Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 197-203, 2022.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v10i2.12958 ISSN: 2318-7670
Meios de cultura para crescimento e esporulação de
Choanephora
spp.
e avaliação de agentes de controle biológico in vitro
Gislaine de Souza OLIVEIRA1, Solange Maria BONALDO1,2*
1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade Federal de Mato Grosso, Sinop, MT, Brasil.
2Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Universidade Federal de Mato Grosso, Sinop, MT, Brasil.
E-mail: solange.bonaldo@ufmt.br
(ORCID: 0000-0003-2359-4764; 0000-0002-2240-2700)
Recebido em 04/09/2021; Aceito em 05/05/2022; Publicado em 03/06/2022.
RESUMO: Choanephora spp. causam podridão floral na cultura do algodão, murcha das folhas na cultura da
soja e murcha das folhas, podridão floral e de caule em crotalária. Devido à dificuldade de esporulação deste
patógeno em meio de cultivo Batata Dextrose Ágar (BDA), avaliou-se cinco meios de cultura (Batata
Doce+BDA, Batata Cenoura Ágar, arroz, aveia e BDA) para desenvolvimento e esporulação de Choanephora
spp., e em seguida verificou-se o potencial antagonista de fungos conidiais sapróbios da Amazônia Meridional,
Bacillus subtilis, Trichoderma asperellum e Pichia sp. no controle de Choanephora spp. in vitro. De acordo com as
análises, os meios de cultura Batata Doce+BDA e Batata Cenoura Ágar apresentaram altas taxas de crescimento
micelial e produção de esporos para o isolado de crotalária, e Batata Cenoura Ágar, maiores valores de
crescimento e esporos para o isolado de soja. Sendo estes, portanto, os melhores meios para o desenvolvimento
in vitro de Choanephora spp. neste estudo. Nos ensaios de antagonismo Ellisembia sp., Brachysporiella sp. e T.
asperellum apresentaram maior controle do patógeno, in vitro. Os tratamentos Pichia sp. e Pichia sp.+B. subtilis
apresentaram halo de inibição que permaneceu durante 21 dias.
Palavras-chave: Fungos conidiais sapróbios; Ellisembia sp.; requeima foliar de Choanephora; Pichia sp.
Culture media for growth and sporulation of
Choanephora
spp.
and evaluation of biological control agents in vitro
ABSTRACT: Choanephora spp. affects cotton culture, causes leaf wilt in soybean and leaf wilt, floral and stem
rot in crotalaria. Due to the difficulty of sporulation of this pathogen in a medium Potato Dextrose Agar (PDA),
were evaluated five culture media (Sweet Potato+PDA, Potato Carrot Agar, Rice, Oats and PDA) for
development and sporulation of the pathogen, and the antagonist potential of Saprobic Conidial Fungi from
the Southern Amazon, Bacillus subtilis, Trichoderma asperellum and Pichia sp. in the control of Choanephora spp. in
vitro. According to the analyzes, the culture media Sweet Potato+PDA and Potato Carrot Agar showed high
rates of mycelial growth and spore production for the crotalaria isolate, and Potato Carrot Agar with higher
growth values and spores in the soybean isolate. These, therefore, are the best means for the in vitro
development of Choanephora spp. in this study. In the antagonism tests Ellisembia sp., Brachysporiella sp. and T.
asperellum showed greater control of the pathogen in vitro. The treatments Pichia sp. and Pichia sp.+B. subtilis
presented an inhibition halo in some repetitions that lasted for 21 days.
Keywords: Saprobic conidial fungi, Ellisembia sp.; Leaf Blight Choanephora; Pichia sp.
1. INTRODUÇÃO
O patógeno Choanephora é extremamente agressivo,
pouco estudado e encontra-se distribuído em diversas
culturas de importância econômica no mundo. O gênero
descrito por Currey (1873) possui duas espécies que são
relatadas em diversos hospedeiros, entre elas Choanephora
cucurbitarum ocorrendo em soja na Índia e Malásia (TURNER
et al., 1971; JOSHI, 1981), algodão nos EUA (BAGGA,
1970) e, principalmente, em plantas da família Cucurbitaceae
nos EUA; e Choanephora infundibulifera em plantas de soja nos
EUA (ROY, 1993).
No Brasil, este patógeno afeta plantas de Crotalaria
spectabilis causando murcha foliar e podridão de flores e caule,
diminuindo, consequentemente, a produção de sementes
(ALFENAS et al., 2018). Na cultura da soja os sintomas
aparecem primeiro em folhas maduras e ocasionalmente em
folhas jovens no ápice da planta, causando a murcha das
folhas, influenciada diretamente pela condição do ambiente,
temperatura e umidade alta (LI et al., 2015).
Estudos têm demonstrado que este patógeno cresce e
produz esporos em meio de cultura Batata Dextrose Ágar
(BDA), a exemplo, Park et al. (2016) observaram que isolados
de Choanephora spp. (KUS-F27494 e F27538), extraídos de
plantas de Hibiscus syriacus produziram grande quantidade de
esporangíolos e esporangiósporos em BDA.
Porém, trabalhando com isolados deste patógeno,
oriundos do estado de Mato Grosso, em laboratório,
observou-se rápido crescimento micelial em BDA à
temperatura de 25 ºC, entretanto com baixa formação de
esporos. Cunningham (1879) ao estudar o comportamento in
vitro, observou que Choanephora sp. produzia esporos em
menor quantidade quando cultivadas em meios muito
Meios de cultura para crescimento e esporulação de Choanephora spp. e avaliação de agentes de controle biológico in vitro
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 197-203, 2022.
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nutritivos, além disso, o mesmo autor descreve que colônias
do patógeno perderam capacidade de formar esporos após
três transferências sucessivas em meios de cultura,
comportamento semelhante ao observado neste trabalho.
Produção de esporos de Choanephora spp. é importante
para realização de pesquisas que auxiliam, principalmente, na
caracterização do patógeno, manejo e controle da doença,
como por exemplo, estudos morfológicos, de
comportamento em condições de temperatura e umidade
variáveis, patogenicidade, e controle biológico (CURRY,
1873; SIDDIQUI et al., 2008; LI et al., 2015).
O controle biológico tem ganhado espaço no âmbito da
agricultura sustentável. Pesquisas com antagonistas para
controle de Choanephora spp. vêm apresentando bons
resultados, como observado por Chandrakala (2016) ao
constatar que quatro isolados de Trichoderma spp. inibiram o
crescimento de C. cucurbitarum.
Estudos comprovam que a ação de fungos sapróbios
sobre fitopatógenos pode decorrer da liberação de
compostos voláteis, antibiose e competição por espaço e
nutrientes. Compostos voláteis produzidos pelos fungos
sapróbios da Amazônia, Brachysporiella sp., Dictyochaeta sp. e
Gonytrichum sp., reduziram a germinação de esporos de
Colletotrichum musae e Fusarium sp. (OLIVEIRA et al., 2019).
O gênero Bacillus também compõe o grupo dos agentes
de biocontrole que auxiliam na proteção de plantas contra
fitopatógenos, devido a capacidade de formar endósporos e
a atividade de seus antibióticos (CAVAGLIERI et al., 2005).
Ikediugwu et al. (1994) utilizaram isolados de Bacillus subtilis
no controle do patógeno C. cucurbitarum em plantas de
Amaranthus hybridus. A aplicação da bactéria nas plantas um
dia antes da inoculação do patógeno, impediu o
desenvolvimento da doença e inibiu o crescimento micelial e
germinação de conídios in vitro.
Uma das abordagens mais recentes e promissoras no
âmbito do controle biológico é a utilização de leveduras que
têm apresentado resultados satisfatórios quanto ao controle
de fitopatógenos, pois atuam impedindo o crescimento
micelial e germinação de esporos (BAUTISTA-ROSALES et
al., 2013).
Portanto, diante da problemática de obtenção de esporos
e, visando o estudo do controle de doenças de plantas com
baixo impacto ambiental, objetivou-se com este trabalho
avaliar meios de cultura para desenvolvimento e produção de
esporos, e verificar o potencial antagonista de fungos
conidiais sapróbios da Amazônia Meridional, B. subtilis, T.
asperellum e Pichia sp. no controle de Choanephora spp. in vitro.
2. MATERIAL E METODOS
2.1. Crescimento e esporulação de
Choanephora
spp. in
vitro
2.1.1. Preparo dos meios de cultura
Colônias monohifais de dois isolados de Choanephora spp.
coletados de plantas sintomáticas (crotalária e soja),
cultivados em meio de cultura BDA (Batata Dextrose Ágar)
e mantidos em câmara de crescimento a 25 ºC ± 2 °C, foram
submetidas a cinco meios de cultura para seu
desenvolvimento (Tabela 1).
Meios de cultura foram preparados conforme descrição
na Tabela 1, e autoclavados a 121 ºC, 1 atm. durante 20
minutos. Em seguida, discos de micélio do patógeno (7 mm
Ø) foram transferidos para placas de Petri (9 cm Ø) com o
meio de cultura correspondente. O ensaio foi realizado em
delineamento inteiramente casualizado constituído por cinco
tratamentos e cinco repetições para cada isolado.
Na determinação da quantidade de esporos, 20 mL de
água destilada foram adicionados na superfície das colônias e
raspou-se superficialmente, sendo o resultante filtrado em
gaze e a contagem de esporos realizada com o auxílio de
câmara de Neubauer.
Tabela 1. Meios de cultura e suas respectivas composições para o desenvolvimento e esporulação de Choanephora spp.
Table 1. Culture media and their respective compositions for the development and sporulation of Choanephora spp.
Meio de Cultura Composição Referência
Batata Dextrose Ágar (BDA) 7,8 g de BDA Acumedia® + 200 mL
de água destilada Manual Difco (1984)
Batata Cenoura Ágar (BCA) 50 g de batata + 50g de cenoura + 4
g de ágar + 200 mL de água destilada
Modificado de Tuite (1969)
Batata Doce + BDA (BD + BDA)
24 g de batata doce + 7,8 g de BDA
Acumedia® + 200 mL de água
destilada
*Soares (2018)
Aveia Ágar 20 g de aveia em flocos + 4 g de ágar
+ 200 mL de água destilada Modificado de Tuite (1969)
Arroz Ágar 28 g de arroz cozido + 4 g de ágar +
200 mL de água destilada Soares (2018)
*Comunicação pessoal de Elielbert Coura Soares, em 14 de novembro de 2018, recebida por correio eletrônico.
2.2. Controle biológico
2.2.1. Ensaio de Antagonismo I: confronto direto por
pareamento entre Choanephora
spp.
e fungos conidiais
sapróbios
Quatro isolados de Fungos Conidiais Sapróbios foram
obtidos através de cultura direta de serrapilheira de duas áreas
da Amazônia Meridional no estado de Mato Grosso:
Gonytrichum sp. (CNMTf43); Brachysporiella sp. (CNMTf41) da
Fazenda São Nicolau em Cotriguaçu e Pseudobotrytis terrestris;
Ellisembia sp. (CNMTf41) oriundos do Parque Estadual do
Cristalino no município de Novo Mundo. Os sapróbios
foram colocados em lâminas permanentes, identificados
utilizando microscópio ótico e tombados no herbário
Centro-Norte Mato-Grossense (CNMTf). Os esporos
coletados de galhos (Brachysporiella sp., Ellisembia sp. e
Gonytrichum sp.) e folhas (Pseudobotrytis terrestris) foram
isolados, preservados em meio de cultura BDA e incubados
em câmara de crescimento a 25 ºC ± 2 °C no Laboratório de
Microbiologia/Fitopatologia da Universidade Federal de
Mato Grosso, Campus de Sinop.
Oliveira & Bonaldo
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Neste ensaio, três isolados de Choanephora spp. coletados
de plantas sintomáticas (algodão e soja), e sementes
infectadas (crotalária), foram cultivados em meio de cultura
BDA e incubados em câmara de crescimento a 25 ºC ± 2
°C/escuro.
Para isto, discos de micélio dos fungos sapróbios foram
repicados dois dias antes da repicagem dos fitopatógenos e
colocados a distância de aproximadamente 1,0 cm da borda,
em posições opostas. As placas foram incubadas em câmara
de crescimento, com temperatura de 25º ± 2°C/escuro.
O ensaio foi constituído por cinco tratamentos: quatro
tratamentos de confronto direto entre fungos sapróbios e
fitopatógeno e um tratamento com fitopatógeno sozinho
(controle negativo), cada tratamento composto por cinco
repetições. O confronto direto foi avaliado aos 21 dias após
a instalação do experimento através de escala descritiva,
adaptada de Bell et al. (1982) modificada por Nascimento
(2016).
2.2.2. Ensaio de Antagonismo II: confronto direto por
pareamento entre Choanephora
spp
., Pichia
sp
.,
Bacillus subtilis e Trichoderma asperellum
Pichia sp., T. asperellum e Bacillus subtilis foram colocados
em confronto direto com os fitopatógenos, sob mesmas
condições de desenvolvimento utilizados no primeiro ensaio
de antagonismo I.
O experimento constituiu-se de cinco tratamentos:
quatro tratamentos de confronto direto entre Pichia sp.; T.
asperellum; B. subtilis; e Pichia sp.+B. subtilis, frente isolados de
algodão, soja e crotalária, e um tratamento com fitopatógeno
sozinho (controle negativo), sendo cada tratamento
composto por cinco repetições.
2.2.3. Avaliação e análise estatística
A avaliação do crescimento radial do micélio iniciou-se
24 horas após incubação por meio da média entre duas
medições diametralmente opostas (X e Y), até um dos
tratamentos atingir 6 cm (2/3 da placa).
Avaliou-se o crescimento micelial (CM) através da
fórmula: crescimento do fungo no eixo horizontal (cm)/
crescimento do fungo no eixo vertical (cm) menos o
diâmetro do furador (cm); e com os dados obtidos calculou-
se a taxa de crescimento (TC) com a fórmula de regressão
linear de variação do crescimento micelial nos intervalos de
tempo das análises: y =a+b.x. Na esporulação utilizou-se
fator de multiplicação 20.000 para calcular a quantidade de
esporos por repetição.
O confronto direto, para os ensaios de antagonismo, foi
avaliado aos 21 dias após instalação do experimento através
de escala descritiva adaptada de Bell et al. (1982), em que: 1-
patógeno cresce por toda a placa; 1,5- antagonista cresce
12,5%; 2,0- antagonista cresce 25%; 2,5- antagonista cresce
37,5%; 3,0- antagonista cresce 50%; 3,5- antagonista cresce
62,5%; 4,0- antagonista cresce 75%; 5- antagonista cresce
100%.
Valores de CM, TC, esporulação e escala descritiva foram
submetidos a ANOVA, e as dias comparadas pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade.
3. RESULTADOS
3.1. Crescimento e esporulação de
Choanephora
spp. in
vitro
3.1.1. Crescimento micelial e taxa de crescimento
O meio de cultura Batata Doce+BDA apresentou,
maiores valores de CM para Choanephora sp. isolado de
crotalária e soja, seguido de BDA e BCA (Tabela 2). O maior
valor estatístico de TC diário para Choanephora sp., isolado de
crotalária, foi no meio BCA, e para soja BDA (Tabela 2).
BDA obteve TC estatisticamente superior para o isolado
de soja, comparado aos demais meios de cultura, e em
crotalária apresentou segunda maior taxa significativa,
correspondendo aos resultados de outros trabalhos que
também testaram diferentes meios de cultura para
desenvolvimento de diferentes espécies de Choanephora.
Tabela 2. Crescimento micelial e taxa de crescimento dos isolados de Choanephora spp. de crotalária e soja, sob diferentes meios de cultura.
Table 2. Mycelial growth and growth rate of Choanephora spp. of sunn hemp and soybean under different culture media.
Crescimento Micelial (cm)
Taxa de Crescimento (cm)
Meio de Cultura Choanephora sp. isolado
crotalária
Choanephora sp. isolado
soja
Choanephora sp. isolado
crotalária
Choanephora sp. isolado
soja
BDA 6,98 b 6,52 a
2,38 bc 1,04 a
BD+BDA 7,50 a 5,36 b
2,18 c 0,84 ab
AVEIA 6,50 b 2,70 c
2,66 b 0,96 ab
BCA 5,84 d 5,40 b
3,16 a 0,80 b
ARROZ 3,16 e 3,00 b
1,10 d 0,22 c
*C.V.% 4,00 6,04
8,38 13,71
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. *CV (coeficiente de variância).
3.1.2. Esporulação
Todos os meios de cultura testados apresentaram boas
taxas de esporulação para o isolado de crotalária, entretanto
BCA apresentou maior quantidade de esporos. Para o isolado
de soja, apenas os meios BCA e arroz estimularam a
produção de esporos do patógeno (Tabela 3).
3.2. Ensaios de antagonismo
3.2.1. Crescimento micelial
Dados os valores de CM, observou-se que o patógeno
cresceu rapidamente sobre o meio de cultura, sendo que,
entre 48 e 72h a testemunha atingiu 2/3 da placa. Portanto,
neste período, os antagonistas não apresentaram ação de
controle sob o patógeno (Tabelas 4).
3.2.2. Taxa de Crescimento
A média de crescimento diário foi igual para todos os
tratamentos nos três isolados. No segundo ensaio, T.
asperellum apresentou menor taxa de crescimento comparado
aos demais tratamentos, seguido de Pichia sp. no isolado de
algodão (Tabela 4).
Meios de cultura para crescimento e esporulação de Choanephora spp. e avaliação de agentes de controle biológico in vitro
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200
3.2.3. Nota de Bell
Ellisembia sp. e Brachysporiella sp. apresentaram ação
antagônica contra todos isolados de Choanephora spp.,
colonizando hifas do patógeno. Demais fungos sapróbios
também demonstraram ão antagônica, porém com menor
potencial (Tabela 5).
T. asperellum apresentou ação antagônica frente os três
isolados de Choanephora spp., diferindo dos demais
tratamentos que não impediram o desenvolvimento do
patógeno. Este antagonista cresceu sobre cerca de 75% das
colônias do fitopatógeno, com notas 4,0; 3,80; e 4,60 para os
isolados de algodão, soja e crotalária, respectivamente
(Tabela 5). Pichia sp. e demais tratamentos não
demonstraram, estatisticamente, potencial antagonista
apresentando média de nota de Bell 1,0 significando que o
patógeno colonizou toda a placa de Petri.
Pichia sp.; Bacillus subtilis e; Pichia sp.+B. subtilis não
apresentaram, estatisticamente, ação antagônica. Porém, duas
repetições do tratamento Pichia sp.+B. subtilis frente o isolado
de algodão apresentaram halo de inibição de 1,3 e 0,8 cm, e
uma repetição do tratamento com Pichia sp. em confronto
com o isolado de crotalária, apresentou 0,5 cm de halo.
Tabela 3. Esporulação de isolados de Choanephora spp. de crotalária
e soja sob diferentes meios de cultura.
Table 3. Sporulation of Choanephora spp. of sunn hemp and soybean
under different culture media.
Meio de Cultura
Esporos/mL
Choanephora sp. isolado
crotalária
Choanephora sp.
isolado soja
BDA 1.766.000 b 1 b
BCA 20.920.000 a 260.000 a
BD+BDA 2.900.000 b 1 b
ARROZ 616.000 b 2000 b
AVEIA 104.000 b 1 b
C.V.% 24,15 86,97
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem pelo teste de Tukey
a 5% de probabilidade. Para análise estatística, os dados foram
transformados em 𝑥+ 1.
Tabela 4. Médias de crescimento micelial (cm) e taxa de crescimento (cm) de isolados de Choanephora spp. de algodão, crotalária e soja, em
confronto direto com antagonistas em meio BDA.
Table 4. Mean mycelial growth (cm) and growth rate (cm) of Choanephora spp. of cotton, sunn hemp and soybean, in direct confrontation
with antagonists in PDA medium.
Ensaio de Antagonismo I
Antagonista
Choanephora
sp. isolado algodão
Choanephora
sp. isolado crotalária
Choanephora
sp. isolado soja
CM TC
CM TC
CM
TC
Testemunha
5,64 a 1,12 a
5,96 a 1,86 a
5,50 a 1,84 a
Gonytrichum
sp.
5,34 ab 1,00 a
4,60 b 1,94 a
5,16 a 2,30 a
Brachysporiella
sp.
5,34 ab 0,84 a
5,50 a 1,62 a
5,44 a 1,76 a
Ellisembia
sp.
5,00 ab 0,70 a
5,40 a 1,40 a
5,22 a 1,78 a
Pseudobotrytis terrestris
4,62 b 0,52 a
5,44 a 1,84 a
5,34 a 2,12 a
C.V. (%)
9,20 39,38
7,20 35,60
4,90 22,36
Ensaio de
Antagonismo II
Antagonista
Choanephora
sp. isolado algodão
Choanephora
sp. isolado crotalária
Choanephora
sp. isolado soja
CM TC
CM TC
CM TC
Testemunha
5,78 a 1,54 a
5,70 a 0,86 a
5,66 a 1,76 a
Bacillus subtilis
5,36 a 1,14 ab
5,46 ab 0,78 a
5,64 ab 1,70 a
Pichia
sp.
+ B. subtilis
5,34 a 1,40 ab
5,46 ab 0,88 a
5,72 a 1,72 a
Trichoderma asperellum
5,32 a 0,92 b
5,26 ab 0,60 a
5,4 ab
1,20 a
Pichia
sp.
5,2 a 1,16 ab
5,12 b 0,66 a
5,24 b 1,38 a
C.V. (%)
9,73 26,58
5,24 44, 07
3,97 27,06
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 5. Médias da nota de Bell, confronto direto entre antagonistas e isolados de Choanephora spp. de algodão, crotalária e soja.
Table 5. Bell grade averages, direct confrontation between antagonists and Choanephora spp. cotton, sunn hemp and soy.
Nota de Bell
-
Ensaio I
Antagonista
Choanephora
sp. isolado algodão
Choanephora
sp. isolado crotalária
Choanephora
sp. isolado soja
Ellisembia
sp.
3,60 a
3,80 a
3,80 ab
Brachysporiella
sp.
3,20 ab
3,30 ab
3,30 b
Pseudobotrytis terrestris
3,0 ab
2,60 b
3,90 a
Gonytrichum
sp.
2,40 b
2,50 b
2,20 c
C.V. (%)
15,77
17,96
9,58
Nota de Bell
-
ensaio II
Trichoderma asperellum
4,0 a
3,80 a
4,60 a
Pichia
sp.
1,0 b
1,20 b
1,0 b
Bacillus subtilis
1,10 b
1,0 b
1,0 b
Pichia
sp. +
B. subtilis
1,20 b
1,0 b
1,0 b
C.V. (%)
9,69
27,11
14,41
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Oliveira & Bonaldo
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 197-203, 2022.
201
4. DISCUSSÃO
Fungos da ordem Mucorales produzem composto volátil
chamado trisporóides, responsável pela formação de
estruturas reprodutivas (BURGEFF, 1924), que são
derivados do betacaroteno (GOODAY, 1968). Neste
contexto, estima-se que o meio BCA tenha promovido esta
esporulação devida essas condições. Kuo et al. (1999)
testaram 12 meios de cultura para desenvolvimento e
esporulação de um isolado de C. cucurbitarum extraído de
planta sintomática de feijão-lima (Phaseolus limensis) e, também
observaram formação máxima de esporângios do patógeno
no meio cenoura ágar.
O meio BDA apresentou valor significativo de
esporulação para o isolado obtido de crotalária (Tabela 3).
Verma (2010) ao estudar o efeito da esporulação de C.
infundibulifera sob diferentes meios, constatou que melhores
taxas de esporulação foram em meio BDA. Outros trabalhos
também relatam que Choanephora spp. tem crescimento rápido
e formação de esporangiola e esporângio em BDA
(CHANDRAKALA, 2010; KNOW; JIN-HYCUK, 2005;
PARK et al., 2016).
BDA, BD+BDA e aveia não estimularam a formação de
esporos do isolado de soja, entretanto apresentaram altos
valores de CM. Meios de cultura favorecem o crescimento
micelial e/ou a esporulação de patógenos, ou seja, esta
produção pode não ocorrer de forma simultânea (PEREIRA
et al., 2006).
Não foi observado produção de esporângios em nenhum
dos meios testados. Cunningham (1879) ao descrever o
gênero Choanephora, relata que os esporângios o produzidos
através da utilização de meios de cultura pobres em
nutrientes, como por exemplo, ágar água.
A produção de compostos voláteis não foi investigada
neste estudo, entretanto alguns trabalhos relatam que fungos
sapróbios inibem o crescimento de patógenos através da
produção destes compostos, pois os fitopatógenos
Colletotrichum truncatum, Colletotrichum musae e Fusarium sp.
quando expostos a compostos voláteis de Brachysporiella sp.,
Dictyochaeta sp. e Gonytrichum sp. apresentaram esporos
inviáveis após 3 e 7 dias de exposição (OLIVEIRA et al.,
2019).
TC manteve-se igual, estatisticamente, em todos os
tratamentos. Porém, Ellisembia sp. e Brachysporiella sp.
proporcionaram menores médias de crescimento diário no
primeiro ensaio. Solino et al. (2017) ao avaliarem o efeito de
filtrados de fungos sapróbios sobre o crescimento micelial de
Alternaria solani, verificaram que Curvularia inaequalis e
Curvularia eragrostidis reduziram o CM na concentração de
20%.
Com relação ao isolado de crotalária, estes sapróbios
poderão servir de alternativa de controle para a doença no
campo, pois não são descritos ou registrados fungicidas para
esta cultura. Além do mais, Alfenas et al. (2018) apenas
relataram a ocorrência do patógeno no Brasil, e não testaram
nenhum método de controle, este fato presume a necessidade
da implantação de medidas de controle da doença em
crotalária.
No segundo ensaio T. asperellum apresentou
hiperparasitismo no confronto com os três isolados de
Choanephora spp. Chandrakala (2016) realizou estudos sobre
Choanephora cucurbitarum em pimenta (Capsicum frutescens) na
Índia, e testou a eficiência de quatro isolados de Trichoderma
spp. como agentes de biocontrole no desenvolvimento do
patógeno in vitro. O estudo revelou que todos os isolados de
Trichoderma spp. inibiram o crescimento micelial de C.
cucurbitarum, exibindo pouco mais de 62 % de inibição.
Siddiqui et al. (2008) estudaram o efeito de extratos de
palha de arroz e composto de dendezeiro enriquecidos com
Trichoderma harzianum., no controle da podridão molhada
causada por C. cucurbitarum em plantas de quiabo (Abelmoschus
esculentus) na Malásia. Foi observado que a aplicação de
extratos controlou 85,04% da doença, além de atrasar a
infecção em plantas inoculadas, desempenho similar ao
fungicida Dithame M-4também utilizado para controlar a
doença.
Verificou-se competição por espaço e nutriente entre T.
asperellum e isolados de Choanephora spp., assim como
relataram Siddiqui et al. (2009) ao utilizarem extratos de
compostos de chá no controle de C. cucurbitarum, e
observaram que os extratos produziram compostos voláteis,
metabólitos antifúngicos, antibióticos e sideróforos através
de Pseudomonas fluorescentes e outros microrganismos presentes,
que possibilitaram a competição por espaço e nutrientes com
o fitopatógeno.
Algumas repetições com Pichia sp. e B. subtilis
apresentaram halo de inibição, fato importante para futuros
estudos acerca destes organismos. Bettiol (2008) relata que
no controle biológico pode ocorrer interações positivas,
negativas e neutras, devido relações específicas entre
antagonista e fitopatógeno, e essas interações complexas são
fundamentais para o sucesso do controle.
O resultado do confronto direto entre os isolados de
Choanephora spp. e fungos conidiais sapróbios Ellisembia sp.;
Brachysporiella sp. e; T. asperellum, demonstram que
microrganismos podem ser utilizados no controle deste
fitopatógeno. Essa abordagem de controle biológico tem
potencial de reduzir perdas nas lavouras ocasionadas por
fungos, e é economicamente vantajosa ao reduzir danos
causados por fungicidas, principalmente, relacionados a
saúde humana e ambiente.
A Amazônia concentra a maior reserva em termos de
biodiversidade do planeta, e muitas dessas riquezas são
inexploradas, seja por falta de conhecimento ou recursos
disponíveis. Fungos conidiais sapróbios da Amazônia
demostram resultados satisfatórios no controle de
fitopatógenos (OLIVEIRA et al., 2019), sendo, portanto,
necessário mais estudos acerca deste potencial.
Os sapróbios e a levedura Pichia sp. utilizados neste
trabalho são do mesmo bioma que os isolados dos
fitopatógenos, portanto, estão adaptadas as mesmas
condições de ambiente, principalmente, temperatura e
umidade. Esta condição pode facilitar o incremento de
estudos sobre o comportamento desses organismos, visando,
principalmente, a obtenção de metodologias de controle
eficientes e com menor impacto ambiental. Haja visto que a
premissa do controle biológico é a utilização de inimigos
naturais no controle de pragas e doenças, pois não deixam
resíduos nos alimentos e são inofensivos à saúde humana e
ao ambiente (GHINI, 2017).
5. CONCLUSÕES
O meio de cultura BCA foi o melhor para produção de
esporos no isolado de crotalária e soja. No crescimento
micelial destacaram-se BD+BDA para o isolado de crotalária
e BDA para isolado de soja. Sendo estes, portanto, os
melhores meios para o desenvolvimento in vitro de
Choanephora sp., neste estudo.
Meios de cultura para crescimento e esporulação de Choanephora spp. e avaliação de agentes de controle biológico in vitro
Nativa, Sinop, v. 10, n. 2, p. 197-203, 2022.
202
Os fungos conidiais sapróbios apresentaram competição
por espaço e nutrientes, e hiperparasitismo aos 21 dias, sendo
Ellisembia sp. e Brachysporiella sp. mais eficientes no controle
do fitopatógeno.
T. asperellum apresentou maior controle do patógeno no
segundo ensaio de antagonismo. Os tratamentos Pichia sp. e
Pichia sp.+Bacillus subtilis apresentaram halo de inibição em
algumas repetições que permaneceu durante 21 dias.
6. AGRADECIMENTOS
O presente trabalho foi realizado com apoio da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior Brasil (CAPES) Código de Financiamento 001
e da Universidade Federal de Mato Grosso.
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