Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 177-182, 2022.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v10i2.13310 ISSN: 2318-7670
Fitomassa e crescimento de manjericão roxo irrigado com
água salina sob adubação foliar nitrogenada
Jackson Silva NÓBREGA1*, Toshik Iarley da SILVA2, Ana Carolina BEZERRA1,
João Everthon da Silva RIBEIRO3, Antônio Veimar da SILVA1, Edcarlos Camilo da SILVA1,
Raimundo Nonato Moraes COSTA1, Adriano Salviano LOPES1, Thiago Jardelino DIAS
1Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB, Brasil.
2Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil.
3Instituto Nacional do Semi-Árido, Campina Grande, PB, Brasil.
*E-mail: jacksonnobrega@hotmail.com
(ORCID: 0000-0002-9538-163X; 0000-0003-0704-2046; 0000-0001-5071-7809; 0000-0002-1937-0066; 0000-0003-2080-0307;
0000-0001-9990-8630; 0000-0001-6061-159X; 0000-0002-3182-3478; 0000-0002-7834-6184)
Recebido em 08/01/2022; Aceito em 19/04/2022; Publicado em 03/06/2022.
RESUMO: O manjericão é uma espécie de elevado potencial de exploração. No entanto, sua produção em
regiões semiáridas é comprometida decorrentes dos sais contidos no solo e na água utilizada na irrigação, sendo
necessário a adoção de técnicas que aumente a tolerância das plantas a salinidade, como a fertilização com
nitrogênio. Assim, objetivou-se avaliar o efeito da adubação nitrogenada foliar no crescimento e na alocação de
fitomassa em plantas de manjericão roxo sob irrigação com águas salinas. O experimento foi realizado em
delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial incompleto, constando com cinco níveis de salinidade
(0,0; 0,81; 2,75; 4,69 e 5,50 dS m-1) e cinco doses de nitrogênio (0,00; 58,58; 200,00; 341,42 e 400,00 mg L-1).
Avaliou-se a suculência foliar, os índices de esclerofilia e de produção de fitomassa seca da parte rea, alocação
de fitomassa seca do caule, das folhas e da raiz, área foliar específica e razão de área foliar. A aplicação foliar de
N atenuou os efeitos do estresse salino sobre a alocação de fitomassa, suculência foliar e no índice de produção
de fitomassa da parte aérea. O N e a salinidade aumentou a área foliar específica e a razão de área foliar nas
plantas de manjericão.
Palavras-chave: estresse salino; Ocimum basilicum L.; nitrogênio.
Phytomass and growth of purple basil irrigated with saline water under
nitrogen foliar fertilization
ABSTRACT: Basil is a species with high exploitation potential. However, its production in semiarid regions is
compromised due to the salts contained in the soil and in the water used in irrigation, requiring the adoption
of techniques that increase the tolerance of plants to salinity, such as nitrogen fertilization. Thus, this study
aimed to evaluate the effect of leaf nitrogen fertilization on growth and phytomass allocation in purple basil
plants under irrigation with saline water. The experiment was carried out in a randomized block design in an
incomplete factorial scheme, with five levels of salinity (0.0; 0.81; 2.75; 4.69 and 5.50 dS m-1) and five levels of
nitrogen (0.00; 58.58; 200.00; 341.42 and 400.00 mg L-1). Leaf succulence, sclerophilia index and shoot dry mass
production, stem, leaf and root dry mass allocation, specific leaf area and leaf area ratio were evaluated. Foliar
application of N attenuated the effects of salt stress on phytomass allocation, leaf succulence and shoot
phytomass production index. N and salinity increased the specific leaf area and leaf area ratio in basil plants.
Keywords: salt stress, Ocimum basilicum L.; nitrogen.
1. INTRODUÇÃO
O manjericão (Ocimum basilicum L.), é uma espécie
economicamente importante pertencente à família Lamiaceae
com elevado potencial aromático e medicinal, sendo muito
utilizada como condimento na culinária, na extração de óleo
essencial e nas indústrias de cosméticos e fármacos (SILVA
et al., 2019).
Apesar de seu elevado potencial, sua exploração em
regiões semiáridas como o Nordeste brasileiro pode ser
limitado pela elevada salinidade contido na água de irrigação,
típico de águas subterrâneas encontradas na região (SOUZA
et al., 2016), o que contribui para os processos de salinização
do solo. A salinidade promove uma série de alterações nos
processos bioquímicos, morfofisiológicos e moleculares (LI
et al., 2019). O que comprometendo e desafia a produção
agrícola irrigada.
O estresse salino causado pelo acumulo de sais promove
efeitos negativos diretos ao crescimento e no
desenvolvimento vegetal, proporcionado redução da
capacidade de absorção de água pelas plantas em função da
elevação do potencial osmótico do solo, desbalanceamento e
desequilíbrio nutricional, estresse oxidativo, toxicidade íons
especifico, especialmente o Na+ e Cl- (BEZERRA et al.,
2018; WANG et al., 2019).
Diante dos danos promovidos pelo estresse salino é
necessário a adoção de técnicas que possibilitem minimizar
1
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Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 177-182, 2022.
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esses efeitos deletérios, sendo o manejo da adubação
nitrogenada um dos mecanismos mais eficientes (LIMA et al.,
2014). O nitrogênio (N) é um macronutriente envolvido em
diversos processos fisiológicos da planta, desempenhando
papel estrutural, sendo constituinte de compostos orgânicos
como prolina, aminoácidos, enzimas e coenzimas que
auxiliam no ajustamento osmótico das plantas às condições
salinas (NASCIMENTO et al., 2017; CERQUEIRA et al.,
2019; DIAS et al., 2020). O acúmulo de solutos orgânicos
promovido pelo N, elevam a capacidade celular nas plantas
em ajustar-se osmoticamente a essas situações de salinidade,
promovendo ganho consideráveis na plasticidade de
tolerância (AMARAL et al., 2020) em culturas agrícolas.
Diante da falta de informações sobre o uso da adubação
foliar com nutrientes essenciais como o N e seu efeito como
atenuante dos danos promovidos pelo estre salino, o objetivo
deste trabalho foi avaliar o efeito da adubação foliar
nitrogenada sobre crescimento e alocação de fitomassa em
plantas de manjericão roxo submetidas a diferentes
condutividades elétricas da água de irrigação.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Local do experimento
O experimento foi conduzido em ambiente protegido do
Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba
(CCA/UFPB), Campus II, Areia, Paraíba, Brasil. O
município situa-se entre as coordenadas geográficas de 6º 57’
42” Sul e 35º 41’ 43’ Oeste, com altitude de 573 metros acima
do nível do mar e clima tipo As’ com verão seco e quente e
chuvas no inverno (ALVAREZ et al., 2013).
2.2. Delineamento experimental e tratamentos
O delineamento experimental foi em blocos casualizados
com esquema fatorial incompleto cujos tratamentos
constituíram de cinco níveis de condutividades elétricas da
água de irrigação (CEa = 0,0; 0,81; 2,75; 4,69 e 5,50 dS m-1) e
cinco doses de nitrogênio (0,0; 58,58; 200,00; 341,42 e 400,00
mg L-1), totalizando 9 tratamentos com quatro repetições de
quatro plantas, gerados através da matriz experimental
Composto Central de Box (MATEUS et al., 2001).
2.3. Condução do experimento
As plantas de manjericão cultivar Italiano Roxo (Ocimum
basilicum var. purpurascens Benth.) foram cultivadas em sacos
de polietileno com capacidade de 1,3 dm3 preenchidos com
substrato formulado a partir da mistura de solo do tipo
Latossolo (EMBRAPA, 2018), areia lavada e esterco bovino
curtido na proporção de 3:1:1, possuindo a seguinte
constituição química: pH = 7,8; P = 85,5 mg kg-1; K+ = 693,6
mg kg-1; Na+ = 0,23 cmolc dm-3; H+Al+3 = 0,0 cmolc dm-3;
Al+3 = 0,0 cmolc dm-3; Ca+2 = 2,9 cmolc dm-3; Mg+2 = 1,59
cmolc dm-3; SB = 6,5; CTC = 6,5 g kg-1; M.O = 22,2 g kg-1.
As águas salinas foram preparadas adicionando o cloreto
de sódio (NaCl) a água de abastecimento (0,5 dS m-1), até
atingirem as condutividades elétricas, com os valores aferidos
com o auxílio de um condutivimetro portátil modelo
microprocessado Instrutherm® (modelo CD-860). As
irrigações com as águas salinas tiveram início 15 dias após a
emergência (DAE), sendo realizadas diariamente e com o
volume estabelecido pelo método de lisimetria de drenagem
(ALVES et al., 2017).
As doses de nitrogênio foram estabelecidas seguindo a
necessidade de 300 mg por planta para vaso de 1 dm3
proposta por Novais et al. (1991). Para atender a necessidade
de nitrogênio foi utilizado o produto comercial (Nitrotecnia-
20, Carbotecnia®), que contem em sua composição 99,0 g L-
1 de N, a base de ureia. As pulverizações foliares tiveram
início quando aos 15 DAE, sendo realizadas cinco aplicações
de N via foliar a cada sete dias, utilizando pulverizador
manual, com o volume de calda total de 175 mL por planta,
sendo as pulverizações realizadas ao fim da tarde.
2.4. Variáveis analisadas
As análises de crescimento e alocação de fitomassa foram
realizadas aos 45 dias após o início da irrigação com as águas
salinas (DAS). A suculência foliar foi calculada de acordo
com Mantovani (1999): Suculência foliar (g H2O m-2) = (peso
fresco total – peso seco) / área foliar. O índice de esclerofilia
(IEF) e o índice produção de fitomassa seca da parte aérea
(IPFPA) foram determinados conforme metodologia de
Mantovani (1999) e Benincasa (2003). O IEF foi calculado
através da fórmula: IEF= fitomassa seca da folha/área foliar.
O IPFPA foi calculado através da fórmula: IPFPA=
fitomassa seca da parte aérea/fitomassa seca total.
As plantas foram separadas em raízes, caule e folhas e
acondicionados em sacos de papel Kraft e colocadas para
secar em estufa de circulação forçada de ar a 65 ºC até
atingirem o peso constante. A alocação de fitomassa nos
diferentes órgãos (folhas, caule e raiz), área foliar específica
(AFE) e razão de área foliar (RAF) foram calculadas
conforme Benincasa (2003), de acordo com a equação:
Alocação de fitomassa do órgão: (fitomassa seca do
órgão/fitomassa seca total) x 100. A AFE foi calculada de
acordo com a equação: AFE (cm2 g-1) = área foliar/fitomassa
seca da folha. A RAF foi calculada de acordo com a equação:
RAF (cm2 g-1) = área foliar/fitomassa seca da parte aérea.
2.5. Análise estatística
Os dados foram submetidos ao teste de normalidade
(Shapiro-Wilk) e homogeneidade das variâncias (Bartlett).
Foram ainda submetidos a análise de variância a 5% de
probabilidade pelo teste F (P>0,05), e nos casos significativos
aplicou-se a análise de regressão. Os dados com efeito para a
interação entre CEa x N foram representados por meio da
superfície de respostas e nos casos de efeito isolado regressão
linear ou quadrática. Para o procedimento estatístico utilizou-
se o programa R (R CORE TEAM, 2021).
3. RESULTADOS
A interação entre a condutividade elétrica da água de
irrigação e doses de N foliar apresentou efeito significativo
para a suculência foliar, alocação de fitomassa seca da folha,
caule e raiz e para o índice de produção de fitomassa da parte
aérea (Figura 1).
Para a suculência foliar (SUF) a maior relação foi de 2,96
mg H2O cm-2 ocorreram na planta submetidas a CEa de 1,10
dS m-1 e na dose de 227,5 mg L-1 de N foliar (Figura 1A). A
alocação de fitomassa seca das folhas (AFSF) e do caule
(AFSC), apresentaram os maiores incrementos (83,0 e
33,3%) nas plantas submetidas as CEas de 5,46 e 5,49 dS m-
1 e nas doses de 399,5 e 0,383 mg L-1 de N, respectivamente
nas Figura 1B e 1C. A alocação de fitomassa seca da raiz
(AFSR) foi superior em a21,5%, nas plantas submetidas ao
tratamento CEa de 0,50 dS m-1 e na dose de 0,383 mg L-1 de
N (Figura 1D).
Nóbrega et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 177-182, 2022.
179
O índice de produção de fitomassa da parte aérea
(IPFPA) apresentou na CEa 5,49 dS m-1 e na dose de 398,5
mg L-1 de N (Figura 1E). os maiores valores de 0,96 A
aplicação via foliar estimulou a produção de fitomassa na
parte aérea das plantas de manjericão, mesmo em condições
salinas.
A irrigação com água salina provocou crescimento da
área foliar especifica (AFE), ocorrendo ganhos crescentes
com a elevação das concentrações de sais na água irrigada,
com os valores máximos de 5,05 cm2 g-1 na CEa de 5,5 dS m-
1, obtendo incrementos equivalentes a 50,3% (Figura 2A).
Figura 1. Suculência foliar – SUF (A), alocação de fitomassa seca da folha - AFSF (B), do caule - AFSC (C), da raiz - AFSR (D) e o índice
de produção de fitomassa da parte aérea - IPFPA (E) de manjericão roxo submetido a águas salinas e a adubação nitrogenada foliar.
Figure 1. Leaf succulence - SUF (A), allocation of dry phytomass of leaf - AFSF (B), stem - AFSC (C), root - AFSR (D) and shoot phytomass
production index - IPFPA (E) of purple basil subjected to saline water and foliar nitrogen fertilization.
E
A B
C
D
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Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 177-182, 2022.
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Figura 2. Área foliar especifica (A), razão de área foliar (B) e índice de esclerofilia (C) de manjericão roxo submetido a salinidade da água de
irrigação.
Figure 2. Specific leaf area (A), leaf area ratio (B) and sclerophilia index (C) of red basil subjected to irrigation water salinity.
A razão de área foliar (RAF) apresentou aumento linear
com a elevação da CEa, sendo os maiores valores (5,77 cm2
g-1) verificados nas plantas submetidas a CEa de 5,5 dS m-1,
com incremento de 43,3% ao comparar com os valores da
menor CEa (Figura 2B). No que diz respeito ao índice de
esclerofilia, houve decréscimo à medida que a CEa foi
elevada, com os maiores valores (0,22) nas plantas
submetidas ao tratamento controle, ocorrendo perdas de
42,5% ao comparar os valores da menor e maior CEa (Figura
2C). A aplicação de N foliar aumentou a AFE e RAF com
máximos obtidos de 4,38 e 5,03 cm2 g-1, representando
ganhos de 26,4 e 22,2%, respectivamente (Figura 3A e 3B),
ao comparar com a menor dose.
Figura 3. Área foliar especifica (A) e razão de área foliar (B) de manjericão roxo submetido a adubação nitrogenada foliar.
Figure 3. Specific leaf area (A) and leaf area ratio (B) of purple basil subjected to foliar nitrogen fertilization.
4. DISCUSSÃO
A suculência foliar aumentou em função da salinidade e
da aplicação de N via foliar, o que possibilitou as plantas de
manjericão manterem a turgescência foliar, ou seja, tiveram a
capacidade de ajustar as condições de estresse salino. Cruz et
al. (2018) também verificaram esse comportamento,
demonstrando que plantas induzidas ao estresse causado pelo
NaCl, tendem a elevar a sua suculência foliar, e esse pode ser
C
A
B
A
B
Nóbrega et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 177-182, 2022.
181
utilizado como como parâmetro resposta ao ajuste osmótico
provocado pelo teor de água nos tecidos foliares.
A alocação de fitomassa nos diferentes órgãos da planta
aumentou em função da aplicação foliar de N, mesmo em
salinidade acima de 5,4 dS m-1, indicando que o N auxiliou na
capacidade das plantas se ajustarem osmoticamente ao meio
salino. O N é um elemento que atua estimulando a produção
de compostos osmoprotetores, reduzindo os danos
promovidos pelo estresse salino. Dentre os efeitos benéficos
do N, pode-se citar a sua atuação na síntese de clorofilas,
ácido nucleicos, proteínas, aminoácidos e metabolitos
secundários como prolinas, betaínas e glicina que
proporcionam maior tolerância a salinidade (DE LA
TORRE-GONZÁLEZ et al., 2020).
O aumento linear na área foliar específica e razão de área
foliar é um indicativo de que o manjericão roxo, consegue
desenvolver mecanismos que aumenta a tolerância das
plantas a salinidade. Assim, os efeitos danosos promovidos
pelo estrese salino, resultam em alteração fisiológicas que
induzem a uma maior produção e acúmulo de metabolitos
secundários, levando ao aumento da área foliar especifica
(WASTERNACK, 2007). De acordo com Souza et al. (2020)
o aumento da razão de área foliar em função do estresse
salino, é um indicativo de que a maior parte do
fotoassimilados produzidos pela planta foi utilizado na
formação do aparelho fotossintético em resposta a elevada
salinidade.
em relação a diminuição do índice de esclerofilia em
função do aumento da CEa, é resultado das alterações
morfofisiológicas promovidas pelos efeitos do estresse
salino. Uma série de modificações no desenvolvimento
vegetal é desencadeado pela salinidade, afetando processos
bioquímicos, fisiológicos e morfológicos (LOFTI et al.,
2018). Isto em função do aumento do potencial osmótico do
solo, resultando em redução da disponibilidade e absorção de
água pela planta, toxicidade de íons como Na+ e Cl- e
desequilíbrio nutricional (LI et al., 2019; NAVEED et al.,
2020).
A aplicação foliar de N foi benéfica proporcionando
elevação dos valores na área foliar especifica e a razão de área
foliar das plantas de manjericão. O N é um elemento
envolvido em diversos processos fisiológicos, dentre eles a
expansão celular (VIEIRA et al., 2016), o que pode
potencializar o crescimento vegetativo, modificando as
características morfométricas na cultura agrícolas. O
aumento na AFE e RAF em função da adubação nitrogenada
também foi constatado por Dartora et al. (2013) em plantas
de couve da Malásia (Brassica campestris var. chinensis L.) e por
Lima et al. (2018) em erva cidreira (Lippia alba (Mill) N. E.
Brown).
5. CONCLUSÕES
A adubação de N foliar reduz os efeitos do estresse salino
causados pela água de irrigação sobre a alocação de fitomassa
da raiz, caule e folha, na suculência foliar e no índice de
produção de fitomassa da parte aérea do Manjericão Roxo.
As doses foliares de N e a salinidade da água induzem o
aumento da área foliar especifica e a razão de área foliar do
manjericão roxo.
6. AGRADECIMENTOS
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior - Brasil (CAPES) Código Financeiro 001, pelo
financiamento da parcial da pesquisa.
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