Nativa, Sinop, v. 11, n. 1, p. 82-89, 2023.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v11i1.13662
ISSN: 2318-7670
Aplicação foliar de ureia, níquel e sacarose em estádio reprodutivo da soja
Ana Clara Dutra KOCHENBORGER1, Valdeci ORIOLI JÚNIOR1,
Gabriel Augusto SILVA1, Mateus Martini SARGENTIM1, José Luiz Rodrigues TORRES1
1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, Brasil.
*E-mail: valdeci@iftm.edu.br
Submetido em 07/04/2022; Aceito em 06/02/2023; Publicado em 14/04/2023.
RESUMO: A aplicação foliar dos nutrientes N e Ni em estádio reprodutivo da soja pode trazer benefícios à
cultura da soja. No entanto, ao se utilizar a ureia como fonte para essa prática é comum a ocorrência de
fitotoxidez nas folhas. Essa fitotoxidez pode ser reduzida pela adição de Ni e sacarose à calda de pulverização.
Assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a aplicação de uma solução com diferentes concentrações
de ureia, com e sem a presença de Ni e sacarose. O delineamento experimental utilizado foi em blocos
casualizados, em esquema fatorial 4x2x2, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos de quatro
concentrações de ureia (0, 5, 10 e 15% m/v), na presença ou ausência de Ni (30 g ha-1 de Ni), com e sem adição
de sacarose (1 mol L-1), aplicadas via folha no início da fase de enchimento de grãos. A aplicação foliar de ureia
se mostrou viável somente com a adição de sacarose à calda de pulverização. A adição de sacarose na calda
elimina a fitotoxidez nas plantas de soja causada pela aplicação de ureia. Não foram observados benefícios da
aplicação isolada ou combinada de Ni e sacarose.
Palavras-chave: Glycine max L.; nutrição de plantas; adubação nitrogenada; micronutriente; urease.
Foliar fertilization of urea, nickel and sucrose in reproductive stage of soybean
ABSTRACT: The foliar application of N and Ni nutrients in the reproductive stage of soybean can bring
benefits to the soybean crop. However, when using urea as a source for this practice, the occurrence of
phytotoxicity in the leaves is common. This phytotoxicity can be reduced by adding Ni and sucrose to the spray
solution. Thus, the present work aimed to evaluate the application of a solution with different urea
concentrations, with and without the presence of Ni and sucrose. The experimental design used was in
randomized blocks, in a 4x2x2 factorial scheme, with four replications. The treatments consisted of four urea
concentrations (0, 5, 10 and 15% w/v), in the presence or absence of Ni (30 g ha-1 of Ni), with and without the
addition of sucrose (1 mol L- 1), applied to the leaves at the beginning of the grain filling phase. The foliar
application of urea proved to be viable only with the addition of sucrose to the spray solution. The addition of
sucrose in the spray solution eliminates phytotoxicity in soybean plants caused by urea. No benefits were
observed from the isolated or combined application of Ni and sucrose.
Keywords: Glycine max L.; plants nutrition; nitrogen fertilization; micronutrient; urease.
1. INTRODUÇÃO
A soja (Glycine max (L.) Merril) é a principal planta
oleaginosa cultivada no Brasil, cultura que tem como
produto, além do óleo para alimentação e biocombustíveis, o
farelo para produção de suínos e aves, e o grão para
exportação. A implementação de tecnologias na área de
melhoramento genético, agricultura de precisão, fertilidade
do solo e nutrição de plantas fez com que a produtividade
média da soja tivesse um aumento significativo nos últimos
anos e, atualmente, o Brasil se encontra como o maior
produtor mundial de soja (SILVA et al., 2022).
De acordo com dados da Companhia Nacional de
Abastecimento (CONAB, 2023), estimativa de produção
de 152,7 milhões de toneladas de soja na safra 2022/23, um
aumento de 22,2% em relação à safra 2021/22.
A adubação é um fator determinante para a obtenção de
altas produtividades de soja e trata-se de uma operação que
ocupa a grande parcela do custo final de produção (SILVA et
al., 2022). O alto teor de proteína na semente implica em uma
demanda de, aproximadamente, 80 kg de N por tonelada
colhida, dos quais 75% o exportados da área de cultivo
(BENDER et al., 2015). Parte considerável dessa quantidade
é suprida pela Fixação Biológica Nitrogênio (FBN), o que
pode eliminar a necessidade da adubação nitrogenada e
tornar o cultivo de soja mais viável financeiramente
(SARTORI et al., 2023).
No entanto, o lançamento de cultivares com alto teto de
produtividade e resultados de pesquisas, realizadas
principalmente nos EUA, mostram uma resposta da soja à
aplicação de N no início do enchimento de grãos, o que gera
dúvidas sobre a utilização de N na soja de forma tardia
(LAMOND; WESLEY, 2001).
Diversos estudos abordaram a capacidade da FBN em
suprir toda a demanda de N para a soja. Alguns destes
demonstram que não existe a necessidade da adubação
nitrogenada complementar para a cultura (VARGAS et al.
1982; MENDES et al., 2003). Por outro lado, outros
trabalhos, como os de Wesley et al. (1998), Gan et al. (2002,
2003), Salvagiotti et al. (2009) e Cassim et al. (2020), apontam
que somente a FBN não supriria a necessidade da planta,
*
Kochenborger et al.
Nativa, Sinop, v. 11, n. 1, p. 82-89, 2023.
83
principalmente em fase reprodutiva, evidenciando assim a
necessidade da adubação suplementar.
Segundo Boote et al. (1978), a aplicação foliar de
nutrientes na soja aumenta os teores foliares destes,
aumentando a taxa fotossintética, principalmente na fase de
senescência. Entretanto, os resultados na produtividade não
são consistentes. Estudos envolvendo doses e épocas de
aplicação de N via foliar são importantes, pois pode haver
benefício, mas essa prática também pode trazer problemas ao
desenvolvimento da planta em caso de fitotoxidez causada
pelo fertilizante nitrogenado, ocasionada por seu acúmulo
nos tecidos foliares.
Segundo Rosolem; Boaretto (1989), a ocorrência de
fitotoxidez devido à aplicação de N foliar poder ser
minimizada com a escolha da fonte do nutriente, da ponta de
pulverização e do volume de calda, assim como o horário de
aplicação. Quanto à fonte, a ureia desperta grande interesse,
pois apresenta alta concentração de N e baixo custo por
quilograma deste nutriente quando comparada aos demais
fertilizantes nitrogenados.
A ureia nas plantas pode ser proveniente de diversas
fontes, como a absorção direta ou gerada como subproduto
da síntese de poliaminas (KUSANO et al., 2007) ou, ainda,
pode ser sintetizada durante a degradação de aminoácidos
(TODD et al., 2006), sendo o N um dos nutrientes que
primeiramente é redistribuído para os grãos a fim de suportar
seu desenvolvimento (MARSCHNER, 2012). A eficiência do
fornecimento de N está relacionada à alta assimilação desse
nutriente pelas plantas, como também está relacionada à
hidrólise da ureia na planta, a qual é mediada pela presença
do Ni.
O Ni teve sua essencialidade comprovada por Dixon et
al. (1975), Eskew et al. (1983, 1984) e Brown et al. (1987).
Esse elemento faz parte da urease, uma enzima que catalisa a
hidrólise das moléculas de ureia em NH3 e CO2, o que afeta
diretamente a eficiência da utilização do N foliar. Segundo
Gerendás; Sattelmacher (1997) e Fernández et al. (2015), a
deficiência desse nutriente em plantas pode causar um
acúmulo de ureia em tecidos foliares devido à baixa atividade
da urease, acarretando sintomas de necrose nas folhas, o que
pode ser evitado em função do fornecimento de Ni.
Recentemente, Ávila (2016) observou que, mesmo em doses
mais baixas, o Ni pode apresentar caráter tóxico às plantas, o
que restringe seu uso a pequenas quantidades.
Volk; Mcaulife (1954) citaram a sacarose como uma
substância que pode diminuir, até certo ponto, injúrias
foliares causadas por altas concentrações de ureia, isso por
conta da diminuição da taxa de absorção desse nutriente,
efeito esse análogo ao obtido por Alecrim (2016), onde a
aplicação de sacarose em plantas de café atingidas pela deriva
de Glyphosate apresentaram melhor taxa fotossintética em
relação as que não receberam o tratamento.
A aplicação de ureia foliar pode trazer efeitos benéficos
para soja, entretanto, esse fornecimento em altas
concentrações pode prejudicar o crescimento da cultura.
Dessa forma, a aplicação de Ni em conjunto com a sacarose
pode mitigar os efeitos fitotóxicos da aplicação, o que
permitiria o fornecimento de maiores doses de N foliar por
meio da ureia.
Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a viabilidade
técnica da aplicação foliar de ureia em estádio reprodutivo da
soja, na presença e ausência de Ni e sacarose e, caso seja
viável, definir a concentração de ureia a ser adotada para essa
finalidade.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O Experimento foi conduzido em condições de campo
no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Triângulo Mineiro Campus Uberaba a 19º39’42’ Sul e
47º57’48’’ Oeste, 790 metros de altitude, com clima local,
segundo classificação de Köppen do tipo tropical quente e
úmido, com inverno frio e seco (Aw), com precipitação e
temperatura média anual de 1500 mm e 21ºC,
respectivamente. O solo do local é classificado com
Latossolo Vermelho distrófico de textura média e o
experimento foi conduzido de novembro de 2019 até abril de
2020 em área cultivada com soja sob plantio direto três
anos.
2.1. Delineamento experimental
O delineamento experimental adotado foi em blocos
casualizados (DBC) em esquema fatorial 4x2x2, com quatro
repetições. Os tratamentos consistiram na associação da
aplicação, via foliar, de solução com diferentes concentrações
de ureia (0, 5, 10 e 15% m/v), com e sem aplicação de níquel
(30 g ha-1) e com e sem a aplicação de sacarose (1 mol L-1).
Cada unidade experimental foi composta por oito linhas
de cinco metros de comprimento espaçadas por 0,5 metros
entre si, totalizado quatro metros de largura e uma área de 20
m².
2.2. Preparo da área experimental
Previamente foi realizada a caracterização dos atributos
químicos do solo por meio de amostragem e análise química
de solo nas camadas 0-0,20 m e 0,20-0,40 m para
norteamento da correção do solo, adubação de semeadura e
cobertura (Tabela 1).
A semeadura foi realizada mecanicamente e a cultivar
utilizada foi a RK6719, adotando-se o espaçamento
entrelinhas de 0,50 m, com 20 sementes por metro,
procurando-se obter uma população de 400.000 plantas ha-1.
Neste momento, foram aplicados 60 kg ha-1 de P2O5 e 60 kg
ha-1 de K2O no sulco, tendo-se como fonte o fertilizante 0-
20-20.
Tabela 1. Atributos químicos do solo nas camadas de 0 a 0,20 m e 0,20 a 0,40 m.
Table 1. Soil chemical attributes in the 0 to 0.20 m and 0.20 to 0.40 m layers.
Profundidade pH(CaCl2) P(resina) K Ca Mg Al H+Al MO V
m
mg dm-3 mmolc dm-3 g dm-3 %
0-0,20 5,1 17,6 2,52 23 4,8 0 24 23,8 55,8
0,20-0,40 5,0 9,7 1,06 8,9 2,2 0 29 20,4 29,5
2.3. Aplicação dos tratamentos
A aplicação dos tratamentos foi realizada quando,
aproximadamente, 50% das plantas atingiram o estádio R5.1
da cultura, caracterizado pelo início de formação dos grãos,
com grãos perceptíveis ao tato, o equivalente a 10% da
granação (FEHR; CAVINESS, 1977). Como fontes foram
Aplicação foliar de ureia, níquel e sacarose em estádio reprodutivo da soja
Nativa, Sinop, v. 11, n. 1, p. 82-89, 2023.
84
utilizados o açúcar cristal (99,5% de sacarose), a ureia (45%
de N) e o sulfato de níquel (22% de Ni).
Os elementos de cada tratamento foram previamente
dissolvidos em um recipiente de plástico e posteriormente
misturados em pulverizador costal elétrico de 20 litros,
mantendo-se agitação manual até a aplicação. As aplicações
foram realizadas no mesmo dia ao final da tarde, com início
às 16h30min, adotando-se uma vazão de 200 L ha-1.
2.4. Variáveis avaliadas
Avaliaram-se a massa de 100 grãos, obtida a partir da
massa média de 100 grãos cinco amostras por parcela; o
número de grãos por planta; vagens por planta e grãos por
vagem. Para essas últimas quatro variáveis, por ocasião da
colheita, foram amostradas sete plantas em cada parcela. Para
as variáveis massa de 100 grãos e massa de grãos por planta
realizou-se a correção dos valores para 13% de umidade (base
úmida).
2.5. Análise estatística
Todas os dados foram submetidos à análise de variância,
sendo os efeitos dos tratamentos estudados por meio de
análise de regressão (doses; causa de variação quantitativa) ou
do teste de Tukey (épocas de aplicação; causa de variação
qualitativa). Para análise das notas de fitotoxidez os dados
foram convertidos para √x+0,5. Foi adotado o nível de
significância de 5% de probabilidade em todas as análises.
3. RESULTADOS
Para nenhuma das variáveis notaram-se efeitos isolados
das causas de variação ou interação tripla entre elas (p > 0,05).
No entanto, foram verificadas interações entre duas causas
de variação para as variáveis número de vagens e grãos por
planta, grãos por vagem, massa de grãos por planta e notas
de fitotoxidez (Tabela 2).
Tabela 2. Coeficiente de variação (CV%), valores de F, probabilidade (p) e significância das interações duplas da análise de variância para a
massa de 1000 grãos, vagens e grãos por planta, massa de grãos por planta e notas de fitotoxidez.
Table 2. Coefficient of variation (CV%), F values, probability (p) and significance of the double interactions of the analysis of variance for
the mass of 1000 grains, pods and grains per plant, mass of grains per plant and phytotoxicity scores.
Causas de variação
Massa de
1000 grãos
Vagens por
planta
Grãos por
planta
Grãos por
vagem
Massa de grãos
por planta Fitotoxidez1
p
p
F
p
p
F
p
F
p
Ni d. Sem sacarose 0,20NS
0,6534
1,80NS
0,1870
1,52NS
0,2234
0,16NS
0,6948
1,80NS
0,1863
0,01NS 0,9144
Ni d. Com sacarose 1,64NS
0,2068
2,17NS
0,1475
2,12NS
0,1519
0,28NS
0,6011
2,67NS
0,1089
0,33NS 0,5664
Sacarose d. Sem Ni 2,75NS
0,1043
1,89NS
0,1757
1,69NS
0,1997
0,01NS
0,9582
2,43NS
0,1264
36,36** <0,0001
Sacarose d. Com Ni 0,01NS
0,9403
2,07NS
0,1573
1,93NS
0,1712
0,01NS
0,9374
2,02NS
0,1624
45,10** <0,0001
Ni d. 0% de ureia 0,28NS
0,5968
0,01NS
0,9747
0,02NS
0,8902
0,67NS
0,4170
0,07NS
0,7873
0,00NS 1,0000
Ni d. 5% de ureia 0,18NS
0,6720
0,01NS
0,9333
0,05NS
0,8252
1,01NS
0,3201
0,01NS
0,9041
0,00NS 1,0000
Ni d. 10% de ureia 0,01NS
0,9156
2,29NS
0,1376
2,16NS
0,1490
0,01NS
0,9705
1,94NS
0,1704
0,00NS 1,0000
Ni d. 15% de ureia 1,37NS
0,2473
2,07NS
0,1572
2,29NS
0,1371
0,31NS
0,5793
1,88NS
0,1771
0,44NS 0,5101
Ureia d. Sem Ni
Regressão linear 0,60NS
0,4424
2,27NS
0,1392
0,38NS
0,0726
6,83* 0,0121
4,02NS
0,0510
30,32** <0,0001
Regressão quadrática 0,96NS
0,3326
0,01NS
0,9777
0,01NS
0,9448
0,01NS
1,0000
0,02NS
0,8868
0,06NS 0,8012
Regressão cúbica 0,77NS
0,3856
0,04NS
0,8460
0,03NS
0,8701
0,09NS
0,7609
0,12NS
0,7332
0,01NS 0,9103
Ureia d. Com Ni
Regressão linear 2,20NS
0,1451
0,32NS
0,5770
0,44NS
0,5094
1,00NS
0,3223
0,72NS
0,4005
23,78** <0,0001
Regressão quadrática 0,36NS
0,5497
4,39* 0,0418
4,40* 0,0416
0,31NS
0,5831
3,97NS
0,0525
0,05NS 0,8298
Regressão cúbica 0,60NS
0,4424
2,64NS
0,1114
2,37NS
0,1305
0,03NS
0,8606
1,91NS
0,1734
0,01NS 0,9234
Sacarose d. 0% de ureia 0,01NS
0,9156
1,09NS
0,3031
0,79NS
0,3802
0,80NS
0,3763
0,86NS
0,3577
0,00NS 1,0000
Sacarose d. 5% de ureia 0,73NS
0,3985
0,30NS
0,5881
0,32NS
0,5728
0,03NS
0,8532
0,21NS
0,6460
10,68** 0,0021
Sacarose d. 10% de ureia 0,56NS
0,4596
1,64NS
0,2068
1,27NS
0,2667
0,73NS
0,3963
1,17NS
0,2857
24,02** <0,0001
Sacarose d. 15% de ureia 0,28NS
0,5968
0,49NS
0,4896
0,46NS
0,4997
0,03NS
0,8532
0,65NS
0,4238
97,13** <0,0001
Ureia d. Sem sacarose
Regressão linear 1,73NS
0,1955
0,57NS
0,4551
1,14NS
0,2920
6,17* 0,0168
1,62NS
0,2102
102,51**
<0,0001
Regressão quadrática 0,28NS
0,6005
0,05NS
0,8214
0,02NS
0,8906
0,58NS
0,4492
0,01NS
0,9272
0,38NS 0,5418
Regressão cúbica 0,89NS
0,3505
0,18NS
0,6766
0,21NS
0,6504
0,15NS
0,6994
0,06NS
0,8066
0,63NS 0,4328
Ureia d. Com sacarose
Regressão linear 0,89NS
0,3505
1,73NS
0,1956
2,07NS
0,1575
1,28NS
0,2643
2,50NS
0,1206
0,07NS 0,7973
Regressão quadrática 0,02NS
0,8809
5,26* 0,0265
4,69* 0,0356
0,04NS
0,8341
4,96* 0,0310
0,33NS 0,5664
Regressão cúbica 0,50NS
0,4828
1,02NS
0,3186
0,85NS
0,3628
0,07NS
0,7968
0,63NS
0,4314
0,60NS 0,4424
CV(%) 3,32 18,40 19,35 2,73 19,54 8,03
NS = não significativo; * e ** = significativo a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente; 1Valores transformados em √x+0,5.
A massa de mil de grãos não foi significativamente
influenciada pelos tratamentos e o valor médio observado foi
de 141 g (Figura 1 A, B e C). Já para o número de vagens por
planta, quando houve a aplicação de Ni notou-se incremento
desta variável à medida em que se aumentou a concentração
de ureia até 8,1% (m/v) (Figura 2A). Essa concentração
propiciou plantas com aproximadamente 45 vagens, valor
19% superior ao observado sem aplicação de ureia, apenas
Ni. Resultado semelhante foi obtido quando considerada a
aplicação de sacarose (Figura 2B), ou seja, o houve
influência da aplicação de ureia no número de vagens por
planta na ausência de sacarose. Todavia, ao se adicionar
sacarose na calda de pulverização notou-se aumento dessa
variável até a concentração de 8,8% (m/v), com incremento
Kochenborger et al.
Nativa, Sinop, v. 11, n. 1, p. 82-89, 2023.
85
de 26,6% em relação ao obtido sem a aplicação de ureia. Não
se observou interação significativa entre as doses de Ni e
sacarose para o número de vagens por planta (Figura 2C).
Do mesmo modo, verificou-se que o número de grãos
por planta foi influenciado pelas concentrações de ureia
apenas quando se aplicou Ni ou sacarose e, ainda, que não
houve interação entre essas últimas causas de variação (Figura
3A, B e C). O aumento da concentração de ureia até 8,2 e
8,8% (m/v) proporcionou aumento na quantidade de grãos
por planta, na presença de Ni (Figura 3A) e sacarose (Figura
3B), respectivamente. A aplicação de ureia nessas
concentrações propiciou plantas com, aproximadamente, 20
e 24 grãos a mais que as plantas não pulverizadas com ureia,
respectivamente para presença de Ni e sacarose.
Todavia, para o número de grãos por vagem, notou-se
que houve resposta positiva da aplicação foliar de ureia
apenas quando não houve fornecimento de Ni e sacarose.
Em ambas as situações se notou incremento linear no
número de grãos por vagem em função do aumento da
concentração de ureia (Figura 4A e 4B). No entanto, é
importante considerar que esses incrementos foram
pequenos e correspondem a menos de 0,1 grão por vagem e
não foram suficientes para influenciar o número total de
grãos (Figura 3A) e a massa de grãos por planta (Figura 5A).
Não ocorreu interação significativa entre as doses de Ni e
sacarose para o número de grãos por vagem (Figura 4C).
Embora tenha-se obtido plantas com mais vagens (Figura
2A) e grãos (Figura 3A) ao se aplicar ureia via foliar na
presença de Ni, os incrementos não foram suficientes para
influenciar significativamente a massa de grãos por planta
(Figura 5A). O mesmo não ocorreu para aplicação de ureia e
sacarose. Neste caso os resultados foram semelhantes aos
obtidos para número de vagens e grãos por planta, ou seja,
houve incremento na produtividade da planta ao se aumentar
a concentração de ureia na presença de sacarose até 9,1%
(m/v), que proporcionou 3,7 g de grãos a mais por planta em
relação ao verificado sem a aplicação de ureia (Figura 5B). A
interação entre doses de Ni e sacarose não foi significativa
(Figura 5C).
Independentemente da dose de Ni e sem a presença de
sacarose, notou-se que a aplicação foliar de ureia causou
fitotoxidez nas plantas de soja e houve aumento linear de
lesões nas folhas à medida que se aumentou a concentração
de ureia (Figura 6A e 6B). Todavia, ao se adicionar sacarose
à calda de pulverização praticamente não foram mais
observadas lesões nas folhas, independentemente da
concentração de ureia adotada (Figura 6B e 6C).
Figura 1. Massa de mil grãos de soja em função da concentração de ureia, dose de Ni e sacarose aplicadas via foliar em estádio reprodutivo
(R5.1).
Figure 1. Mass of a thousand soybean grains as a function of urea concentration, Ni and sucrose rates applied via foliar in the reproductive
stage (R5.1).
Figura 2. Número de vagens por planta de soja em função da concentração de ureia, dose de Ni e sacarose aplicadas via foliar em estádio
reprodutivo (R5.1).
Figure 2. Number of pods per soybean plant as a function of urea concentration, Ni and sucrose rates applied via foliar in the reproductive
stage (R5.1).
Aplicação foliar de ureia, níquel e sacarose em estádio reprodutivo da soja
Nativa, Sinop, v. 11, n. 1, p. 82-89, 2023.
86
Figura 3. Número de grãos por planta de soja em função da concentração de ureia, dose de Ni e sacarose aplicadas via foliar em estádio
reprodutivo (R5.1).
Figure 3. Number of grains per soybean plant as a function of urea concentration, Ni and sucrose rates applied via foliar in the reproductive
stage (R5.1).
Figura 4. Número de grãos por vagem de soja em função da concentração de ureia, dose de Ni e sacarose aplicadas via foliar em estádio
reprodutivo (R5.1).
Figure 4. Number of grains per soybean pod as a function of urea concentration, Ni and sucrose rates applied via foliar in the reproductive
stage (R5.1).
Figura 5. Massa de grãos por planta de soja em função da concentração de ureia, dose de Ni e sacarose aplicadas via foliar em estádio
reprodutivo (R5.1).
Figure 5. Grain mass per soybean plant as a function of urea concentration, Ni and sucrose rates applied via foliar in the reproductive stage
(R5.1).
Kochenborger et al.
Nativa, Sinop, v. 11, n. 1, p. 82-89, 2023.
87
Figura 6. Notas de fitotoxidez em função da concentração de ureia, dose de Ni e sacarose aplicadas via foliar em estádio reprodutivo da soja
(R5.1). No item C letras minúsculas referem-se à comparação da dose de sacarose dentro de cada dose de Ni e letras maiúsculas à comparação de doses de Ni dentro
de cada dose de sacarose.
Figure 6. Phytotoxicity score as a function of urea concentration, Ni and sucrose rates applied via foliar in soybean reproductive stage (R5.1).
In item C, lowercase letters refer to the comparison of sucrose rate within each Ni rate and capital letters to the comparison of Ni rate within each sucrose rate.
4. DISCUSSÃO
A ausência de efeito significativo dos tratamentos na
massa de mil grãos está relacionada possivelmente ao fato de,
embora possa ser influenciada pelo ambiente, trata-se de um
componente de produção determinado principalmente pela
genética do cultivar (NAVARRO JUNIOR; COSTA, 2002;
RIBEIRO et al., 2016) e, portanto, com menor probabilidade
de alteração em função dos tratamentos deste estudo.
As repostas positivas decorrentes da aplicação foliar de
ureia apenas na presença de Ni notadas no número de vagens
e grãos por planta, provavelmente, devem-se a um não
suprimento da demanda de N da planta somente pela FBN,
tendo em vista que o pico dessa demanda se encontra
justamente no enchimento de grãos (WEAVER;
FREDERICK, 1974; SINGLETON; TAVARES, 1986;
THIES et al., 1991, 1995) e ao aumento da atividade da urease
na presença de Ni, o que potencializa o uso desse N,
fornecido via foliar, pela planta (GERENDÁS;
SATTELMACHER, 1997; WITTE, 2011).
Com relação ao efeito benéfico da aplicação de ureia na
presença de sacarose, esse pode ser associado à redução dos
efeitos fitotóxicos da ureia quando combinada com a
sacarose. Segundo Ellerton; Dunlop (1966), isso pode ser
explicado pela formação de dímeros ureia-sacarose e ureia-
ureia que reduzem a velocidade de absorção da ureia, fazendo
que, à medida que é absorvida, seja utilizada pela planta, não
ficando armazenada nos tecidos foliares.
5. CONCLUSÕES
A aplicação foliar de ureia em estádio reprodutivo da soja
(R5.1) é viável tecnicamente apenas com adição de sacarose
à calda de pulverização. A concentração de ureia que
proporciona a maior produtividade por planta é de 9,1%
(m/v).
A adição de sacarose na calda de pulverização elimina a
fitotoxidez nas plantas de soja causada pela aplicação de
ureia, até a concentração de 15% (m/v).
Não benefício da aplicação isolada ou combinada de
Ni e sacarose nos componentes de produção da soja.
6. REFERÊNCIAS
ALECRIM, A. D. O. Sacarose na desintoxicação de
plantas de cafeeiro com deriva de glyphosate. 69f.
Dissertação [Mestrado em Agronomia/Fitotecnia]
Universidade Federal de Lavras, Lavras. 2016.
ARMON, D. I.; STOUT, P. R. The essentiality of certain
elements in minute quantity for plants with special
reference to cooper. Plant Physiology, v. 14, p. 371-375,
1939. https://dx.doi.org/10.1104%2Fpp.14.2.371
BAI, C.; REILLY, C. C.; WOOD, B.W. Nickel deficiency
disrupts metabolism of ureides, amino acids, and organic
acids of young pecan foliage. Plant Physiology, v. 140,
p. 433-443. 2006.
https://dx.doi.org/10.1104%2Fpp.105.072983
BAREL, D. Foliar applications of phosphorus
compounds. Ph.D. dissertation. Library, Iowa State
University, Ames, Iowa, 1975.
BENDER, R. R.; HAEGELE, J. W.; BELOW F. E. Nutrient
uptake, partitioning, and remobilization in modern
soybean varieties. Agronomy Journal, v. 107, n. 2. p.
563-573, 2015. https://doi.org/10.2134/agronj14.0435
BERTTRAND, D. Importance du nickel, comme oligo-
élément, pour les Rhizobium des nodosités des
legumineuses. Comptes Rendus Hebdomadaires des
Deances de L’Academie des Sciences, v. 276, p. 1855-
1858, 1973.
BOOTE, K. J.; GALLAHER, R. N.; ROBERTSON, W. K.;
HINSON, K.; HAMMOND, C. Effect of foliar
fertilization on photosynthesis, leaf nutrition, and yield of
soybeans. Agronomy Journal, v. 70, p. 787-791, 1978.
https://doi.org/10.2134/agronj1978.000219620070000
50022x
BROADLEY, M.; BROWN, P.; CAKMAK, I.; RENGEL,
Z.; ZHAO, F. Function of nutrients: micronutrients. In:
MARSCHNER, H. (Ed.). Mineral nutrition of higher
plants. 3 ed. Amsterdam: Elsevier, 2012.
BROWN, P. H.; WELCH, R. M.; CARY, E. E. Nickel: a
micronutrient essential for higher plants. Plant
Physiology, v. 85, n. 3, p. 801-803, 1987.
https://dx.doi.org/10.1104%2Fpp.85.3.801
CASSIM, B. M. A. R.; MACHADO, A. P. M.; FORTUNE,
D.; MOREIRA, F. R.; ZAMPAR, E. J. D. O.; BATISTA,
M. A. Effects of foliar application of urea and urea-
formaldehyde/triazone on soybean and corn
crops. Agronomy, v. 10, e1549, 2020.
https://doi.org/10.3390/agronomy10101549
Aplicação foliar de ureia, níquel e sacarose em estádio reprodutivo da soja
Nativa, Sinop, v. 11, n. 1, p. 82-89, 2023.
88
CONAB_Companhia Nacional de Abastecimento.
Acompanhamento da safra brasileira de Grãos
2022/2023 Quarto levantamento. Disponível em:
<http://www.conab.gov.br>. Acesso em: 31 jan. 2022.
DIXON, N. E.; GAZZOLA, C.; BLAKELEY, R. L.;
ZERNER, B. Jack bean urease (EC 2.5.1.5). A
metalloenzyume. A simple biological role for nickel.
Journal of the American Chemical Society, v. 97, p.
4131-4133, 1975. https://doi.org/10.1021/ja00847a045
DOURADO NETO, D.; DARIO, G. J. A.; MARTIN, T.
N. et al. Adubação mineral com cobalto e molibdênio na
cultura da soja. Semina: Ciências Agrárias, v. 33, p.
2741-2752, 2012.
ESKEW, D. L.; WELCH, R. M.; CARY, E. E. Nickel: an
essential micronutrient for legumes and possibly all
higher-plants. Science Journal, v. 222, n. 4624, p. 621-
623, 1983.
https://doi.org/10.1126/science.222.4624.621
ESKEW, D. L.; WELCH, R. M.; NORVELL, W. A. Nickel
in higher plants: further evidence for an essential role.
Plant Physiology, v. 76, n. 3, p. 691-693, 1984.
https://doi.org/10.1104/pp.76.3.691
FEHR, W. R. Principles of cultivar development. 2 ed.
New York: Macmillan, 1987. 525p.
FEHR, W. R.; CAVINESS, C. E. Stages of soybean
development. Iowa, Ames: Iowa State University of
Science and Technology, 1977. 12p.
FERNÁNDEZ, V.; SOTIROPOULOS, T.; BROWN, P.
Adubação foliar: fundamentos científicos e técnicas
de campo. São Paulo: Abisolo, 2015. 150p.
GAN, Y.; STULEN, I.; VAN KEULEN, H.; KUIPER,
P.J.C. Physiological response of soybean genotypes to
plant density. Field Crops Research, v. 74, p. 231-241,
2002. http://dx.doi.org/10.1016/S0378-4290(01)00212-
X
GARCIA, R. L. Foliar fertilization of soybeans during the
seed-filling period Retrospective Theses and
Dissertations, Iowa, 1976.
GERENDÁS, J.; SATTELMACHER, B. Significance of N
source (urea vs. NH4NO3) and Ni supply for growth,
urease activity and nitrogen metabolism of zucchini
(Cucurbita pepo convar. giromontiina). Plant and Soil, v.
196, p. 217-222, 1997.
GRAHAM, R. D.; WELCH, R. M.; WALKER, C. D. A role
for nickel in the resistance in plants to rust. In:
AUSTRALIAN AGRONOMY CONFERENCE, 3,
1985, Hobart. Annals... Hobart: Australian Society of
Agronomy, 1985. 337p.
HYMOWITZ, T. On the domestication of the soybean.
Economic Botany, v. 24, n. 4, p. 408-421, 1970.
http://www.jstor.org/stable/4253176
KUSANO, T.; YAMAGUCHI, K.; BERBERICH, T.;
TAKAHASHI, Y. Advances in polyamine research.
Journal of Plant Research, v. 120, p. 345-350, 2007.
https://doi.org/10.1007/s10265-007-0074-3
KUTMAN, B. Y.; KUTMAN, U. B.; CAKMAK, I. Nickel-
enriched seed and externally supplied nickel improve
growth and alleviate foliar urea damage in soybean. Plant
and Soil, v. 363, p. 61-75, 2013.
https://www.jstor.org/stable/42952848
LAMOND, R. E.; WESLEY, T. L. Adubação nitrogenada no
momento certo para soja de alta produtividade.
Informações Agronômicas, v. 95, p. 6-7, 2001.
LANGE, E. C. Soja, uma história de sucesso. In: BARBIERI,
R. L. (Ed.); STUMPF, E. R. T. (Ed.). Origem e evolução
de plantas cultivadas. Brasília: Embrapa Informação
Tecnológica, 2008. p. 781-802.
MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de
plantas. São Paulo: Agronômica Ceres, 2006. 631p.
MANGINI, D.; PAULA, de M. B.; CARVALHO, de J. G;
DIAS, F. P; GUIMARÃES, R. J. Efeito da aplicação de
boro e zinco na presença de sacarose, ureia e cloreto de
potássio via foliar na nutrição mineral de produção do
cafeeiro (Coffea arabica L.). In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 24.,
Poços de Caldas. Anais... Brasília: MAA-PROCAFÉ,
1998. p.198-200.
MARSCHNER, P. (Ed.) Marschner’s mineral nutrition of
higher plants. 3 ed. London: Academic Press, 2012.
649p.
MENDES, I. C.; VARGAS, M. A. T.; HUNGRIA, M.
Resposta da soja à adubação nitrogenada na
semeadura, em sistemas de plantio direto e
convencional na Região do Cerrado. Planaltina:
Embrapa Cerrados, 2000. 15p. (Boletim de Pesquisa, 12).
MIFLIN, B. J.; LEA, P. J. The pathway of nitrogen
assimilation in plants. Phytochemistry, v. 15, p. 873-885,
1976. https://doi.org/10.1016/S0031-9422(00)84362-9
MITAL, B. K.; STEINKRAUS, K. H. Utilization of
oligosaccharides by lactic acid bacteria during
fermentation of soy milk. New York State Agricultural
Experiment Station, v. 40, n. 2068, p .114-118, 1975.
https://doi.org/10.1111/j.1365-2621.1975.tb03749.x
NAVARRO JUNIOR, H. M.; COSTA, J. A. Contribuição
relativa dos componentes do rendimento para produção
de grãos em soja. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.
37, n. 3, p. 269-274, 2002.
NOGUEIRA, A. P. O.; SEDIYAMA, T.; OLIVEIRA, R. C.
T.; DESTRO, D. Estádios de desenvolvimento. In:
SEDIYAMA, T. (Ed). Tecnologia de produção de
sementes de soja. Londrina: Editora Mecenas, 2013.
p.15-44.
RODAK, B. W.; MORAES, M. F.; PASCOALINO, J. A. L.;
ALVES, S. J. F.; CASTRO, C.; OLIVEIRA JUNIOR, A.
Níquel: atividade da enzima urease em soja cultivada em
solos de texturas contrastantes. In: REUNIÃO
PARANAENSE DE CIÊNCIA DO SOLO, 3.,
Londrina. Sistemas conservacionistas de produção e sua
interação com a Ciência do Solo. Anais... Londrina:
IAPAR, 2013. 76p.
REIS, A. R.; RODAK, B. W.; PUTTI, F. F.; MORAES, M.
F. Papel fisiológico do níquel: essencialidade e toxidez em
plantas. Informações Agronômicas, v. 147, p. 10-24,
2014.
RIBEIRO, F. C.; COLOMBO, G. A.; SILVA, P. O. S.; DA
SILVA, J. I. C.; ERASMO, E. A. L.; PELUZIO, J. M.
Desempenho agronômico de cultivares de soja na região
central do Estado do Tocantins, safra 2014/2015.
Scientia Plena, v. 12, n. 7, p. 1-7, 2016.
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2016.070201
ROSOLEM, C. A.; BOARETTO, A. E. Avaliação do estado
nutricional das plantas cultivadas. In: BOARETTO, A.
E.; ROSOLEM, C. A. (Eds.) Adubação foliar.
Campinas: Fundação Cargill, 1989. p. 117-144.
SALVAGIOTTI, F.; SPECHT, J.; CASSMAN, K. G.;
WALTERS, D. T.; WEISS, A.; DOBERMANN, A.
Kochenborger et al.
Nativa, Sinop, v. 11, n. 1, p. 82-89, 2023.
89
Growth and nitrogen fixation in high-yielding soybean:
Impact of nitrogen fertilization. Agronomy Journal, v.
101, p. 958-970, 2009.
https://doi.org/10.2134/agronj2008.0173x
SANTINATO, R.; FERNANDES, A. L. T.; PEREIRA, E.
M. Efeito do adubo foliar nutrins na produção do
cafeeiro em solo de cerrado. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 24.,
1998, Franca. Anais... Brasília: MAA-PROCAFÈ, 1998.
p. 63-64.
SARTORI, F. F.; ENGROFF, T. D.; SANCHES, T. H. G.;
SOAVE, J. M.; PESSOTTO, M. V.; FELISBERTO, G.;
HILGEMBERG JÚNIOR, V. E.; REIS, A. F. de B.;
HUNGRIA, M.; NOGUEIRA, M. A.; JACCOUD-
FILHO, F. D. A.; DOURADO-NETO D. Potentially
harmful effects of seed treatment and pre-inoculation on
soybean biological nitrogen fixation and yield. European
Journal of Agronomy, v. 142, e126660, 2023.
https://doi.org/10.1016/j.eja.2022.126660
SEDIYAMA, T.; TEIXEIRA, R. C. da; BARROS, H. B.
Origem, evolução e importância econômica. In:
SEDIYAMA, T. (Ed). Tecnologia de produção e usos
da soja. Londrina: Mecenas, 2009. p. 1-5
SEREGIN, I. V.; KOZHEVNIKOVA, A. D. Physiological
role of nickel and its toxic effects on higher plants.
Russian Journal of Plant Physiology, v. 53, n. 2, p.
257-277, 2006.
http://dx.doi.org/10.1134/S1021443706020178
SILVA, F.; BORÉM, A.; SEDIYAMA, T.; CÂMARA, G.
(eds) Soja: do plantio à colheita. 2 ed. São Paulo:
Oficina de Textos, 2022. 312p.
SILVA, J. C.; ALVES, J. D.; ALVARENGA, A. A. Atividade
de invertase e sacarose sintase em plantas de cafeeiro
pulverizadas com solução de sacarose. Scientia
Agricola, v. 60, n. 2, p. 239-244, 2003.
https://doi.org/10.1590/S0103-90162003000200006
SILVA, M. A. da; SILVA, R. P. da; SOUZA, E. J. de;
BERTOTTI, J. A. A.; NUÑEZ, D. N. C. Custo de
produção da cultura da soja sob manejos de
fitopatógenos e doses de boro. Brazilian Journal of
Science, v. 1, n. 12, p. 49-62, 2022.
SINGLETON P. W.; TAVARES J. W. Inoculation
Response of Legumes in Relation to the Number and
Effectiveness of Indigenous Rhizobium Populations.
Applied and Environmental Microbiology, v. 51, n. 5,
p. 1013-1018, 1986.
https://doi.org/10.1128/aem.51.5.1013-1018.1986
SMITH, N. G. WOODBURN, J. Nickel and ethylene
involvement in the senescence of leaves and flowers.
Naturwissenschaften, v. 71, n. 4, p. 210-211. 1984.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. Porto Alegre:
Artmed, 2004. p. 449-484.
THIES, J. E.; BOHLOOL, B. B. SINGLETON, P. W.
Environmental effects on competition for nodule
occupancy between introduced and indigenous rhizobia
and among introduced strains. Canadian Journal of
Microbiology, v. 38, n. 6, p. 493-500. 1992.
https://doi.org/10.1139/m92-081
TODD, C. D.; TIPTON, P. A.; BLEVINS, D. G.;
PIEDRAS, P.; PINEDA, M.; POLACCO, J. C. Update
on ureide degradation in legumes. Journal of
Experimental Botany, v. 57, n. 1, p. 5-12, 2006.
https://doi.org/10.1093/jxb/erj013
VARGAS, M.A.T.; PERES, J. R. R.; SUHET, A. R.
Adubação nitrogenada, inoculação e épocas de calagem
para a soja em um solo do cerrado. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, v. 17, p. 1127-1132, 1982.
VOLK, R.; McAULIFFE, C. Factors Affecting the Foliar
Absorption of N15 Labelled Urea by Tabacco.
Proceedings of the American Society of Soil Science,
v. 18, p. 308-12, 1954.
WEAVER, R.W.; FREDERICK, L.R. Effect of inoculum
rate on competitive nodulation of Glycine max (L.) Merrill.
II. Field studies. Agronomy Journal, v. 66, p. 233-236,
1974.
WITTE, C. P. Urea metabolism in plants. Plant Science, v.
180, p. 431-438, 2011.
https://doi.org/10.1016/j.plantsci.2010.11.010
Agradecimentos
Os autores agradecem ao Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq pela concessão
de bolsa de estudos acadêmica para o primeiro autor.
Contribuições dos Autores:
A.C.D.K. investigação ou coleta de dados, redação (esboço
original); V.O.J. conceituação, aquisição de financiamento,
metodologia, investigação ou coleta de dados, análise estatística,
administração ou supervisão, redação (esboço original); G.A.S -
investigação ou coleta de dados; M.M.S. - investigação ou coleta de
dados; J.L.R.T. validação, redação (revisão e edição). Todos os
autores leram e concordaram com a versão publicada do
manuscrito.
Financiamentos:
Não aplicável.
Declaração do Conselho de Revisão Institucional:
Não aplicável.
Comitê de Ética da área:
Não aplicável.
Disponibilização de dados:
Os dados desse estudo podem ser obtidos mediante solicitação
ao autor correspondente, via e-mail. Não está disponível em sites,
pois o projeto de pesquisa ainda está em desenvolvimento.
Conflito de interesse:
Os autores declaram que não existem conflitos de interesses.