Nativa, Sinop, v. 10, n. 1, p. 83-89, 2022.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v10i1.13435 ISSN: 2318-7670
Análise do extrato aquoso da jabuticaba frente ao status redox
e mutagênese em camundongos
Ana Paula Simões da CUNHA1, Ana Júlia Lopes BRAGA2,
Uanderson Queslei Schafranski KAEFER2, Marina Mariko SUGUI1,2,
Valéria Dornelles Gindri SINHORIN1,2*
1 Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais, Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Sociais,
Universidade Federal de Mato Grosso, Sinop, MT, Brasil.
2 Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso, Sinop, MT, Brasil.
*E-mail: valeriadgindri@gmail.com
(ORCID: 0000-0002-3545-1034; 0000-0001-8859-6045; 0000-0003-0393-9569; 0000-0002-3784-2821; 0000-0002-5070-0043)
Recebido em 15/02/2022; Aceito em 01/03/2022; Publicado em 14/03/2022.
RESUMO: A jabuticaba (Myrciaria ssp) é bem conhecida por possuir em sua casca compostos fenólicos com
alta atividade antioxidante. Assim, este estudo objetivou avaliar efeitos antioxidantes em fígado e cérebro e
antimutagênicos na medula óssea de camundongos Swiss machos com o extrato aquoso de jabuticaba (MYR) e
como agente indutor de danos mutagênicos a ciclofosfamida (CPA). Foram analisados 4 grupos (N = 6):
Controle (C), CPA (25 mg.kg-1), Extrato aquoso de jabuticaba + CPA (MYR + CPA) e Extrato aquoso de
jabuticaba (MYR). Através do teste do micronúcleo em lulas de medula óssea avaliou-se a frequência de
micronúcleos em eritrócitos policromáticos para a atividade antimutagênica/mutagênica. Os parâmetros
bioquímicos avaliados foram: Superóxido dismutase (SOD), Catalase (CAT), Glutationa-S-transferase (GST),
Glutationa reduzida (GSH), Ácido Ascórbico (VIT C) e Carbonil. Os resultados obtidos mostraram que o
extrato aquoso da jabuticaba não teve efeito antimutagênico, bem como mutagênico. A Vit C aumentou no
tecido hepático no grupo MYR quando comparada ao grupo MYR + CPA. Conclui-se que, nas condições
experimentais utilizadas, o extrato da jabuticaba não apresentou potencial protetor aos danos induzidos pela
CPA, nem modificou de forma relevante os parâmetros do estresse oxidativo nos animais tratados com MYR.
Palavras-chave: ciclofosfamida; estresse oxidativo; Myrciaria ssp; teste de micronúcleos.
Analysis of jabuticaba aqueous extract against redox status
and mutageness in mice
ABSTRACT: Jabuticaba (Myrciaria ssp) is well known for having in its bark phenolic compounds with high
antioxidant activity. Thus, this study aimed to evaluate antioxidant effects in the liver and brain and
antimutagenic effects in the bone marrow of male Swiss mice with the aqueous extract of jabuticaba (MYR) and
as a mutagenic damage-inducing agent to cyclophosphamide (CPA). Four groups were analyzed (N = 6):
Control (C), CPA (25 mg.kg-1), Aqueous jabuticaba extract + CPA (MYR + CPA) and Aqueous jabuticaba
extract (MYR). Through the micronucleus test in bone marrow cells, the frequency of micronuclei in
polychromatic erythrocytes was evaluated for antimutagenic/mutagenic activity. The biochemical parameters
evaluated were: Superoxide dismutase (SOD), Catalase (CAT), Glutathione-S-transferase (GST), Reduced
Glutathione (GSH), Ascorbic Acid (VIT C) and Carbonyl. The results obtained showed that the aqueous extract
of jabuticaba did not have an antimutagenic or mutagenic effect. Vit C increased in liver tissue in the MYR
group when compared to the MYR + CPA group. It is concluded that, under the experimental conditions used,
the jabuticaba extract did not show protective potential against damage induced by CPA, nor did it significantly
modify the parameters of oxidative stress in animals treated with MYR.
Keywords: cyclophosphamide; oxidative stress; Myrciaria ssp; micronucleus test.
1. INTRODUÇÃO
Desde a antiguidade, as plantas são utilizadas como
tratamentos terapêuticos para diversas patologias. Na
atualidade, o uso desses recursos naturais vem crescendo,
assim como o número de pesquisas na área, e a jabuticaba
(Myrciaria ssp) tem ocupado um lugar favorável neste
segmento por possuir alta atividade antioxidante decorrente
da presença de compostos fenólicos em sua casca
(ANDRADE, 2014). A fruta tipicamente brasileira pode ser
categorizada como alimento funcional e assim deve possuir
constituintes benéficos além dos elementos nutricionais
básicos, sendo utilizados de maneira convencional nas dietas,
pois são capazes de regular as funções corporais, auxiliando
na proteção contra enfermidades como: diabetes,
hipertensão, câncer, osteoporose e coronariopatias
(FERNANDES; SILVA, 2018).
Inúmeras patologias, como câncer, doenças
neurodegenerativas - doença de Parkinson, doença de
Alzheimer, doenças cardiovasculares e diabetes, são
associadas à condição de estresse oxidativo (EO) (BRAICU
Análise do extrato aquoso da jabuticaba frente ao status redox e mutagênese em camundongos
Nativa, Sinop, v. 10, n. 1, p. 83-89, 2022.
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et al., 2013). Essa condição é definida como um desequilíbrio
entre oxidantes e antioxidantes, como o excesso de espécies
reativas de oxigênio (EROs) quando comparado com os
antioxidantes, em um sistema biológico (SIES, 2015; SINGH
et al., 2019).
As EROs podem ser de fontes endógenas e exógenas e
suas principais formas incluem ânion de superóxido, ácido
hipocloroso, peróxido de hidrogênio, oxigênio singlet,
hipoclorito, radical hidroxila e peróxidos lipídicos, que estão
envolvidos na progressão, crescimento, morte e
diferenciação das células (TAN et al., 2018). O estresse
oxidativo, se severo o suficiente, pode modificar a estrutura
e função de macromoléculas celulares, incluindo DNA,
resultando em crescimento celular, mutação e/ou
instabilidade cromossômica (KLAUNIG, 2018).
O câncer, doença caracterizada por um crescimento
celular desordenado, é um problema que afeta a saúde pública
em escala mundial e a Organização Mundial de Saúde (OMS)
estimou que para o ano de 2030, espera-se cerca de 27
milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes
por ncer e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com
câncer (ABIFICC, 2015). Indo além, à Global Cancer
Observatory (GLOBOCAN) estima que, em todo mundo,
são esperados 28,4 milhões de novos casos de câncer em
2040, um aumento de aproximadamente 47% em relação a
2020, ano cujos valores estimados eram de 19 milhões de
casos de câncer em todo mundo, com 10 milhões de mortes
(SUNG et al., 2021).
Neste contexto, torna-se essencial o desenvolvimento de
estratégias nutricionais, capazes de proteger o homem contra
danos ao DNA e, principalmente, do desenvolvimento de
câncer (SURH; FERGUSON, 2003; FERREIRA et al.,
2019). Assim, o presente estudo avaliou o efeito
antimutagênico/mutagênico do extrato aquoso de jabuticaba
através do teste do micronúcleo, bem como realizou análise
de parâmetros bioquímicos do status redox em um modelo
de mutagênese induzido por ciclofosfamida.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Preparação do Extrato
As jabuticabas foram adquiridas junto a pomar
doméstico, no município de Sinop/MT em janeiro de 2013.
A extração do suco (polpa + semente + casca) seguiu a forma
de extração caseira utilizada pela população, através da
liquidificação e, posteriormente, a mistura foi peneirada. O
extrato aquoso foi estocado em freezer à temperatura de -18
°C e descongelados, no momento do uso, em banho maria
37 ºC.
2.2. Modelo Experimental
Camundongos Swiss machos, com 6 semanas de idade,
peso médio de ± 25 g foram obtidos do Biotério Central da
Universidade Federal de Mato Grosso, Câmpus de Cuiabá.
Os animais permaneceram durante todo o período
experimental sob condições controladas de temperatura (25
± 1 ºC), umidade relativa (51 ± 2%), ciclo de luz (12 horas
claro/escuro), exaustão e recebendo ração comercial
peletizada e água filtrada ad libitum. Este estudo teve a
aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA),
UFMT, sob o nº 23108.781486/12-5.
Após o período de duas semanas de aclimatação os
animais foram divididos em 4 grupos (n=6): CONTROLE
(água filtrada + NaCl 0,9%), CPA (água filtrada + 25 mg.kg-
1 ciclofosfamida), MYR+CPA (extrato aquoso de jabuticaba
(0,3 mL) + 25 mg.kg-1 ciclofosfamida) e MYR (extrato
aquoso de jabuticaba (0,3 mL) + NaCl 0,9%). Os animais
foram tratados com água ou extrato aquoso de jabuticaba
durante 15 dias, via gavagem, e no 15º dia foi administrado
via intraperitoneal a CPA na dose de 25 mg.kg-1 p.c. ou NaCl
0,9%. Após 24 horas, os animais foram anestesiados e
sacrificados para a retirada do fêmur e dos órgãos fígado e
cérebro. Os tecidos foram congelados em um freezer a -18
ºC até a sua utilização.
2.3. Teste do Micronúcleo
A obtenção e preparo das lâminas de eritrócitos de
medula óssea para avaliação da frequência de micronúcleo
(MN) seguiram a metodologia proposta por MacGregor et al.
(1987). Foram analisadas 2000 células por animal em
microscópio de luz, sendo 1000 PCEs por lâmina, com
aumento de 1000 vezes (imersão) para o registro da
frequência de eritrócitos policromáticos micronucleados
(PCEMNs). O material foi analisado em teste cego e as
lâminas foram decodificadas ao final das análises.
2.4. Análises Bioquímicas
A atividade da enzima Superóxido Dismutase (SOD),
expressa em UI SOD mg de proteína-1, foi determinada
segundo Misra e Fridovich (1972) e realizada no fígado e no
cérebro. A mensuração da atividade da Catalase (CAT) no
fígado dos animais foi realizada segundo a metodologia de
Nelson e Kiesow (1972) e expressa em µmol.min-1.mg de
proteína-1. A enzima Glutationa-S-transferase (GST) foi
mensurada no fígado e no cérebro segundo o método
descrito por Habig et al. (1974) e os resultados expressos em
µmol GS-DNB.min.mg proteína-1.
Os antioxidantes não-enzimáticos foram o ácido
ascórbico (ASA), expresso em µmol de ASA.g tecido-1, foi
comparado com uma curva padrão e quantificado no fígado
e a glutationa reduzida (GSH) expressa em µmol GSH.mg
proteína-1 e comparado a uma curva padrão de GSH sendo
realizada no tecido hepático e cerebral. As metodologias
empregadas foram de acordo com os métodos de Roe (1954)
e Sedlack e Lindsay (1968), respectivamente.
O marcador de estresse oxidativo avaliado foram as
proteínas carboniladas (Carbonil, marcador de dano
proteico) no fígado e cérebro e seguiu a metodologia de Yan
et al. (1995) sendo os resultados expressos em nmol
carbonil.mg de proteína-1.
O conteúdo proteico foi realizado em todas as técnicas,
exceto na determinação de vitamina C, e seguiu o método de
Bradford (1976) usando albumina do soro bovino para a
realização de uma curva padrão.
2.5. Análise Estatística
A frequência de células micronucleadas nos diferentes
grupos experimentais foi avaliada pelo teste qui-quadrado
(PEREIRA, 1991). A porcentagem de redução na frequência
de MN foi calculada de acordo com Water e colaboradores
(1990), através da fórmula:
% redução = .     – .    
.     – .     × 100 (01)
em que: freq.= frequência, MN= micronúcleos, A= grupo tratado
com CPA (controle positivo); B= grupo tratado com o extrato
aquoso de jabuticaba + CPA e C= grupo tratado com NaCl 0,9%
(controle negativo).
Cunha et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 1, p. 83-89, 2022.
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Os dados das análises bioquímicas foram apresentados
como média ± desvio padrão (DP) e analisados de acordo
com a análise paramétrica (ANOVA de uma via) e seguida
pelo teste post hoc de Tukey e a análise não-paramétrica (teste
de Kruskal-Wallis) seguida pelo teste post hoc de Dunn quando
as amostras não obedeciam a distribuição normal de Gauss.
Foi estabelecido um nível de significância para rejeição da
hipótese nula de 5% (p <0,05).
3. RESULTADOS
O efeito da jabuticaba sobre danos no DNA,
quimicamente induzidos pela ciclofosfamida (CPA), em
camundongos pré-tratados com o extrato aquoso in natura da
fruta mostraram que os grupos tratados com o extrato
aquoso (polpa + semente + casca) de jabuticaba e CPA, não
apresentaram redução significativa em relação a frequência de
micronúcleos em eritrócitos policromáticos de medula óssea,
quando comparados com o grupo controle positivo. Apesar
do extrato aquoso de jabuticaba não ter apresentado
potencial antimutagênico, o mesmo não foi mutagênico ao
grupo tratado somente com a jabuticaba quando comparado
com o controle negativo (Tabela 1).
Tabela 1. Frequência de MNPCEs em medula óssea de
camundongos Swiss machos após pré-tratamento com extrato
aquoso de jabuticaba e CPA.
Table 1. Frequency of MNPCEs in bone marrow of male Swiss mice
after pretreatment with aqueous extract of jabuticaba and CPA.
Tratamentos
N° de
células
analisadas
MNPCEs
% Red.
%
Água + NaCl 0,9%
a
12.000
66 0,55
Água + CPA (25 mg/kg)
b
12.000
100 0,83
MYR + CPA (25 mg/kg)
12.000
102 0,85
-
5,88
MYR + NaCl 0,9%
c
10.000
22 0,22
a Controle negativo; b Controle positivo; c morreu um animal.
Em relação a avaliação antioxidante do extrato aquoso de
jabuticaba, no tecido hepático não foram observadas
alterações estatisticamente significativas em nenhuma das
análises de antioxidantes enzimáticos realizadas, SOD
(Figura 1A), CAT (Figura 1B) e GST (Figura 1C).
control CPA MYR+CPA MYR
0
2
4
6
8
A
UI SOD mg protein
-1
control CPA MYR+CPA MYR
0
5
10
15
B
mol min
-1
mg protein
-1
control CPA MYR+CPA MYR
0
1
2
3
4
mol GS-DNB min
-1
mg protein
-1
C
control CPA MYR+CPA MYR
0
3
6
9
mol GSH mg protein
-1
D
control CPA MYR+CPA MYR
0
20
40
60
**
E
mol ASA g
-1
weight
control CPA MYR+CPA MYR
0
2
4
6
*
F
nmol carbonyl mg protein
-1
Figura 1. Parâmetros bioquímicos do estresse oxidativo no tecido hepático. (A) SOD; (B) CAT; (C) GST; (D) GSH; (E) Vitamina C; (F)
Carbonil. (N = 6). Média ± desvio padrão. * p < 0,05 vs Control, ** p < 0,05 vs MYR+CPA.
Figure 1. Biochemical parameters of oxidative stress in liver tissue. (A) SOD; (B) Catalase; (C) GST; (D) GSH; (E) Vitamin C; (F) Carbonyl.
(N = 6). Mean ± standard deviation. * p < 0.05 vs Control, ** p < 0.05 vs MYR+CPA.
Não foram observadas diferenças significativas para a
GSH (Figura 1D). Enquanto, para a análise da vitamina C
(Figura 1E), o grupo tratado apenas com o extrato aquoso da
fruta (MYR) com relação ao grupo ao qual foram
administrados o extrato aquoso e a ciclofosfamida (MYR +
CPA), demonstrou-se superior para este parâmetro. Já a
carbonilação de proteínas demonstrou uma diferença
significativa entre o grupo controle e o grupo CPA, onde o
último obteve valores maiores (Figura 1F).
No rebro também não foram observadas diferenças
significativas para a atividade da enzima SOD (Figura 2A), no
entanto, a GST demonstrou um decréscimo para o grupo
tratado com o extrato aquoso de jabuticaba, diferindo-se do
grupo tratado com ciclofosfamida (Figura 2B). Não foram
observadas diferenças significativas entre os grupos para
GSH (Figura 2C) e para a carbonilação de proteínas (Figura
2D).
Análise do extrato aquoso da jabuticaba frente ao status redox e mutagênese em camundongos
Nativa, Sinop, v. 10, n. 1, p. 83-89, 2022.
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control CPA MYR+CPA MYR
0
3
6
9
A
UI SOD mg protein
-1
control CPA MYR+CPA MYR
0.00
0.05
0.10
0.15
#
B
mol GS-DNB min
-1
mg protein
-1
control CPA MYR+CPA MYR
0
5
10
15
C
mol GSH mg protein
-1
control CPA MYR+CPA MYR
0
10
20
30
nmol carbonyl mg protein
-1
D
Figura 2. Parâmetros bioquímicos do estresse oxidativo no cérebro. (A) SOD; (B) GST; (C) GSH; (D) Carbonil. (N = 6). Média ± desvio
padrão. # p < 0.05 vs CPA.
Figure 2. Biochemical parameters of oxidative stress in the brain. (A) SOD; (B) GST; (C) GSH; (D) Carbonyl. (N = 6). Mean ± standard
deviation. # p < 0.05 vs CPA.
4. DISCUSSÃO
Neste estudo, a administração do extrato preparado a
partir da fruta inteira, não apresentou efeito antimutagênico
e nem mutagênico. Acredita-se que a atividade protetora do
DNA pode estar associada aos grupos fenóis, presentes nas
flavonas, que conferem ão antioxidante, agindo como
potenciais agentes antimutagênicos (FERREIRA et al.,
2009). Vários estudos demonstraram que o fruto inteiro da
jabuticaba apresenta atividade antioxidante e conteúdo
significativo de antocianinas (EINBOND et al., 2004; LIMA
et al., 2008; REYNERTSON et al., 2005; REYNERTSON et
al., 2008, SANTOS et al., 2010; SILVA et al., 2010).
Segundo Volp et al. (2008), alguns dados têm revelado
que a jabuticaba é rica em polifenóis, principalmente contidos
na casca. Dentre os polifenóis detectados, as antocianinas
estão presentes em relativa abundância sendo responsáveis
pela sua coloração avermelhada e ação antioxidante (YUE et
al., 2019). Dessa forma, esperava-se que o extrato aquoso de
jabuticaba apresentasse um efeito protetor contra danos
induzidos ao DNA pela CPA, nas condições experimentais
realizadas. No entanto, a caracterização química seria
necessária para relacionar os compostos biológicos ativos da
jabuticaba usada neste estudo, porém estas análises não
foram realizadas.
De acordo com Fortes et al. (2008) existem variações,
algumas menos e outras mais pronunciadas, nos teores de
compostos fenólicos durante a maturação da jabuticaba. No
estudo citado, o fruto inteiro apresentou aumento de
antocianinas e redução de taninos e fenóis totais em quatro
estágios de maturação (verde, de vez, maduro e muito
maduro), apesar da casca e as sementes serem importantes
fontes de compostos fenólicos com comprovada atividade
antioxidante.
Assim, podemos sugerir que o tempo de maturação da
jabuticaba utilizada nesse estudo pode não ter sido o ideal
para que os compostos bioativos, com ão antioxidante,
apresentassem possíveis efeitos protetores sobre os danos ao
DNA induzidos pela CPA. Além disso, o teor de antocianinas
neste fruto pode apresentar variações (TEIXEIRA et al.,
2008). Tais alterações podem ser atribuídas as diferenças
entre frutos oriundos de diferentes condições e locais de
cultivo, além das variações entre métodos de extração e
análise, temperatura de armazenamento e fração estudada
(COSTA; ROSA, 2006).
Sabe-se que a CPA é capaz de induzir uma
imunossupressão e proporcionar ao organismo uma
condição de estresse oxidativo (SILVA, 2014). As ERO
produzidas durante a condição de estresse oxidativo podem
oxidar as estruturas das proteínas e lipídios que, por vezes,
podem fazer com que os aminoácidos das proteínas sejam
desfragmentados, conduzindo a alterações no
funcionamento de rias enzimas, em outras palavras, a
oxidação dos aminoácidos é acompanhada pelo aumento
relativo do nível de proteínas carboniladas (SILVA et al.,
2009).
Assim, também é importante saber que as enzimas SOD,
CAT e GST, atuam buscando uma homeostase do organismo
quando este se encontra sob estresse oxidativo (STOLF,
2016). Então, alterações em seus valores pode indicar danos
ou favorecimento das células, mas neste trabalho não se
observou alterações significativas em suas atividades,
confirmando os resultados encontrados durante a avaliação
microscópica de micronúcleos.
Estudos como o de Zhang et al. (2021), mostraram que
uma dosagem de 40 mg kg-1 de CPA foi capaz de interferir
no ganho de peso dos camundongos, fazendo com que a
média fosse menor ao grupo tratado com o quimioterápico,
além de demonstrar um aumento na atividade da enzima
SOD no fígado, e retratar possíveis danos hepáticos e
lipídicos nos animais, devido aos altos níveis de alanina
transaminase (ALT) e Malondialdeído (MDA). A SOD é uma
enzima antioxidante de primeira fase, que catalisa a conversão
do ânion superóxido (O2·-) em peróxido de hidrogênio
(H2O2) e oxigênio (O2) (SILVEIRA, 2017), e a enzima CAT,
referente à segunda fase na linha de defesa contra as EROs
não apresentaram alterações significativas com relação ao
modelo experimental proposto. Isso pode ser justificado pela
baixa dosagem de ciclofosfamida utilizada a fim de causar
danos celulares.
Cunha et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 1, p. 83-89, 2022.
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Barbosa et al. (2018), utilizando 25 mg.kg-1 de
ciclofosfamida, também relatou resultados semelhantes, nos
quais não foram observadas variações significativas para a
atividade da enzima CAT. Por outro lado, Luiz et al. (2020),
usando 75 mg kg-1, em seus dois trabalhos, e Godoy et al.
(2020), com 100 mg kg-1, observaram que o potencial
mutagênico da CPA foi expressivo e que os extratos de Carica
papaya, Cecropia distachya e Cissus spinosa Cambess, nos
respectivos estudos, foram capazes de diminuir ou retardar
os efeitos da CPA.
Assim como, diferente ao encontrado neste estudo,
Lenquiste et al. (2015) observaram que a suplementação com
casca de jabuticaba em e seu extrato promoveu aumento
nas atividades de SOD, CAT e glutationa, além de reverter a
peroxidação lipídica induzida pela dieta gordurosa no plasma
e fígado de ratos. Viana (2017) mostrou em seu estudo
resultados nos quais se observaram uma restauração das
atividades de SOD, CAT e GST no tecido aórtico de coelhos
com hipercolesterolemia submetidos à administração diária
de extrato fenólico da casca de jabuticaba (EFCJ).
Embora outros parâmetros antioxidantes não mudaram
tanto no fígado quanto no cérebro, a vitamina C hepática foi
aumentada no grupo MYR, diferindo do grupo que teve CPA
administrada i.p. Gürgen et al. (2013) demonstrou que o
ácido ascórbico (Vit C) é um antioxidante que tem o
potencial de atrasar a formação e propagação de tumores em
todas suas fases. No entanto, essa diferença achada em nosso
estudo pode ser devido a capacidade da ciclofosfamida de
interferir na replicação do DNA e na transcrição do RNA
(BENVEGNÚ, 2010), pois é um fármaco conhecido por
seus efeitos mutagênicos, sendo muito utilizado em estudos
de genotoxicidade (ARENCIBIA et al., 2011).
Tendo em vista que na literatura é observado o aumento
da atividade de enzimas antioxidantes utilizando
concentrados de polpa ou casca em pó, pode-se estimar que
a quantidade de extrato utilizado, por se tratar de uma solução
aquosa não concentrada contendo todo o fruto (presença da
casca, polpa e semente), este pode conter anti-nutrientes, que
são substâncias que atuam como um interferente, impedindo
os efeitos antioxidantes. Por outro lado, os danos ao DNA
causados pela administração de ciclofosfamida não foram
efetivos no órgão em questão, apesar da dosagem utilizada
demonstrar seu potencial toxicológico e mutagênico em
células de medula óssea.
É possível que a quantidade de animais utilizados no
protocolo experimental tenha influenciado nessa ausência do
efeito estatístico. Diferentemente dos nossos achados, Hsu et
al. (2016) obtiveram em seu trabalho usando extrato de
jabuticaba uma relação de aumento na GSH, assim como
para as enzimas SOD, CAT, GST e GPx, quando avaliaram
ratos em um modelo de nefropatia diabética.
A semelhança dos resultados nos diferentes tecidos
analisados, sugere que a dosagem de ciclofosfamida utilizada
não foi capaz de induzir danos aos tecidos e que o extrato
aquoso de jabuticaba não demonstrou seu potencial
antioxidante na modulação de alterações aos parâmetros
bioquímicos. Além disso, não foram encontrados outros
estudos avaliando os efeitos do extrato aquoso de jabuticaba
no tecido cerebral para possíveis comparações.
Assim, os resultados obtidos da avaliação do efeito da
Myrciaria ssp (jabuticaba), nas condições experimentais
utilizadas, sugerem que o extrato aquoso de jabuticaba possui
compostos que não reduziram significativamente a
frequência de lulas micronucleadas da medula óssea de
camundongos Swiss, bem como interferência aos parâmetros
bioquímicos analisados.
5. CONCLUSÕES
Concluímos que o extrato aquoso da jabuticaba, apesar
de possuir compostos com características antioxidantes e
fenólicas, não mostrou seus efeitos antioxidantes e
antimutagênicos no modelo de estresse oxidativo induzido
por CPA. Sabendo que na literatura a Myrciaria spp. apresenta
efeitos antioxidantes para diversas patologias, pode-se supor
que os compostos presentes nessa fruta não demonstraram
sua efetiva ação no organismo dos animais ou os compostos
ativos poderiam estar presentes em quantidades insuficientes
para um efeito biológico relevante.
6. AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem a Universidade Federal de Mato
Grosso pelo suporte logístico e a Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT) e ao
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) pela concessão de bolsas de estudo para
A. P. S. C. e A. J. L. B.
7. REFERÊNCIAS
ABIFICC_Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas
de Combate ao Câncer. Em 2030, haverá mais de 27
milhões de casos incidentes de câncer. 2015.
Disponível em: < https://abificc.org.br/noticia/em-
2030-havera-mais-de-27-milhoes-de-casos-incidentes-
de-cancer/>.
ANDRADE, D. M. L. Avaliação da atividade
antioxidante, hipotensora e vasodilatadora da
Jabuticaba,
Myrciaria cauliflora
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