Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 430-437, 2021.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v9i4.12428 ISSN: 2318-7670
Estudo descritivo de acidentes de trabalho envolvendo trabalhadores florestais
no Estado de Minas Gerais
Hugo Ferney Martínez PATIÑO1, Ângelo Márcio Pinto LEITE1, Marcio Leles Romarco OLIVEIRA1,
Stanley SCHETTINO2, Mariana Roberta Lopes SIMÕES1
1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG, Brasil.
2Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros, MG, Brasil.
*E-mail: schettino@ufmg.br
(ORCID: 0000-0001-8746-303X; 0000-0002-5516-0613; 0000-0002-8097-1135; 0000-0001-8085-1910; 0000-0003-0543-6906)
Recebido em 21/05/2021; Aceito em 20/09/2021; Publicado em 24/09/2021.
RESUMO: As atividades florestais o reconhecidas por expor os trabalhadores à agentes de risco, gerando
incapacidades que dificultam o acesso e continuidade de atuação no mercado de trabalho. Nesse sentido,
estudou-se com esta pesquisa os diferentes parâmetros registrados no banco de dados do Ministério da
Previdência Social referentes às Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs), com ênfase no setor
florestal de Minas Gerais no período entre 2011 e 2017. Objetivou-se avaliar os dados de acidentes de trabalho
com o intuito de gerar conhecimento referente aos agentes causadores, como os danos na saúde dos
trabalhadores e suas repercussões. Verificou-se que os principais agentes causadores de acidentes foram:
manuseio de madeira, condições do terreno, ferramentas com ou sem força motriz e veículos. As lesões foram
responsáveis por 93,9% dos registros, dos quais 49,5% ocasionaram fraturas, comprometendo principalmente
os membros inferiores e superiores dos trabalhadores. Portanto, as atividades florestais expõem os
trabalhadores a riscos que geram como consequência acidentes, resultando muitas vezes em incapacidades no
desenvolvimento das atividades laborais requeridas, e assim, dificultando o acesso ao mercado de trabalho.
Palavras-chave: segurança no trabalho; trabalho florestal; saúde do trabalhador florestal.
Descriptive study of work accidents involving forest workers
at Minas Gerais State
ABSTRACT: Forestry activities are recognized for exposing workers to risk agents, generating disabilities that
hinder the access and continuity of work of the people affected in the labor market. In this sense, it was studied
with this research the different parameters registered in the database of the Ministry of Social Security referring
to the Communication of Accidents at Work - CATs, with emphasis on the forestry sector of Minas Gerais, at
the period between 2011 and 2017. The objective was to evaluate the data on accidents at work in order to
generate knowledge regarding the causative agents, as the damage to workers' health and their repercussions. It
was found that the main causative agents of accidents were: handling of wood, conditions of the ground, tools
with or without driving force and vehicles. The injuries were responsible for 93.9% of the records, of which
49.5% caused fractures, mainly affecting the workers' lower and upper limbs. Therefore, forestry activities
expose workers to risks that result in accidents, often resulting in disabilities in the development of the required
work activities and, thus or hindering their access to the labor market.
Keywords: work safety; forestry work; forest workers' health.
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, o setor florestal apresentou uma área total
plantada com cerca de 8 milhões de hectares, ocupada
principalmente com eucalipto e pinus. Este segmento gerou
uma arrecadação tributária de R$ 71,1 bilhões, empregando
510 mil pessoas diretamente e 3,19 milhões indiretamente.
Estima-se que o setor brasileiro de árvores plantadas tenha
gerado R$ 10 bilhões de renda aos trabalhadores anualmente,
onde desse total, aproximadamente R$ 9 bilhões foram
destinados ao consumo das famílias e o restante à poupança
nacional (Industria Brasileira de Árvores – IBÁ, 2021).
As plantações de eucalipto e pinus cobrem uma extensão
de 5,7 milhões e 1,6 milhões de hectares respectivamente.
Sendo Minas Gerais o maior produtor de florestas plantadas
de eucalipto do país com 24% do total, seguido de São Paulo
com 17% e Mato Grosso do Sul com 15%. No caso do pinus
as plantações estão localizadas principalmente na região sul,
nos estados do Paraná e Santa Catarina (IBÁ, 2021).
De maneira geral, o setor apresenta diversos estágios de
desenvolvimento e níveis tecnológicos. O que torna bastante
complexo o estudo e entendimento das diferentes relações e
fatores correlacionados com as atividades florestais, as quais
envolvem invariavelmente a interação homem, máquina,
ambiente e organização do trabalho.
Existem uma série de doenças e riscos profissionais
ligadas aos trabalhadores da indústria florestal, devido à
interação com agentes físicos como calor e frio, muitas vezes
em virtude das condições climáticas extremas. As vibrações
são outro fator que podem ocasionar grande variedades de
desconfortos, tais como: dor lombar, degeneração dos
sistemas vascular, neurológico, ósseo-articular e muscular
Patiño et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 430-437, 2021.
431
como é o caso da doença dos dedos brancos (SUCHOMEL
et al., 2011). os agentes mecânicos, como ferramentas
manuais e máquinas, são com frequência causadores de
cortes, fraturas e amputações. Outros problemas comuns são
o desenvolvimento de doenças osteomusculares,
principalmente devido à adoção de posturas forçadas,
movimentos repetitivos e manuseio de cargas pesadas.
Devido ao anteriormente exposto, é de supor que o setor
florestal requer alta demanda de esforço, tanto das atividades
manuais, quanto das semimecanizadas e mecanizadas. Essas
atividades podem causar sobrecargas aos trabalhadores
devido as altas exigências de força, fator que promove a
fadiga física e mental, além da redução na concentração,
diminuição nos rendimentos, indução aos erros, etc. Tudo
isso se traduz em um maior risco de acidentes de trabalho, e
ao longo prazo, o desenvolvimento de doenças associadas ao
trabalho.
Os acidentes de trabalho devem ser entendidos como um
indicador dos elementos no ambiente de trabalho que têm
manifestações deficientes ou negativas, não sendo, portanto,
acontecimentos isolados que ocorrem por acaso. Assim, seu
estudo minucioso poderá reconhecer que os acidentes de
trabalho e as doenças profissionais são “fenômenos
socialmente determinados, relacionados aos fatores de risco
presentes no sistema de produção”. E que estes, por sua vez,
são resultado de erros na engenharia de projetos e, ou, na má
gestão e desacato às normas estabelecidas, não tomando em
consideração o acaso como elemento influenciador
(Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, 2010).
Assim, os acidentes de trabalho são resultado da
intensidade e do tempo de exposição a situações de risco,
podendo resultar em lesões o fatais ou fatais. As doenças
profissionais são contraídas em consequência da exposição
aos fatores de risco provenientes de uma atividade
desenvolvida, diferindo dos acidentes de trabalho por
estarem relacionados a eventos acumulativos.
Embora a palavra “acidente” sugira que os mesmos são
produto do acaso, a maioria dos eventos adversos é previsível
e pode ser prevenido. Portanto, corrobora-se a importância
do estudo minucioso dessas ocorrências, uma vez que os
acidentes de trabalho e as doenças profissionais são causados
por atos inseguros, condições inseguras ou os dois fatores em
conjunto, além do fator pessoal de insegurança (Associação
Brasileira de Normas Técnicas ABNT, 2001; CANTO et
al., 2007).
Os atos inseguros são as atitudes (ação, omissão,
imperícia, imprudência ou negligência) do trabalhador que
contrariam as normas de segurança. Por sua vez, as condições
inseguras referem-se aquelas do meio ambiente de trabalho
capazes de oferecer riscos aos trabalhadores. Os acidentes
geralmente resultam das interações inadequadas entre o
homem, a tarefa e o seu ambiente (IIDA; GUIMARÃES,
2016).
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego
MTE (2010), o objetivo da prevenção é saber o que acontece
no ambiente, e a probabilidade de eventos adversos
ocorrerem num sistema produtivo qualquer. Esse
conhecimento, junto com as análises dos eventos
apresentados, visa gerar políticas, programas e projetos nos
quais o objetivo principal é proteger as pessoas e os bens da
organização e dessa forma, ampliando as possibilidades de
prevenção.
A identificação dos fatores de risco permite a adoção de
medidas de controle para eliminá-los e, ou reduzi-los, se a
alternativa anterior não for possível. Mas, “a ocorrência de
um evento adverso indica que as medidas de controle de risco
foram inadequadas ou insuficientes” (MTE, 2010).
Ocasionando perdas para os trabalhadores acidentados e suas
famílias, perdas para a empresa que terão custos ocultos
como absentismo, perdas de tempo e perdas de produção, e
também afetando de forma negativa a sociedade.
Segundo a Agência Europeia de Segurança e Saúde no
Trabalho EU-OSHA (2008), o trabalho florestal é
considerado de alto risco por apresentar altas taxas de
fatalidades e de ferimentos, em comparação com outros
setores econômicos. As causas mais comuns de acidentes
fatais são: queda de árvores, acidentes com veículos e
acidentes com as máquinas e equipamentos. Enquanto
acidentes não fatais são comuns pela queda de galhos das
árvores, escorregamentos causados pelas condições do
terreno, e também por acidentes com os equipamentos.
Neste contexto, este trabalho objetivou avaliar as
informações associadas aos acidentes dos trabalhadores
florestais registrados nas Comunicações de Acidente de
Trabalho (CAT) do Estado de Minas Gerais, no período de
2011 a 2017, com o intuito de gerar conhecimento referente
aos agentes causadores, repercussões e danos na saúde dos
trabalhadores de atividades florestais.
2. MATERIAL E MÉTODOS
Para o levantamento dos dados foram consultadas as
informações contidas no banco de dados da Diretoria de
Saúde do Trabalho do Instituto Nacional do Seguro Social -
DIRSAT/INSS. O delineamento da pesquisa foi do tipo
documental como definido por Gil (2008), sendo esta
desenvolvida a partir de materiais/dados que não receberam
ainda um tratamento analítico ou, então, que pudessem ser
reestruturados para atender aos objetivos da pesquisa.
2.1. Análise de dados
Para a análise dos dados de interesse, utilizou-se as
informações dos CAT, segundo a Classificação Nacional de
Atividades Econômicas CNAE. Onde abrangeu-se o
período de 01/01/2011 até 31/12/2017 para o Estado de
Minas Gerais. As variáveis coletadas corresponderam a:
CNAE, Sexo, Data do Acidente, Idade do Acidentado,
Estado Civil do Segurado, Classificação Brasileira de
Ocupações CBO, Valor de Remuneração do Segurado,
Classificação Internacional de Doenças CID-10, Tipo do
Acidente, Agente Causador do Acidente, Parte do Corpo
Atingida, Natureza da Lesão, Situação Geradora do Acidente,
Indicação de Óbito e Município do Segurado.
Para a análise dos dados, foi utilizada a estatística
descritiva por intermédio de métodos gráficos e tabelas.
Utilizando o software R (versão 3.3.3) como principal
ferramenta de apresentação dos resultados.
2.2. Classificação Nacional de Atividades Econômicas
(CNAE)
A CNAE é um código oficialmente adotado pelo Sistema
Estatístico Nacional, cujo principal objetivo é a classificação
padronizada das atividades econômicas exercidas por
empresas, para a disseminação de informações e divulgação
de estatísticas de cunho econômicas e socioeconômicas
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 2007).
Nesta pesquisa, para o levantamento dos CAT foram
solicitados os códigos referentes às atividades da Seção A
Estudo descritivo de acidentes de trabalho envolvendo trabalhadores florestais no estado de Minas Gerais
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 430-437, 2021.
432
(Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e
Aquicultura):
0210-1 - Produção Florestal – Florestas Plantadas;
0220-9 - Produção Florestal – Florestas Nativas;
0230-6 - Atividade de Apoio à Produção Florestal.
2.3. Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)
A CBO é a codificação das ocupações do mercado de
trabalho brasileiro, sendo uma ferramenta amplamente
utilizada na geração de “estatísticas de emprego-desemprego,
para o estudo das taxas de natalidade e mortalidade das
ocupações, para o planejamento das reconversões e
requalificações ocupacionais, na elaboração de currículos, no
planejamento da educação profissional, no rastreamento de
vagas e nos serviços de intermediação de mão de obra”
(MTE, 2002).
Foram selecionadas as classificações vinculadas
diretamente às atividades de produção florestal, excluindo os
valores nulos, desconhecidos, de atividades administrativas,
serviços gerais, comerciais, que estivessem registradas nos
CAT.
2.4. Classificação Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde (CID-10)
A CID-10 é um sistema de classificação epidemiológico
para o registro, análise, interpretação e comparação de dados
referentes à morbidade e mortalidade. Apresenta uma
respectiva codificação e descrição básica, que serve para fins
de avaliação entre diferentes áreas e tempos (Organização
Mundial da Saúde - OMS, 2016).
As informações relativas aos agravos e, ou doenças
contidas nos CAT são apresentadas nesses códigos. Nesta
pesquisa, estes códigos foram agrupados em capítulos,
conforme à classificação da OMS.
2.5. Valor da remuneração
Os valores de remuneração do segurado foram
classificados pelo limite inferior ao valor do salário mínimo
no ano do acidente. E também de acordo com o valor do
salário mínimo vigente do ano de registro do CAT, nas
seguintes categorias: < 1 salário mínimo (SM); ≥ 1 SM e < 2
SM; ≥ 2 SM e < 3 SM; ≥ 3 SM e < 4 SM; ≥ 4 SM e < 5 SM;
≥ 5 SM e < 6 SM; e ≥ 6 SM.
3. RESULTADOS
3.1. Acidentes por CNAE
A Produção Florestal de Florestas Plantadas apresentou
o maior percentual de CATs registrados, com 59,37% (434
registros). Seguido da Atividade de Apoio à Produção
Florestal com 36,66% (268 registros) e da Produção Florestal
de Florestas Nativas, com uma representação do 3,97% (29
registros).
3.2. Acidentes por CBO
Segundo o tipo de ocupação, o maior percentual foi
encontrado para aquelas que procedem de ocupações
florestais, sendo 44,7% (329). em 29,1% dos registros (214)
não foi informado a origem, e em 26,2% (193) foram
decorrentes de acidentes em ambientes e ocupações
diferentes das desenvolvidas nas atividades florestais.
Quando excluídos os registros sem informação,
constatou-se que das 522 comunicações, 63% (329 registros)
são oriundos de atividades florestais. Deste total, 36,8% dos
acidentes aconteceram com trabalhadores de extração
florestal. Seguido de operadores de motosserra com 21,3%,
ajudantes de carvoaria com 10,6%, operadores de trator
florestal com 6,4%, tratorista agrícola com 6,1%, e 18,8%
correspondente a outras ocupações (Figura 1).
Figura 1. Distribuição dos acidentes de trabalho de acordo com a CBO das atividades florestais no Estado de Minas Gerais, no período de
Figure 1. Distribution of accidents at work in accordance with the CBO of forestry activities in the state of Minas Gerais, in the period from
Patiño et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 430-437, 2021.
433
3.3. Perfil dos acidentados
O trabalho florestal é predominante dominado por mão
de obra masculina, motivo pelo qual 94,5% dos acidentes
registrados ocorreram em trabalhadores deste gênero.
Quanto ao estado civil dos acidentados, 45% eram casados,
44,1% solteiros, 6,7% não identificado, 3,3% divorciados,
0,6% viúvos e 0,3% separados judicialmente.
Quanto a estrutura etária dos acidentados, para a
população masculina a maior concentração está na faixa de
41-45 anos com 54 registros (17,4%), seguido de 36-40 anos
com 50 registros (16,1%) e, da faixa etária de 31-35 anos com
48 registros (15,4%). para a população feminina, as faixas
de 36-40 anos, 41-45 anos e 46-50 anos, apresentaram a
mesma frequência de 4 registros (22,2%).
No tocante a questão salarial, 90% dos trabalhadores
acidentados durante o período de estudo ganhavam entre um
e menos de dois salários mínimos vigentes. 4,3%
ganhavam menos de um salário mínimo, 3,3% entre dois e
menos de três salários mínimos, e 2,4% mais de três salários
mínimos.
3.4. Características dos acidentes
Verificou-se que os acidentes foram reportados
principalmente entre os dias de segunda e quarta-feira, valor
que corresponde a 59,6%. Desse total, a segunda-feira é o dia
com maior percentual (21,6%), seguido de terça-feira
(18,5%), quarta-feira (19,5%), quinta-feira (17,0%), sexta-
feira (15,2%), sábado (5,2%) e no domingo (3,0%) dos
registros.
Referente ao tipo de acidente, o maior percentual de
registro de CAT apresenta que 87,8% está relacionado a
eventos adversos do tipo típico, 11,2% devido ao trajeto e
1% a doenças.
3.5. Parte do corpo atingida
As lesões nos trabalhadores florestais ocorrem,
sobretudo, nos membros superiores (42,6% dos registros) e
inferiores (42,6% das ocorrências), correspondendo a 85,2%
dos casos (Figura 2).
Figura 2. Partes do corpo dos trabalhadores florestais acometida de
acidentes no Estado de Minas Gerais, no período de 2011 a 2017.
Figure 2. Body parts of forestry workers involved in accidents in
the state of Minas Gerais, in the period from 2011 to 2017.
Quanto aos membros superiores, as lesões e ferimentos
dos dedos representaram 52,1%. Seguido de 12,9% para
lesões na mão, sem levar em consideração lesões no punho e
nos dedos, e 7,9 % para o ombro.
Em relação aos membros inferiores, o pé (sem considerar
os artelhos) foi a parte mais afetada, sendo 35,7%. Seguido
por 17,9% da perna, considerada entre o tornozelo e a pélvis,
e 15% da articulação do tornozelo.
As lesões nos olhos e em partes múltiplas da face foram
as mais frequentes quando a cabeça foi impactada, cada uma
com 24% de ocorrência.
Quanto ao tronco, a área mais afetada foi o dorso,
inclusive músculos dorsais, coluna e medula espinhal,
correspondendo a 43,8%. Seguido de 25% do abdômen,
inclusive órgãos internos.
3.6. Tipos de lesões
As doenças e problemas relacionados à saúde, produto
dos acidentes de trabalho nas atividades florestais,
produziram, em 93,9% dos casos, lesões nas diferentes partes
do corpo dos trabalhadores. Em segundo lugar doenças do
sistema osteomuscular e tecidos conjuntivo, com 4,6%. o
terceiro lugar com 0,6%, correspondeu a doenças do ouvido.
Do total de lesões verificado no período, 49,5% dos casos
foram fraturas, 17,3% feridas abertas, 9,7% contusões e
esmagamentos com superfície cutânea intacta, 7,0%
distensões e torções e, outros tipos de lesões (16,5%) (Figura
3).
3.7. Agente e situação geradora do acidente
O perfil dos acidentes é decorrente das características do
setor florestal, situações onde se apresentam a queda de toras
de madeiras, ambientes de trabalho em condições
desfavoráveis, contato com elementos e ferramentas
cortantes, somado a acontecimentos envolvendo veículos em
movimento são frequentes, gerando um alto grau de
traumatismo nos trabalhadores.
Verificou-se que as situações de impactos dos
trabalhadores contra objetos que caem as mais frequentes
(12,2%), seguido de objetos projetados (10,6%) e, objetos em
movimento (10,0%). Os principais agentes foram a madeira
(tora, madeira serrada, pranchão, poste, barrote, ripa e
produto de madeira), seguido de ambientes de trabalho em
condições desfavoráveis, contato com elementos e
ferramentas cortantes, somado a acontecimentos envolvendo
veículos em movimento (Figuras 4 e 5).
3.8. Acidentes por municípios
Dentre os municípios existentes no Estado de Minas
Gerais, o de Curvelo foi o que apresentou o maior número
de registros de acidentes no período analisado, com 28 CAT.
Seguido pelos municípios de João Pinheiro com 24 CAT e
Morada Nova de Minas com 21 CAT.
4. DISCUSSÃO
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2016), o Estado de Minas Gerais apresenta uma baixa
representatividade na extração de produtos madeireiros e não
madeireiros de florestas nativas, em comparação às demais
regiões do país. Por sua vez, na produção de florestas
plantadas, o Estado apresenta um panorama muito diferente,
se destacando na produção de papel e celulose. Também se
apresenta no país como o maior produtor de carvão vegetal
e madeira para outras finalidades. Sendo assim, era
esperado que a baixa incidência de acidentes de trabalhos na
produção de florestas nativas fosse resultado da pouca
participação desse tipo de atividade na economia Estadual,
Estudo descritivo de acidentes de trabalho envolvendo trabalhadores florestais no estado de Minas Gerais
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 430-437, 2021.
434
em contrapartida da produção de florestas plantadas e das
atividades de apoio à produção florestal.
Como a CNAE permite o agrupamento de unidades
produtivas segundo a atividade econômica principal exercida
por pessoa jurídica (empresa). Isto significa que atividades
não relacionadas diretamente ao trabalho florestal são
registradas como pertencentes a esta categoria. Gerando
registros de acidentes advindos de ambientes e ocupações
diferentes das desenvolvidas no setor florestal, tais como
ocupações comerciais, gerenciais, de transporte, serviços
gerais, dentre outras.
Destaca-se também que em um elevado número de
registros, a ocupação do trabalhador não foi informada.
Provavelmente, essa situação ocorre devido à subnotificação
dos acidentes de trabalho, no qual o trabalhador desconhece
a necessidade e importância de reportar qualquer incidente
ou acidente de trabalho quando da sua ocorrência. Isso
decorre, pôr o mesmo considerá-lo trivial ou até mesmo pela
repreensão ao preenchimento da CAT por parte das
empresas. Esses fatores tendem a gerar registros incompletos
ou sem informação referente ao evento adverso ocorrido
(BRASILEIRO et al., 2014; NASRALA NETO et al., 2014).
Os resultados encontrados nesta pesquisa, em
concordância com Bahia et al. (2010), demonstraram que as
faixas etárias mais jovens (< 25 anos de idade) e mais velhas
(> 46 anos de idade) apresentaram os menores índices de
acidentes, com os maiores números tendo ocorrido nas faixas
etárias de 26 a 35 anos, seguido da faixa de 36 a 45 anos.
Figura 3. Natureza da lesão de acidentes nos trabalhadores florestais no Estado de Minas Gerais, no período de 2011 a 2017.
Figure 3. Type of injury accidents of forestry workers in the state of Minas Gerais, in the period from 2011 to 2017.
Figura 4. Agente causador dos acidentes nos trabalhadores florestais no Estado de Minas Gerais, no período de 2011 a 2017.
Figure 4. Causative agent of accidents of forestry workers in the state of Minas Gerais, in the period from 2011 to 2017. Source:
Patiño et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 430-437, 2021.
435
Figura 5. Situação geradora dos acidentes nos trabalhadores florestais no Estado de Minas Gerais, no período de 2011 a 2017.
Figure 5. Generating situation of accidents of forestry workers in the state of Minas Gerais, in the period from 2011 to 2017.
Para Blanch et al. (2009) e o Instituto Nacional do Seguro
Social INSS (2011), altos índices de acidentes neste grupo
da população trabalhadora estão relacionados às atividades
fisicamente mais pesadas, perigosas ou insalubres,
desempenhadas por estes trabalhadores. Outros fatores estão
ligados à falta de experiência e ao desconhecimento das
normas de segurança, quando comparados aos trabalhadores
mais velhos. Em geral, o perfil dos trabalhadores florestais
no Estado de Minas Gerais é caracterizado por apresentar
mão de obra jovem, com idade média em torno dos 30 anos
(LEITE et al., 2012; SIMÕES; ROCHA, 2014;
SCHETTINO et al., 2020).
Em outra vertente, tais estudos apontaram que entre 50 e
80% do total desses trabalhadores, declarou seu estado civil
na categoria de casado. Conforme a Organização
Internacional do Trabalho OIT (2005), o setor florestal é
caracterizado pela baixa remuneração de seus trabalhadores,
tratando-se muitas vezes de um trabalho estacional. Sendo
uma vinculação empregatícia não muito clara e com pouca
proteção social por parte do Estado, que tem uma ação
enfraquecida ou é ausente no sentido de garantir os direitos
trabalhistas. Nesse sentido, as famílias dos trabalhadores do
setor florestal enfrentam um cenário de dificuldades. Uma
vez que a diminuição da capacidade de trabalho ou perda
total desta, decorrente de acidentes. Pode gerar a perda
parcial ou total dos ganhos financeiros, comprometendo o
pagamento por serviços de saúde.
A grande frequência de acidentes de trajeto para
trabalhadores florestais pode ser explicada pelo fato destes
requererem se movimentar por longas distâncias.
Deslocando-se da residência até os locais de trabalho, muitas
vezes por estradas de difícil acesso, sob condições climáticas
desfavoráveis. Nessas circunstâncias, o trabalhador investe
tempo e energia no trajeto, muitas vezes sem horas de sono
suficientes para um correto descanso, devido à necessidade
de acordar de madrugada para chegar ao local de trabalho.
Com isso, se coloca em risco de sofrer acidentes em locais
sem facilidades de comunicação, atendimento e pronto
socorro (SILVA et al., 2010).
Por outro lado, embora fosse esperado que os acidentes
de trabalho reportados apresentassem uma distribuição
aleatória em todos os dias da semana. Verificou-se uma
concentração das ocorrências nos primeiros dias da semana,
confirmando as estatísticas nacionais. Carvalho et al. (2020),
ao analisarem todas as ocorrências de acidentes de trabalho
no Brasil em um período de sete anos, obtiveram resultados
similares aos encontrados neste estudo. Verificando que a
maior frequência dos acidentes se concentrava
principalmente entre as segundas e quartas-feiras.
A grande frequência de acidentes de trajeto para
trabalhadores florestais pode ser explicada pelo fato destes
requererem se movimentar por longas distâncias.
Deslocando-se da residência até os locais de trabalho, muitas
vezes por estradas de difícil acesso, sob condições climáticas
desfavoráveis. Nessas circunstâncias, o trabalhador investe
tempo e energia no trajeto, muitas vezes sem horas de sono
suficientes para um correto descanso, devido à necessidade
de acordar de madrugada para chegar ao local de trabalho.
Com isso, se coloca em risco de sofrer acidentes em locais
sem facilidades de comunicação, atendimento e pronto
socorro (SILVA et al., 2010).
Por outro lado, embora fosse esperado que os acidentes
de trabalho reportados apresentassem uma distribuição
aleatória em todos os dias da semana. Verificou-se uma
concentração das ocorrências nos primeiros dias da semana,
confirmando as estatísticas nacionais. Carvalho et al. (2020),
ao analisarem todas as ocorrências de acidentes de trabalho
no Brasil em um período de sete anos, obtiveram resultados
similares aos encontrados neste estudo. Verificando que a
maior frequência dos acidentes se concentrava
principalmente entre as segundas e quartas-feiras.
Como observado, os trabalhadores de extração florestal e
os operadores de motosserra apresentam as maiores
frequências de ocorrências de acidentes. Isto se explica por
estarem em constante contato com os fatores de risco, tais
como máquinas e ferramentas com ou sem força motriz.
Realizando atividades manuais e semimecanizadas no abate
de árvores e manuseio de toras em condições de terreno nem
Impacto sofrido por pessoa, de objeto que cai
Impacto sofrido por pessoa, de objeto projetado
Impacto de pessoa, contra objeto em movimento
Aprisionamento, em, sob ou entre, Nic
Impacto sofrido por pessoa, Nic
Aprisionamento em, sobre ou entre um
objeto parado e outro em movimento
Impacto de pessoa contra objeto parado
Queda de pessoa com
diferença devel de veículo
Queda de pessoa em mesmo nível em
passagem ou superfície de sustentação
Aprisioamento em, sobre ou entre
dois ou mais objetos em movimento
Atrito ou abrasão, Nic
Queda de pessoa em mesmo nível, Nic
Reação do corpo a movimento involuntario
Outros
% dos acidentes
0 5 10 13 20
12.2%
10.6%
10.0%
9.4%
7.9%
6.4%
5.2%
4.6%
4.0%
3.0%
2.4%
2.4%
2.4%
19,5%
Estudo descritivo de acidentes de trabalho envolvendo trabalhadores florestais no estado de Minas Gerais
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 430-437, 2021.
436
sempre favoráveis. Ainda, soma-se ao fato dessas atividades
requererem grande esforço físico e adoção de posturas
inadequadas, além da manipulação de ferramentas e
máquinas pesadas (BAHIA et al., 2010). Esses elementos
acabam deixando os trabalhadores expostos a fatores
ambientais, tais como: vibração, ruído, gases de combustão e
intempéries, e aos ademais do risco de desenvolvimento de
distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho
(SCHETTINO et al., 2021). Segundo Lopes et al. (2003), no
que tange aos trabalhadores florestais, são recorrentes as
queixas associadas a problemas de lombalgia, em
consequência das atividades desempenhadas.
Por sua vez, as partes do corpo mais acometidas foram
os membros superiores e inferiores, também em consonância
com as estatísticas nacionais (BAHIA et al., 2010;
CARVALHO et al., 2020). Embora nos últimos anos o setor
florestal brasileiro venha passando por um processo de
mecanização de suas atividades. Ainda existe, uma alta
proporção de processos e atividades realizadas de forma
manual e semimecanizada. Essas são na maioria das vezes,
com a utilização de ferramentas e máquinas manuais mal
desenvolvidas e consequentemente inadequadas (motosserra,
machado, facão e foice), e também por mão de obra pouco
qualificada (SCHETTINO et al., 2017). Esses fatores
somados, não exclusivamente, tornam as extremidades do
corpo (membros superiores e inferiores) mais susceptíveis de
serem atingidos no caso de um evento adverso durante o
desenvolvimento das atividades programadas.
Devido à grande proporção de ferimentos e agravos aos
trabalhadores envolvidos nas atividades florestais, que estas
são consideradas de alto risco. Sendo as empresas florestais
consideradas pela classificação nacional de atividades
econômicas (CNAE) do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) como grau de risco 4, o mais elevado previsto nessa
classificação.
As consequências desses acidentes, em sua maioria,
classificam-se como moderados até graves de acordo com o
MTE (2010). Principalmente pelo fato dos trabalhadores
acidentados requererem afastamento por longos períodos,
além de serem submetidos regularmente a intervenções
cirúrgicas e procedimentos pós-operatórios. Em virtude das
fraturas, decorrentes dos acidentes de trabalho registrados.
Em resultados obtidos por Lopes et al. (2003), 43,3% dos
acidentes geraram afastamentos maiores que 15 dias, e 26,7%
entre 5 a 15 dias. Ressalta-se que os acidentes sofridos podem
levar também a perda parcial ou permanente de alguma
função orgânica do trabalhador. Contribuindo para a
diminuição de sua capacidade laboral ou, amesmo, a sua
incapacitação permanente (SCHETTINO et al., 2021).
A mesorregião Central de Minas Gerais apresentou maior
frequência de reportes de acidentes de trabalho, devido
concentrar um grande número de empreendimentos
florestais e, consequentemente, de trabalhadores nesse setor.
O município de Curvelo, situado nessa mesorregião, se
destacou ocupando o terceiro lugar em nível nacional e,
primeiro no Estado de Minas Gerais em registros de
acidentes de trabalho no setor florestal. Estudos mais
aprofundados podem indicar o impacto na saúde dos
indivíduos e na saúde pública nesses municípios.
5. CONCLUSÃO
Os acidentes de trabalho analisados comprometeram
principalmente os membros inferiores e superiores dos
trabalhadores, com destaque para a cabeça.
As lesões correspondem a quase totalidade dos
acometimentos segundo o CID-10, seguido do
desenvolvimento de doenças osteomusculares. Fraturas e
amputações apresentam elevada ocorrência, gerando
regularmente afastamentos permanentes e por longos
períodos.
O principal agente causador de acidentes é a madeira
explorada, seguido das condições do terreno, ferramentas
manuais sem força motriz (exemplo, machado, facão, etc.) e
veículo.
A principal situação geradora de acidente é o impacto
sofrido pelo trabalhador seja de objetos que caem ou com
objetos projetados e, contra objetos em movimento.
Portanto, o setor florestal expõe os trabalhadores a riscos,
cujo resultado origina incapacidades para desempenhar as
atividades nele requeridas, complicando e afastando as
possibilidades de acesso ao mercado laboral por esses
trabalhadores, agravado ainda, por se tratar de uma
população considerada vulnerável.
6. AGRADECIMENTOS
Ao Programa Estudantes-Convênio de Pós-Graduação -
PEC-PG, da CAPES/CNPq - Brasil, pela concessão da bolsa
de mestrado que possibilitou o desenvolvimento desse
trabalho.
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