Nativa, Sinop, v. 10, n. 3, p. 290-295, 2022.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v10i3.13548
ISSN: 2318-7670
Uso e diversidade de plantas medicinais no município de Redenção, CE, Brasil
Maria Valnice de Souza SILVEIRA1*, Angela Maria dos Santos PESSOA2, Erika Beatriz de Lima CASTRO1,
Sinara Barboza SOUSA3, Fábio Rodrigo Araújo PEREIRA4
1Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
2Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brasil.
3Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, CE, Brasil.
4Instituto Federal de Pernambuco, Garanhuns, PE, Brasil.
*E-mail: valnicesilveira@gmail.com
(ORCID: 0000-0003-1573-8692; 0000-0002-7393-984X; 0000-0002-1396-9967; 0000-0002-1647-7132; 0000-0003-0293-1776)
Submetido em 14/03/2022; Aceito em 14/07/2022; Publicado em 19/08/2022.
RESUMO: A etnobotânica surge como uma ferramenta de pesquisa que estuda a relação do homem com a
vasta diversidade vegetal, além de contribuir com a conservação, resgate dos saberes populares, fortalecimento
da cultura e do sistema de crenças locais. Deste modo, objetivou-se com este estudo, realizar um levantamento
sobre a diversidade de plantas medicinais empregadas no tratamento de doenças por moradores do município
de Redenção/CE. Para tal, foi realizado um levantamento etnobotânico de forma on-line, por meio de um
formulário semiestruturado, composto por 15 perguntas, sendo 5 abertas e 10 fechadas. Ao todo, foram
contabilizadas 77 respostas de pessoas pertencentes ao sexo feminino e masculino inclusos em todas as faixas
etárias, residentes tanto na zona rural como urbana do município de Redenção. Foram identificadas 22 espécies,
distribuídas em 13 famílias botânicas, dentre elas, a família Lamiaceae apresentou o maior mero (10). Além
do cultivo dessas plantas medicinais, o uso se na forma de chá (80%), lambedor/xarope (13%), garrafada
(1%) e sumo/suco (6%), com utilização principalmente das folhas (39%) e raízes (19%) da planta.
diversidade vegetal entre espécies medicinais no município de Redenção.
Palavras-chave: erveiros; etnobotânica; levantamento; biodiversidade; conhecimento tradicional.
Use and diversity of medicinal plants in the city of Redenção, CE, Brazil
ABSTRACT: Ethnobotany emerges as a research tool that studies man's relationship with the vast plant
diversity, in addition to contributing to conservation, rescue of popular knowledge, strengthening of culture
and the local belief system. Thus, the objective of this study was to carry out a survey on the diversity of
medicinal plants used in the treatment of diseases by residents of the municipality of Redenção/CE. To this
end, an ethnobotanical survey was carried out online, through a semi-structured form, consisting of 15
questions, 5 open and 10 closed. In all, 77 responses from people belonging to the female and male gender
included in all age groups, residing in both rural and urban areas of the city of Redenção. Twenty-two species
were identified, distributed in 13 botanical families, among them, the Lamiaceae family had the highest number
(10). In addition to the cultivation of these medicinal plants, they are used in the form of tea (80%), lick/syrup
(13%), bottled water (1%) and juice/juice (6%), using mainly the leaves (39%) and roots (19%) of the plant.
There is plant diversity among medicinal species in the city of Redenção.
Keywords: herbs; ethnobotany; survey; biodiversity; traditional knowledge.
1. INTRODUÇÃO
A etnobotânica surge como uma ferramenta
interdisciplinar e integradora, de pesquisa para conservação e
o uso racional dos recursos naturais, favorecendo a relação
do homem com a diversidade vegetal local. Além de
contribuir para o resgate cultural, conhecimentos e práticas
tradicionais, fortalecendo também, atos religiosos (SANTOS
et al., 2018).
A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2016)
recomenda o uso de plantas medicinais e de medicamentos
fitoterápicos na Atenção Primária à Saúde (APS), e que se
tornou uma prática disseminada em todo o mundo,
principalmente, nos países em desenvolvimento.
O interesse internacional por essas plantas surgiu na
década de 70, com a concretização de políticas públicas
direcionadas aos conhecimentos e práticas da medicina
tradicional. No Brasil, seu uso, foi incluído na Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no
Sistema Único de Saúde (SUS) e na Política Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos, consolidando-se em 2006,
principalmente na APS. Essas políticas garantem o acesso
seguro e uso racional de plantas e fitoterápicos no país, além
da valorização do conhecimento popular e tradicional
influenciada por gerações (BISPO et al., 2019; CASTRO;
FIGUEIREDO, 2019).
Dentre os estados brasileiros, o Ceará foi a primeira
unidade da federação a regulamentar a utilização de plantas
medicinais e serviços relacionados à fitoterapia no SUS, bem
como, o incentivo à pesquisa e à sua produção,
regulamentada pela Lei 12.951, de 7 de outubro de 1999
(CEARÁ, 1999).
Embora o Brasil apresente uma ampla diversidade de
espécies vegetais, estima-se que menos de 15% das espécies
da flora brasileira tenham sido estudadas para fins medicinais
(CONSERVATION INTERNATIONAL, 2010; ZAGO,
2018). Na literatura, destacam-se pesquisas de ações
Silveira et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 3, p. 290-295, 2022.
291
terapêuticas principalmente para as famílias botânicas dos
táxons Fabaceae, Asteraceae, Lamiaceae e Euphorbiaceae
(PIMENTA et al., 2019; JAYASUNDERA et al., 2021;
NERI et al., 2021).
Nesse sentido, estudos diversos vem sendo realizados no
país abordando a etnobotânica ligada às ciências biológicas
(FERNANDES et al., 2021), ciências da saúde (PIRES et al.,
2020), ciências sociais (OLIVEIRA et al., 2018; SANTOS et
al., 2018; SILVA NETO et al., 2019; ARAÚJO et al., 2021),
e no âmbito educacional, por meio de levantamentos acerca
dos conhecimentos etnobotânicos de plantas medicinais com
estudantes da educação básica (MERHI; SANTOS, 2017;
CASTRO et al., 2021). Porém, o desenvolvimento de novas
pesquisas no cenário regional e local são fundamentais para
propagar o resgate e a conservação da biodiversidade de
espécies de plantas com finalidades medicinais, bem como
seu uso para o tratamento de afecções, especialmente quando
se refere à população mais carente do país e sem fácil acesso
aos serviços de saúde.
Deste modo, objetivou-se com este estudo, realizar um
levantamento sobre a diversidade de plantas medicinais
empregadas no tratamento de doenças por moradores do
município de Redenção/CE.
2.
MATERIAL
E
M
ÉTODOS
oi realizada no município de Redenção
-
CE,
a
13′ 33″
de latitude
S e 38° 43′ 50″
d
e longitude
W
(IPECE, 2017).
Município com área territorial de 247,99 km
2
,
com população estimada de 29.146 habitantes (IBGE, 2020).
O clima da região é tropical quente sub
-
úmido, a vegetação é
formada pela caatinga arbustiva densa e floresta
subcaducifólia tropical pluvial, com temperatura média anual
variando entre 26° a 28°C
, sendo seu período chuvoso de
janeiro a abril, com pluviosidade anual de 1.062,0 mm
(IPECE, 2017).
O levantamento etnobotânico foi realizado através de
formulário eletrônico (Google Forms), disponibilizado para
população através de link específico em red
es sociais
(Facebook, WhatsApp e Instagram), no período de janeiro a
março de 2021.
O question
á
rio semiestruturado foi composto por 15
perguntas (5 abertas e 10
fechadas) e dividia
-
se em duas
partes:
n
a primeira
,
versava sobre dados s
ó
ciodemogr
á
ficos
dos participantes (chefe de fam
í
lia; idade; escolaridade;
endere
ç
o
e
dist
â
ncia
do endereço fornecido
para a
sede do
munic
í
pio)
.
a segunda, abordava quest
õ
es referentes as
plantas medicinais e seu emprego no combate
à
s
enfermidades (nome da planta; cultivo; modo de preparo;
aplica
çõ
es; partes da planta; frequ
ê
ncia de uso; faixa et
á
ria
predominante que fazer o uso das plantas medici
nais;
influ
ê
ncia ao uso; indica
çõ
es por profissionais de sa
ú
de e qual
planta j
á
foi indicada por eles).
esta
pesquisa não foi p
-
estabelecidas. Entretanto, todos que
tiveram acesso, assinaram o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido Virtual (TCLE), indicando estarem aptos a
responder. Neste termo
,
continham os objetivos e
informações da pesquisa explica
dos com linguagem simples,
cuja cópia foi enviada por e
-
mail juntamente com as repostas
do participante. Os dados coletados foram organizados e
analisados por meio de métodos da estatística descritiva, com
sínteses apresentadas na forma de tabelas e gráfic
os
,
desenvolvidos nos programas Microsoft Word e Excel.
3. RESULTADOS
Essa pesquisa contou com 77 participantes, sendo 49 do
sexo feminino e 28 do sexo masculino. Dentre os dados
sociodemográficos, verificou-se entrevistados jovens (15 a 29
anos), adultos (30 a 59 anos) e idosos (60), com percentual
64%, 35% e 1%, respectivamente.
Quando se avaliou a localização dos moradores (campo
ou cidade), identificou-se que 57% dos participantes relatam
morar na zona urbana (sede do município), enquanto que
43%, afirmaram ser da zona rural, morando em um raio de
até 6 km de distância da sede.
Embora a maioria dos entrevistados sejam da sede do
município de Redenção, foi verificada ainda, elevada
diversidade na flora medicinal, com cultivo no próprio
quintal, realizado a partir de sementes, estaquia e mudas. De
acordo com os indivíduos avaliados, o plantio é realizado em
vasos contendo esterco e areia, ou diretamente no solo. Para
a manutenção e desenvolvimento das plantas, são
adicionados esterco ou húmus.
Ao tratar-se da influência dos incentivos e ensinamentos
etnobotânicos adquiridos pelos entrevistados, verificou-se
que esses, são repassados de geração em geração, por pais
e/ou avós, e que vem sendo utilizado até os dias atuais.
Na avaliação da escolaridade dos entrevistados (Figura 1),
observou-se que todos exibiam algum nível de alfabetização,
porém, a maior parte (58,44%) eram de indivíduos com nível
superior.
Figura 1. Escolaridade dos 77 entrevistados no estudo etnobotânico
realizado no município de Redenção-CE.
Figure 1. Education of the 77 interviewed in the ethnobotanical
study accomplished out in the city of Redenção-CE.
Ao se realizar o levantamento etnobotânico das plantas
mais e
xploradas com fins medicinais pela população
entrevistada, identificou
-
se 22 espécies, distribuídas em 13
famílias botânicas (Tabela 1), sendo a família Lamiaceae
,
aquela que apresentou o maior número (n= 10).
As espécies mais citadas
(n 4),
foram: Babosa (
Aloe
vera
); Camomila (
Matricaria chamomilla
); Erva
-
doce (
Pimpinella
anisum
); Aroeira (
Myracrodruon urundeuva
); Mastruz (
Dysphania
ambrosioides
); Erva cidreira (
Lippia alba
(Mill.) N. E. Br);
Hortelã (
Mentha
sp.); Malvarisco (
Plectrantrhus ambroinicus
);
Alecrim (
Rosmarinus officinalis
); Alfavaca (
Ocimum gratissimum
);
Capim santo (
) e Boldo brasileiro
(
Plectrantus barbatus
Andrews
)
.
Na avaliação das espécies menos citadas, considerando
-
se n<4
nas menções, obteve
-
se: corama (
B. pinnatum
);
manjericão (
O. basilicum
L.); romã (
P. granatum
L.); anador (
J.
pectoralis
); quebra pedra (
P. niruri
L.); lavanda (
Lavandula
sp.);
vick (
M.arvensis
L.); salvia (
S. officinalis
L.); amora (
Morus nigra
L.) e arr
uda (
R. graveolens
). Com base nos resultados obtidos
pelos questionários, os entrevistados fazem uso destas
3,90%
37,66%
58,44%
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Ensino Superior
Uso e diversidade de plantas medicinais no município de Redenção, CE, Brasil
Nativa, Sinop, v. 10, n. 3, p. 290-295, 2022.
292
plantas para o tratamento de doenças e enfermidades, como:
ferimentos, machucados, inflamações, cicatrizante, infecção
urinária, digestão, pressão arterial alta, diabetes, calmante,
estresse, ansiedade, ânsia de vômito, insônia, tosse, gripe,
resfriado ‘estalecido’, febre, enxaqueca, enjoos, cólica
menstrual, dores na barriga, no ouvido, na garganta e na
cabeça.
Tabela 1. Relação de plantas medicinais cultivadas no município de Redenção-CE.
Table 1. List of medicinal plants cultivated in the city of Redenção-CE.
Família/Espécie
Nome comum
Nº de citações
Indicação de uso
Asphodelaceae
Aloe vera
Babosa
4
Ferimentos
Asteraceae
Matricaria chamomilla
Camomila
17
Estresse, ansiedade
Apiaceae
Pimpinella anisum
Erva-doce
25
Resfriado
Acanthaceae
Justicia pectoralis
Anador
1
Dor no ouvido
Anacardiaceae
Feridas, inflamações, ‘estalecido’, infecção
urinária
Myracrodruon urundeuva
Aroeira
17
Crassulaceae
Bryophyllum pinnatum
Corama
2
Digestivo
Chenopodiaceae
Dysphania ambrosioides
Mastruz
7
Machucados, ferimentos
Euphorbiaceae
Phyllanthus niruri L.
Quebra-pedra
1
Dores na barriga
Lamiaceae
Lippia alba (Mill.) N.E.Br.
Erva-cidreira
11
Dores na barriga, ânsia de vômito
Mentha sp.
Hortelã
46
Dores na barriga
Lavandula sp.
Lavanda
1
Insônia
Plectranthus amboinicus
Malvarisco
4
Dores
Ocimum basilicum L.
Manjericão
2
Dores na garganta, enxaqueca, insônia
Mentha arvensis L.
Vick
1
Desentupir nariz
Plectrantus barbatus Andrews
Boldo brasileiro
48
Dores na cabeça, enxaqueca, dores na
barriga, febre, enjoos e cólica menstrual
Rosmarinus officinalis
Alecrim
5
Tosse, gripe, resfriado, digestão
Salvia officinalis L.
Salvia
1
Cicatrizante
Ocimum gratissimum
Alfavaca
4
Gripe
Moraceae
Morus nigra L.
Amora
1
Resfriado, pressão arterial alta, diabetes
Poaceae
Cymbopogon citratus
Capim santo
48
Ansiedade, dores na barriga, dores na
cabeça, dores no estômago, febre, calmante
Punicaceae
Punica granatum L.
Romã
2
Inflamação na garganta
Rutáceas
Ruta graveolens
Arruda
1
Inflamações
Além do cultivo espontâneo, a conservação das plantas
medicinais, por todos os participantes da pesquisa, se dá,
principalmente, para uso na forma de chás,
lambedores/xaropes, garrafadas e sumos/sucos. Entretanto,
não houve resposta para a comercialização dos produtos de
origem medicinal citados, demonstrando
, assim, que seu uso
está voltado apenas ao preparo para consumo individual ou
em família.
No que se refere às partes vegetais usadas como elemento
medicinal, observou
-
se que todas as partes das plantas
(Figura 2)
foram indicadas para o preparo de medicamentos,
sendo que, há maior utilização das folhas e das raízes. Neste
trabalho, não foi possível identificar
quais plantas os
entrevistados usam as raízes.
A respeito da
indicação de plantas medicinais por parte
de profissionais da assistência básica de saúde (Figura 3),
cerca de 30% dos entrevistados responderam que pelo menos
um desses profissionais indicou alguma planta medicinal
para tratamento de dores intestinais
e de cabeça, gripe, tosse,
imunidade baixa, inflamações, calmante e doenças nos rins.
Figura 2. Partes das plantas medicinais utilizadas pelos entrevistados
do município de Redenção/CE.
Figure 2. Parts of medicinal plants used by respondents in the c
ity
of Redenção/CE.
0
10
20
30
40
50
60
Nº de consumistas
Parte da planta
Silveira et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 3, p. 290-295, 2022.
293
Figura 3. Respostas em relação à indicação do uso de plantas
medicinais por profissional de saúde do município.
Figure 3. Responses in relation to the indication of the use of
medicinal plants by health professionals in the city.
Plantas como alho (Allium sativum), limão (Citrus limon),
laranja (Citrus sinensis L.), moringa (Moringa oleífera Lam.) e o
eucalipto (Eucalyptus globulus Labill.) (Tabela 2) que não foram
mencionadas anteriormente quanto ao cultivo em quintais no
município de Redenção, foram prescritas por profissionais da
área da saúde. Juntamente com o capim santo, hortelã, boldo
brasileiro, entre outras, para o tratamento de algumas
afecções, como por exemplo, dores na barriga, dores na
cabeça, enxaqueca, febre, enjoos e cólica menstrual.
4. DISCUSSÃO
A maior predominância de pessoas do sexo feminino
nesta pesquisa, também foi relatado por outros autores
(SANTOS et al., 2018; SILVA NETO et al., 2019;
MESQUITA et al., 2020), o que pode estar associada a
disponibilidade das mulheres em responder ao questionário,
como também, por serem detentoras do conhecimento
popular sobre as plantas medicinais devido a facilidade de
obtenção destas nos quintais e arredores das casas
(OLIVEIRA et al., 2018). Ademais, pode ser que essa
estratégia seja o principal meio ou recurso de cuidado com a
saúde dessas mulheres, como ressaltam Farias et al. (2021).
Dentre os dados sociodemográficos, a maior participação
dos jovens (15 a 29 anos) entre os entrevistados, pode estar
relacionado a forma de aplicação dos questionários, via
internet, isso trouxe algumas limitações. Por exemplo,
pessoas que detém o conhecimento sobre plantas medicinais
na região podem não ter acessado esses formulários. A
maioria pode ser que não tenha acesso a internet, meios de
comunicação necessário para responde-los, ou até mesmo
que não saibam preencher, impactando na restrição dos
números de pessoas e faixa etária.
Tabela 2. Plantas medicinais prescritas por profissionais de saúde no tratamento de doenças humanas.
Table 2. Medicinal plants prescribed by health professionals in the treatment of human diseases.
Família/Espécie
Nome comum
Indicação de uso
Amaryllidaceae: Allium sativum L.
Alho
Imunidade, gripe
Rutaceae: Citrus limon (L.) Burm. F.
Limão
Gripe e tosse
Verbenaceae: Lippia alba (Mill.) N. E. Br. Ex Britton & Wilson, P.
Erva cidreira
Dores na barriga, calmante
Asteraceae: Matricaria chamomilla L.
Camomila
Calmante, dores na cabeça
Anacardiaceae: Myracrodruon urundeuva
Aroeira
Inflamação, Inflamação pós-operatório
Apiaceae: Pimpinella anisum
Erva doce
Calmante
Lamiaceae: Plectranthus barbatus Andrews.
Boldo brasileiro
Dores na barriga
Euphorbiaceae: Phyllanthus niruri L.
Quebra-pedra
Rins, cálculo renal
Rutaceae: Citrus sinensis L.
Laranja
Dores na barriga
Lamiaceae: Plectranthus amboinicus
Malvarisco
Gripe
Moringaceae: Moringa oleífera Lam.
Moringa
Dor na cabeça
Poaceae: Cymbopogon citratus
Capim santo
Não especificou
Lamiaceae: Mentha sp.
Hortelã
Não especificou
Myrtaceae: Eucalyptus globulus Labill.
Eucalipto
Gripe
Lamiaceae: Ocimum gratissimum
Alfavaca
Gripe
Os moradores da área urbana (57%) tiveram maior
participação na pesquisa em comparação a área rural (43%),
podendo está associado a acessibilidade à internet pois, neste
município quanto mais próximo à sede maior é a
disponibilidade e facilidade de sinal, o que pode ter
favorecido a participação dos mesmos ao questionário desta
pesquisa.
Embora a maioria dos entrevistados sejam da sede do
município de Redenção, foi verificada ainda, elevada
diversidade na flora medicinal, com cultivo no próprio
quintal. Isso corrobora com Gonçalves; Pasa (2015), ao
afirmarem que os quintais rurais e urbanos constituem alguns
dos principais locais de diversidade vegetal e de conservação
da biodiversidade de plantas medicinais. Ao tratar-se da
influência dos incentivos e ensinamentos etnobotânicos
adquiridos pelos entrevistados, verificou-se que esses, são
repassados de geração pelos próprios familiares ou até
mesmo por curandeiros locais, conforme verificado também
por Oliveira et al. (2018) e Santos et al. (2019).
Na avaliação da escolaridade dos entrevistados, a maior
parte (58,44%) eram de indivíduos com nível superior,
resultados que divergem do que normalmente é encontrado
na literatura. No geral, predominância de pessoas com
baixa escolaridade e de menor renda que fazem o uso de
plantas medicinais como remédio natural. Além disso, a
maioria destes estudos são realizados em comunidades
tradicionais (zona rural), onde o público alvo é quase
restringido á mulheres idosas que cuidam das atividades
domesticas. Em contrapartida, neste estudo, foi deparado
com maior percentual de entrevistados localizados na zona
urbana, além disso, trata-se de um município com sede
universitária, com rios cursos superiores, inclusive na área
agrária, o que pode ter resultado em maior número de
pessoas graduadas.
A família botânica Lamiaceae apresentou maior número
(n= 10) de plantas medicinais relatadas neste estudo. Sua
importância, bem como, a frequência de utilização de plantas
medicinais pertencentes a essa família também foi relatada
70,13%
29,87% Não
Sim
Uso e diversidade de plantas medicinais no município de Redenção, CE, Brasil
Nativa, Sinop, v. 10, n. 3, p. 290-295, 2022.
294
por Pimenta et al. (2019); Jayasundera et al. (2021) e Neri et
al. (2021). Umas das espécies que pertencem a essa família e
que também apresenta um dos maiores números de citações
(n ≥ 4), está o boldo brasileiro (Plectrantus barbatus Andrews),
cujo princípio ativo é a boldina, um alcalóide encontrado
abundantemente em suas folhas e cascas, que induz de
apoptose em células de câncer de bexiga humana
(GERHARDT et al., 2014) e que possui efeitos
antimicrobianos e anti-inflamatórios induzidos por extratos
aquosos (FERRANTE et al., 2020). Sua presença com maior
número de citações também foi verificada por Santos et al.
(2018); Bispo et al. (2019) e Silva-Neto et al. (2019),
demostrando a importância desta espécie na medicina
alternativa.
As espécies Bryophyllum pinnatum e Phyllanthus niruri foram
poucas mencionadas neste estudo, apesar de possuírem
efeitos fitoterápicos comprovados cientificamente,
compõem a Relação Nacional de Plantas Medicinais de
interesse ao SUS (RENISUS) (BRASIL, 2009). O extrato
fluido obtido das folhas de Bryophyllum pinnatum por exemplo,
tem efeito cicatrizante tópico sobre feridas abertas
(FERREIRA, 2014). os estudos voltados para Phyllanthus
niruri, confirmaram seus benefícios clínicos no tratamento da
urolitíase ou calculose renal (PUCCI, 2018).
A preservação da variabilidade de plantas medicinais
relatadas, está intimamente ligada ao tratamento preliminar
de várias doenças, mostrando-se que ainda é bem
intensificado no município estudado. Sua importância tem
sido observada em diversos estudos no território brasileiro e
sua variabilidade encontram-se não na zona rural, como
também urbana, seja em comércios da cidade (BISPO et al.,
2019), quintais urbanos (SILVA NETO et al., 2019), ou em
comunidades rurais (MESQUITA et al., 2020). Cuja
importância está associada a tratamentos e cuidados com a
saúde. Isso vem contribuir, ainda mais, com a expansão do
setor fitoterápico brasileiro, que, de acordo com a Associação
Brasileira das Empresas do setor de fitoterapia,
suplementação alimentar e de promoção da Saúde (Abifisa),
cresceu, em 2015, cerca de 8% quando comparado com
anos anteriores (FEBRAFAR, 2016).
Além do cultivo espontâneo, os participantes da pesquisa
conservam as plantas medicinais nos quintais. Entretanto,
não houve respostas para a comercialização destes produtos,
demonstrando que o uso é voltado apenas consumo
individual ou em família, com maior utilização das folhas e
raízes.
A predominância do uso de folhas para preparação de
medicamentos da medicina tradicional também foi verificada
por Merhy; Santos (2017); Oliveira et al. (2018) e Santos et al.
(2018). Isso pode estar relacionado ao cultivo reduzido, em
pequenas áreas de quintais, na qual a retirada parcial das
folhas evita a destruição total da planta, permitindo-a que
rebrote, mantendo-se preservada na área de cultivo. Outro
fator que pode ser considerado, é o princípio ativo abundante
na parte folhosa, como destacado por Santos et al. (2018) em
seu estudo com plantas medicinais, também no município de
Redenção/CE.
Nesta pesquisa, não foi possível identificar as espécies
utilizadas com finalidade medicinal a partir de raízes, o que
diverge do trabalho de Guimarães et al. (2019), que relataram
a utilização de Foeniculum vulgare Mill. (erva-doce). Apesar
desta planta ter sido citada no estudo, a sua utilização pode
está voltada para outras partes da planta.
Menos da metade dos entrevistados (29,87%) relatam ter
recebido indicação/prescrição por profissionais da
assistência básica de saúde, para o tratamento de
enfermidades com a utilização de plantas medicinais. Mesmo
com o incentivo à fitoterapia pelo SUS e o apoio da Política
de Implantação da Fitoterapia em Saúde Pública no Estado
do Ceará (CEARÁ, 1999), reduzida abordagem de temas
dessa natureza durante a formação acadêmica dos
profissionais da saúde. O que torna pouco frequente a
prescrição de fitoterápicos por esses profissionais nas
unidades básicas de Saúde do país (LEITE, 2019). A
importância etnobotânica foi verificada nessa pesquisa
também por profissionais da saúde. Evidenciando que o
incentivo ao uso e cultivo dessas plantas medicinais, neste
município, não apenas provém de geração em geração, mas
por incentivo por profissionais da saúde, através de
prescrição médica.
O uso de plantas medicinais como fitoterápicos é uma
alternativa para os moradores locais. Com a utilização de
plantas comprovadas cientificamente no tratamento de
doenças, evita-se o uso em excesso de medicamentos
sintéticos. Impactando no decréscimo de custos mensais na
aquisição desses fármacos. Além disso, o cultivo de espécies
com potenciais medicinais é importante para a manutenção
da biodiversidade de espécies locais.
5. CONCLUSÕES
diversidade vegetal entre espécies medicinais em
Redenção, Estado do Ceará. Sua conservação e importância
é caracterizada pela presença de cultivos em quintais na zona
rural e urbana do município.
6. REFERÊNCIAS
ARAÚJO, A. M. de.; RODRIGUES, E. de M.; MOURA, D.
C. Etnobotânica das plantas medicinais no município de
Parari, Paraíba, Brasil. Geosul, v. 36, n. 78, p. 659-679,
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