Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 393-400, 2021.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v9i4.12366 ISSN: 2318-7670
Eficiência de combate aos incêndios florestais em Unidades de
Conservação brasileiras
Antonio Henrique Cordeiro RAMALHO1, Nilton Cesar FIEDLER1, Rayane Aparecida Silva MENEZES1,
Leonardo Duarte BIAZATTI1, Flávio Cipriano de Assis do CARMO2, Elaine Cristina Gomes da SILVA3
1Departamento de Ciências Florestais e da Madeira, Universidade Federal do Espírito Santo, Jerônimo Monteiro, ES, Brasil.
2Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB, Brasil.
3Departamento de Zootecnia, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES, Brasil.
*E-mail: henriqueramalho14@gmail.com
(ORCID: 0000-0002-0037-5422; 0000-0002-4376-3660; 0000-0001-8646-2430;
0000-0002-9345-8592; 0000-0001-9956-5295; 0000-0003-4214-2042)
Recebido em 10/05/2021; Aceito em 23/08/2021; Publicado em 20/09/2021.
RESUMO: A precariedade dos planos de combate aos incêndios florestais, torna o fogo a principal ameaça às
Unidades de Conservação. Os Registros de Ocorrência de Incêndios (ROIs) são estratégias para aumentar a
eficiência no enfrentamento aos incêndios. Assim, com a presente pesquisa objetivou-se analisar a eficiência de
combate aos incêndios florestais em Unidades de Conservação brasileiras. Foram utilizados os ROIs do Sistema
Nacional de Informações sobre Fogo referentes ao intervalo de 2010 a 2020. Foram avaliados o número de
ROIs completos e incompletos, tipos de detecção, quantidade de área queimada, tempo de detecção, de ataque
e de combate. Os resultados evidenciaram que apenas 52,33% dos ROIs estavam completos e que 2019 foi o
ano com mais ROIs completos. Os pontos de observação e a ronda foram os principais métodos de detecção.
As unidades de conservação brasileiras sofreram com a destruição de 31.918.617,41 hectares no período
analisado, que significa índice de severidade extremo. Conclui-se que as unidades de conservação brasileiras
apresentam baixa eficiência de combate aos incêndios florestais, principalmente de ataque inicial e combate,
sendo necessário melhorar a eficiência da detecção e combate, infraestrutura, realizar treinamentos e
conscientização sobre a importância dos ROIs.
Palavras-chave: proteção florestal; registro de ocorrência de incêndios; áreas protegidas.
Firefighting efficiency in Brazilian Protected Areas
ABSTRACT: The precariousness of plans to combat forest fires, makes fire the main threat to Protected areas.
Fire Occurrence Records (ROIs) are strategies to increase efficiency in fighting fires. Thus, we aimed analyze
the efficiency of fighting forest fires in Brazilian Protected Areas. ROIs by National Fire Information System
for the period 2010 to 2020 were used. The number of complete and incomplete ROIs, types of detection,
amount of area burned, time of detection, attack and combat were evaluated. The results showed that only
52.33% of the ROIs were complete and that 2019 was the year with the most complete ROIs. Observation
points and patrol were the main detection methods. Brazilian protected areas suffered from the destruction of
31,918,617.41 hectares in the analyzed period, which means an extreme severity index. It is concluded that
Brazilian protected areas have low efficiency in combating forest fires, mainly in initial attack and combat, and
it is necessary to improve the efficiency of detection and combat, infrastructure, conduct training and awareness
about the importance of ROIs.
Keywords: forest protection; record of fire occurrences; protected areas.
1. INTRODUÇÃO
Os Incêndios Florestais são todos os eventos de fogo sem
controle, com potencial destrutivo, que ocorrem em algum
tipo de vegetação, advindos de ações antrópicas ou de causas
naturais (FIEDLER et al. 2020c; RAMALHO et al., 2021a).
Para Zaitsev et al. (2016), Adámek et al. (2015), Canzian et al.
(2018) e Torres et al. (2017), os incêndios florestais
potencializam a fragmentação de povoamentos florestais, a
destruição da diversidade biológica, os danos ao solo e aos
cursos hídricos, a erradicação de plantios florestais e
agrícolas, danificação de máquinas, equipamentos,
benfeitorias e instalações físicas e danos à saúde e à vida
humana.
Os incêndios florestais são as principais ameaças às
Unidades de Conservação brasileiras (RAMALHO et al.,
2021b). As unidades de conservação, são consideradas áreas
com características naturais relevantes, delimitadas pelo
poder público com o objetivo de garantir a conservação e
preservação de seus recursos ambientais (BRASIL, 2000).
Porém, de acordo com Torres et al. (2017), nem mesmo
os esforços direcionados às políticas ambientais de
preservação dessas áreas têm sido capazes de garantir a sua
proteção frente aos incêndios florestais. Para Bontempo et al.
(2011) isso ocorre em razão de diferentes fatores, entre os
quais destaca-se o planejamento direcionado à prevenção e
Eficiência de combate aos incêndios florestais em unidades de Conservação Brasileiras
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 393-400, 2021.
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combate aos incêndios florestais, que são precários nessas
áreas.
Grande parte da problemática que envolve o
planejamento de combate dos incêndios florestais, diz
respeito à falta de informações confiáveis que permitam a
compreensão do comportamento do fogo na vegetação de
cada uma das UCs. Essas informações podem ser obtidas por
meio de diversas metodologias, como o zoneamento de risco
de ocorrência de incêndios (RIBEIRO et al., 2008), a
utilização de técnicas de sensoriamento remoto
(FERNANDES et al., 2020), coleta de informações de
moradores locais ou análise dos dados fornecidos pelos
Registros de Ocorrência de Incêndios Florestais (ROIs)
conforme Lima et al. (2018).
Segundo Bontempo et al. (2011), os ROIs são estratégias
usadas para reduzir a ocorrência de incêndios florestais, por
meio do entendimento do perfil desses eventos e do
planejamento de sua prevenção e combate. Para Lima et al.
(2018), quando o perfil de comportamento dos incêndios
florestais é conhecido, torna-se possível elevar a eficiência do
combate aos sinistros.
Para Magalhães et al. (2011), Félix; Lourenço (2017) e
Lima et al. (2018), a eficiência no combate aos incêndios
florestais diz respeito à minimização do tempo envolvido
entre as operações de combate, que são: detecção,
comunicação, preparação e início das operações,
mobilização, implantação de recursos na área da ocorrência e
extinção do fogo.
As informações mínimas que devem constar em um ROI
para que o mesmo possa ser utilizado no planejamento eficaz
de ões mitigadoras contra os incêndios florestais são: data
e hora da ocorrência, da detecção, do ataque inicial, do
combate e da extinção das chamas, quantidade de área
queimada, prováveis causas, local de ocorrência e tipo de
vegetação atingida (TETTO et al., 2015). Os registros devem
ser preenchidos, preferencialmente, durante a ocorrência dos
incêndios ou logo após o combate. No entanto, para
Bontempo et al. (2011), são raras as vezes onde os ROIs são
preenchidos com o rigor necessário e muitas vezes os
responsáveis pelo preenchimento não registram os dados
necessários, ocasionando prejuízos à sua qualidade e
confiabilidade, interferindo nas análises da eficiência do
combate aos incêndios florestais em UC (SOARES, 2009).
Tais registros inadequados tornam-se um problema que deve
ser solucionado o mais rápido possível, tendo em vista que,
uma base contínua e sólida de informações é fundamental
para o planejamento e prevenção da ocorrência de incêndios
florestais (FIEDLER et al., 2020a).
Assim, a hipótese que norteia a presente pesquisa é que,
quanto maior for o número de registros de ocorrência de
incêndios corretamente preenchidos, maior será a eficiência
do combate aos incêndios florestais. Dessa forma, com o
presente estudo objetivou-se a realização da análise da
eficiência de combate aos incêndios florestais em unidades de
conservação brasileiras mediante informações
disponibilizadas pelos registros de ocorrência de incêndios.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Área de estudo
O estudo foi conduzido a partir dos dados referentes aos
Registros de Ocorrências de Incêndios (ROIs) das Unidades
de Conservação federais pertencentes ao Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (SNUC), do período de 2010 a
2020, disponíveis no endereço eletrônico do Sistema
Nacional de Informações sobre Fogo (Sisfogo) do Centro
Nacional de Prevenção aos Incêndios Florestais (Prevfogo),
gerenciado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA 2020).
2.2. Organização do banco de dados
O banco de dados original adquirido no Sisfogo, continha
um total de 49.118 Registros de Ocorrência de Incêndios
para o período analisado. No entanto, devido à grande
quantidade de registros incompletos ou preenchidos
inadequadamente, realizou-se um procedimento de
organização do qual apenas aqueles registros que continham
todos os dados referentes aos parâmetros necessários para a
avaliação da eficiência de combate, permaneceram no banco
de dados da pesquisa.
Para serem classificados como passíveis de avaliação, os
ROIs teriam que conter os seguintes dados: Unidade da
Federação de ocorrência (UF); Provável Causa (PC); Tipo de
Detecção (D); Data e Hora do Início do Fogo (DHi); Data e
Hora de Detecção (DHd); Data e Hora do Primeiro Ataque
(DHa); Data e Hora da Extinção (DHe); e Quantidade de área
queimada (QA).
2.3. Parâmetros avaliados
Inicialmente, realizou-se a análise de frequência acerca do
número de registros de ocorrência de incêndios entre os anos
2010 a 2020, do tipo de detecção e do número de ROIs
completos e incompletos por estado. Para analisar a eficiência
de combate aos incêndios florestais, o primeiro parâmetro
avaliado foi a área queimada.
Além da área queimada, o tempo de detecção (TD)
também foi um parâmetro avaliado. Esse parâmetro diz
respeito ao tempo decorrido entre o início da ocorrência até
que sua existência seja detectada e comunicada ao setor
responsável pela ação de combate (LIMA et al., 2018), sendo
calculado a partir da Equação 1.
TD = (DH
d
- DHi) × 24 × 60 (01)
em que: TD é o tempo de detecção (min); DHd é a data e hora da
detecção; DHi é a data e hora do início do fogo).
Outro parâmetro avaliado foi o tempo de ataque (TA).
De acordo com Lima et al. (2018), o tempo do primeiro
ataque, diz respeito ao tempo decorrido desde a detecção até
o início do combate ao incêndio (Equação 2).
TA = (DH
a
- DHd) × 24 × 60 (02)
em que: TA é o tempo de ataque (min); DHa é a data e hora do
primeiro ataque (valor decimal); DHd é a data e hora da detecção
(valor decimal).
O tempo de duração do combate (TC) também foi
avaliado na presente pesquisa (Equação 3). Lima et al. (2018)
traduzem esse parâmetro como o tempo decorrido entre o
primeiro ataque e a completa extinção dos incêndios.
TC = (DH
e
- DHa) × 24 × 60 (03)
em que: TC é o tempo de duração do combate (min); DHe é a data
e hora da extinção do incêndio; DHa (valor decimal) é a data e hora
do primeiro ataque (valor decimal).
Ramalho et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 393-400, 2021.
395
A distribuição das classes de eficiência dos sistemas de
combate aos incêndios florestais por meio da área queimada,
tempo de detecção, tempo de ataque e tempo de combate
está apresentada na Tabela 1.
Tabela 1. Classificação da eficiência dos sistemas de combate aos
incêndios florestais por meio da quantidade área atingida, tempo de
detecção, tempo de ataque e tempo de combate.
Table 1. Classification of the efficiency of forest fire-fighting
systems by the amount of area affected, time of detection, time of
attack and time of combat.
QA (ha) Classe
Índice de severidade
0 a 0,09 I Muito pouco severo
0,1 a 4,0 II Pouco Severo
4,1 a 40,0 III Severo
41,0 a 200,0 IV Muito Severo
> 200,0 V Extremo
TD (min) Classe
Eficiência da detecção
0 a 7,5 I Muito eficiente
7,51 a 15 II Eficiente
15,1 a 22,5 III Pouco eficiente
22,6 a 30 IV Ineficiente
> 30 V Extremamente ineficiente
TA (min) Classe
Eficiência do ataque
0 a 30 I Muito eficiente
31 a 60 II Eficiente
61 a 120 III Pouco eficiente
121 a 480 IV Ineficiente
> 480 V Extremamente ineficiente
TC (min) Classe
Eficiência do combate
0 a 60 I Eficiente
61 a 120 II Pouco eficiente
121 a 480 III Ineficiente
> 480 IV Extremamente ineficiente
Fonte: Adaptado de Ramsey e Higgins (1981); Lima et al. (2018).
Source: Adapted from Ramsey and Higgins (1981); Lima et al. (2018).
2.4. Análise estatística
Os resultados referentes às quantidades de áreas
queimadas por região foram analisados considerando como
delineamento inteiramente casualizado. Inicialmente os
dados foram submetidos aos testes de homoscedasticidade
da variância, de normalidade e distribuição dos resíduos.
Posteriormente foram processados por meio de uma análise
de variância (ANOVA a 99% de probabilidade) e, quando
significativas, as médias foram comparadas pelo teste de
Tukey a 99% de probabilidade.
3. RESULTADOS
Após a organização dos dados, restaram 25.705 registros
passíveis de avaliação que foram avaliados anualmente para
detectar quais foram os anos com maiores e menores
números de ROIs corretos. Dessa forma, percebeu-se que
2019 (36,64%), 2018 (26,14%) e 2017 (17,62%) foram,
respectivamente, os anos com maiores frequências de ROIs
completos. Os demais anos (2010, 2011, 2012, 2013, 2014,
2015, 2016 e 2020) tiveram valores inferiores a 10% de
frequência de registros corretos.
A Tabela 2 representa a redução do número de ROIs, por
estado, de acordo com a filtragem dos dados realizados nesta
pesquisa. É importante salientar que apesar de a região Sul do
Brasil possui diversas Unidades de Conservação, devido às
filtragens necessárias para a realização da presente pesquisa,
não houveram dados significativos para esta região.
A Tabela 3 apresenta os resultados acerca da frequência
do tipo de detecção dos incêndios florestais nas UCs
brasileiras no período de 2010 a 2020. As médias da
quantidade de área queimada, tempo de detecção, tempo para
ataque e tempo para combate nas UCs dentro do período de
estudo são observadas na Tabela 4. A Tabela 5 apresenta as
frequências de classes de quantidade de área queimada,
tempo de detecção, tempo de ataque e tempo de combate.
4. DISCUSSÃO
Esta pesquisa conta com diferentes variáveis que
influenciam diretamente na avaliação da qualidade e
eficiência do combate aos incêndios florestais, desde a
detecção até os resultados causados pelos eventos. De acordo
com Lima et al. (2018), essa eficiência pode ser traduzida
como a otimização do tempo envolvido nas operações
(detecção, deslocamento, implantação de recursos de ataque,
controle e extinção do fogo), além do entendimento das
peculiaridades e potencialidades das equipes e dos
equipamentos disponíveis, para cada situação.
Ainda assim, Bontempo et al. (2011) afirmam que, apesar
da importância desses dados, dificilmente é aplicado o rigor
necessário durante a coleta. Esse fato é corroborado pela
Tabela 2, que mostra a relação entre os registros de
ocorrência de incêndios florestais, elaborados com o correto
preenchimento dos dados.
Outro fato que preocupa é a quantidade de registros
preenchidos com inconsistência. Isso é percebido na Tabela
2, que apresenta a relação entre os ROIs totais e os
preenchidos como todos os dados necessários. Assim,
conclui-se, através dos resultados da Tabela 2, que o estado
da Bahia foi o que mais registrou de forma correta as
ocorrências de incêndios nos últimos 10 anos e, ainda, que
ficou entre os 4 estados que mais preencheram corretamente
os ROIs, tendo uma redução de 28,46%, seguido pelos
estados do Piauí (6,11%), Acre (6,74%) e o estado do Espírito
Santo (7,86%).
De acordo com a Tabela 2, o estado do Ceará, do Distrito
Federal, da Paraíba e do Tocantins foram os estados que mais
apresentaram inconsistências no preenchimento dos ROIs
entre os anos de 2010 a 2020. A redução observada nesses
estados foi de 100%, ou seja, nenhum registro foi preenchido
completamente. Os estados que mais chamaram atenção
foram: o do Tocantins, que apresentou 1265 registros
incompletos e do Amapá, que teve 99,85% de inconsistência
nos 2027 registros elaborados.
Para Torres et al. (2017), quando os ROIs são
preenchidos corretamente possibilitam aos gestores a
realização de uma análise concisa das causas, dos períodos e
dos locais de ocorrência. No entanto, o contrário é
verdadeiro, ou seja, a falta de informações pode levar às
situações extremas, como o gasto exacerbado com sistemas
de proteção (acima do potencial de risco de ocorrência de
incêndios) ou investimentos reduzidos com proteção,
colocando em risco todo o patrimônio.
Desta forma, ao avaliar a variável de tempo de detecção,
percebe-se que o IBAMA es enquadrado na classe V
(Tabela 4) que, de acordo com a classificação expressa na
Tabela 1, o sistema é extremamente ineficiente. Ao analisar
estado por estado, para entender quais os mais influentes
sobre a classificação nacional, nota-se que o estado de
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Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 393-400, 2021.
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Rondônia obteve o pior desempenho no tempo de detecção,
sendo necessários cerca de 15 mil minutos (10,4 dias) para
que o incêndio fosse detectado e comunicado ao setor
responsável pela ação de combate (Tabela 4). Em sequência,
estiveram os estados do Mato Grosso (5.716,04 minutos) e
Roraima (1.896,85 minutos) (Tabela 4). O estado com
sistema de detecção mais eficiente foi o do Espírito Santo
com 53,49 minutos (Tabela 4). Percebe-se ainda, a partir da
Tabela 5 que, de maneira geral, 57,50% das ocorrências
registradas foram avaliadas como muito eficientes e 42,50%
como extremamente ineficientes em relação ao tempo de
detecção do incêndio.
Tabela 2. Análise comparativa do número de Registros de Ocorrência de Incêndios (ROIs) totais e completos por estado
causada pela filtragem dos dados proposta na presente pesquisa.
Table 2. Comparative analysis of the number of total and complete Fire Occurrence Records (ROI) by state caused by the
data filtering proposed in the present research.
UF ROIs totais ROIs completos Redução
Acre (AC) 475 443
Amazonas (AM) 293 77
73,72
Amapá (AP) 2.027 3
99,85
Pará (PA) 1.203 413
65,67
Rondônia (RO) 2.881 855
70,32
Roraima (RR) 2.824 1.324
53,12
Tocantins (TO) 1.265 0
100,00
Região Norte (N)
10.968
3.115
71,60
Distrito Federal (DF) 555 0
100,00
Goiás (GO) 1.200 616
48,67
Mato Grosso do Sul (MS) 2.805 955
65,95
Mato Grosso (MT) 4.287 920
78,54
Região Centro Oeste (CO)
8.847
2.491
71,84
Espírito Santo (ES) 140 129
Minas Gerais (MG) 40 20
50,00
Rio de Janeiro (RJ) 36 10
72,22
Região Sudeste (SE)
216
159
26,39
Bahia (BA) 26.571 19.008
28,46
Ceará (CE) 550 0
100,00
Maranhão (MA) 831 240
71,12
Paraíba (PB) 48 0
100,00
Pernambuco (PE) 203 123
39,41
Piauí (PI) 606 569
Região Nordeste (NE)
28.809
19.940
30,79
Indefinidas 278 0
100,00
Brasil (BR) 49.118 25.705
47,67
Fonte: Adaptado de Sisfogo (2020).
Source: Adapted from Sisfogo (2020).
Em se tratando de regiões, as que obtiveram os piores
desempenhos em detecção do incêndio foram: a região Norte
(5.098,39 minutos) e a do Centro-Oeste (2.801,42 minutos),
conforme Tabela 4. As regiões com melhores desempenhos
foram a do Sudeste (254,72 minutos) e do Nordeste (810,65
minutos) (Tabela 4). É sabido, a partir da Tabela 1 que,
nenhum desses valores de tempo médio de detecção são
considerados aceitáveis. Pelo contrário, traduzem o sistema
como extremamente ineficientes (> 30 minutos). Esses
resultados são preocupantes, pois, de acordo com Bao et al.
(2015) e Lima et al. (2018), quanto mais precoce for a
detecção do incêndio, maiores serão as chances de sucesso
durante as fases subsequentes de combate aos incêndios
florestais.
Em relação à forma de detecção, é possível visualizar, na
Tabela 3, que os sistemas do IBAMA são muito limitados,
sendo as principais através dos pontos de observação
(23,09%), seguida pelas rondas (20,32%), outros (19,60%) e
por telefone (17,70%). De acordo com Fernandes et al.
(2020), dispor de métodos rápidos de detecção de incêndios
florestais é uma estratégia eficiente de redução dos danos
causados pelas chamas e dos custos de operações de
combate.
Técnicas sofisticadas como a utilização de
monitoramento por imagens de satélite, sistema de câmeras
de alta resolução com imagens ópticas, infravermelhas ou
térmicas, sistemas baseados em sensores e Internet
(ALKHATIB, 2014), possuem uma boa resposta à
problemática da ineficiência da detecção dos incêndios
florestais quando comparadas às técnicas que dependem das
potencialidades humanas. Em países europeus, como
Portugal e Espanha, um sistema que tem apresentado alta
eficiência na detecção de incêndios florestais é o “Forest Fire
Finder” (ALMEIDA; VIEIRA, 2017). Esse sistema detecta
os incêndios nos primeiros cinco minutos e, por ser
autônomo e automático, dispensa a observação humana e
apresenta alta eficiência devido ao baixo número de falsos
alarmes, quando comparado com sistemas concorrentes
(ALMEIDA; VIEIRA, 2017).
Além do tempo de detecção, outra variável com forte
influência sobre a eficiência do combate aos incêndios
florestais é o tempo de ataque (MAGALHÃES et al., 2011).
Ramalho et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 393-400, 2021.
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Fiedler et al. (2020b) atestam que o tempo decorrido desde a
detecção até o primeiro ataque ao incêndio está diretamente
relacionado ao binômio “tempo x fogo”, ou seja, quanto mais
rápido for o ataque, maiores são as chances de a atividade
surtir efeito. É sempre bom lembrar que essa etapa do
combate aos incêndios está diretamente ligada ao tempo de
detecção, isso quer dizer que, quanto mais relapso for o
sistema monitoramento pior será a resposta do primeiro
ataque.
Além do tempo de detecção, as condições de mobilização
também exercem grande influência sobre o tempo de ataque
(MAGALHÃES et al., 2011). Por isso, é muito importante
garantir que os veículos de combate, as estradas de acesso e
a sinalização das estradas vicinais estejam com a manutenção
atualizada para garantir que os motoristas não desperdicem
tempo nem combustível durante o deslocamento (FIEDLER
et al., 2020b).
Tabela 3. Frequência dos tipos de detecção de incêndios florestais
nas Unidades de Conservação brasileiras entre os anos de 2010 a
2020.
Table 3. Frequency of types of detection of forest fires in Brazilian
Conservation Units between the years 2010 to 2020.
Tipo de detecção N %
Denúncia anônima 116 0,45
Durante combate 406 1,58
Indígena 930 3,62
Monitoramento por satélite 2.806 10,92
Morador do entorno 700 2,72
Outros 5.039 19,60
Ponto de observação 5.936 23,09
Ronda 5.224 20,32
Telefone 4.548 17,70
Total 25.705 100
Fonte: Adaptado de Sisfogo (2020).
Source: Adapted from Sisfogo (2020).
Tabela 4. Médias da quantidade de área queimada, tempo de detecção, tempo para ataque e tempo para combate dos incêndios florestais
nas UCs dentro do período de estudo.
Table 4. Averages of the amount of area burned, detection time, time to attack and time to fight forest fires in UCs within the study period.
UF N QA (ha) QA/IF (ha) Clas. TD (min) Clas. TA (min) Clas. TC (min) Clas.
AC 443 11.875,44 26,81 III 831,47 V 77,07 III 221,31 III
AM
77 65,31 0,85 II 247,79 V 264,16 IV 722,42 IV
AP 3 30,00 10,00 III - - 60,00 II - -
PA 413 5.238,85 12,68 III 289,25 V 39,52 II 438,31 III
RO 855 22.099,15 25,85 III 15.044,63 V 11.698,13 V 949,69 IV
RR 1.324 62.753,00 47,40 IV 1.896,85 V 151,18 IV 917,69 IV
N 3.115 102.061,75 32,76 b III 5.098,39 a V 3.297,93 a V 758,17 b IV
GO
616 2.264.353,92 3.675,90 V 848,57 V 821,49 V 5.585,42 IV
MS 955 429.440,46 449,68 V 1.253,24 V 272,81 IV 352,22 III
MT 920 3.757.246,60 4.083,96 V 5.716,04 V 3.449,66 V 4.239,42 IV
CO 2.491 6.451.040,98 2.589,74 a V 2.801,42 a V 1.581,80 a V 3.082,00 a IV
ES 129 4.405,34 34,15 III 53,49 V 115,35 III 6.034,99 IV
MG
20 5.180,00 259,00 V 1.680,00 V 3.780,00 V 46.381,00 IV
RJ 10 300,00 30,00 III - - 1.020,00 V 1.980,00 IV
SE 159 9.885,34 62,17 b IV 254,72 a V 633,21 a V 10.854,93 a IV
BA 19.008 24.756.439,42 1.302,42 V 826,91 V 1.745,73 V 12.264,70 IV
MA
240 465.706,23 1.940,44 V 212,50 V 399,00 IV 1.344,77 IV
PE 123 75.317,66 612,34 V 124,39 V 538,54 V 3.326,99 IV
PI 569 58.166,03 102,23 IV 668,04 V 129,60 IV 313,08 III
NE 19.940 25.355.629,34 1.271,60 ab V 810,65 a V 1.675,96 a V 11.737,08 a IV
BR 25.705 31.918.617,41 1.241,73 V 1.855,82 V 1.535,14 V 5.317,00 IV
Fonte: Adaptado de Sisfogo (2020). Onde: QA/IF é a quantidade de área queimada por ocorrência de incêndio; e Clas. é a classificação de acordo com a
Tabela 1. As médias seguidas por uma mesma letra não diferem estatisticamente (Tukey, p > 0,01).
Source: Adapted from Sisfogo (2020). Where: QA / IF is the amount of area burned due to the occurrence of fire; and Clas. is the classification according
to Table 1. The means followed by the same letter do not differ statistically (Tukey, p> 0.01).
Tabela 5. Frequência das classes de quantidade de área queimada, tempo de detecção, tempo de ataque e tempo de combate.
Table 5. Frequency of classes of amount of area burned, detection time, attack time and combat time.
Classe
Quantidade de área queimada
(ha) Tempo de detecção (min) Tempo de ataque (min) Tempo de combate (min)
N
%
N
%
N
%
N
%
I
334
1,30
14.780
57,50
9.468
36,83
1.451
II
3.886
15,12
0
0,00
1.692
6,58
889
III
4.034
15,69
0
0,00
1.172
4,56
3.359
13,07
IV
3.626
14,11
0
0,00
4.173
16,23
20.006
77,83
V
13.825
53,78
10.925
42,50
9.200
35,79
-
-
Total
25.705
100
25.705
100
25.705
100
25.705
100
Fonte: Adaptado de Sisfogo (2020).
Source: Adapted from Sisfogo (2020).
Avaliando o tempo de ataque médio das UC brasileiras,
percebe-se que, assim como na detecção, houve uma
oscilação significativa entre a classe muito eficiente (36,83%)
e a classe extremamente ineficiente (35,79%), conforme
Eficiência de combate aos incêndios florestais em unidades de Conservação Brasileiras
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 393-400, 2021.
398
Tabela 5. Constata-se ainda, que o IBAMA, de maneira geral,
apresenta eficiência muito baixa quando o assunto é o tempo
de ataque e que, os estados de Rondônia, Minas Gerais e
Mato Grosso foram os que apresentaram as piores eficiências
para essa variável, demandando, 11.698,13 minutos, 3.780,00
minutos e 3.449,66 minutos respectivamente para efetuar o
primeiro ataque aos eventos de incêndios florestais (Tabela
4).
A região Norte foi a mais eficiente entre as avaliadas em
relação a área queimada e ao tempo de combate pelo teste
Tukey a 1% de significância (Tabela 4). Os estados do Pará e
do Amapá foram os únicos a apresentar tempo de ataque
inferior ou igual a 60 minutos (Tabela 4). Félix e Lourenço
(2017) afirmam que o tempo de ataque inicial e a presença ou
ausência de brigadas são fundamentais para evitar que os
pontos de início dos incêndios evoluam para áreas de grande
risco e se tornem eventos incontroláveis. Os tempos elevados
de ataque inicial podem estar associados às deficiências de
detecção, malha viária no interior das unidades de
conservação, devido às exigências legais de conservação da
biodiversidade e manutenção das características originais da
vegetação e do solo daquelas áreas.
Quando se avalia o tempo decorrido entre o ataque inicial
e a extinção completa dos incêndios (Tabela 4 e Tabela 5),
percebe-se que o IBAMA é extremamente ineficiente, isso
ocorre porque, na média, todas as regiões também são
classificadas como IV, pela classificação proposta na Tabela
1. Em relação aos estados, apenas o do Acre, Pará, Mato
Grosso do Sul e do Piauí demandaram tempos médios
inferiores a 480 minutos (Tabela 4). Quanto às unidades de
conservação, 77,83% das ocorrências traduziram o tempo de
combate, também como extremamente ineficiente (Tabela 5).
O tempo de combate está ligado diretamente aos fatores
ambientais, condições do material combustível, da
topografia, do tempo de ataque, do número de combatentes,
do treinamento e preparo técnico da brigada, qualidade dos
equipamentos e disposição de insumos de combate
(FIEDLER et al., 2006; MAGALHÃES et al., 2011). No
entanto, a eficiência do combate muitas vezes é resultante
não dos fatores supracitados, mas também dos sistemas
de predição do risco de ocorrência de incêndios florestais,
dos sistemas de detecção precoce, deslocamento e
direcionamento correto dos combatentes.
Em relação às quantidades de áreas queimadas, as
Unidades de Conservação (UC) brasileiras sofreram com a
destruição de 31.918.617,41 hectares nos últimos 10 anos e
25.705 incêndios registrados (Tabela 4). Para a classificação
do índice de severidade dos incêndios, utilizou-se a
quantidade de área queimada média por ocorrência (1.241,73
hectares) (Tabela 4) o que culminou no enquadramento da
variável na classe V (Tabela 4) de índice de severidade dos
incêndios florestais (extremo) (Tabela 1). Lima et al. (2018)
encontraram 613,61 hectares queimados em seu estudo
acerca da eficiência do combate aos incêndios florestais em
Unidades de Conservação brasileiras, entre os anos de 2008
a 2012. Apesar de ser uma diferença numérica elevada na
classificação proposta pelos autores e utilizada na presente
pesquisa (Tabela 1), as Unidades de Conservação brasileiras
vêm sofrendo desde o ano de 2008 com ocorrências de
incêndios com índices de severidade médio extremos (> 200
ha por ocorrência).
Em relação à frequência de ocorrência das classes de
severidade da área queimada, verifica-se, pelos resultados
apresentados na Tabela 5, que em 53,78% das vezes os
incêndios foram extremos (classe V). Ao realizar a análise
comparativa entre as regiões brasileiras, é possível afirmar
que nenhuma delas se encontra em situação ideal de eficiência
de combate em se tratando de área queimada. As maiores
eficiências por classe de área queimada foram apresentadas
pelas regiões Norte e Sudeste, que tiveram, respectivamente,
48,25% e 37,11% dos incêndios nas classes com áreas
inferiores a quatro hectares. Contudo, no valor médio, a
região Norte (III) obteve classificação mais eficiente que a
região Sudeste (IV) (Tabela 4). A região Nordeste teve
63,24% das ocorrências registradas com área queimada
superior a 200 hectares, por isso foi considerada a menos
eficiente, para essa variável.
Convém destacar que a ocorrência e a propagação de
incêndios dependem primordialmente da infraestrutura de
proteção contra incêndios e nem sempre as condições
financeiras das unidades de conservação permitem um bom
planejamento das atividades, muito menos a aquisição de
equipamentos altamente sofisticados ou contratação de
brigadas com treinamento especializado. Portanto, não
dúvidas de que a criação e efetivação de políticas públicas de
combate aos incêndios e o direcionamento correto dos
recursos para ações que envolvam o cuidado e a proteção
ambiental são os principais caminhos para reverter os
problemas gerados pela ineficiência dos sistemas de combate
aos incêndios florestais em Unidades de Conservação.
Além disso, um gargalo encontrado para as UC pela
presente pesquisa foi a complexidade na determinação
precisa das causas dos incêndios (que normalmente
dependem de perícia), necessidade de conhecimento em
metodologias que envolvam geoprocessamento para
determinar área queimada, bem como a falta de
equipamentos de coleta, análise e interpretação de dados
como computador e/ou internet para alimentar o banco de
dados.
5. CONCLUSÕES
A partir dos resultados obtidos, percebe-se que a hipótese
não foi confirmada, pois o fato de preencher corretamente os
registros de ocorrência de incêndio não garantem que a
Unidade de Conservação possui infraestrutura necessária ou
capacidade técnica para elevar a eficiência de combate aos
incêndios, haja vista que, o estado da Bahia foi o que
apresentou maior percentual de documentos preenchidos
corretamente e um dos que tiveram o pior desempenho nas
variáveis analisadas;
As Unidades de Conservação brasileiras apresentaram, de
modo geral, baixa eficiência de combate aos incêndios
florestais, principalmente no que diz respeito ao tempo de
ataque e tempo de combate;
O estado mais eficiente dentre os avaliados foi o do Pará,
que deteve uma das menores áreas queimadas médias por
ocorrência e tempo de ataque eficiente. No entanto, ainda
assim, o tempo de combate foi classificado como ineficiente
e o tempo de detecção como extremamente ineficiente. O
estado da Bahia foi o que apresentou maior quantidade de
área queimada entre os anos de 2010 e 2020. O estado de
Rondônia, foi o menos eficiente no tempo de ataque e o de
Minas Gerais foi o que apresentou maior tempo de combate;
É preciso realizar treinamentos com os brigadistas sobre
a importância do preenchimento correto dos registros de
ocorrência de incêndios, partindo da constatação de que,
apenas metade dos ROIs disponibilizados, estavam
completos.
Ramalho et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 393-400, 2021.
399
6. AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao
Sistema Nacional de Informações sobre Fogo (Sisfogo), à
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), código de financiamento 001, à Fundação
de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo
(FAPES) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq).
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