Nativa, Sinop, v. 9, n. 5, p. 454-459, 2021.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v9i5.12666 ISSN: 2318-7670
Biodiversidade de bactérias antagônicas a fungos associados à sindrome
da morte do capim-marandu (
Brachiaria brizantha
)
Maira Laís Both BOURSCHEIDT1, Kellen Banhos do CARMO2, Bruno Carneiro PEDREIRA3,
Gilcele de Campos Martin BERBER1, Anderson Ferreira4*
1Universidade do Estado de Mato Grosso, Sinop, MT, Brasil.
2Palm Beach State College, Palm Beach Gardens, Florida 33410, USA.
3Kansas State University, Southeast Research and Extension Center, Parsons 67357, USA.
3Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop, MT, Brasil.
*E-mail: anderson.ferreira@embrapa.br
(ORCID: 0000-0003-3477-8729; 0000-0002-5373-680X; 0000-0003-4663-954X; 0000-0001-9840-9768; 0000-0003-3176-089X)
Recebido em 05/02/2021; Aceito em 11/10/2021; Publicado em 18/12/2021.
RESUMO: A ndrome da morte do capim-marandu (Brachiaria brizantha) é um dos principais problemas na
degradação das pastagens no bioma Amazônia. A morte das forrageiras ocorre durante a época chuvosa por
suscetibilidade a fitopatógenos. Assim, objetivou-se estudar sistemas de produção e selecionar bactérias
antagônicas a Fusarium spp., um dos agentes fitopatogênicos. Os isolados bacterianos foram obtidos de 10
sistemas de produção, mata nativa e pousio, na chuva e na seca. Realizou-se a caracterização molecular de
isolados por sequenciamento. Dois isolados de Fusarium foram testados. Para o patógeno 1, na época da chuva,
7,5% dos isolados apresentaram antagonismo enquanto na seca foi 15%. Para o patógeno 2, nem todos os
isolados positivos para o patógeno 1 foram eficientes no controle, demonstrando a ocorrência de interações
entre isolados bacterianos e Fusarium spp. Na chuva, para o patógeno 1, a mata apresentou maior número de
isolados positivos (20%). Na seca, os tratamentos mata, 1-Floresta e 8-integração lavoura floresta para o
patógeno 1, foram os que apresentaram maior número de positivos (25%). Na identificação molecular, 8 foram
os gêneros bacterianos encontrados: Burkholderia, Bacillus, Brevibacillus, Streptomyces, Pseudomonas, Escherichia,
Paenibacillus e Pandoraea, em que a maioria é descrita como capaz de controlar Fusarium spp. in vitro.
Palavras-chave: Burkholderia; controle biológico; integração lavoura-pecuária-floresta.
Biodiversity of bacteria antagonic to fungi associated with syndrome's death
palisadegrass (
Brachiaria brizantha
)
ABSTRACT: The death syndrome of marandu grass (Brachiaria brizantha) is one of the main problems in the
degradation of pastures in the Amazon biome. Plant death occurs during the rainy season due to susceptibility
to phytopathogens. Thus, the objective was to study production systems and select bacteria antagonistic to
Fusarium spp., one of the phytopathogenic agents. Bacterial isolates were obtained from 10 production systems,
native forest and fallow, in rain and drought season. Molecular characterization of isolates was carried out by
sequencing. Two Fusarium isolates were assessed. For pathogen 1, in the rainy season, 7.5% of the isolates
showed antagonism, while in the dry season it was 15%. For pathogen 2, not all isolates positive for pathogen
1 were efficient in the control, showing correlations between bacterial isolates and Fusarium spp. In the rain, for
pathogen 1, the forest showed the highest number of positive isolates (20%). In the dry season, the treatments
forest, 1-Forest and 8-plant-forest integration for pathogen 1, were ones with the highest number of positives
(25%). In the molecular identification, 8 bacterial genera were found: Burkholderia, Bacillus, Brevibacillus,
Streptomyces, Pseudomonas, Escherichia, Paenibacillus and Pandoraea, most of which are described as able to
controlling Fusarium spp. in vitro.
Keywords: Burkholderia; biological control; integrated crop-livestock-forest.
1. INTRODUÇÃO
O rebanho bovino brasileiro possui grande
expressividade na economia nacional e a pecuária de corte é
uma das atividades mais importantes do agronegócio
brasileiro. Essa atividade representa cerca de 8.5% do
Produto Interno Bruto com um rebanho bovino de 213
milhões de cabeças (ABIEC, 2019). O sistema de produção
animal em pastagens é muito explorado para a produção de
carne, e tem grande potencial para atender a demanda futura,
a qual precisa ser mais eficiente e sustentável, com preços
competitivos, qualidade do produto, e foco no bem-estar
animal nos princípios sociais. Nesse sentido, é necessário
buscar a intensificação da produção em pastagens, buscando
o melhor manejo das pastagens e melhor utilização de áreas
abertas, porém ainda com potencial de produção aquém do
ideal (PEDREIRA et al. 2018). Nesse cenário, os sistemas de
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) vem se
apresentando como uma ferramenta de intensificação da
produção com diversificação, o qual permite a produção de
grãos, carne, leite e madeira em uma mesma área, visando a
Ferreira et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 5, p. 454-459, 2021.
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lucratividade e a conjunta preservação ambiental (FARIAS
NETO, 2019).
A conversão de sistemas convencionais para sistemas de
integração impacta positivamente nas propriedades física,
química e microbiológica do solo e no ciclo dos nutrientes
devido ao aumento da matéria orgânica do solo, contribuindo
para maior produtividade do sistema (RUSSELL et al., 2006).
Por outro lado, síndrome da morte do capim-marandu tem
sido apontada como um dos principais problemas na região
Amazônia e responsável pela degradação das pastagens
(PEDREIRA et al. 2019).
Essa síndrome se manifesta durante a estação chuvosa, e
seus sintomas se apresentam na forma de amarelecimento,
murchamento e morte de touceiras da gramínea em áreas
delimitadas da pastagem (reboleiras) (ANDRADE;
VALENTIM 2007). O problema é desencadeado pela
umidade excessiva do solo, seguida pelo ataque de fungos nas
raízes do capim-braquiarão, associado à reconhecida baixa
tolerância desse capim ao alagamento do solo. Assim, a baixa
adaptação do capim-braquiarão ao encharcamento do solo
agiria como fator de predisposição para a instalação da
síndrome, a qual seria resultante de respostas bioquímicas e
fisiológicas da planta e das características biológicas, físicas e
químicas do solo sob excesso de água (DIAS-FILHO 2006).
Essa cultivar não esadaptada a estas condições, ficando
suscetível ao ataque de fungos de solo dos gêneros
Rhizoctonia, Pythium (DUARTE et al. 2007) e Fusarium (DIAS;
TOLETO, 1993). No estado do Mato Grosso, existem
108.185 produtores rurais com atividades ligadas à
bovinocultura, e a área afetada com tal problema é de 2,23
milhões de hectares, representando 8,6% da área de pastagem
total do estado (IMEA, 2011, EMBRAPA, 2014). Isso
significa que o aumento de áreas acometidas pela SMB pode
causar um impacto negativo muito grande na produção
pecuária brasileira, diminuindo o lucro e causando sérios
prejuízos econômicos tanto para o produtor rural, quanto
para o país (PEDREIRA et al. 2019).
Presentes nos mais diversos ambientes, os
microrganismos podem ser benéficos ou maléficos,
provocando eventualmente doenças nos animais e plantas
(MOREIRA E SIQUEIRA, 2006). O solo, ambiente do
presente estudo, é um recurso natural vivo e dinâmico que
pode promover a sustentabilidade biológica e sanidade das
plantas. Os microrganismos presentes no solo podem
apresentar potencial antagônico entre si e, portanto, potencial
no controle biológico de outros microrganismos, inclusive
fitopatógenos (MOREIRA E SIQUEIRA, 2006).
Nesse contexto, os objetivos desse trabalho foram: i)
identificar isolados bacterianos antagônicos a fungos do
gênero Fusarium spp., associados a morte do capim-marandu
(Brachiaria brizantha); ii) identificar se sistemas integrados de
produção, naturalmente, apresentam maior número de
bactérias antagônicas a fungos do gênero Fusarium spp., no
solo.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Área experimental
As amostras de solo para o estudo de diversidade
microbiana foram coletadas em um experimento composto
por modelos de sistemas agrícolas de produção, em Sinop,
Mato Grosso, na área experimental da Embrapa
Agrossilvipastoril (11° 51’ 45” S; 55° 37’ 19” W).
Adicionalmente, foram avaliados um pousio e uma área de
mata nativa. O município situa-se no bioma Amazônia. Dos
12 locais em que as amostras foram coletadas, 10 são
oriundas de modelos de sistemas agrícolas integrados (ILPF),
em uma área de cerca de 72 hectares, com parcelas
experimentais compreenderam 200 x 100 m, em blocos
casualizados com 4 repetições. Os modelos de produção
exclusivos e integrados foram: 1-F: floresta; 2-L: lavoura; 3-
P: pecuária; 4-IPL: integração pecuária-lavoura; 5-ILP:
integração lavoura-pecuária; 6-ILF: integração lavoura-
floresta; 7-IPF: integração pecuária-floresta; 8- ILPF: lavoura
e floresta por 2 anos e após pecuária e floresta por 2 anos; 9
ILPF: pecuária e floresta por 2 anos e lavoura e floresta por
2 anos; 10- ILPF: integração lavoura pecuária floresta. Além
disso, uma amostra foi coletada em mata nativa e outra em
área de pousio, ambas em áreas adjacentes aos 10 modelos.
2.2. Coleta de solo
A amostragem foi realizada em duas épocas: janeiro-
fevereiro (chuva) e setembro-outubro (seca). O experimento
estava com um ano após o plantio. O solo foi coletado na
profundidade de 0-10 cm, com auxílio de um trado holandês.
Amostragens simples, de 20 a 25 sub-amostras, formaram
uma amostra composta. Posteriormente, o solo foi
acondicionado em embalagem apropriada, transportado até
o laboratório de Microbiologia de Solos da Embrapa
Agrossilvipastoril, onde o solo permaneceu em câmara fria a
cerca de C. Para coleta, em cada parcela foi realizada a
limpeza do material utilizado, a fim de evitar contaminação
cruzada.
2.3. Isolamento e seleção de bactérias antagonistas
Para seleção de microrganismos usados no antagonismo
foi necessário a realização de plaqueamento com amostras de
solo, para isolamento de colônia bacterianas, a seleção das
bactérias, sua purificação e por fim a armazenagem.
Para isolamento dos microrganismos, as amostras de solo
foram pesadas (1 grama) e diluídas em 9 mL de tampão
fosfato (PBS, contendo [g L-1] 1,44 Na2HPO4; 0,24 KH2PO4;
0,20 KCl; 8,00 NaCl; pH 7,4) esterilizado e incubadas sob
agitação (150 r.p.m.) por uma 1 h. Posteriormente, diluições
(10-3 ,10-4, 10-5) foram semeadas sobre meio de cultura TSA
10% (Triptona Soja Agar). As culturas ficaram incubadas em
câmara BOD a 28°C até o crescimento.
Para cada tratamento foram selecionadas 20 bactérias
utilizadas no ensaio de antagonismo, o que totalizou 240
isolados bacterianos testados. As amostras de solo foram
enumeradas de 1 ao 48 (10 sistemas, mata e pousio, com 4
repetições). Posteriormente fez-se a purificação dos isolados
por meio da técnica de esgotamento, em placa de Petri com
meio de cultivo TSA 10% (Triptona Soja Agar).
Caracterizou-se as colônias por descrição evidenciando a
coloração, consistência, reflexão à luz e formato. Após a
identificação dos isolados bacterianos esses foram
devidamente identificados e armazenados em solução de
glicerol 20% a -80°C, para uso nos testes posteriores. Doze
bactérias de cada repetição foram usadas no teste,
considerando as mais divergentes em coloração, consistência,
reflexão à luz e formato.
As avaliações de antagonismo foram realizadas utilizando
o método de cultura pareada (MARIANO, 1993), que
consiste no confronto direto do antagonista (bactérias
selecionadas dos diferentes tratamentos) e do fitopatógeno
(fungo Fusarium spp.). O teste foi realizado em placas de Petri
com meio BDA (batata-dextrose-ágar) incubadas de 9 a 13
dias em câmera BOD a 28ºC. O resultado foi positivo na
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Nativa, Sinop, v. 9, n. 5, p. 454-459, 2021.
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formação de halo de inibição e/ou quando o fungo não
ultrapassou a bactéria. As análises foram realizadas em
duplicata.
Dois isolados de Fusarium spp foram testados contra as
bactérias selecionadas: um oriundo de uma planta de soja
acometida (patógeno 1) e outro de solo onde ocorreu a morte
da forrageira (patógeno 2). Ambos patógenos foram cedidos
pelo laboratório de fitopatologia da Universidade Federal de
Mato Grosso, Sinop. Somente os isolados bacterianos
antagônicos ao patógeno 1 foram testados contra o patógeno
2.
2.4. Caracterização molecular dos isolados bacterianos
Apenas bactérias antagônicas ao fungo foram
caracterizadas molecularmente. A amplificação dos genes
16S rDNA foi realizada por PCR (reação em cadeia da
polimerase) direto de colônias sem extração de DNA. A
quantidade de 1 μL dessa suspensão bacteriana foi utilizada
como fonte de DNA para realização da PCR. Os iniciadores
ou primers utilizados foram o PO27F (5’ -
GAGAGTTTGATCCTGGCTCAG - 3’ e 1387R (5’
CGGTGTGTACAAGGCCCGGGAACG - 3’). A qualidade
das amostras foi verificada por eletroforese em gel de agarose
a 1%.
Para a identificação, os produtos de PCR de bactérias
foram purificados com etanol 70% e parcialmente
sequenciados utilizando o iniciador “reverse”. As amostras
foram sequenciadas no Centro de Pesquisa sobre o genoma
humano e células-tronco USP, visualizadas no programa
Chromas versão 2.1.1 (2012) e comparadas por BLAST
(Basic Local Alignment Search Tool) (ALTSCHUL et al.,
1990).
3. RESULTADOS
Para o patógeno 1, na época da chuva, houve 7,5% de
antagonismo, considerando o total de isolados avaliados,
enquanto na seca esse valor foi maior (15%). Para o patógeno
2, na época da chuva, 2,5% foi o total de antagonismo, valor
menor do que no outro período avaliado (6,25%). Apenas na
época da seca, para o patógeno 1, todos os tratamentos
apresentaram pelo menos uma bactéria antagonista.
Quando considerados os tratamentos, para o patógeno 1,
a mata apresentou maior número de isolados positivos (20%)
na época da chuva, e para a época da seca, os tratamentos
mata, 1-F e 8-ILPF apresentaram maior número de isolados
antagônicos (25%) (Figura 1).
Para o patógeno 2, na época da chuva, o melhor resultado
antagonista foi em 6-ILF (10%), e para a outra época
analisada, o tratamento 8-ILPF (20%) foi mais representativo
na avaliação (Figura 2).
Entre os isolados antagônicos ao patógeno 1, mas o
todos necessariamente ao patógeno 2, 30 bactérias foram
selecionadas, por características morfocromáticas após PCR
de colônia, e foram sequenciadas (Tabela 1). O gênero mais
encontrado nas amostras analisadas foi Burkholderia, seguido
por Bacillus, Brevibacillus e Streptomyces, além de outros de
menor número (Pseudomonas, Escherichia, Paenibacillus e
Pandoraea), embora não possam ser considerados menos
importantes. Salienta-se que 3 bactérias não foram
identificadas, onde o resultado apresentado por BLAST é de
bactéria não cultivada.
Figura 1. Antagonismo positivo de bactérias isoladas de solo sob
diferentes cultivos contra Fusarium spp. isolado de soja (patógeno 1).
1-F: floresta; 2-L: lavoura; 3-P: pecuária; 4-iPL: integração pecuária-
lavoura; 5-ILP: integração lavoura-pecuária; 6-ILF: integração
lavoura-floresta; 7-iPF: integração pecuária-floresta; 8-ILPF:
lavoura e floresta por 2 anos e após pecuária e floresta por 2 anos;
9ILPF: pecuária e floresta por 2 anos e lavoura e floresta por 2 anos;
10-ILPF: integração lavoura pecuária floresta.
Figure 1. Positive antagonism of bacteria isolated from soil under
different crops against Fusarium spp. soybean isolate (pathogen 1). 1-
F: forest; 2-L: tillage; 3-P: livestock; 4-iPL: livestock-crop
integration; 5-ILP: crop-livestock integration; 6-ILF: crop-forest
integration; 7-iPF: livestock-forest integration; 8-ILPF: crop and
forest for 2 years and after livestock and forest for 2 years; 9ILPF:
livestock and forest for 2 years and crop and forest for 2 years; 10-
ILPF: livestock farming integration with the forest.
Figura 2. Antagonismo positivo de bactérias retiradas de solo sob
diferentes cultivos contra Fusarium spp. isoladas de solo onde
ocorreu morte de capim Marandu (patógeno 2). 1-F: floresta; 2-L:
lavoura; 3-P: pecuária; 4-iPL: integração pecuária-lavoura; 5-ILP:
integração lavoura-pecuária; 6-ILF: integração lavoura-floresta; 7-
IPF: integração pecuária-floresta; 8-ILPF: lavoura e floresta por 2
anos e após pecuária e floresta por 2 anos; 9ILPF: pecuária e floresta
por 2 anos e lavoura e floresta por 2 anos; 10-ILPF: integração
lavoura pecuária floresta.
Figure 2. Positive antagonism of bacteria from soil under different
crops against Fusarium spp. isolated from soil where death of
Marandu grass (pathogen 2) occurred. 1-F: forest; 2-L: tillage; 3-P:
livestock; 4-iPL: livestock-crop integration; 5-ILP: crop-livestock
integration; 6-ILF: crop-forest integration; 7-IPF: livestock-forest
integration; 8-ILPF: crop and forest for 2 years and after livestock
and forest for 2 years; 9ILPF: livestock and forest for 2 years and
crop and forest for 2 years; 10-ILPF: livestock farming integration
with the forest.
4. DISCUSSÃO
Quando consideramos antagonismo dos gêneros de
bactérias obtidos no presente trabalho é possível citar alguns
exemplos descritos na literatura como: Burkholderia
antagônica à Fusarium spp., patógeno de gramíneas
(LUVIZOTTO, 2008; BARRERA-GALICIA et al. 2021);
Bacillus spp. capaz de controlar através de antagonismo,
Ferreira et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 5, p. 454-459, 2021.
457
fungos fitopatogênicos de pós-colheita de frutos, incluindo
Fusarium oxysporum 120512 (ANGONESE et al. 2009);
Bacillus subitilis, controlando o crescimento de fungos
fitopatogênicos, dentre eles Fusarium moniliforme
(FIGUEIREDO et al. 2010); Bacillus sp. e Brevibacillus brevis
antagônicos a Fusarium oxysporum f. ciceris sp. (PÉREZ et al.,
2009); Paenibacillus macerans, reduzindo significativamente
patógenos em sementes de trigo, entre eles Fusarium
graminearum (CÓRIO DA LUZ, 2003). Adicionalmente,
Pseudomonas, Bacillus agaradhaerens, Escherichia coli e Streptomyces
também tem sido relatados na literatura como controladores
de Fusarium (MELO E VALARINI, 1995; SHIOMI et al.
2008; ROCHA; MOURA, 2013). para o gênero Pandoraea,
na literatura consultada, não se encontrou antagonismo ao
Fusarium spp.
Tabela 1. Identificação de bactérias antagônicas a Fusarium spp.
Table 1. Identification of bacteria antagonistic to Fusarium spp.
Tratamento Isolado Gênero Espécie (Blast –NCBI) %* Linhagem de Referência
1 F 25.2 Burkholderia B. cepacia 99 KJ634149.1
1 F 25.5 Paenibacillus P. peoriae 85 NR_117739.1
1 F 32.7 Brevibacillus B. brevis 89 JX490070.1
1 F 25.9 Uncultured bacterium - 84 KF841905.1
2 L 26.11 Streptomyces S. sporoverrucosus 97 KC508633.1
3P 2.1 Pseudomonas sp. 84 KJ729599.1
3P 11.12 Burkholderia B. cepacia 95 KJ634149.1
4 IPL 29.5 Burkholderia sp. 98 KJ672507.1
5 ILP 34.1 Brevibacillus B. brevis 98 KJ735916.1
5 ILP 34.11 Burkholderia B. cepacia 94 KJ634149.1
5 ILP 34.12 Bacillus sp. 85 KF228923.1
6 ILF 14.8 Paenibacillus P. polymyxa 98 EU741059.1
6 ILF 22.1 Bacillus B. subtilis 99 KJ736013.1
6 ILF 39.5 Uncultured bacterium - 77 KF088528.1
8 ILPF 7.10 Streptomyces S. abikoensis 98 KC954556.1
8 ILPF 16.9 Uncultured bacterium - 90 KF109649.1
8 ILPF 16.7 Bacillus B. subtilis 97 KJ736013.1
9 ILPF 38.9 Burkholderia sp. 99 KJ672506.1
10 ILPF 8.4 Burkholderia sp. 91 KC987404.1
10 ILPF 21.5 Streptomyces S. phaeopurpureus 90 KC466283.1
10 ILPF 37.7 Brevibacillus B.agri 84 FJ715821.1
pousio 41.3 Burkholderia B. cenocepacia 98 FJ232612.1
pousio 42.7 Burkholderia B. cepacia 99 JF927933.1
pousio 42.2 Burkholderia B. cepacia 96 FJ232612.1
mata 47.10 Bacillus B. subtilis 99 KJ736013.1
mata 46.12 Burkholderia sp. 98 GU479034.1
mata 47.1 Burkholderia sp. 93 AF247494.1
mata 45.5 Pandoraea P. thiooxydans 79 NR_116008.1
mata 46.7 Burkholderia sp. 99 GU479034.1
mata 45.6 Escherichia E.coli 92 JX267124.1
1-F: floresta; 2-L: lavoura; 3-P: pecuária; 4-IPL: integração pecuária-lavoura; 5-iLP: integração lavoura-pecuária; 6-iLF: integração lavoura-floresta; 8-ILPF:
lavoura e floresta por 2 anos e após pecuária e floresta por 2 anos; 9ILPF: pecuária e floresta por 2 anos e lavoura e floresta por 2 anos; 10-ILPF: integração
lavoura pecuária floresta. *Similaridade.
Bactérias do gênero Burkholderia apresentam capacidade
de fixação biológica de nitrogênio (OLIVEIRA, 2007), fato
também evidenciado para Pseudomonas (REZENDO, 2007);
Bacillus spp. e Burkholderia se apresentam como promotores
de crescimento em plantas (GUERREIRO, 2008;
MOREIRA, 2013; HWANG et al., 2021), o que
complementa a importância antagônica a fitopatógenos,
como demonstrado com este trabalho. A época da seca teve
mais bactérias antagonistas, e para ambos patógenos, os
tratamentos com maior intensificação do uso da terra como
8-ILPF apresentaram melhores resultados. O que demonstra
possível capacidade de encontrar um controlador biológico à
Fusarium spp. nestes sistemas integrados, que assim como a
mata mantém um ambiente mais equilibrado e com menores
variações e distúrbios no solo ao longo do ano. A conversão
de sistemas convencionais para sistemas de integração pode
influenciar positivamente nas propriedades física, química e
microbiológica do solo e no ciclo dos nutrientes devido ao
aumento da matéria orgânica do solo, contribuindo para
maior produtividade do sistema (RUSSELL et al., 2006).
Diferentes sistemas de manejo, sistema intensivo de
lavoura, pastagem permanente, pastagem com rotação de
culturas e pastagem recém estabelecidas influenciaram a
estrutura e atividade e funcionalidade das comunidades
microbianas do solo (PLASSART et al., 2008). Isso indica
que o uso de sistemas integrados de produção que envolvam
uma maior complexidade de espécies vegetais sendo
cultivadas e, maior intensificação sustentável do uso da terra,
podem manter um equilíbrio microbiano ao longo do ano de
forma que patógenos como Fusarium spp sejam controlados
naturalmente no solo. Os microrganismos presentes no solo
podem apresentar a capacidade de competir com o patógeno,
bem como, ter o crescimento mais efetivo que o patógeno
(PATIN et al., 2016).
Nas áreas de floresta nativa e sem interferência antrópica,
é natural encontrar maior diversidade funcional quando
Biodiversidade de bactérias antagônicas a fungos associados à sindrome da morte do capim-marandu
Nativa, Sinop, v. 9, n. 5, p. 454-459, 2021.
458
comparadas a áreas agrícolas, ainda que os microrganismos
se apresentem em menor abundância. Essas áreas são
consideradas sustentáveis pela capacidade de resiliência dos
microrganismos ali presentes independente dos fatores
abióticos e bióticos (TORSVIK; ØVREÅS, 2002).
Corroborando com essa realidade, a porcentagem de isolados
com capacidade controlar Fusarium spp encontrados na Mata
nativa foi estável e constante independente da estação do
ano. Nesse sentido, os resultados obtidos nesse estudo
sugerem que o uso de sistemas integrados de produção, com
cultivos de múltiplas espécies num mesmo local, podem ser
uma estratégia para aumentar naturalmente o número de
bactérias antagônicas aos fungos do gênero Fusarium spp.
associados a morte do capim-marandu (Brachiaria brizantha).
Esse estímulo pode manter as populações desses patógenos
em uma quantidade suprimida sendo uma forma de evitar
ocorrência de doenças e a síndrome da morte do capim-
marandu. Além desse estímulo natural os sistemas integrados
de produção se mostraram um ótimo hot spot” para
prospecção de bactérias antagônicas para estudos em novos
biosinsumos para uso agropecuário no bioma Amazônia.
5. CONCLUSÕES
Em todos os modelos de produção agrícola, na mata
nativa e na área de pousio foi possível encontrar e identificar
isolados bacterianos antagônicos a fungos do gênero
Fusarium spp. associados a morte do capim-marandu
(Brachiaria brizantha). Indicando que populações
naturalmente ocorrendo no solo e que as práticas culturais e
de manejo podem favorecer naturalmente a manutenção das
mesmas; O maior número de bactérias antagônicas a fungos
do gênero Fusarium spp. está fortemente ligado com a estação
seca do ano e, em menor intensidade com os sistemas de
produção. O gênero bacteriano mais encontrado nas
amostras analisadas foi Burkholderia, seguido por Bacillus,
Brevibacillus e Streptomyces.
6. AGRADECIMENTOS
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), pela bolsa fornecida e pelo apoio
financeiro no projeto número 476013/2012-7. A Embrapa
Agrossilvipastoril pelo apoio financeiro e de estrutura física.
7. REFERÊNCIAS
ABIEC_Associação Brasileira das Indústrais Exportadoras
de Carne. Perfil da Pecuária no Brasil 2019. Brasília:
ABIEC, 2019. 49p. Disponível em:
http://abiec.com.br/publicacoes/beef-report-2019/
ALTSCHUL, S. F.; GISH, W.; MILLER, W.; MYERS, E. W.;
LIPMAN, D. J. Basic local alignment search tool. Journal
of Molecular Biology, London, v. 215, p. 403-410, 1990.
ANDRADE, C. M.; VALENTIM, J. F. Síndrome da morte
do capim-brizantão no Acre: características, causas
e soluções tecnológicas. Rio Branco: Embrapa Acre,
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