Nativa, Sinop, v. 9, n. 5, p. 551-557,2021.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v9i5.13069 ISSN: 2318-7670
Caracterização pós-colheita de frutos de maracujá-roxo cultivados em sistema
convencional e orgânico
Leirson Rodrigues da SILVA1, Ana Rosa de FIGUEIREDO1, Paulo Cezar da CUNHA JÚNIOR1,
Maria Ivone Martins Jacintho BARBOSA1, Milena Maria Tomaz de OLIVEIRA2,
Raul Castro Carriello ROSA3, Lilia Aparecida Salgado de MORAIS3
1 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, Brasil.
2 Universidade Ben-Gurion de Negev, Sde Boker, Israel.
3 Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ, Brasil.
*E-mail: rodriguesleirson@yahoo.com.br
(ORCID: 0000-0001-7216-2293; 0000-0003-3536-5512; 0000-0002-9414-4915; 0000-0002-9624-9139;
0000-0001-7345-1003; 0000-0002-2093-7752; 0000-0002-5382-6485)
Recebido em 08/10/2021; Aceito em 02/12/2021; Publicado em 17/12/2021.
RESUMO: Cultivares de maracujá-roxo desenvolvidas regionalmente podem contribuir para o aumento da
produção de frutos de qualidade atendendo às necessidades do mercado. Objetivou-se avaliar os frutos de
maracujá-roxo, obtidos em sistemas de cultivo convencional e orgânico. Os frutos foram colhidos em estágio
de maturação comercial (casca totalmente roxa) e analisados quanto à caracterização físico-química, centesimal,
compostos bioativos e capacidade antioxidante. Os frutos analisados apresentaram maiores valores médios para
o rendimento de polpa e sólidos solúveis em sistema convencional, que foram de 49,04% e 13,86 °Brix. O valor
calórico energético foi de 45,95 kcal/100 g em sistema orgânico, indicando que o consumo do fruto “maduro”
pode ser realizado a fim de suprir as necessidades energéticas diárias. As polpas dos frutos de maracujá-roxo
estudados demonstraram serem fontes importantes de componentes bioativos, com respaldo aos elevados
valores médios para ácido ascórbico e polifenóis extraíveis totais em ambos os sistemas de cultivo.
Palavras-chave: Passiflora edulis Sims; manejo; sólidos solúveis; compostos fenólicos.
Postharvest characterization of purple passion fruits cultivated in
conventional and organic system
ABSTRACT: Regionally developed purple passion fruit cultivars can contribute to the increase in the
production of quality fruits, meeting marked needs. The objective of this study was to evaluate the purple
passion fruits, obtained in conventional and organic cultivation systems. The fruits were harvested at the stage
of commercial maturation (totally purple peel) and analyzed for characterization of the physicochemical,
centesimal composition, bioactive compounds and antioxidant capacity. The analyzed fruits showed higher
average values for pulp yield and soluble solids in a conventional system, which were 49.04% and 13.86 °Brix.
The caloric energetic value was 45.95 kcal/100 g in organic system, indicating that the consumption of the
“ripe” fruit can be carried out in order to meet the daily energy needs. The pulps of the purple passion fruit
studied proved to be important sources of bioactive components, supported by the high mean values for
ascorbic acid and total extractable polyphenols in both farming systems.
Keywords: Passiflora edulis Sims; management; soluble solids; phenolic compounds.
1. INTRODUÇÃO
A agricultura orgânica baseia-se no equilíbrio ecológico
da unidade de produção, a fim de privilegiar o
desenvolvimento sustentável dos agroecossistemas. O
sistema de manejo orgânico atua favorecendo a
biodiversidade, aos ciclos biológicos e atividade biológica do
solo utilizando fertilizantes orgânicos e fontes de energia
renováveis. No entanto, ainda é crescente o uso
indiscriminado de pesticidas químicos sintéticos em cultivos
convencionais, o que tem contribuído para o desequilíbrio
ambiental e provocados inúmeros prejuízos a saúde de
trabalhadores de campo e consumidores. Atualmente, os
consumidores estão cada vez mais preocupados com o bem-
estar e saúde. Aliado a estes aspectos, é importante ampliar a
demanda por alimentos orgânicos que atendam às exigências
dos consumidores em relação à qualidade, segurança
alimentar e proteção ambiental (MAGKOS; ARVANITI;
ZAMPELAS, 2006; ANASTACIA, 2021).
Ao longo dos anos diferentes alimentos têm sido
produzidos pela agricultura orgânica. Aparentemente, uma
percepção geral na população de que alimentos orgânicos são
mais saudáveis, saborosos e nutritivos do que os alimentos
produzidos convencionalmente. Entretanto, a evidência
científica é insuficiente para confirmar ou rejeitar essa
suposição, uma vez que dados comparativos dos dois
sistemas de produção são inadequados ou inconsistentes
devido à heterogeneidade do material e metodologias de
pesquisas utilizadas (WILLER; SCHAACK; LERNOUD,
2018).
Caracterização pós-colheita de frutos de maracujá-roxo cultivados em sistema convencional e orgânico
Nativa, Sinop, v. 9, n. 5, p. 551-557,2021.
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O maracujá é uma frutífera pertencente à família
Passifloraceae. Originária da América Tropical, a espécie tem
sido relatada como de grande expressão socioeconômica no
mundo. Aproximadamente 805 mil toneladas do fruto foram
produzidas no mundo em 2019, destacando como países de
maior produção o Brasil, Vietnã e Colômbia. A região
Nordeste é responsável pela maior produção dos frutos de
maracujá no país (ALTENDORF, 2018; IBGE, 2020).
No mundo, são identificadas mais de 500 espécies do
gênero Passiflora, distribuídas principalmente em regiões
tropicais e subtropicais, sendo cerca de 150 espécies
encontradas no Brasil. Das espécies descritas, Passiflora
edulis fo. edulis Sims, Passiflora alata, Passiflora ligularis e Passiflora
quadrangularis são as mais difundidas e cultivadas
comercialmente (PEREIRA; CORREA; OLIVEIRA, 2015;
CERQUEIRA-SILVA et al., 2016).
Entre as espécies de maracujá cultivadas no Brasil,
encontra-se o maracujá-roxo (Passiflora edulis Sims), com
produção de frutos que podem ser aproveitados como
alimento. Os frutos de maracujá-roxo são do tipo ovoide,
apresentando grandes variações no comprimento e largura. A
cor da casca é totalmente arroxeada e da polpa amarela
escura. As sementes são ovais providas de arilo membranoso
e endosperma carnoso (THOKCHOM; MANDAL, 2017).
O fruto é de grande utilidade, principalmente quando
consumido na forma in natura ou destinado à produção de
suco concentrado, sendo as cascas e sementes, resultantes de
seu processamento, os principais co-produtos. As
características de alto rendimento em polpa, elevado teor de
sólidos solúveis e compostos bioativos presentes nos frutos,
são bem importantes, principalmente pela contribuição dos
efeitos benéficos que estes podem proporcionar a saúde
humana e estarem relacionados à redução do risco e
desenvolvimento de doenças (RAMAIYA et al., 2019).
O estudo de maracujá-roxo torna-se interessante devido
ainda as poucas informações literárias sobre a determinação
da composição nutricional e bioativa, os atributos de
qualidade à comercialização e utilização deste fruto na
elaboração de produtos industrializados (THOKCHOM;
MANDAL, 2017; REIS et al., 2018; RAMAIYA et al., 2019),
no entanto, uma caracterização detalhada incluindo seus co-
produtos, como cascas, bagaços e compostos com
propriedades funcionais individuais nos frutos ainda o bem
foi relatada até o momento, o que merece mais atenção e
novos estudos devem ser conduzidos e publicados por parte
dos pesquisadores científicos a nível mundial.
Sendo assim, o presente trabalho teve por objetivo
determinar as características físico-químicas, centesimais,
compostos bioativos e capacidade antioxidante dos frutos de
maracujá-roxo, cultivados em manejo convencional e
orgânico.
2. MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizados frutos de maracujá-roxo, híbrido
intraespecífico de Passiflora edulis Sims, da série HFOP - 06,
oriundo de cruzamentos entre parentais selecionados pela
Embrapa Mandioca e Fruticultura e provenientes de sistema
de cultivo convencional e orgânico. Os frutos para estudo
foram coletados de 100 plantas em 2018 na Estação
Experimental Fazendinha Agroecológica localizada em
Seropédica - RJ (Latitude: -22.7414, Longitude: -43.7053, 22°
44’ 29’’ Sul, 43° 42’ 19’’ Oeste) e altitude em torno de 26 m.
O clima, segundo Köppen, é do tipo Aw, com verões
chuvosos e invernos secos. As médias mensais da
temperatura mais baixa e mais alta o 20 ºC e 29 ºC,
respectivamente, com precipitação anual em torno de 1.250
mm.
O solo da área experimental é classificado como latossolo
vermelho, distrófico e textura argilo-arenosa. Os
maracujazeiros no sistema convencional e orgânico foram
adubados com base na análise química do solo, conforme as
recomendações para a cultura. Antes do plantio, as covas (0,4
x 0,4 x 0,4 m) foram abertas e adubadas com 5 L de esterco
de composto orgânico, 0,3 kg de termofosfato (17,5% de
P2O5), 100 g de gesso agrícola, 100 g de calcário dolomítico,
em ambos os sistemas de cultivo. As fontes fertilizantes
utilizadas foram torta de mamona (5,5% de N) e sulfato de
potássio (50% de K2O) para cultivo em manejo orgânico e
sulfato de amônio (20% de N) e sulfato de potássio (50% de
K2O) para cultivo convencional. Em ambos os cultivos,
adotou-se o espaçamento de 2,5 m entre linhas e 2,0 m entre
plantas (2000 plantas ha-1), com suprimento de irrigação por
gotejamento, onde os tratamentos foram os seguintes
volumes de água: 610,8; 1018,1; 1527,1; 2036,1; 3054,2
L.planta-1.
As plantas foram conduzidas com apenas uma haste
principal, procedendo-se podas das brotações laterais do
nível do solo até a altura do arame. Os ramos que se
desenvolveram acima do fio de arame foram mantidos, a fim
de formar a cortina de produção, sendo sempre podados a
uma distância aproximada de 15 cm do solo, evitando o
contato dos ramos com a terra e entrada de possíveis
patógenos.
Para o controle de pragas, foi priorizado o controle
biológico, com a aplicação de tricoderma. O maior problema
fitossanitário observado foi o ataque das lagartas
desfolhadoras, que eram retiradas manualmente, além de
percevejos e antracnose, mas com baixa infestação e menor
dano observado. O controle do mato nas entrelinhas foi
realizado com o auxílio de roçadeiras mecânicas e capina
manual, nas primeiras semanas, do mato desenvolvido na
área da cova descoberta pela ráfia.
Os frutos foram colhidos em estágio de maturação
comercial (maduro) (THOKCHOM; MANDAL, 2017)
(Figura 1), nas primeiras horas do dia. Em seguida,
selecionados, embalados em sacos plásticos e encaminhados
ao Laboratório de Alimentos e Bebidas (LAAB) do Instituto
de Tecnologia da Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro em Seropédica - RJ.
Figura 1. Frutos de maracujá-roxo cultivados em sistema de manejo
convencional (A) e orgânico (B). (Fonte: autores).
Figure 1. Purple passion fruits cultivated in conventional (A) and
organic (B) management systems. (Source: authors).
Para as avaliações físicas foram tomados vinte frutos e
realizadas mensurações individuais para cada fruto estudado.
Em seguida, foi realizado o processamento da polpa por
meio de multiprocessador WALITA®, estabelecendo três
Silva et al.
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repetições para a caracterização dos frutos. Os frutos foram
analisados quanto a:
Características físicas: Massa fresca dos frutos (g):
obtido mediante leitura direta em balança semi-analítica
(Marca Marte AD 200); Diâmetro longitudinal e transversal
(mm): determinados com auxílio de paquímetro digital
(Marca: Digimess; Modelo: 100.174BL); DL/DT: o índice de
formato do fruto foi estabelecido a partir da razão entre o
diâmetro longitudinal e transversal; Espessura da casca (mm):
determinados com auxílio de paquímetro digital
(Marca: Digimess; Modelo: 100.174BL); Firmeza da casca
(N): com auxílio de um penetrômetro manual Magness -
Taylor modelo FT 011 com ponteira de 12 mm de diâmetro.
Foram realizadas três leituras em lados opostos da porção
equatorial de cada fruto, obtendo-se a média e rendimento
das partes constituintes dos frutos (%).
Composição centesimal: Umidade (%): utilizou-se o
método gravimétrico, através da perda de peso da amostra
submetida a aquecimento em estufa a 105 ºC, até a obtenção
de peso constante do produto dessecado (AOAC, 2016);
Proteínas (%): determinada pelo método de Kjeldahl (AOAC,
2016); Lipídeos (%): a determinação de lipídeos foi feita
conforme método de Soxhlet (AOAC, 2016); Cinzas (%): as
cinzas foram determinadas por incineração do material em
mufla a 550 ºC (AOAC, 2016); Carboidratos (%): o conteúdo
de carboidratos foi determinado por diferença. Calculou-se a
média da porcentagem de umidade, proteínas, lipídeos e
cinzas e o restante foi considerado carboidrato (AOAC, 2016)
e valor energético (kcal/100 g) = [(proteínas x 4 kcal/g) +
(carboidratos x 4 kcal/g) + (lipídeos x 9 kcal/g)] x 100
(AOAC, 2016).
Características físico-químicas: Sólidos solúveis
(ºBrix): determinados com auxílio de refratômetro digital da
marca ATAGO PR-101 (0 a 45 ºBrix) (AOAC, 2016); Acidez
titulável (%): determinada por titulometria com NaOH (0,1
N), sendo os resultados expressos em porcentagem de ácido
cítrico (AOAC, 2016); SS/AT: obtida mediante o quociente
entre as duas características e pH: determinado com auxílio
de potenciômetro digital (Mettler DL 12) com membrana de
vidro, calibrado com tampões de pH 4 e 7 (AOAC, 2016).
Compostos bioativos: Ácido ascórbico (mg/100 g): teor
de ácido ascórbico por titulação com solução de DFI (2,6-
dicloro-fenol-indofenol 0,02 %), de acordo com Dinesh et al.
(2015); Carotenoides totais (mg/100 g): determinados pelo
método de Higby (1962), com modificações; Antocianinas
totais e flavonoides amarelos (mg/100 g): segundo Francis
(1982); Clorofila total da casca (mg/100 g): determinada
conforme recomendação de Bruinsma (1963) e calculada pela
equação de Engel e Poggiani (1991) e polifenóis extraíveis
totais (mg GAE/100 g): segundo Swain e Hillis (1959), com
modificações.
Capacidade antioxidante: DPPH (μmol TE/100 g): o
ensaio de eliminação de radicais livres de DPPH foi medido
usando o teste de radicais livres de DPPH (2,2-difenil-1-
picril-hidrazil), empregando o método de Rufino et al. (2010);
FRAP (μmol TE/100 g): a capacidade antioxidante de cada
amostra foi estimada pelo ensaio FRAP, seguindo o
procedimento descrito na literatura por Thaipong et al.
(2006).
Os resultados foram submetidos à análise de variância
constante (homocedasticidade) (ANOVA) e as médias dos
dados foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade. As análises foram realizadas pelo sistema de
análise de variância de programa computacional - SISVAR
(FERREIRA, 2014).
3. RESULTADOS
A caracterização física dos frutos de maracujá-roxo
cultivados em sistema convencional e orgânico encontra-se
na Tabela 1.
Tabela 1. Características físicas dos frutos de maracujá-roxo em
sistemas de cultivo convencional e orgânico.
Table 1. Physical characteristics of purple passion fruits in
conventional and organic cultivation systems.
Variáveis
C7
O8
MG9
CV10
MF1 (g)
169,94±2,21a
148,20±2,09b
159,07
24,45
DL2 (mm)
75,75±0,54b
76,90±1,12a
76,33
8,16
DT3 (mm) 81,75±0,62a
77,52±0,89b
79,63
8,15
IF4
0,93±0,04b
0,99±0,03a
0,96
7,96
EC5(mm)
5,59±0,22b
6,35±0,23a
5,97
7,68
FC6(N)
79,47±2,20b
96,76±0,98a
88,11
13,61
1Massa fresca; 2Diâmetro longitudinal; 3Diâmetro transversal; 4Índice de
formato (DL/DT); 5Espessura da casca; 6Firmeza da casca; 7Convencional;
8Orgânico; 9Média geral; 10Coeficiente de variação. Médias seguidas de
mesma letra nas colunas não diferem, segundo o teste de Tukey, ao nível de
5% de probabilidade.
Os todos de cultivo (convencional e orgânico)
apresentaram diferenças em todas as características físicas
avaliadas. Observou-se maior massa média de frutos de
maracujá-roxo cultivados em sistema convencional, valor
este de 169,94 g. Os frutos de maracujá-roxo cultivados em
sistema orgânico e convencional apresentaram os maiores
diâmetros longitudinais e transversais, com valores de 76,90
e 81,75 mm, respectivamente. Houve variação quanto aos
índices médios de formato do fruto. Para espessura da casca
dos frutos, foram observadas diferenças quanto aos sistemas
de cultivo utilizados. Pela firmeza externa (casca), os
resultados mostram que os frutos de maracujá-roxo
cultivados em sistema orgânico obtiveram o maior valor
médio (96,76 N).
O rendimento das partes constituintes dos frutos de
maracujá-roxo cultivados em sistema convencional e
orgânico é apresentado na Tabela 2.
Tabela 2. Constituição percentual das partes dos frutos de maracujá-
roxo em sistemas de cultivo convencional e orgânico.
Table 2. Percentage constitution of parts of purple passion fruits in
conventional and organic cultivation systems.
Partes *Constituição percentual (%)
Convencional Orgânico
Polpa (suco +
semente) 49,04±2,64 45,94±2,54
Casca 50,96±2,80 54,06±3,71
*Valores médios ± desvio padrão determinados com base na média de 20
frutos.
O rendimento de polpa (suco + semente) foi de 49,04 e
45,94, respectivamente, para o cultivo convencional e
orgânico. Além disto, deve-se ressaltar o bom rendimento da
casca em ambos os sistemas de cultivo.
A composição centesimal dos frutos de maracujá-roxo
cultivados em sistema convencional e orgânico é apresentada
na Tabela 3. O conteúdo aproximado nas polpas dos frutos
de maracujá-roxo foi representado categoricamente como
umidade>carboidratos>proteínas>cinzas>lipídeos. Foram
observadas diferenças significativas quanto aos valores
médios para a composição centesimal dos frutos de maracujá
Caracterização pós-colheita de frutos de maracujá-roxo cultivados em sistema convencional e orgânico
Nativa, Sinop, v. 9, n. 5, p. 551-557,2021.
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em ambos os sistemas de cultivo, exceto para umidade. O
valor energético da polpa nos frutos de maracujá-roxo
estudados foi de 43,81 kcal/100 g.
As características físico-químicas dos frutos de maracujá-
roxo cultivados em sistema convencional e orgânico
encontram-se na Tabela 4.
Tabela 3. Composição centesimal dos frutos de maracujá-roxo em
sistemas de cultivo convencional e orgânico.
Table 3. Proximate composition of purple passion fruits in
conventional and organic cultivation systems.
Compostos C7
O8
MG9
CV10
UMI1(%)
89,38±0,04a
89,11±0,09a
89,25
0,05
PROT2(%) 1,25±0,01b 1,40±0,04a 1,33 4,30
LIP3(%) 0,26±0,02b 0,38±0,04a 0,32 16,41
CINZ4(%) 0,73±0,04a 0,55±0,01b 0,64 7,69
CAR5(%) 8,36±0,04b 8,54±0,04a 8,45 0,38
VCE6(kcal/100)
40,86±0,23b
45,95±3,61a
43,81
8,27
1Umidade; 2Proteínas; 3Lipídeos; 4Cinzas; 5Carboidratos; 6Valor calórico
energético; 7Convencional; 8Orgânico; 9Média geral; 10Coeficiente de
variação. Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem, segundo
o teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Tabela 4. Características físico-químicas dos frutos de maracujá-
roxo em sistemas de cultivo convencional e orgânico.
Table 4. Physicochemical characteristics of purple passion fruits in
conventional and organic cultivation systems.
Frutos
SS1 (°Brix)
AT2 (%)
SS/AT3
pH4
C5
13,86±0,04a
4,62±0,01a
2,99±0,01a
2,46±0,04b
O6
12,93±0,04b 4,43±0,02b
2,94±0,03a
2,66±0,04a
MG7
13,40 4,52 2,96 2,56
CV8
0,61 0,74 2,34 2,75
1Sólidos solúveis; 2Acidez titulável; 3Relação SS/AT; 4Potencial
hidrogênionico. 5Convencional; 6Orgânico; 7Média geral; 8Coeficiente de
variação. Médias seguidas de mesma letra nas linhas não diferem, segundo o
teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Foram observadas diferenças nos teores médios de
sólidos solúveis dos frutos de maracujá-roxo cultivados em
manejo convencional e orgânico. Para a acidez total titulável,
observaram-se diferenças entre os valores médios dos frutos
de maracujá-roxo cultivados em manejo convencional e
orgânico. Não houve diferença quanto aos valores médios
obtidos para a relação SS/AT. O pH dos frutos de maracujá-
roxo apresentaram valores médios de 2,66 e 2,46 para os
sistemas de cultivo orgânico e convencional, respectivamente.
Os compostos bioativos dos frutos de maracujá-roxo
cultivados em sistema convencional e orgânico encontram-se
na Tabela 5.
Para o ácido ascórbico, os frutos de maracujá-roxo
cultivados em sistema convencional destacaram-se por
apresentar um teor médio de 67,08 mg/100 g. Para a análise
de carotenoides totais, observaram-se diferenças nos teores
médios entre os frutos de maracujá-roxo cultivados em
sistema convencional e orgânico, tendo o sistema de manejo
convencional obtido o maior valor médio. Os frutos de
maracujá-roxo cultivados em sistema orgânico apresentaram
os maiores teores médios para flavonoides amarelos (5,57
mg/100 g), entretanto, os frutos de maracujá-roxo cultivados
em sistema convencional, destacaram-se no conteúdo de
antocianinas totais, apresentando valor médio de 0,52
mg/100 g. Houve diferenças quanto aos teores médios de
clorofila total da casca em frutos de maracujá-roxo cultivados
em sistema convencional e orgânico. Para os polifenóis
extraíveis totais houve diferenças quanto aos teores dios
dos frutos de maracujá-roxo cultivados em sistema
convencional e orgânico. O sistema de manejo convencional
apresentou um teor médio de 16,81 mg GAE/100 g,
resultado numericamente mais expressivo quando
comparado ao sistema orgânico.
A Tabela 6 apresenta a capacidade antioxidante dos frutos
de maracujá-roxo cultivados em sistema convencional e
orgânico.
Tabela 5. Compostos bioativos dos frutos de maracujá-roxo em
sistemas de cultivo convencional e orgânico.
Table 5. Bioactive compounds of purple passion fruits in
conventional and organic cultivation systems.
Compostos
(mg/100g) C7 O8 MG9
CV10
AA1 67,08±1,27a
61,85±2,46b
64,46 1,81
CT2 2,74±0,03a
1,68±0,02b
2,21 1,46
FA3 4,58±0,34b
5,57±0,04a
5,07 7,08
ANT4 0,52±0,25a
0,41±0,02b
0,46 36,18
CLTC5 22,49±2,32a
21,33±2,22b
21,91
8,04
PET6 16,81±2,65a
14,68±0,58b
15,74 10,47
1Ácido ascórbico; 2Carotenoides totais; 3Flavonoides amarelos;
4Antocianinas totais; 5Clorofila total da Casca; 6Polifenóis extraíveis totais;
7Convencional; 8Orgânico; 9Média geral; 10Coeficiente de variação. Médias
seguidas de mesma letra nas colunas não diferem, segundo o teste de Tukey,
ao nível de 5% de probabilidade.
Tabela 6. Capacidade antioxidante dos frutos de maracujá-roxo em
sistemas de cultivo convencional e orgânico.
Table 6. Antioxidant capacity of purple passion fruits in
conventional and organic cultivation systems.
Frutos
Capacidade antioxidante
(μmol TE/100 g)
DPPH1
FRAP2
C3
31,47±1,15b
70,05±1,77a
O4
35,86±1,29a
34,53±9,79b
MG5
33,66 52,29
CV6
3,98 11,12
12,2-difenil-1-picrilhidrazil; 2Poder antioxidante de redução do ferro.
3Convencional; 4Orgânico; 5Média geral. 6Coeficiente de variação. dias
seguidas de mesma letra nas linhas não diferem, segundo o teste de Tukey,
ao nível de 5% de probabilidade.
Para a capacidade antioxidante dos frutos de maracujá-
roxo cultivados em sistemas convencional e orgânico houve
variação nos teores médios quando da determinação pelos
métodos de avaliação DDPH e FRAP.
4. DISCUSSÃO
Negreiros et al. (2008) avaliaram a relação entre as
características físicas e o rendimento de polpa de maracujá-
amarelo em cultivo convencional e observaram para a massa
fresca dos frutos valores médios próximos ao do referido
estudo em ambos os sistemas de cultivo. Hurtado-Salazar et
al. (2015) avaliaram as massas frescas dos frutos de maracujá-
amarelo enxertado em espécies silvestres do gênero passiflora
cultivado em ambiente protegido e observaram para a massa
fresca dos frutos valores médios inferiores ao do referido
estudo em ambos os sistemas de cultivo. A massa fresca dos
frutos é uma característica que está relacionada linearmente
com o seu grau de desenvolvimento ou maturação. O
aumento gradativo da massa fresca de frutos durante o seu
desenvolvimento ocorre devido à maior quantidade de
fotoassimilados, açúcares e carboidratos acumulados
Silva et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 5, p.551-557, 2021.
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(TESSMER et al., 2014). Além disto, o peso médio de frutos
é uma característica importante para o mercado in natura,
sendo mais valorizados os frutos com maior peso. No Estado
do Rio de Janeiro a produção de maracujá é destinada em sua
maior parte para o mercado in natura e essa característica deve
ser um importante critério de seleção de variedades para o
plantio.
Negreiros et al. (2008) estudaram o diâmetro longitudinal
e transversal em frutos de maracujá-amarelo e encontraram
resultados médios próximos ao do referido estudo. Hurtado-
Salazar et al. (2015) estudaram o diâmetro longitudinal e
transversal em frutos de maracujá-amarelo enxertado em
espécies silvestres do gênero passiflora cultivado em
ambiente protegido e encontraram resultados médios de
89,05 e 70,02 mm, respectivamente. Essas características
tornam-se extremamente desejáveis, uma vez que os frutos
de maracujá são classificados comercialmente em relação à
medida de seu diâmetro. No que se diz respeito ao índice de
formato do fruto, esse é um parâmetro físico importante para
frutos destinados ao mercado in natura. Valores próximos de
1,0 indicam que os frutos possuem formatos mais
arredondados e acima formatos oblongos (GRECO et al.,
2014).
Negreiros et al. (2008) e Hurtado-Salazar et al. (2015)
avaliaram as espessuras das cascas em frutos de maracujá-
amarelo e encontraram resultados na mesma faixa. De acordo
com Freire et al. (2014a) e Freire et al. (2014b) frutos com
casca fina são mais desejáveis pelo consumidor, uma vez que
para a comercialização apresentam maior rendimento de
polpa por quilograma adquirido.
Dias et al. (2012) avaliaram a firmeza em frutos de
maracujá-amarelo submetidos a diferentes condutividades e
frequências elétricas da água de irrigação com aplicação de
biofertilizantes. A firmeza é uma característica de qualidade
relacionada à maturação dos frutos e ponderada pelo
consumidor, sendo que à medida que avança o processo de
maturação dos mesmos eles tendem a ficar menos firmes,
com conseqüente redução da sua vida útil pós-colheita e
aceitabilidade.
Freire et al. (2014a) e Greco et al. (2014) avaliaram o
rendimento em polpas de frutos de maracujá-amarelo e
azedo. De acordo com Negreiros et al. (2008) o rendimento
de polpa considerado como adequados tanto para o consumo
in natura como para a agroindústria em frutos de maracujá
deve ser superior a 50%. Os mesmos autores concluíram que
a seleção dos frutos com maior diâmetro equatorial
possibilita a obtenção de maracujás mais pesados e com
maior rendimento de polpa, evidenciado pelo maior efeito
direto do diâmetro sobre o peso da polpa e rendimento.
Também concluíram que o rendimento da polpa pode ser
selecionado indiretamente, com base na menor espessura da
casca e que não foi observada correlação entre relação
comprimento/diâmetro (maior em frutos ovais) e
rendimento de polpa.
Algumas pesquisas relacionadas com a composição
centesimal têm sido realizadas com espécies de maracujá em
diferentes sistemas de cultivo, indicando que o consumo do
fruto de maracujá-roxo no estágio maduro pode ser realizado
a fim de suprir as necessidades energéticas diárias (GRECO
et al., 2014; REIS et al., 2018; RAMAIYA et al., 2019). Os
níveis de umidade encontrados nos frutos de maracujá-roxo
foram comparativamente mais altos, o que os indicou como
uma boa fonte de meio para o funcionamento de enzimas e
processos metabólicos gerais. O teor de umidade também é
importante para a estabilidade e a qualidade dos sucos.
Amostras de suco com alta porcentagem de cinzas implicam
que os frutos contêm altas concentrações de vários
conteúdos minerais, os quais são antecipados para acelerar as
ações metabólicas e melhorar o crescimento e
desenvolvimento. Sucos de maracujás com poucos
carboidratos podem ser ideais para pacientes diabéticos e
hipertensos que necessitam de dietas com pouco açúcar
(RAMAIYA et al., 2019). A ingestão adequada destes
componentes, inclusive de fibras alimentares pode reduzir o
risco de doenças cardíacas, colesterol, constipação,
hipertensão, diabetes e cânceres (REIS et al., 2018).
Freire et al. (2014b) avaliaram os teores de sólidos
solúveis em sucos dos frutos de maracujá-amarelo. Greco et
al. (2014) avaliaram os teores de sólidos solúveis em polpas
dos frutos de maracujá-azedo. Hurtado-Salazar et al. (2015)
avaliaram os teores de sólidos solúveis em polpas de frutos
de maracujá-roxo e encontraram valor médio de 12,65 °Brix,
bem inferior ao do referido estudo. Entretanto, Reis et al.
(2018) analisando esta característica em polpas de frutos de
maracujá-roxo encontraram valores bem abaixos. Valores em
torno de 13,0 °Brix são desejáveis pelas indústrias de
processamento de polpas de maracujá, pois permitem um
melhor desempenho tecnológico (MANIWARA et al., 2014).
Cabe ressaltar ainda que por ser uma característica de
relevante importância, a mesma é muito influenciada por
fatores do meio, entre os quais se destacam o local de plantio
e condução da cultura.
Freire et al. (2014b) e Greco et al. (2014) avaliaram os
teores de acidez titulável em polpas dos frutos de maracujá-
amarelo e azedo. Negreiros et al. (2008) e Reis et al. (2018)
encontraram teores médios de acidez de 3,98% e 2,83% em
frutos de maracujá-amarelo e maracujá-roxo,
respectivamente. De acordo com Negreiros et al. (2008) a
acidez em frutos é uma característica também importante
para a indústria, pois desfavorece a manifestação de
microrganismos e, conseqüentemente, confere maior tempo
de conservação do produto. Por outro lado, a acidez
proporciona um sabor não muito doce, o que não agrada aos
consumidores de frutas in natura. Tendo em vista as
modalidades de mercado a que se destinam, os frutos
apresentaram características de acidez totais adequadas tanto
para frutos in natura quanto para industrialização.
Negreiros et al. (2008) e Hurtado-Salazar et al. (2015)
avaliaram a SS/AT de frutos de maracujá-amarelo e
encontraram valor médio bem próximo aos reportados neste
trabalho. Greco et al. (2014) avaliaram a SS/AT de frutos de
maracujá-azedo. A relação SS/AT é considerada uma das
formas mais práticas de avaliar-se o sabor dos frutos. O teor
de açúcar e acidez dos frutos pode sofrer variação em
decorrência de fatores ambientais e práticas de cultivo,
qualidade de luz solar e temperatura, como também do tipo
e dosagens de fertilizantes; portanto, com reflexos diretos na
relação SS/AT. Esta relação fornece o indicativo do sabor
dos frutos, pois relaciona a quantidade de açúcares e ácidos
presentes proporcionando boa ideia do equilíbrio entre esses
dois componentes (NEGREIROS et al., 2008).
Freire et al. (2014b) e Greco et al. (2014) avaliaram o pH
em polpas dos frutos de maracujá-amarelo e azedo. Reis et al.
(2018) avaliaram a qualidade pós-colheita de frutos de
maracujá e mostram que para o pH encontrado os valores
médios foram bem superiores aos dos reportados neste
trabalho. Vale salientar que os fatores ambientais, influenciam
Caracterização pós-colheita de frutos de maracujá-roxo cultivados em sistema convencional e orgânico
Nativa, Sinop, v. 9, n. 5, p. 551-557,2021.
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consideravelmente na composição química dos princípios
alimentícios vegetais, onde pode ser esclarecido que a
variação na composição química dos frutos deve-se não
somente a variedade, mas também ao grau de maturação
antes da colheita e as condições de maturação pós-colheita e
armazenagem. Desta forma, o valor do pH pode ser definido
como critério de acidez de forma comparativa entre os frutos.
Freire et al. (2014b), Greco et al. (2014), Reis et al. (2018)
e Ramaiya et al. (2019) avaliaram os teores de compostos
bioativos de frutos de maracujá em diferentes sistemas de
cultivo e manejo. O conteúdo de compostos bioativos nos
frutos depende diretamente de fatores ambientais como
cultivar, região de cultivo e maturação de frutos, e, além disso,
o próprio processo de industrialização pode afetar essas
características. Os compostos bioativos presentes em frutas,
como o ácido ascórbico, carotenoides, flavonoides,
antocianinas, clorofilas e polifenóis são ditos como
componentes nutricionais importantes e podem ser
utilizados como índice de padrão ou de qualidade de
alimentos, além de serem compostos voltados a reduzir o
risco de doenças (SALEEM et al., 2017).
Estudos recentes têm sido realizados para avaliação da
capacidade antioxidante em frutos de espécies de maracujá
em diferentes sistemas de cultivo e manejo (REIS et al., 2018;
RAMAIYA et al., 2019). Deve-se ressaltar que a capacidade
antioxidante em frutas depende de vários fatores, como:
estádio de maturação, armazenamento, processamento e
preparo. De acordo com pesquisas realizadas é provado
que os radicais livres desempenham papel importante em
muitas doenças, como as cardiovasculares e
neurodegenerativas, câncer, diabetes e envelhecimento
(SALEEM et al., 2017). Antioxidantes têm atraído mais
atenção como agentes potenciais para prevenir e tratar o
estresse oxidativo relacionados às doenças. Por outro lado,
estudos epidemiológicos descobriram que a ingestão de
frutas tem forte correlação inversa com o risco de
desenvolver muitas doenças crônicas, como doenças
cardiovasculares e câncer (NGUYEN et al., 2019).
5. CONCLUSÕES
Os frutos analisados apresentaram maiores valores
médios para o rendimento de polpa e sólidos solúveis em
sistema convencional, que foram de 49,04% e 13,86 °Brix. O
valor calórico energético foi de 45,95 kcal/100 g em sistema
orgânico, indicando que o consumo do fruto “maduro” pode
ser realizado a fim de suprir as necessidades energéticas
diárias.
As polpas dos frutos de maracujá-roxo estudados
demonstraram serem fontes importantes de componentes
bioativos, com respaldo aos elevados valores médios para
ácido ascórbico e polifenóis extraíveis totais em ambos os
sistemas de cultivo.
6. AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro (UFRRJ), Embrapa Agrobiologia e
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES) pelo apoio e suporte financeiro na
execução do presente trabalho.
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