Nativa, Sinop, v. 10, n. 3, p. 417-422, 2022.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v10i3.13674 ISSN: 2318-7670
Óleos essenciais de
Blepharocalyx
,
Nectandra
e
Piper
: atividade
sobre fungos apodrecedores de madeira
Nadia Helena BIANCHINI1*, Fernando Nunes GOUVEIA2, Marcelo Fontana da SILVEIRA2,
Carlos Garrido PINHEIRO1, Berta Maria HEINZMANN1,3
1Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.
2Serviço Florestal Brasileiro, Brasília, DF, Brasil.
3Departamento de Farmácia Industrial, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.
E-mail: nhbianchini@gmail.com
ORCID: (0000-0002-7035-6075; 0000-0003-2807-205X; 0000-0003-3620-7508; 0000-0002-1634-8015; 0000-0002-6509-949X)
Submetido em 11/04/2022; Aceito em 07/09/2022; Publicado em 21/09/2022.
RESUMO: A busca por produtos naturais que possam substituir preservantes da madeira sintéticos é
crescente. Dentre estes produtos, estão os óleos essenciais (OEs). Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar
a atividade antifúngica dos OEs de Blepharocalyx salicifolius, Nectandra grandiflora, Nectandra megapotamica e Piper
gaudichaudianum, sobre os fungos apodrecedores de madeira Trametes versicolor e Gloeophyllum trabeum. Os OEs
foram extraídos por hidrodestilação e foram caracterizados quimicamente. A atividade antifúngica dos OEs foi
avaliada pelo teste de difusão em placas de Petri. A verificação da inibição foi calculada com auxílio do software
ImageJ®. Os componentes majoritários dos OEs de B. salicifolius e P. gaudichaudianum foram eucaliptol e dilapiol,
respectivamente. Biciclogermacreno foi o constituinte majoritário do óleo essencial (OE) de folhas de N.
megapotamica, enquanto que a deidrofuquinona foi majoritária nos OEs de folhas e frutos de N. grandiflora. A
maior inibição do crescimento de T. versicolor foi causada pelo OE de N. megapotamica, com 31,4%. Os maiores
percentuais de inibição observados sobre o crescimento de G. trabeum foram proporcionados pelos extrativos
de P. gaudichaudianum e B. salicifolius, com 13,9 e 7,5%, respectivamente. Contudo, o resultado deste último não
diferiu dos demais OEs avaliados. Os resultados indicaram que o extrativo de espécie de Nectandra que
apresentou maior efeito sobre T. versicolor foi N. megapotamica. Entretanto, este gênero não foi tão eficiente contra
G. trabeum.
Palavras-chave: biciclogermacreno; deidrofuquinona; dilapiol; eucaliptol; Gloeophyllum trabeum; Trametes
versicolor.
Blepharocalyx
,
Nectandra
and
Piper
essential oils: activity on wood-decay fungi
ABSTRACT: The search for natural products that can replace synthetic wood preservatives is growing. Among
these products are essential oils (EOs). Therefore, the aim of this study was to evaluate the antifungal activity
of EOs from Blepharocalyx salicifolius , Nectandra grandiflora , Nectandra megapotamica and Piper gaudichaudianum on
the wood-rotting fungi Trametes versicolor and Gloeophyllum trabeum. The EOs were extracted by hydrodistillation
and chemically characterized. The antifungal activity of the EOs was evaluated by the Petri dish diffusion test.
The inhibition verification was calculated using ImageJ® software. The major components of the EOs of B.
salicifolius and P. gaudichaudianum were eucalyptol and dillapiol, respectively. Bicyclogermacrene was the major
constituent of N. megapotamica leaves essential oil (EO), while dehydrofuquinone was the major constituent of
the EOs from N. grandiflora leaves and fruits. The highest growth inhibition of T. versicolor was caused by N.
megapotamica EO, with 31.4%. The highest inhibition percentages of G. trabeum growth were provided by P.
gaudichaudianum and B. salicifolius extractives, with 13.9 and 7.5%, respectively. However, the result of the latter
did not differ from the other EOs evaluated. The results indicated that, from the extractives of Nectandra
species, the greatest effect on T. versicolor was detected to N. megapotamica EO. However, this genus was not so
efficient against G. trabeum.
Keywords: bicyclogermacrene; dehydrofuquinone; dillapiole; eucalyptol; Gloeophyllum trabeum; Trametes versicolor.
1. INTRODUÇÃO
A madeira é um produto amplamente utilizado para os
mais diferentes propósitos, principalmente em razão de suas
propriedades físicas e mecânicas, além de ser classificada
como um produto renovável. Por este motivo, a madeira é
utilizada na construção civil, indústria moveleira, fabricação
de esquadrias, dentre outras. Todavia, por ser um material
orgânico e biodegradável, apresenta grande suscetibilidade ao
ataque de organismos xilófagos, como os fungos
apodrecedores, causadores de podridão-branca e podridão-
parda (STANGERLIN et al., 2013; CAI et al., 2018).
O mercado apresenta diversos preservantes sintéticos
eficazes no controle desses microrganismos. Entretanto,
estes produtos possuem metais pesados em suas
composições, tais como cobre, chumbo e arsênio, que podem
ser tóxicos ao meio ambiente e aos seres vivos. Isso
Óleos essenciais de Blepharocalyx, Nectandra e Piper: atividade sobre fungos apodrecedores de madeira
Nativa, Sinop, v. 10, n. 3, p. 417-422, 2022.
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impulsionou a proibição do uso dessa classe de preservantes
em diversos países (REINPRECHT; HULLA, 2015; XIE et
al., 2017).
Com base no exposto, surge a necessidade da busca por
produtos naturais que sejam eficazes contra os fungos
apodrecedores da madeira, e menos tóxicos em relação aos
produtos sintéticos (VICIOLLE et al., 2012). Os óleos
essenciais (OEs) destacam-se como uma alternativa
ambientalmente segura e biologicamente ativa (MOHAREB
et al., 2013). Estes o líquidos à temperatura ambiente e
odoríferos, obtidos de partes de plantas como folhas, flores,
brotos, sementes, galhos, cascas, madeira, frutos e raízes
(TOHIDI; RAHIMMALEK; TRINDADE, 2019). Por
definição, os OEs são misturas complexas de constituintes
voláteis, como sesquiterpenoides, monoterpenoides e
fenilpropanoides, podendo conter vários grupamentos
funcionais como aldeídos, fenóis, álcoois, éteres, ésteres e
cetonas (HARKAT-MADOURI et al., 2015).
Os OEs podem apresentar atividades biológicas como a
antifúngica frente a fungos apodrecedores da madeira
(SOIDROU et al., 2013; MEDEIROS et al., 2016; SILVA et
al., 2016; PINHEIRO et al., 2021). Dentre as famílias
botânicas que possuem representantes com atividades
antifúngicas descritas para OEs estão Lauraceae, Myrtaceae
e Piperaceae (SOIDROU et al., 2013; SIDDIQUE et al.,
2015; DANIELLI et al., 2019). É possível encontrar relatos
de efeitos causados por extrativos obtidos destas famílias
sobre fungos apodrecedores da madeira (VARSHNEY et al.,
2012; SOIDROU et al., 2013; SILVA et al., 2016;
BIANCHINI, 2017; TRES, 2017).
Existem diferentes formas de avaliação da atividade
antifúngica de um extrativo sobre fungos apodrecedores da
madeira (BENTO et al., 2014; MEDEIROS et al., 2016;
SILVA et al., 2016; PINHEIRO et al., 2021). Uma das
formas de verificação do crescimento micelial dos fungos é a
utilização do processamento digital de imagens. Este
procedimento permite o lculo exato do nível de inibição
proporcionado por um óleo essencial (OE), uma vez que o
crescimento dos fungos nem sempre é homogêneo e circular,
tornando as ferramentas digitais mais precisas em relação às
físicas (MEDEIROS et al., 2016).
O histórico das atividades biológicas apresentadas pelos
extrativos de Lauraceae, Myrtaceae e Piperaceae, bem como
a necessidade da descoberta de métodos alternativos para
controle de fungos apodrecedores da madeira, estimularam a
realização do presente estudo. Para isto, foram escolhidos
cinco OEs, obtidos de folhas de Blepharocalyx salicifolius
(Kunth.) O. Berg. (Myrtaceae), Nectandra grandiflora Nees.
(Lauraceae), Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez.
(Lauraceae) e Piper gaudichaudianum Kunth. (Piperaceae), e o
OE de frutos de N. grandiflora.
Não foram encontrados relatos na literatura sobre o uso
de processamento digital de imagens como ferramenta para
avaliação da atividade antifúngica dos OEs das quatro
espécies mencionadas sobre fungos apodrecedores da
madeira. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a
atividade antifúngica dos OEs de B. salicifolius (murta), N.
grandiflora (canela-amarela), N. megapotamica (canela-preta) e P.
gaudichaudianum (pariparoba) sobre o desenvolvimento de
dois fungos apodrecedores de madeira, Trametes versicolor (L.)
Lloyd, causador de podridão-branca, e Gloeophyllum trabeum
(Pers.) Murrill, causador de podridão-parda, com auxílio do
processamento digital de imagens.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Coleta do material vegetal e obtenção dos óleos
essenciais
As folhas e os frutos de N. grandiflora foram coletados no
município de Jaguari, RS, enquanto que as folhas de P.
gaudichaudianum, de B. salicifolius e de N. megapotamica foram
coletadas no município de Santa Maria, RS. Todas as coletas
foram realizadas durante o verão. O material vegetal fresco
foi submetido ao processo de hidrodestilação, em aparelho
Clevenger modificado, em triplicata, por 3 h (AMARAL et
al., 2015). Para a obtenção do OE das folhas de P.
gaudichaudianum, foi necessário realizar a extração do OE a
partir do hidrolato, com auxílio de funis de separação e do
solvente hexano, que foi removido em rotaevaporador
(SCHINDLER; HEINZMANN, 2017). Após a obtenção
dos OEs, foram calculados os rendimentos (m/m) e as
densidades (m/v) dos extrativos.
2.2. Análise da composição química dos óleos essenciais
As composições químicas dos OEs foram determinadas
por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de
massas (CG-EM), em um sistema hifenado Agilent 7890A,
equipado com um detector seletivo de massas série 5975C.
Utilizou-se uma coluna capilar de lica fundida HP5-MS
(Hewlett Packard, 5% de fenil, 95% de metilsiloxano, 30 m x
0,25 mm, espessura de filme: 0,25 mm). Parâmetros de
análise: energia de ionização de 70 Ev; divisão de fluxo 1: 100;
programa de temperatura: 40°C por 4 min; 40-320 ºC a 4 ºC
min-1. Gás carreador: He, a 1 mL min-1. Temperatura do
injetor e detector: 250 ºC. A identificação dos compostos foi
feita por comparação dos seus índices de retenção,
determinados por uma curva de calibração de n-alcanos,
injetados sob as mesmas condições cromatográficas das
amostras, e dos padrões de fragmentação de massas (NIST,
2009) com os mencionados na literatura (ADAMS, 2009).
A quantificação dos compostos foi feita por
cromatografia gasosa com detecção por ionização em chama
(CG-DIC). Os parâmetros das análises foram os mesmos
supracitados, excetuando-se os seguintes: injeção com
divisão de fluxo de 1:50; temperatura do injetor e detector:
300 ºC. A determinação da percentagem dos componentes
químicos ocorreu com base na normalização de área dos
picos.
2.3. Avaliação da atividade dos óleos essenciais
A avaliação da atividade dos OEs foi feita por meio do
teste de difusão em placas proposto por Medeiros et al.
(2016), que determina a ação de um produto sobre o
crescimento de dois fungos apodrecedores de madeira, T.
versicolor (Mad 697), de podridão-branca, e G. trabeum (Mad
617), de podridão-parda. As cepas foram provenientes da
Coleção de Fungos Xilófagos do Laboratório de Produtos
Florestais - LPF do Serviço Florestal Brasileiro - SFB.
Para a realização do experimento, foram utilizadas 30
placas de Petri (9 cm) para cada OE analisado, sendo 10 por
fungo e 10 para o controle. Cada uma delas recebeu 15 mL
de meio de cultura (30 g de extrato de malte, 18 g de ágar
dissolvidos em 1 L de água deionizada) e dois discos miceliais
(6 mm) dos fungos apodrecedores, que foram dispostos
sobre o meio em duas bordas diametralmente opostas nas
placas, após este ter sido esterilizado (30 minutos a 121 ºC
em autoclave), resfriado e solidificado. No centro de cada
placa foi feito um orifício de 5 cm de diâmetro onde foram
Bianchini et al.
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colocados 20 µL de cada OE. Para cada espécie fúngica foi
considerado um grupo controle contendo 10 placas sem a
presença de OEs. As placas foram transferidas para uma
incubadora com temperatura (25 ± 2 ºC) e umidade relativa
do ar (75 ± 2%) controladas, para o desenvolvimento dos
fungos.
O experimento foi finalizado quando as placas do grupo
controle foram completamente cobertas pelos micélios.
Assim, o ensaio com T. versicolor durou 7 dias e o teste com
G. trabeum, 14 dias. Os dados que se apresentavam como
outliers, segundo metodologia proposta por Hoaglin et al.
(1986), foram removidos das análises. Utilizou-se o Teste de
Shapiro-Wilk e Teste de Levene para avaliação da
normalidade e homogeneidade das variâncias dos dados,
respectivamente. Com todos esses pré-requisitos cumpridos,
realizou-se a Análise de Variância (ANOVA) e teste de Tukey
(p<0,05).
A atividade promovida pelos OEs foi calculada por meio
de análise de imagens, utilizando o software de domínio
público ImageJ®. Para tal, foram obtidas fotografias, sem flash
e sem zoom, de todas as placas, com uma câmera digital com
8 megapixels, posicionada a 12 cm das amostras, de acordo
com Medeiros et al. (2016). A iluminação do local era difusa,
com lâmpadas fluorescentes de 20 W.
Cada imagem colorida foi limiarizada (Figura 1), ou seja,
transformada em uma imagem em preto e branco, a fim de
que a área ocupada pelo fungo (branca) fosse calculada.
Assim, o percentual de inibição foi determinado pela seguinte
equação, proposta por Cheng et al. (2011):
PI = 󰇡1 
󰇢 x 100 (01)
em que: PI = Potencial de Inibição (%); 𝐴𝑓= Área ocupada pelo
fungo nas placas com óleo essencial; 𝐴𝑓= Área ocupada pelo fungo
nas placas controle.
A
B
Figura 1. Análise da atividade antifúngica dos óleos essenciais por
análise de imagem. Imagem original (A) e após limiarização (B).
Figure 1. Analysis of antifungal activity of the essential oils by image
analysis. Original image (A) and after thresholding (B).
3. RESULTADOS
3.1. Rendimento e caracterização dos óleos essenciais
O rendimento, a densidade e os componentes
majoritários dos OEs avaliados neste estudo estão descritos
na Tabela 1.
Tabela 1. Rendimento (%), densidade (g mL-1) e componentes majoritários (%) dos óleos essenciais de folhas de Blepharocalyx salicifolius
(FoBS), Piper gaudichaudianum (FoPG), Nectandra megapotamica (FoNM), Nectandra grandiflora (FoNG) e dos frutos de Nectandra grandiflora
(FrNG).
Table 1. Yield (%), density (g mL-1) and major components (%) of essential oils from the leaves of Blepharocalyx salicifolius (FoBS), Piper
gaudichaudianum (FoPG), Nectandra megapotamica (FoNM), Nectandra grandiflora (FoNG) and Nectandra grandiflora fruits (FrNG).
Componentes FoBS FoPG FoNM FoNG FrNG
α-pineno - - 15,93 - -
β-pineno - - 13,58 - -
α-terpineol 2,22 - - - -
Eucaliptol 63,4 - - - -
β-cariofileno 13,687 - - - -
α-cariofileno - 4,84 - - -
Germacreno D - 4,16 - - -
Biciclogermacreno - - 16,14 9,1 -
Dilapiol - 82,62 - - -
Epóxido de dehidrofuquinona - - - - 12,26
Deidrofuquinona - - - 31,6 50,95
Eremofilan-11-en-10-ol - - - - 10,13
Kaureno - - - 6,87 -
Rendimento (%) 2,29 1,79 0,17 0,43 0,68
Densidade (g mL-1) 0,89 0,99 0,85 0,91 0,89
Os rendimentos oscilaram entre 0,17 e 2,29%, enquanto
que as densidades variaram entre 0,85 e 0,99 g mL-1. O OE
obtido dos frutos de N. grandiflora (FrNG) apresentou
deidrofuquinona, epóxido de deidrofuquinona e eremofilan-
11-en-10-ol como constituintes majoritários. No extrativo
obtido de folhas de N. grandiflora (FoNG), destacaram-se
deidrofuquinona, biciclogermacreno e kaureno. O OE de P.
gaudichaudianum (FoPG) apresentou dilapiol, α-cariofileno e
germacreno D como compostos mais representativos.
Eucaliptol, β-cariofileno e α-terpineol foram os constituintes
Óleos essenciais de Blepharocalyx, Nectandra e Piper: atividade sobre fungos apodrecedores de madeira
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majoritários do extrativo de B. salicifolius (FoBS). No OE
obtido das folhas de N. megapotamica (FoNM) foram
identificados biciclogermacreno, α-pineno e β-pineno como
principais compostos.
3.2. Atividade dos óleos essenciais
O maior percentual de inibição de T. versicolor foi
proporcionado pelo OE FoNM, superior a 30%, uma
atividade no mínimo 14 vezes maior que os demais extrativos
(Tabela 2). Apenas a atividade de FoBS proporcionou uma
inibição do fungo inferior a 1%.
Em relação à atividade dos extrativos frente a G. trabeum,
os maiores percentuais de inibição observados foram
causados pelos OEs FoPG e FoBS, com 13,9 e 7,5%,
respectivamente. Entretanto, o resultado deste último OE
não diferiu dos percentuais apresentados pelos outros três
extrativos avaliados contra G. trabeum, os quais oscilaram
entre 0,6 e 0,9%. FoPG apresentou uma atividade
aproximadamente 15,4 vezes maior que FoNM, 19,9 vezes
maior que FoNG, e 23,17 vezes maior que FrNG.
Tabela 2. Percentual de inibição dos óleos essenciais de folhas de
Blepharocalyx salicifolius (FoBS), Nectandra grandiflora (FoNG),
Nectandra megapotamica (FoNM) e Piper gaudichaudianum (FoPG), e de
frutos de Nectandra grandiflora (FrNG) sobre o crescimento dos
fungos Trametes versicolor e Gloeophyllum trabeum em teste de difusão
em placa.
Table 2. Inhibition percentage of essential oils from the leaves of
Blepharocalyx salicifolius (FoBS), Nectandra grandiflora (FoNG),
Nectandra megapotamica (FoNM) e Piper gaudichaudianum (FoPG) and
fruits of Nectandra grandiflora (FrNG) on the growth of the fungi
Trametes versicolor and Gloeophyllum trabeum in plate diffusion test.
Óleo essencial Trametes versicolor (%)
Gloeophyllum trabeum (%)
FoNM 31,35 a 0,9 b
FoPG 2,23 b 13,91 a
FoBS 0,05 b 7,53 ab
FoNG 1,89 b 0,71 b
FrNG 1,62 b 0,64 b
Dados apresentados como médias (n= 10). Valores seguidos por letras
diferentes na mesma coluna diferem significativamente (P<0,05).
4. DISCUSSÃO
No presente estudo foi possível analisar as características
dos OEs de espécies dos gêneros Blepharocalyx, Piper e
Nectandra, bem como avaliar suas atividades antifúngicas
sobre fungos apodrecedores da madeira. Os OEs FoBS e
FoPG destacaram-se pelos elevados rendimentos e por
afetaram o crescimento de G. trabeum. FoNM apresentou
uma atividade antifúngica marcante sobre T. versicolor, apesar
do baixo rendimento.
A partir da caracterização química dos OEs FoNM e
FoBS, foi possível identificar a presença de
monoterpenoides. A literatura apresenta relatos de atividade
antifúngica de monoterpenoides como α-pineno, β-pineno e
α-terpineol sobre fungos apodrecedores da madeira
(ZHANG et al., 2016). O eucaliptol teve atividade
antifúngica descrita contra patógenos micotoxigênicos de
plantas (MORCIA et al., 2012).
A análise dos OEs FoNM, FoPG e FoBS possibilitou a
identificação de sesquiterpenoides. Representantes desta
classe de constituintes como α-cariofileno e β-cariofileno
apresentaram atividade antifúngica contra Alternaria alternata
(JING et al., 2018). Derivados de sesquiterpenoides
tiveram atividade antifúngica relatada contra fungos
apodrecedores da madeira (WU et al., 2005).
As presenças dos monoterpenoides α-pineno e β-pineno,
bem como do sesquiterpenoide biciclogermacreno, podem
explicar a atividade antifúngica de FoNM sobre T. versicolor.
FoBS e FoPG afetaram o crescimento de G. trabeum, efeito
que pode estar relacionado às composições químicas dos
extrativos, visto que o constituinte majoritário de FoBS é um
monoterpenoide, e FoPG contém sesquiterpenoides.
No OE FoPG foi possível identificar a presença do
fenilpropanoide dilapiol como constituinte majoritário, o que
pode explicar a atividade antifúngica frente ao fungo de
podridão-parda. Esta classe de constituintes já tem relatos de
atividade antifúngica descritos na literatura, como o efeito do
eugenol sobre A. alternata (JING et al., 2018). O OE de Piper
aduncum L., cujo constituinte majoritário é o dilapiol, bem
como uma fração enriquecida com esta substância,
apresentaram atividade antifúngica sobre fungos
filamentosos (FERREIRA et al., 2016). Destaca-se que o
gênero Piper é conhecido por relatos de atividade antifúngica
dos OEs produzidos por seus representantes (MORANDIM
et al., 2010; SILVA et al., 2010; SILVA et al., 2016).
O OE de folhas de N. grandiflora teve sua atividade
antifúngica avaliada contra fungos apodrecedores da madeira
(SILVA et al., 2016; BIANCHINI, 2017). Em nosso estudo,
o extrativo obtido de folhas da espécie foi testado sobre
fungos de podridão-branca e parda utilizando-se o método
descrito por Medeiros et al. (2016), diferente do utilizado
pelos autores anteriormente citados. Enquanto os trabalhos
anteriores avaliaram curvas de concentrações de OE diluído
em solvente, em que o disco micelial do fungo é depositado
no centro da placa de Petri, diretamente sobre o meio
contendo o extrativo (SILVA et al., 2016; BIANCHINI,
2017), neste trabalho o OE foi aplicado puro, no centro do
meio de cultura, sem depositar o disco micelial do fungo
diretamente sobre o meio contendo OE. Os discos são
depositados em duas extremidades da placa de Petri, e o
efeito do extrativo é avaliado a partir do crescimento dos
micélios em direção ao centro do meio contendo OE. Com
o auxílio do processamento digital de imagens como
ferramenta, foi possível avaliar a atividade dos extrativos
sobre os fungos.
A partir dos resultados encontrados, pode-se observar
que o fungo de podridão-branca foi mais suscetível ao OE
FoNM. Existem relatos na literatura sobre a dificuldade de
controlar o crescimento in vitro de T. versicolor, uma vez que
este fungo produz enzimas ligninolíticas que são capazes de
degradar tanto a lignina quanto compostos antifúngicos
presentes nos OEs (BAYRAMOGLU; ARICA, 2009;
PÁNEK et al., 2014).
O resultado encontrado em nosso estudo ressalta o
potencial antifúngico do OE de folhas de N. megapotamica. O
extrativo obtido de folhas desta espécie teve atividade
antifúngica descrita contra fungos filamentosos dos gêneros
Trichophyton e Microsporum (DANIELLI et al., 2019).
Entretanto, até o momento, o foram encontrados relatos
de atividade do OE da espécie sobre fungos apodrecedores
da madeira. No estudo de Danielli et al. (2019), os
constituintes majoritários dos OEs analisados foram
biciclogermacreno e germacreno D. Biciclogermacreno foi
um dos principais compostos identificados no OE FoNM em
nosso estudo, o que sugere que este sesquiterpenoide foi um
dos causadores da atividade encontrada.
Bianchini et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 3, p. 417-422, 2022.
421
A atividade antifúngica do OE extraído de folhas de B.
salicifolius foi verificada contra Paracoccidioides brasiliensis
(FURTADO et al., 2018). Entretanto, ao momento, não
foram encontrados estudos sobre a atividade do OE da
espécie sobre fungos apodrecedores da madeira.
A partir dos resultados encontrados no presente estudo,
evidencia-se o potencial dos OEs obtidos de folhas de N.
megapotamica, P. gaudichaudianum e B. salicifolius para o controle
de fungos apodrecedores da madeira. Somando-se à atividade
antifúngica detectada, os extrativos de P. gaudichaudianum e B.
salicifolius também apresentaram elevados rendimentos. Estes
resultados indicam o potencial destas duas espécies para o
futuro desenvolvimento de produtos antifúngicos com base
nesses OEs. Para isto, são recomendados novos estudos,
como a verificação do comportamento dos extrativos
quando em contato com corpos de prova de madeira.
5. CONCLUSÕES
No presente estudo, destacaram-se os efeitos dos OEs de
folhas de N. megapotamica, B. salicifolius, P. gaudichaudianum
sobre os fungos apodrecedores da madeira. Estas duas
últimas espécies vegetais apresentaram elevados rendimentos
de OEs. A partir da caracterização química dos OEs, foi
possível detectar a presença monoterpenoides nos dois
primeiros extrativos. Nos três OEs foram identificados
sesquiterpenoides, e um fenilpropanoide foi verificado no
extrativo de P. gaudichaudianum. A partir da utilização do
processamento digital de imagens como ferramenta, foi
possível detectar que N. megapotamica destacou-se entre as
espécies do gênero, por apresentar o OE com maior atividade
sobre T. versicolor. Entretanto, contra o representante de
podridão-parda, G. trabeum, os extrativos de Nectandra
apresentaram efeitos menores que o demonstrado pelo OE
de P. gaudichaudianum. Os resultados encontrados no presente
estudo indicam diferentes efeitos dos extrativos de espécies
de Blepharocalyx, Nectandra e Piper sobre fungos apodrecedores
da madeira.
6. AGRADECIMENTOS
O presente trabalho foi realizado com apoio da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.
7. REFERÊNCIAS
ADAMS, R. P. Identification of essential oil components
by gas chromatography/quadrupole mass
spectroscopy. 4 ed. Illinois: Allured Publishing
Corporation, 2009. 804p.
AMARAL, L. P.; SCHINDLER, B.; BIANCHINI, N. H.;
LONGHI, S. J.; ALMEIDA, C. A. A. de; MALLMANN,
C. A.; HEINZMANN, B. M. Variabilidad de la
composición química del aceite esencial de Nectandra
megapotamica (Spreng.) Mez (Lauraceae). Boletín
Latinoamericano y del Caribe de Plantas
Medicinales y Aromáticas, v. 14, n. 3, p. 190-205, 2015.
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