade do
milho (Tabela 3) que não foi afetada pelo aumento da
população de plantas de braquiária, indicando que a
competição existente no consórcio não prejudicou esta
variável. Costa et al. (2012) e Coletti et al. (2015) encontraram
resultados semelhantes. Porém, Costa et al. (2012) obtiveram
médias de produtividade do milho diferentes das observadas
Lorenzetti et al.
Nativa, Sinop, v. 11, n. 1, p. 101-107, 2023.
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no presente trabalho, provavelmente, devido a variação de
doses de N aplicadas em cobertura. De acordo com Coletti
et al. (2015) uma provável redução na produtividade, poderia
estar ligada à competição entre as espécies consorciadas,
influenciadas pela posição de cada uma na área (linha do
milho e entrelinha) e pelo momento em que são plantadas. O
que não foi observado no presente caso.
Borghi; Crusciol (2007) também não observaram
diferença na produtividade do milho quando solteiro ou
consorciado com braquiária semeada na mesma linha, em
espaçamento de 0,90 m e de 0,45 m, cultivado no período do
verão. No mesmo sentido, Seidel et al. (2014) também não
constataram efeitos nos componentes de produção e na
produtividade do milho quando cultivado solteiro
(testemunha) ou em consórcio com a braquiária.
Segundo Cruz et al. (2009) isso pode ocorrer porque a
interferência das forrageiras no estado nutricional da cultura
e na produtividade de grãos, em sistemas de consórcio,
depende das condições de solo, clima, espécies utilizadas e do
manejo empregado. Ceccon et al. (2014) completam
reforçando que, as condições edafoclimáticas nos diferentes
períodos do ano, aliadas à escolha de diferentes espécies e às
características locais, são fatores que explicam os resultados
descritos. No verão, as condições são mais favoráveis para o
milho e a competição entre as espécies em consórcio torna-
se menor. Esse cenário se inverte no outono-inverno,
principalmente sob espaçamento adensado, devendo-se ter
mais cautela na escolha da população de plantas da forrageira
em consórcio.
4.2. Características agronômicas da braquiária
Em relação à altura da braquiária (Tabela 4), as maiores
médias foram observadas nos tratamentos contendo 15 e 20
plantas por m2. Ao passo que, o peso fresco aumentou
conforme aumentou a população de braquiária por m2. Em
estudo, Seidel et al. (2014) constataram que, a época de
semeadura alterou a produção de massa verde e seca, altura
de plantas, número de folhas, comprimento de folhas,
diâmetro do colmo da braquiária. Havendo melhor
desenvolvimento da braquiária quando foi semeada
simultaneamente ao milho. No presente caso, a semeadura
também foi simultânea, o que pode ter favorecido ambas as
culturas.
Enquanto, ao avaliar o peso seco não se observou
diferença entre os tratamentos. Porém, ressalta-se que, a
variável massa seca é de suma importância por representar a
condição inicial para semeadura da cultura subsequente
(CHIODEROLI et al., 2012). Este acúmulo de massa é
influenciado pela espécie forrageira utilizada, pela população
de plantas e também pelo ambiente, suas condições
climáticas e de solo (CARVALHO; AMABILE, 2006). Além
disso, também é importante para a própria braquiária, porque
a produção de matéria seca de uma pastagem é diretamente
proporcional ao número de perfilhos da forrageira na área
(MARTUSCELLO et al., 2009).
Assim como observado no presente caso, Coletti et al.
(2015) também não encontraram diferenças no peso seco das
plantas ao estudar a densidade populacional, porém,
obtiveram médias inferiores às deste estudo. Em relação ao
estudo de Ceccon et al. (2014) estes resultados foram
semelhantes apenas em partes, pois os autores verificaram
que o aumento na população de plantas de B. ruziziensis
proporcionou aumento na massa seca total da forrageira, no
entanto, também observaram redução na massa seca e
produtividade de grãos de milho.
4.3. Características do solo
De acordo com Miranda et al. (2004), os resíduos
agrícolas usados como cobertura morta alteram o regime
térmico do solo, principalmente por reduzir a temperatura
máxima e a amplitude térmica próxima à superfície. A
camada de resíduos funciona como uma camada de
isolamento térmico que reduz o aquecimento do solo durante
o dia e a perda de calor para a atmosfera durante a noite.
Ao avaliar a temperatura (Tabela 5), não se observou
diferenças para as análises realizadas às 7:00 horas. Porém,
verificou-se que, provavelmente, em função do horário e da
incidência do sol no solo, as médias de temperaturas foram
inferiores às apresentadas nos demais horários analisados.
Sendo que, às 12:00 horas, se observou as maiores
temperaturas e, dentre os tratamentos testados, a maior
média foi obtida no tratamento sem densidade de plantas de
braquiária.
Neste caso, a maior média não indica o melhor resultado,
mas reforça a importância de se manter a cobertura, pois, um
dos objetivos dela é reduzir a temperatura e a amplitude
térmica no solo, ao longo do dia. O aumento na temperatura
do solo pode afetar os microrganismos presentes e, desta
forma, as propriedades químicas e físicas, porque pode
influenciar, dentre outras características, na decomposição da
matéria orgânica.
De acordo com Landau et al. (2018) a temperatura ideal
para o desenvolvimento do milho, da emergência à floração,
está entre 24 e 30°C. Abaixo de 10ºC, por períodos longos, o
crescimento da planta é quase nulo e, sob temperaturas acima
de 30ºC, também por períodos longos, durante a noite, o
rendimento de grãos decresce, em razão do consumo dos
produtos metabólicos elaborados durante o dia. Para este
trabalho, temperaturas inferiores às recomendadas não foram
obtidas, porém, temperaturas acima de 40ºC foram
observadas no solo sem braquiária, para as medidas às 12:00
h. Às 17:00 horas, a temperatura tendeu a uma elevação, em
comparação com as médias obtidas às 7:00 horas, porém,
havendo redução em relação à temperatura observada às
12:00 horas. Neste caso, a maior média também foi
observada no tratamento sem braquiária, corroborando que
a adição de forrageiras influencia na redução da temperatura
do solo.
De acordo com Silva et al. (2006), os resíduos culturais
depositados na superfície, acabam alterando diversos
processos físicos, químicos e biológicos, influenciando o
crescimento e o desenvolvimento vegetal, tendo em vista a
redução da temperatura excessiva e da perda de água.
Belan et al. (2013) verificaram correlação positiva entre a
temperatura do ar e a temperatura do solo com cobertura e
do solo nu, além disso, observaram que a medida em que
ocorre o aumento da temperatura do ar, aumenta-se,
proporcionalmente, a temperatura do solo. Essa relação vai
reduzindo gradativamente de acordo com a profundidade
avaliada. Estes autores enfatizam ainda que, é comum nos
sistemas agrícolas brasileiros a ocorrência de solos
descobertos. Desta forma, se tratando de um país de clima
tropical, cujas temperaturas são frequentemente altas, as
oscilações diárias podem afetar tanto a atividade física,
química e biológica do solo, quanto à cultura em questão.
De acordo com Carneiro et al. (2014), o aumento da
amplitude térmica pode ser explicado pelos índices de
Densidade de plantas e os efeitos nas características agronômicas, temperatura e umidade do solo ...
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precipitação, e pelas variações da temperatura do ar e da
radiação solar, que contribuem para o aquecimento do solo,
principalmente nas primeiras camadas do solo.
Em estudo com coberturas, Oliveira et al. (2019)
observaram que a presença da cobertura na superfície do solo
atuou como isolante térmico, causando modificações na
quantidade de energia necessária para o aquecimento deste
solo. Sendo que, o uso de cobertura evita a perda de água por
evaporação, contribuindo assim para o desenvolvimento das
plantas (PAIVA; ARAÚJO, 2012). Além disso, segundo
Seidel et al. (2014) a inclusão de forrageiras em sistemas de
cultivos de grãos e ou florestas altera as propriedades físicas
e químicas do solo, promovendo mudanças na sua qualidade;
principalmente aumentando a estabilidade dos agregados, o
que resulta em aumento da macroporosidade do solo e
capacidade de infiltração.
Quanto à umidade do solo (Tabela 6), não se observou
diferenças entre os tratamentos testados, porém, se verificou
uma tendência de redução na umidade conforme a
profundidade do solo. Isso já era esperado, pois, a incidência
da radiação e a propagação do calor ocorrem, primeiramente,
nas camadas superficiais. Por isso, estas tendem a ter seu teor
de umidade reduzido de forma mais rápida, em comparação
com as camadas mais profundas, sofrendo com o processo
de evaporação.
No entanto, a presença da cobertura pode aumentar a
umidade no solo, uma vez que diminui a evaporação da água,
aumentando o acúmulo da mesma e, desta forma, favorecer
o manejo das culturas em épocas com baixos índices de
precipitação e altas temperaturas (MASSAD et al., 2014). Isso
porque, o manejo da cobertura do solo influencia nos
processos de aquecimento e resfriamento do mesmo,
refletindo diretamente na umidade do solo, tornando
importante o controle das oscilações da temperatura, visto
que esta atua diretamente no desenvolvimento vegetal
(PAIVA; ARAÚJO, 2012).
5. CONCLUSÕES
As variáveis produtividade, massa de cem grãos, número
de grãos por espiga e altura do milho não sofreram influência
da população de plantas de braquiária no consórcio milho-
braquiária.
O aumento da população de plantas de braquiária no
consórcio proporcionou aumento da produção de massa
fresca da braquiária.
Com relação às características do solo, a presença da
braquiária provocou redução na temperatura, independente
da população de plantas, às 12:00 horas. Porém, a população
de plantas de braquiária não influenciou na umidade do solo
nas profundidades avaliadas.
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Author Contributions (Contribuições dos Autores): - J.G.L.:
Coleta dos dados, análise estatística, redação (esboço original); -
M.A.R.: Análise estatística, supervisão do experimento no campo; -
A.P.S.: Conceituação do estudo, metodologia do estudo, supervisão
do experimento total, validação; - C.R.V.: Redação na revisão e
edição, responsável pelos trâmites do artigo. Todos os autores leram
e concordaram com a versão publicada do manuscrito.
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