Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 170-176, 2022.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v10i2.13354
ISSN: 2318-7670
Qualidade pós-colheita de diferentes acessos de inhames
coletados nos estados de Alagoas e Sergipe
Adielma Maria de MENEZES1, Saniel Carlos dos SANTOS2, João Paixão dos SANTOS NETO3*,
Marissônia de Araujo NORONHA4, João Gomes da COSTA1,5
1Programa de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL, Brasil.
2Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL, Brasil.
3Centro em Agricultura Sustentável e Tecnologia Alimentar, Universidade da Madeira, Funchal, Portugal.
4Embrapa Tabuleiros Costeiros, Unidade de Execução de Pesquisa, Rio Largo, AL, Brasil.
5Embrapa Alimentos e Territórios, Maceió, AL, Brasil.
E-mail: joaopaixaoneto@gmail.com
(ORCID: 0000-0002-7668-319X; 0000-0002-3989-8634; 0000-0003-4645-6866;
0000-0002-5074-3019; 0000-0002-0761-0765)
Recebido em 25/01/2022; Aceito em 19/04/2022; Publicado em 03/06/2022.
RESUMO: O inhame (Dioscorea spp.) é uma hortaliça que produz túberas de elevada importância
socioeconômica para alimentação e agricultura familiar, principalmente na região Nordeste. Algumas espécies
e variedades são cultivadas comercialmente com diferentes preferências pelos consumidores. Entretanto, apesar
do gênero ser reconhecido por possuir alto valor nutricional e energético pouco se sabe sobre os diferentes
materiais cultivados. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade pós-colheita de
diferentes acessos de inhames (Dioscorea spp.). Os materiais vegetais foram coletados nos estados de Alagoas e
Sergipe, foram posteriormente analisados quanto a composição físico-química e os dados foram submetidos a
análise estatística descritiva e multivariada. Os acessos Dioscorea cayenensis e Dioscorea alata apresentaram qualidade
proteica superior aos demais materiais genéticos. Ainda Dioscorea alata apresentou altos níveis de zinco,
magnésio e potássio. De modo geral, pode-se concluir que os acessos provenientes do Estado de Alagoas
apresentaram melhor qualidade nutricional, devido aos maiores teores de nutrientes, e ainda que pouca
variabilidade genética nos demais acessos estudados, evidenciando a necessidade de resgate desses materiais
tradicionalmente utilizados nos locais de estudo e que vêm desaparecendo gradativamente.
Palavras-chave: Dioscorea spp.; qualidade nutricional; alimentação humana; diversidade genética.
Postharvest quality of different yam accessions collected
in the states of Alagoas and Sergipe, Brazil
ABSTRACT: Yam (Dioscorea spp.) is a vegetable that produces tubers of high socioeconomic importance for
food and family farming, mainly in the Northeast region. Some species and varieties are grown commercially
with different consumer preferences. However, despite the genus being recognized for having high nutritional
and energetic value little is known about the different materials grown. Thus, the present work aimed to evaluate
the postharvest quality of different accessions of yams (Dioscorea spp.). The plant materials were collected in the
states of Alagoas and Sergipe, were later analyzed for their physical-chemical composition and the data were
submitted to descriptive and multivariate statistical analysis. The accessions Dioscorea cayenensis and Dioscorea alata
showed a higher protein quality than the other genetic materials. Dioscorea alata also presented high levels of
zinc, magnesium, and potassium. In general, it can be concluded that the accessions from the state of Alagoas
showed better nutritional quality, due to the higher levels of nutrients, and also that there is little genetic
variability in the other accessions studied, showing the need to rescue from these materials traditionally used in
the study sites and that is gradually disappearing.
Keywords: Dioscorea spp.; nutritional quality; human nutrition; genetic diversity.
1. INTRODUÇÃO
O inhame (Dioscorea spp.) é uma hortaliça produtora de
túberas (rizóforos) de suma importância socioeconômica
sendo alimento básico para cerca de 300 milhões de pessoas
nos trópicos (ASFAW et al., 2019), destacando-se no ranking
como o quarto tubérculo de importância mundial em termos
econômicos, apenas atrás da batata (Solanum tuberosum L.),
mandioca (Manihot esculenta Crantz) e batata-doce (Ipomoea
batatas L. Poir.) (LOKO et al., 2013; SUKAL et al., 2017).
No Brasil, o inhame é cultivado em sistema de agricultura
familiar desempenhando importante papel socioeconômico,
principalmente na região Nordeste (SILVA, 2020). Nessa
região, concentram-se 90% da produção e os maiores
produtores são os estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas,
Bahia, Maranhão e Piauí (IBGE, 2017).
O inhame possui rizóforos com alto valor nutricional e
energético, constituindo alimentação essencial para milhões
de pessoas em todo o mundo em diferentes classes sociais,
sobretudo nos trópicos úmidos e subúmidos (HOU et al.,
2002; MIGNOUNA et al., 2003; SANTOS et al., 2007; FAO,
2010). Ainda por possuir carboidratos, proteínas, vitaminas
do complexo B, tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina
Menezes et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 170-176, 2022.
171
B2), ácido nicotínico, ácido ascórbco (vitamina C), β-
caroteno, provitamina A e D, alcaloides lactônicos e
fitosteróis e também elevados teores de minerais, como
potássio, sódio, magnésio, fósforo, cálcio, ferro, cobre e
zinco (DANTAS et al., 2013; EJIKEME; MATTHEW,
2017).
As pesquisas relacionadas à composição físico-química de
Dioscorea spp. são importantes para identificar as
características da cultura, no caso deste estudo para
compreender as condições edafoclimáticas nos estados de
Alagoas e Sergipe, localizados no Nordeste do Brasil, e dessa
maneira deter indicadores para selecionar material genético
com melhor qualidade nutritiva e funcional visando o
lançamento de cultivares para o mercado consumidor.
O objetivo deste estudo foi caracterizar a qualidade pós-
colheita dos acessos de inhame Dioscorea spp. quanto à
composição físico-química e mineral.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Obtenção e processamento do material vegetal
Os acessos foram obtidos a partir de expedições de
coletas nos principais municípios produtores dos Estados de
Alagoas e Sergipe. Assim, foram obtidos dois acessos de
Dioscorea trifida; seis de D. cayenensis, um D. bulbifera e um D.
alata, conforme está disposta na Tabela 1.
Os tubérculos dos inhames foram transportados em
sacos de polietileno até o laboratório da Embrapa Tabuleiros
Costeiros/Unidade de Execução de Pesquisa de Rio Largo
em Rio Largo, Alagoas, onde foram lavados com água
corrente, descascados manualmente e sanitizados com
hipoclorito de sódio a 50 ppm por 15 minutos.
Posteriormente, foram processados em triturador doméstico
durante 5 minutos para obtenção da massa viscosa. Em
seguida, a massa foi depositada em assadeiras antiaderente
que foram levadas para a estufa com circulação de ar forçado
(1,5m/s) a 50ºC ± 2 °C, por 12 horas. Após a secagem o
material foi novamente processado e passado por peneira
com abertura de 1,00 mm, malha 6 da Granulest até a
obtenção das farinhas. Todas as amostras das farinhas de
inhame foram processadas separadamente, embaladas a
vácuo em sacos de polietileno e armazenadas a temperatura
ambiente em torno de 26°C (SÁ et al., 2019). Posteriormente,
foram procedidas às análises de composição sico-químicas
e minerais, as quais foram realizadas no Laboratório do
Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe,
Aracaju, Sergipe.
Tabela 1. Localização geográfica dos acessos de inhame Dioscorea spp. coletados em Alagoas e Sergipe.
Table 1. Geographic location of yam accessions Dioscorea spp. collected in Alagoas and Sergipe.
Acesso
Nome
-
comum
Coordenadas Geográficas
Município
D. alata
Gereba
09°15’639” S; 35°54’772” W
Murici
AL
D. bulbifera
Cará Moela
10°37’403” S; 37°18’380” W
Malhador
SE
D. cayenensis
Branco Boa Vista
09° 21' 48'' S; 36° 14' 19'' W
Viçosa
AL
D. cayenensis
Roxo Liso
09°15’179” S; 35°54’327” W
Murici
AL
D. cayenensis
Branco
10°37’084” S; 37°18’849” W
Malhador
SE
D. cayenensis
Branco Santa Inês
09° 21' 48' 'S; 36° 14' 19'' W
Viçosa
AL
D. cayenensis
Barba de Arame
09°15’639” S; 35°54’772”
W
Murici
AL
D. cayenensis
Corneta
10°37’403”
S
;
37°18’380”
W
Mallhador
SE
D. trifida
Roxo da Mata
09º 18' 24" S
;
35º 56' 36" W
Murici
AL
10
D. trifida
Roxo Redondo
09°06’60”
S
;
35°44’15”
W
Joaquim Gomes
AL
2.2. Caracterização centesimal das farinhas de acessos
de inhames
Os teores de água foram determinados utilizando-se o
método de secagem em estufa a 105 ºC por 4 horas, quando
se atingiu o peso constante; as cinzas foram obtidas por
incineração em forno mufla, à temperatura de 550 ºC por 4
horas; lipídios determinados pelo método de extração
intermitente tipo Soxhlet, utilizando o solvente hexano, por
8 horas; as proteínas pelo método de macro Kjeldahl com o
fator de conversão do teor de nitrogênio total em proteínas
de 5,15, todas as determinações estão de acordo com a
metodologia AOAC (2005). O teor de carboidratos foi
calculado por diferença dos demais constituintes da
composição centesimal (umidade, cinzas, lipídeos e
proteínas), segundo AOAC (2005). O valor energético total
(VET) das farinhas dos inhames foi calculado a partir dos
fatores de conversão de ATWATER: 4 kcal/g para proteínas,
4 kcal/g para carboidratos e 9 kcal/g para lipídios (WATT;
MERRILL, 1963).
2.3. Composição físico-química das farinhas de acessos
de inhames
A determinação do potencial hidrogeniônico (pH) foi
realizada a leitura do pH com o auxílio de um potenciômetro
digital (modelo R-TEC-3P-MP, TECNAL) devidamente
calibrado. A acidez total titulável (ATT) foi obtida pelo
método titrimétrico, conforme as Normas Analíticas do
Instituto Adolfo Lutz (BRASIL, 2005), as amostras foram
tituladas com solução padronizada de NaOH 0,01N. E os
sólidos solúveis totais (SST) foram determinados em
refratômetro de bancada Abbé (0 a 95%), expressos em
°Brix. A determinação do amido também foi realizada pelo
método Lane Eynon (BRASIL, 2005).
2.4. Composição dos elementos minerais das farinhas
de acessos de inhames
Para a determinação dos minerais, foram inicialmente
realizadas a digestão das amostras de farinha das sementes
(análise em triplicata). Em um tubo de digestão foram
depositadas 0,232g de amostra e 5,0 mL de solução digestora
(ácido nítrico e ácido perclórico na proporção de 2:1) e
pesadas 0,2 g de uma amostra conhecida para ser o padrão e
um branco para a comparação das amostras. Essa solução foi
aquecida por 2 h em bloco digestor elevando-se
gradualmente a temperatura de 100 para 200 °C. Após a
digestão foram aferidos os tubos com água Milli-Q, para
obtenção de 20 mL de extrato, o qual foi homogeneizado
com agitador tipo Vortex.
A determinação do conteúdo mineral foi realizada por
espectroscopia de absorção atômica com chama, segundo o
Qualidade pós-colheita de diferentes acessos de inhames coletados nos estados de Alagoas e Sergipe
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 170-176, 2022.
172
método descrito por Silva e Queiroz (1981) e posteriormente
analisados para Na, Zn, Mg, K e Mn.
2.5. Análise estatística
O conjunto de dados foi submetido ao teste de
normalidade Kolmogorov-Smirnov e, por apresentar
normalidade, foram realizadas análises estatísticas descritivas
como média e desvio padrão (DP). Também, foram
realizadas análises multivariadas, como a determinação da
divergência genética a partir de medidas de dissimilaridade
com distância euclidiana média, e análises de agrupamento,
como o método de Tocher, por meio do software Genes
(CRUZ, 2016).
3. RESULTADOS
3.1. Caracterização centesimal
A composição centesimal das farinhas dos acessos de
inhames está disposta na Tabela 2. O conteúdo de água (base
úmida, b.u.) das farinhas nos acessos variou de 8,86 (Acesso
10, D. trifida) a 14,58% (Acesso 2, D. bulbifera) e média geral
de 11,96%. A variação de cinzas foi de 1,91 (Acesso 5, D.
cayenensis) a 3,01 (Acesso 9, D. trifida) e média de 2,50%. Para
o teor de lipídios verifica valores entre 0,21 (Acesso 5, D.
cayenensis) a 0,89% (Acesso 1, D. alata). O conteúdo de
proteínas apresentou de 2,85 (Acesso 7, D. cayenensis) a 6,23%
(Acesso 3, D. cayenensis). Os teores de carboidratos variaram
de 77,16 (Acesso 3, D. cayenensis) a 85,13 (Acesso 10, D.
trifida). Acerca do conteúdo de VET exibiu de 332 (Acesso 2,
D. bulbifera) a 354 (Acesso 10, D. trifida).
Tabela 2. Composição centesimal (U Umidade, Ci Cinzas, P
Proteínas, Ca Carboidratos, VET Valor Energético Total) das
farinhas de inhames Dioscorea spp.
Table 2. Centesimal composition (U Moisture, Ci Ash, P
Proteins, Ca Carbohydrates, VET Total Energy Value) of
Dioscorea spp.
Acessos
U
(%)
Ci
(%)
L
(%)
P
(%)
Ca
(%)
VET
(Kcal/100g)
1
13,70
2,13
0,89
5,57
77,71
341
2
14,58
2,81
0,34
3,24
79,03
332
3
13,37
2,75
0,49
6,23
77,16
338
4
11,34
2,35
0,45
4,95
80,91
347
5
11,60
1,91
0,21
2,74
83,54
347
6
12,75
2,24
0,53
4,75
79,73
343
7
10,48
2,43
0,24
2,85
84,00
350
8
11,73
2,54
0,27
5,32
80,14
344
9
11,23
3,01
0,88
4,34
80,54
347
10
8,86
2,86
0,25
2,90
85,13
354
Média
11,96
2,50
0,45
4,29
80,79
344,30
D.P.
1,68
0,35
0,25
1,27
2,67
6,25
1 = D. alata, 2 = D. bulbifera, 3 = D. cayenensis; 4 = D.cayenensis, 5 = D.
cayenensis, 6 = D. cayenensis, 7 = D. cayenensis, 8 = D. cayenensis, 9 = D. trifida,
10 =D. trifida.
3.2. Composição físico-química
Os valores obtidos nos parâmetros físico-químicos dos
diferentes acessos de inhames encontram-se na Tabela 3.
Os acessos de inhame apresentaram pH entre 5,67
(Acesso 2, D. bulbifera) a 7,30 (Acesso 8, D. cayenensis), Tabela
3. A acidez total titulável variou de 0,52 (Acessos 6 e 8, D.
cayenensis) a 2,09 (Acesso 2, D. bulbifera). Os sólidos solúveis
totais variaram de 4,24 (Acesso 4, D.cayenensis) a 8,24° Brix
(Acesso 10, D. trifida). O conteúdo de amido apresentou de
62,77 (Acesso 2, D. bulbifera) a 77,39 (Acesso 5, = D. cayenensis).
Tabela 3. Teores de pH, Acidez Total Titulável (ATT) e Sólidos
Solúveis Totais (SST) e Amido das farinhas de inhames Dioscorea
spp.
Table 3. Contents of pH, Total Titratable Acidity (TTA) and Total
Soluble Solids (SST) and Starch of yam flours Dioscorea spp.
Acessos
pH
ATT
(g/100g)
SST
(°Brix)
Amido
(g/100g)
1
6,09
1,57
4,82
68,05
2
5,67
2,09
6,15
62,77
3
6,99
1,06
5,24
68,21
4
6,83
2,36
4,24
74,66
5
6,63
1,05
4,57
77,39
6
7,08
0,52
4,66
75,09
7
6,55
1,05
4,82
76,82
8
7,30
0,52
4,49
73,79
9
6,49
1,06
7,57
72,23
10
6,28
1,57
8,24
73,47
Média
6,59
1,28
5,48
72,25
D.P.
0,49
0,61
1,39
4,60
1 = D. alata, 2 = D. bulbifera, 3 = D. cayenensis; 4 = D.cayenensis, 5 = D.
cayenensis, 6 = D. cayenensis, 7 = D. cayenensis, 8 = D. cayenensis, 9 = D. trifida,
10 =D. trifida.
3.3. Composição dos elementos minerais
Os resultados referentes ao conteúdo de elementos
minerais apresentados pelos dez acessos de inhames estão
demonstrados na Tabela 4.
Tabela 4. Composição mineral das farinhas de acessos de inhames
Dioscorea spp.
Table 4. Mineral composition of flours from yam accessions
Dioscorea spp.
Acessos
Na
Zn
Mg
K
Mn
------------------------
(mg/100g)
------------------------
1
31,20
0,900
45,20
703
-
2
25,60
0,260
11,90
264
1,12
3
36,10
0,180
8,75
288
-
4
25,00
0,120
7,80
219
-
5
19,30
0,160
6,70
200
-
6
6,79
0,120
5,98
186
-
7
6,83
0,180
5,47
199
-
8
16,30
0,110
9,74
207
-
9
61,80
0,377
13,60
277
-
10
18,80
0,190
9,13
255
0,06
Média
24,72
0,26
12,43
279,80
-
D.P.
16,07
0,24
11,79
153,02
1 = D. alata, 2 = D. bulbifera, 3 = D. cayenensis; 4 = D.cayenensis, 5 = D.
cayenensis, 6 = D. cayenensis, 7 = D. cayenensis, 8 = D. cayenensis, 9 = D. trifida,
10 =D. trifida.
O teor de sódio (Na) variou de 6,79 (Acesso 6, D.
cayenensis) a 61,80 mg/100g (Acesso 9, D. trifida). Os valores
de zinco (Zn) variaram de 0,110 (Acesso 8, D. cayenensis) a
0,900 (Acesso 1, D. alata). Para magnésio (Mg) foram obtidos
entre 45,20 (Acesso 1, D. alata) e 5,47 (Acesso 7, D. cayenensis).
Os teores de potássio (K) obtidos variaram de 186 (Acesso
6, D. cayenensis) a 703 (Acesso 1, D. alata). Apenas os Acessos
10 (0,06) e 2 (1,12) apresentaram teores de manganês (Mn).
3.4. Análise de agrupamento
O método de agrupamento por otimização ou método de
Tocher, podemos observar na Tabela 5. Observa-se a
formação de três grupos distintos, sendo os grupos II e III
formados por apenas um acesso em cada, no caso D. bulbifera
e D. alata, respectivamente. A contribuição das variáveis para
diferenciar os grupos estão dispostas na Figura 1. Na
Menezes et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 170-176, 2022.
173
diferenciação dos acessos houve uma maior contribuição dos
descritores, sódio com 15,60%; carboidratos com 13,30%;
pH com 11,10% e SST 11,10% (Tabela 6), sendo esses
responsáveis por 51,10% pela divergência do material.
Tabela 5. Agrupamento dos acessos em relação a todas as variáveis
(Composição centesimal, físico-química e mineral) das farinhas de
inhames.
Table 5. Grouping of accessions in relation to all variables
(centesimal, physical-chemical and mineral composition) of yam
flours.
Grupo
Acessos
I
3; 4;
5, 6; 7; 8; 9 e 10
II
2
III
1
1 = D. alata, 2 = D. bulbifera, 3 = D. cayenensis; 4 = D.cayenensis, 5 = D.
cayenensis, 6 = D. cayenensis, 7 = D. cayenensis, 8 = D. cayenensis, 9 = D. trifida,
10 =D. trifida.
Figura 1. Contribuição das variáveis (Composição centesimal, físico-
química e mineral) analisadas nas farinhas de inhames dos diferentes
acessos para diferenciar os grupos.
Figure 1. Contribution of the variables (Centesimal,
physicochemical and mineral composition) analyzed in the yam
flours of the different accessions to differentiate the groups.
4. DISCUSSÃO
4.1. Caracterização centesimal
A determinação de água é uma das medidas mais
importantes e utilizadas na análise de alimentos. Os valores
encontrados neste corroboram com et al. (2019) em
Dioscorea spp. foram de 8,88%. Paula et al. (2012) em Dioscorea
alata encontraram 8,65%, segundo Aquino et al. (2011)
variaram de 9,5 a 11,75% em Dioscorea spp.
Ainda, o teor de água das farinhas está de acordo com as
exigências preconizadas para produtos de cereais, amidos,
farinhas e farelos (máximo de 15%) conforme a RDC nº 263
de 22 de setembro de 2005 da ANVISA (BRASIL, 2005).
A cinza é o ponto de partida para a análise de minerais
específicos. Os valores encontrados foram semelhantes aos
obtidos em farinhas de inhame, conforme Aquino et al.
(2011), que encontraram variações de 1,53 a 1,98%; Carneiro
et al. (2020) em Dioscorea bulbiferea com 2,14%; Dias et al.
(2020) em Dioscorea spp. com 1,54%.
Em relação aos lipídeos, as farinhas de inhame avaliadas
apresentaram baixos teores, corroborando com Silva et al.
(2020), que para farinhas de Dioscorea bulbiferea e Dioscorea spp.
obtiveram valores de 0,24 a 0,29%; Dias et al. (2020) com
0,18%; Carneiro et al. (2020) com 0,85% e Bernardo et al.
(2016) com 0,39%.
O conteúdo de proteínas se assemelha aos obtidos por
Ezeocha et al. (2014) em farinha de Dioscorea bulbiferea (2,48 a
6,28%), com os de Paula et al. (2012) (4,13 a 6,35%), de Sá et
al. (2019) com 7,16% e de Dias et al. (2020) com 6,69%,
sendo todos esses trabalhos com matriz farinhas de inhame.
Aquino et al. (2011) encontraram valores que variaram de
4,60 a 4,93% e Silva et al. (2020), também obtiveram em
torno de 2% do conteúdo de proteínas em farinha de inhame.
Os teores de carboidratos foram semelhantes aos
encontrados por Sá et al. (2019) com 83,66, Dias et al. (2020)
com 81,71 em farinhas de inhame.
O conteúdo do valor energético total encontrados foram
superiores àqueles obtidos por Silva et al. (2020) que
apontaram valores entre 105,12 a 126,88 e semelhantes aos
mencionados por et al. (2019) com valores médios de
363,96 em farinhas de inhame. Desse modo, podemos
apontar que a farinha de inhame é um alimento com alto
valor energético.
Ainda, as variações observadas na composição centesimal
podem ser atribuídas às diferenças nas cultivares, cultivos,
condições edafoclimáticos entre outros.
4.2. Composição físico-química
As farinhas dos acessos apresentaram pH semelhantes
aos obtidos por Dias et al. (2020). Essa característica é
importante na limitação da capacidade de desenvolvimento
de microrganismos no alimento (SUAREZ; BELLI;
REBELO, 2013).
No tocante a ATT os valores encontrados foram
superiores aos obtidos por Dias et al. (2020) que obteve
média de 0,29 para farinha de inhame. Entretanto, os valores
obtidos ficaram abaixo do limite máximo para farinha, sendo
de 5% conforme legislação (BRASIL, 2005). Os teores de
SST foram inferiores aqueles encontrados por Dias et al.
(2020) que foi de 17,4° Brix.
O amido é a reserva mais importante da nutrição das
plantas superiores. É facilmente digerido e por isso é
importante na alimentação humana. É basicamente
composto de dois polissacarídeos, denominados de amilose
e amilopectina, em proporção que varia de acordo com a
origem das plantas e mesmo do grau de maturação. As
proporções destes influem na viscosidade e poder de
geleificação do amido (COSTA, 2018).
O conteúdo de amido, obtidos foram superiores aos
obtidos por et al. (2019) (56,41) e semelhantes aos
apontados por Carneiro et al. (2020) (75, 70). Segundo Dufie
et al. (2013) em Dioscorea alata apresentaram uma variação no
teor de amido de D. alata pode ser dependente de vários
fatores ambientais e práticas agronômicas, bem como o grau
de maturidade.
4.3. Composição dos elementos minerais
Os teores de sódio encontrados são maiores que os
descritos por TABNUT (2019) (5 mg/100 g) e USDA (2018)
(5 mg/100 g). Valores elevados também foram observados
por Baah et al. (2009) com D. alata. É importante mencionar
que os valores baixos de sódio têm implicações salutares para
a saúde (APPEL et al., 2011).
O zinco é um mineral que se encontra amplamente
distribuído em todo o corpo humano, porém em pequenas
concentrações (1,5g a 2,5g) e tem função primordial para o
funcionamento adequado do sistema imunológico
(HAMBIDGE et al., 2008). Os valores de zinco
apresentaram semelhantes aos obtidos por Baah et al. (2009).
O mineral magnésio, em particular, participa do
metabolismo energético, da regulação dos transportadores de
íons, na defesa antioxidante e aspectos metabólicos. A
Qualidade pós-colheita de diferentes acessos de inhames coletados nos estados de Alagoas e Sergipe
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 170-176, 2022.
174
deficiência desse mineral pode ocasionar consequências no
funcionamento do organismo, como ao aumento da
peroxidação lipídica (SILVA et al., 2021). Maiores teores de
magnésio foram obtidos no Acesso 1 (D. alata), sendo
semelhantes aos obtidos por Stadniki (2017) com D. bulbifera,
enquanto os menores teores foram obtidos no Acesso 6 (D.
cayenensis) e no Acesso 7 (D. cayenensis).
Potássio tem a função de participar da transmissão
nervosa e da contratilidade muscular cardíaca, tonicidade
intracelular determinado assim o potencial de membrana
celular (SOBOTKA, 2008). Os teores de potássio exibiram
valores superiores àqueles apresentados por Baah et al. (2009)
com D. alata e com os de Stadniki (2017) com D. bulbifera.
O manganês (Mn) é um elemento essencial, envolvido na
mineralização do sistema esquelético, principalmente para as
crianças em crescimento, participa da ativação de enzimas
envolvidas no metabolismo dos carboidratos, aminoácidos e
colesterol segundo Uaila (2015). O teor total de manganês no
organismo é de 10 a 20 mg distribuídos pelos tecidos
(SOARES, 2009). Os teores de Mn foram inferiores aos
obtidos por Baah et al. (2009) e Uaila (2015) em Dioscorea spp.
Em relação ao contéudo mineral das farinhas de inhame
houve uma alta variação dos valores, entretanto pode ser
justificado pelo fato do contéudo mineral das plantas
geralmente depende da composição do solo em que são
cultivadas e as espécies estudados tinham diferentes
condições de cultivos.
4.4. Análise de agrupamento
O grupo I foi composto por 8, representando 80% do
total de acessos, Tabela 5. Verifica-se, portanto, uma reduzida
divergência entre os acessos, visto que a maioria deles
encontra-se em apenas um grupo. Neste estudo somente os
acessos que separaram foram D. bulbifera e D. alata.
A diversidade genotípica dos inhames é ampla, mas
poucos trabalhos disponíveis sobre esta diversidade e
variabilidade em inhame brasileiro, em relação à composição
bromatológica de inhames.
Em estudo realizado por Bressan (2005) sobre
dissimilaridade genética entre 21 etnovariedades de D.
cayenesis e dois acessos de D. rotundata, com base na análise de
agrupamento com descritores morfológicos, revelou a
formação de seis grupos, não havendo separação das espécies
do complexo D. cayenensis e D. rotundata. Enquanto, Briner
Neto; Rabello; Veasey (2014), avaliando o complexo de
espécies D. cayenesis e D. rotundata através de caracteres
morfológicos, verificaram a separação das duas espécies, D.
cayenensis e D. rotundata.
É importante mencionar que os dados de composição
centesimal, mineral e físico-química constituem-se em uma
base limitada, por representarem uma medida indireta da
composição genética do material. Para complementar as
informações e aumentar a base de conhecimento genético
sobre os acessos de um banco, os marcadores moleculares
são um instrumento de auxílio na caracterização dos bancos
de germoplasma, pois revelam diferenças genéticas com
maior precisão e sem o obscurecimento causado pelo efeito
ambiental, oferecendo vantagens como discriminação,
confiabilidade e rapidez (BINNECK et al., 2002).
5. CONCLUSÕES
As farinhas das diferentes espécies de Dioscorea avaliadas
apresentaram elevados teores nutricionais sendo adequada
para alimentação humana principalmente das populações
locais.
Os acessos 3 (D. cayenensis), 8 (D. cayenensis) e 1 (D. alata)
apresentaram teor de proteína acima da média em relação aos
demais materiais genéticos. Bem como alguns acessos que se
destacaram como o Acesso 1 (D. alata) que apresentou teores
elevados para zinco, magnésio e potássio, enquanto o Acesso
2 (D. bulbifera) se destacou em relação ao teor de manganês.
De modo geral, os acessos provenientes do Estado de
Alagoas apresentaram melhor qualidade nutricional, devido
aos maiores teores de nutrientes.
Por outro lado, o estudo mostrou que pouca
variabilidade nos materiais, evidenciando a necessidade de
preservar esses materiais e resgatar aqueles que os produtores
das diversas regiões tradicionais deixaram de plantar.
6. AGRADECIMENTOS
A Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e o Programa
de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente (PPGAA-
UFAL). Ao Laboratório do Instituto Tecnológico e de
Pesquisas do Estado de Sergipe, Aracaju, Sergipe.
7. REFERÊNCIAS
AOAC. Official methods of analysis. 16 ed. Arlington, VA:
AOAC, 2005. 2209p.
APPEL, L. J.; FROHLICH, E. D.; HALL, J. E.; PEARSON,
T. A.; SACOO, R. L.; SEALS, D. R.; SACKS, F. M.;
SMITH Jr, S. C.; VAFIADIS, D. K.; Van HORN, L. V.
The importance of population-wide sodium reduction as
a means to prevent cardiovascular disease and stroke: a
call to action from the American Heart Association.
Circulation, v. 123, n. 10, p. 1138-43, 2011. DOI:
https://doi.org/10.1161/CIR.0b013e31820d0793
AQUINO A. C. M. S.; SANTOS, J. C.; CASTRO, A. A.;
SILVA, G. F. da. Caracterização físico-química e
microbiológica de farinha de inhame durante o
armazenamento em diferentes embalagens. Scientia
Plena, v. 7, n. 11, 2011.
ASFAW, A. et al. Application of predictive breeding in yam
improvement in West Africa. 熱帯農業研究:
International YAM Research Seminar, v. 12, n. 2, p.
117-120, 2019.
BAAH, F. D.; MAZIYA-DIXON, B.; ASIEDU, R.;
ODURO, I.; ELLIS, W. O. Nutritional and biochemical
composition of D. alata (Dioscorea spp.) tubers. Journal of
Food, Agriculture & Environment, v. 7, n. 2, p. 373
378, 2009.
BERNARDO, C. O.; ASCHERI, J. L. R.; CARVALHO, C.
W. P. de. Efeito do ultrassom na extração e modificação
de amidos. Ciência Rural, v. 46, n. 4, p. 739-746, 2016.
DOI: https://doi.org/10.1590/0103-8478cr20150156
BINNECK, E.; NEDEL, J. L.; DELLAGOSTIN, O. A.
Análise de RAPD na identificação de cultivares: Uma
metodologia útil? Revista Brasileira de Sementes, v.
24, n. 1, p. 183-196, 2002. DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-31222002000100027
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC 263, de 22 de setembro de 2005.
Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos,
farinhas e farelos. Brasília, DF: ANVISA, 2005.
Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070
Menezes et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 170-176, 2022.
175
/RDC_263_2005.pdf/d6f557da - 7c1a - 4bc1 -bb84-
fddf9cb846c3. Acesso em: 11 jan. 2022.
BRESSAN, E. A. Diversidade isoenzimática e
morfológica de inhame (
Dioscorea
spp.) coletados
em roças de agricultura tradicional do Vale do
Ribeira - SP. 186 f. 2005. Dissertação (Mestrado em
Ecologia de Agroecossistemas) - Universidade de São
Paulo, Piracicaba, 2005.
BRINER NETO, T.; RABELLO, R. J.; VEASEY, E. A.
Genetic structure and diversity in Dioscorea cayenensis/D.
rotundata complex revealed by morphological and isozyme
markers. Genetics and Molecular Research, v. 13, n. 1,
p. 425-437, 2013. DOI:
https://doi.org/10.4238/2014.January.21.10
CARNEIRO, G. R.; CREMA, N. M.; ZÜGE, L. C. B.;
RIBEIRO, L. F. Avaliação física e química de farinhas de
casca e polpa de Dioscorea bulbifera L. com possibilidade
de aplicação na panificação. Brazilian Journal of
Development, v. 6, p. 96201-96211, 2020. DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv6n12-201
COSTA, F. Análise de alimentos. Fortaleza, CE: Governo
do Estado do Ceará, 2018. Apostila destinada ao Curso
Técnico de Nível Médio em Agroindústria de Interiores
das Escolas Estaduais de Educação Profissional – EEEP.
CRUZ, C. D. Genes Software-extended and integrated with
the R, Matlab and Selegen. Acta Scientiarum.
Agronomy, v. 38, n. 4, p. 547-552, 2016. DOI:
https://doi.org/10.4025/actasciagron.v38i4.32629
DANTAS, T. A. G.; OLIVEIRA, A. P. de; CAVALCANTE,
L. F.; DANTAS, D. F. da S.; BANDEIRA, N. V. da S.;
DANTAS, S. A. G. Produção do inhame em solo
adubado com fontes e doses de matéria orgânica. Revista
Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 17,
n. 10, p. 1061-1065, 2013. DOI:
https://doi.org/10.1590/S1415-43662013001000006
DIAS, J. S. R.; MENDES, F. Z. C.; NOLASCO, M. V. F. M.;
BOGO, D. Obtenção de farinha de inhame para
elaboração de barra de cereal como suplemento alimentar
e funcional. Brazilian Journal of Development, v. 6, n.
3, p. 15716-15735, 2020. DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv6n3-446
DUFIE, W. M. F.; ODURO, I.; ELLIS, W. O.; ASIEDU, R.;
MAZIYA-DIXON, B. Potential health benefits of water
yam (Dioscorea alata). Food Functional, v. 4, p. 1496-
1501, 2013. DOI: https://doi.org/10.1039/c3fo60064e
EJIKEME, J.; MATTHEW, J. The geography of yam
cultivation in southern Nigeria: exploring its social
meanings and cultural functions. Journal of Ethnic
Foods, v. 4, p. 28-35, 2017. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.jef.2017.02.004
EZEOCHA, V. C.; NWOGHA, J.; OHUOBA, A. N.;
CHUKWU, L. Evaluation of poultry manure application
rates on the nutrient composition of Dioscorea bulbifera
(Aerial yam). Nigerian Food Journal, v. 32, n. 2, p. 92-
96, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/S0189-
7241(15)30122-3
FAO. FAOSTAT. Agricultural statistics database. Rome:
World Agricultural Information Centre, 2010. Disponível
em: http://faostat.fao.org/default.aspx. Acesso em: 19
jan. 2022.
HAMBIDGE, M. K.; MILLER, L. V.; WESTCOTT, J. E.;
KREBS, N. F. Dietary Reference Intakes for Zinc May
Require Adjustment for Phytate Intake Based upon
Model Predictions. The Journal of Nutrition, v. 138, p.
2363-2366, 2008. DOI:
https://doi.org/10.3945/jn.108.093823
HOU, W. C.; HSU, F. L.; LEE, M. H. Yam (Dioscorea batatas)
tuber mucilage exhibited antioxidant activities in vitro.
Planta Medica, v. 68, n. 12, p. 1072-1076, 2002. DOI:
https://doi.org/10.1055/s-2002-36356
IBGE. Censo agropecuário 2017. Rio de Janeiro: IBGE,
2017.
LOKO, Y. L.; DANSI, A.; TAMO, M.; BOKONON-
GANTA, A. H.; ASSOGBA, P.; DANSI, M.;
VODOUHÈ, R.; AKOEGNINOU, A.; SANNI, A.
Storage insects on yam chips and their traditional
management in Northern Benin. The Scientific World
Journal, e484536, p. 484-536, v. 2013. DOI:
https://doi.org/10.1155/2013/484536
MIGNOUNA, H. D.; ABANG, M. M.; ASIEDU, R.
Harnessing modern biotechnology for tropical tuber crop
improvement: Yam (Dioscorea spp.) molecular breeding.
African Journal of Biotechnology, v. 2, p. 478-485,
2003. DOI: https://doi.org/10.5897/AJB2003.000-1097
STADNIKI, J.; MULLER, M.; SAVI, A.; TEIXEIRA, S. D.;
PEREIRA, E. A. Physical-chemical characterization of
aerial yam (Dioscorea bulbifera L.). In: PROCEEDINGS
OF BRAZILIAN CONFERENCE ON NATURAL
PRODUCTS AND ANNUAL MEETING ON
MICROMOLECULAR EVOLUTION,
SYSTEMATICS AND ECOLOGY, 2017, Anais
eletrônicos... Campinas, Galoá, 2017. Disponível em:
<https://proceedings.science/bcnp-
series/bcnp/papers/physical-chemical-characterization-
of-aerial-yam--dioscorea-bulbifera-l-->. Acesso em: 23
jan. 2022.
PAULA, C. D de; PIROZI, M.; PUIATTI, M.; BORGES, J.
T.; DURANGO, A. M. Características fisicoquímicas y
morfológicas de rizóforos de ñame (Dioscorea alata).
Biotecnología em el Sector Agropecuario y
Agroindustrial, v. 10, n. 2, p. 61-70, 2012.
SÁ, A. R. A.; LIMA, M. B. de; GARCIA e SILVA, E. I.;
MENDES, M. L. M.; MESSIAS, C. M. B. de O.
Caracterização físico-química e nutricional de farinhas
obtidas de inhame (Dioscorea spp.) e taro (Colocasia
esculenta) comercializados em Petrolina-PE. Saúde, v. 44,
n. 3, p. 1-9, 2019. DOI:
https://doi.org/10.5902/22365834333647
SANTOS, E. S.; CAZÉ FILHO, J.; LACERDA, J. T.;
CARVALHO, R. A. Inhame (Dioscorea spp.) tecnologias
de produção e preservação ambiental. Tecnologia &
Ciência Agropecuária. v.1, n.1, p. 31-36, 2007.
SILVA, D. J; QUEIROZ, A. C. Análise de alimentos:
métodos químicos e biológicos. Viçosa: UFV, Impr.
Univ, 1981.
SILVA, J. C.; SANTOS, G. M. dos; NUNES, M. I. L. B.;
MELO, P. K. M.; SILVA JÚNIOR, R. R. da;
AZEVEDO FILHO, F. M.; MEDEIROS, A. D. F. F.;
VASCONCELOS FILHO, F. S. L.; Os benefícios do
magnésio em praticantes de exercício físico: um estudo
de revisão bibliográfica integrativa. Research, Society
and Development, v. 10, e35101119253, 2021. DOI:
http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19253
SILVA, N. L. da E.; ARAÚJO, J. F. da S.; PEREIRA, A. S.;
SANTOS, V. F. dos; COSTA, D. M. da; PIRES, C. R. F.
Caracterização nutricional das espécies Cará-Moela
(Dioscorea bulbiferea) e Cará (Dioscorea spp.). Desafios, v. 7,
Qualidade pós-colheita de diferentes acessos de inhames coletados nos estados de Alagoas e Sergipe
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 170-176, 2022.
176
p. 357-366, 2020. DOI: https://doi.org/10.20873/uftv7-
8106
SOARES, C. P. S. P. Avaliação do teor de manganês em
alimentos procedentes do município de Simões
Filho - BA. 2009. 52 p. Dissertação - (Mestrado em
Ciências de Alimentos) - Faculdade de Farmácia,
Universidade Federal da Bahia., Salvador, 2009.
SOBOTKA, L. Bases da nutrição clínica. 3 ed. Rio de
Janeiro: Editora Rúbio, 2008. 419p.
SUAREZ, T. O. F.; BELINI, V.; REBELO, K. S. Teor de
umidade e pH da farinha de mandioca comercializada na
feira do produtor no município de Coari AM. In:
SIMPÓSIO LATINO AMERICANO DE CIÊNCIAS
DE ALIMENTOS, I. Anais Eletrônicos... Campinas,
SP: GALOÁ, 2013. Disponível em:
<https://proceedings.science/slaca/slaca-
2013/trabalhos/teor-de-umidade-e-ph-da-farinha-de-
mandioca-comercializada-na-feira-do-produtor-no-
municipio-de?lang=pt-br>. Acesso em: 19 jan. 2022.
SUKAL, A.; KIDANEMARIAN, D.; DALE, J.; JAMES, A.;
HARDING, R. Characterization of badnaviruses
infecting Dioscorea spp. in the Pacific reveals two putative
novel species and the first report of dioscorea bacilliform
RT virus 2. Virus Research, v. 238, p. 29-34, 2017. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.virusres.2017.05.027
TABNUT. Tabela de Composição Química dos
Alimentos. São Paulo, SP: Escola Paulista de Medicina,
Departamento de Informática em Saúde, 2019.
Disponível em: https://tabnut.dis.epm.br/
UAILA, E. D. Estudo fitoquímico e avaliação do valor
nutricional do tubérculo inhame (Dioscorea spp.)
2015. 93 f. Dissertação (Mestrado em Química) -
Departamento de Química, Faculdade de Ciências,
Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique, 2015.
USDA. United States Department of Agriculture. National
Nutrient Database, Estados Unidos: USDA, 2018.
WATT, B.; MERRILL, A. L. Composition of foods: raw,
processed, prepared. Consumer and Food Economics
Research Division, Washington, v. 8, 1963. 198p.