Conservação e qualidade pós-colheita de melão ‘Cantaloupe’ tratados com indutores de resistência
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 237-243, 2022.
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Uma maior razão entre sólidos solúveis e acidez titulável
é uma característica desejável no mercado consumidor de
frutas frescas, pois essa alta razão é um indicador de uma
ótima combinação entre açúcares e ácidos que se
correlacionam com um sabor suave (CHITARRA;
CHITARRA, 2005).
Para a variável vitamina C, Medeiros et al. (2012), atribui
que este teor é uma qualidade interessante, devido a sua
função antioxidante, embora, o melão não chegue a ser fonte
expressiva de vitamina C. O conteúdo de vitamina C dos
frutos, encontrado neste trabalho, não sofreu influência dos
tratamentos aplicados, porém, sofreu em relação ao tempo
de armazenamento apresentando em média 10,92 mg 100g-1
de vitamina C, 44,8% a mais que no período inicial. Esses
valores corroboram com Aroucha et al. (2007) verificaram
que há um acréscimo no conteúdo de vitamina C com o
desenvolvimento dos frutos de meloeiro e, entre as quatros
cultivares caracterizadas em seu trabalho, encontraram para
os melões ‘Hy-Mark’ e ‘Caipira’ os maiores valores (19,47 e
19,63 mg 100 mL-1, respectivamente).
Em relação ao pH, Franco; Landgraf (2005) relatam que
o baixo valor de pH encontrado é importante no controle
microbiológico por ser um fator limitante para o crescimento
de bactérias patogênicas e deteriorantes, além de favorecer a
estabilidade de ácido ascórbico, uma vez que esta vitamina
tem maior estabilidade em pH ácido. De acordo com
Schmidt (2014), o pH fornece uma indicação de grau de
deterioração sendo importante para a conservação de um
alimento.
5. CONCLUSÕES
Com este trabalho podemos concluir a viabilidade de
utilização dos indutores de resistência AgroSilício e Ecolife
na conservação e qualidade pós-colheita de Cucumis melo var.
Cantalupensis, onde foi observado uma menor perda de
massa fresca, acidez e SS/AT com a utilização do AgroSilício,
bem como maiores teores de vitamina C quando utilizado o
Ecolife.
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