Nativa, Sinop, v. 10, n. 1, p. 47-53, 2022.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v10i1.12265 ISSN: 2318-7670
Efeito do retardo na colheita na qualidade de grãos de cultivares de soja
Austeclinio Lopes de FARIA NETO1, Edison Ulisses RAMOS JUNIOR1*,
Irineu LORINI2, José Marcos Gontijo MANDARINO2
1Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop, MT, Brasil.
2Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil.
*E-mail: edison.ramos@embrapa.br
(ORCID: 0000-0002-5870-5252; 0000-0002-1391-6590; 0000-0002-4439-4289; 0000-0002-2197-9727)
Recebido em 28/04/2021; Aceito em 14/02/2022; Publicado em 15/03/2022.
RESUMO: O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do retardo na colheita, em condições de campo, na
qualidade dos grãos de cultivares de soja, medidos pela porcentagem de grãos avariados, teor de óleo e de
proteína e acidez titulável, de diferentes cultivares de soja submetidas ao retardo na colheita. O experimento
foi conduzido na área experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, no município de Sinop, MT. O
delineamento experimental foi realizado em blocos casualizados, em esquema fatorial, 4x4, com quatro
repetições. Houve resultados significativos para todas as variáveis analisadas. Além das características de
qualidade, avaliou-se também parâmetros agronômicos, sendo que a altura de inserção da primeira vagem e a
produtividade de grãos não apresentaram diferenças significativas. Ocorreu aumento dos grãos avariados com
o retardo da colheita para as quatro cultivares testadas, porém, obtiveram-se diferenças na porcentagem de
deterioração entre as cultivares. Dentre as cultivares testadas, a cultivar BRS 7280RR apresentou o maior
percentual de deterioração e a cultivar BRS 7780IPRO, o menor percentual. Dessa forma, conclui-se que
diferenças genéticas entre as cultivares que interferem na qualidade dos grãos após o retardo na colheita.
Palavras-chave: grãos avariados; atraso na colheita; Glycine max L. Merrill; chuva na colheita.
Effect of delay on harvest on the grain quality of soybean cultivars
ABSTRACT: The objective of this study was to evaluate the effect of delay harvest, under field conditions, on
agronomic traits and on grain quality of soybean cultivars, measured by the percentage of damaged grains, oil
and protein content and titratable acidity. The experiment was carried out in the experimental field of Embrapa
Agrossilvipastoril, located in Sinop-MT. The experiment followed a 4 x4 factorial experiment in a randomized
complete block design (RCBD) with four replications. Significant effects of delay harvest were observed for all
analyzed variables. No significant differences among the soybean cultivars were observed for the height of
insertion of the first pod and grain yield. The delay harvest affects the grain quality with an increase on damaged
grains with the harvest delay for the four cultivars. Significant differences were observed among the cultivars
for grain quality with the delay harvest, indicating genetic variability among the cultivars for this trait. The
cultivar BRS 7280RR showed the highest scores of damaged grains and cultivar BRS 7780IPRO, showed the
lowest score. Thus, it is concluded that there are genetic differences between cultivars for quality of grains after
delay in harvesting.
Key words: damaged grains; delay in harvest; Glycine max L. Merrill; rain at Harvest.
1. INTRODUÇÃO
A soja (Glicyne max. L. Merrill), em função de sua ampla
adaptação às condições brasileiras, tornou-se a commoditie
de maior relevância para o país, sendo utilizada como
matéria-prima para vários processos, tanto nas indústrias
químicas, alimentícias e de rações, dentre outras. Um dos
fatores ambientais que mais impactam na produtividade e na
qualidade dos grãos de soja é a disponibilidade hídrica
durante o ciclo da cultura (VEIGA et al., 2010; PÍPOLO et
al., 2015).
A necessidade hídrica deve ser suprida de acordo com
a necessidade da cultura até o completo enchimento dos
grãos, no final da fase reprodutiva. Porém, após a fase de
maturação para colheita, as precipitações podem gerar
consequências negativas, pela redução na qualidade físico-
química dos grãos (TOLEDO ET AL., 2012; HOLTZ;
REIS, 2013; MENEGHELLO, 2014; TSUKAHARA, 2016).
Com o advento do cultivo em segunda safra grande
parte dos produtores da região Centro Oeste anteciparam o
período de semeadura, antecipando também o período de
colheita da soja, para épocas com histórico de maiores
volumes de precipitação, trazendo, muitas vezes, maiores
riscos de perda por retardo na colheita.
A máxima qualidade das sementes de soja no campo é
alcançada na maturidade fisiológica quando as plantas
atingem o estádio reprodutivo R7 (FEHR; CAVINESS,
1977). Todavia, em razão do elevado teor de água presente
nas sementes neste estádio, estas devem ser colhidas quando
as vagens apresentam coloração típica de vagem madura e o
grau de umidade das sementes está em torno de 14%
(FRANÇA-NETO et al., 2016). Após a maturidade
fisiológica, a permanência da cultura no campo pode
favorecer o processo de deterioração devido a fatores
intrínsecos das sementes, como o genótipo e a composição
Efeito do retardo na colheita na qualidade de grãos de cultivares de soja
Nativa, Sinop, v. 10, n. 1, p. 47-53, 2022.
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química ou ainda devido a fatores ambientais como insetos,
microrganismos, e principalmente, altas temperaturas e
umidade (VIEIRA et al., 1982; FARHADI et al., 2012;
KOCSY, 2015; FRANÇA-NETO et al., 2016).
Apesar da importância para toda a cadeia sojícola, desde
o produtor de sementes, passando pelo produtor de grãos até
a indústria de processamento da matéria prima, a seleção de
genótipos resistentes à deterioração por retardo na colheita
tem sido pouco estudada, visto o reduzido número de artigos
relacionados ao tema.
Dessa forma, o objetivo do trabalho foi o de avaliar o
efeito do retardo na colheita, em condições de campo, na
qualidade de grãos de soja de diferentes cultivares.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi conduzido em área experimental da
Embrapa Agrossilvipastoril, no município de Sinop, MT. O
solo da área foi identificado como Latossolo Vermelho-
Amarelo, com as seguintes características químicas:
pHCaCl2=5,2, M.O.=25 g dm-3; PMelich1=8,4 mg dm-3;
K=0,23 cmolc dm-3; Ca=2,73 cmolc dm-3; Mg=1,73 cmolc
dm-3; Al + H = 3,75 cmolc dm-3; V=55,6%; Argila=544 g kg-
1; Silte=134 g kg-1; Areia=322 g kg-1.
O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é
do tipo Aw (tropical com inverno seco), com médias anuais
de temperatura de 25ºC, umidade relativa de 82,5% e
precipitação de 2.550 mm (INSTITUTO NACIONAL DE
METEOROLOGIA, 2017).
Os dados climáticos ocorridos durante a condução do
experimento, na safra 2016/17 encontram-se na Figura 1:
Figura 1. Médias semanais de temperatura mínima, média e máxima
(ºC), e precipitação semanal acumulada (mm) Sinop (MT), 2017.
Figure 1. Weekly averages of minimum, average and maximum
temperature (ºC), and accumulated weekly precipitation (mm) Sinop
(MT), 2017.
Em 01 de novembro de 2016 foram semeadas quatro
cultivares de soja (BRS 7280RR, BRS 7380RR, BRS 7680RR
e BRS 7780IPRO), em delineamento experimental de blocos
completos casualizados, com quatro repetições. A parcela
experimental constituiu-se de seis linhas de onze metros de
comprimento, com espaçamento de 0,5 m entre as linhas. A
parcela útil constituiu-se das quatro linhas centrais,
excluindo-se 0,5m de cada extremidade, ou seja, quatro linhas
de dez metros cada uma. Os tratamentos experimentais
foram definidos por quatro épocas de colheita da soja, sendo
a primeira logo após a maturação de colheita (R9) (Ritchie et
al., 1982), quando os grãos atingiram 16% de umidade. As
demais épocas foram aos sete, quatorze e vinte e um dias
subsequentes. As análises de variância para a qualidade de
grãos seguiram um delineamento em blocos casualizados, em
esquema fatorial, 4x4.
As avaliações agronômicas foram realizadas em apenas
um período, concomitantemente com a primeira época de
colheita, para se avaliar parâmetros agronômicos visando
validar a qualidade dos dados experimentais. As análises de
variância para as avaliações agronômicas seguiram de acordo
com o delineamento de blocos ao acaso, não havendo efeito
de épocas para essas avaliações. Os dados meteorológicos
foram coletados durante todo o período em que o
experimento foi conduzido, a fim de se observar as condições
ambientais ocorridas e como parâmetro para a avaliação da
qualidade dos grãos frente ao retardo na colheita, sendo a
precipitação pluviométrica a de maior importância.
Os grãos colhidos nas diferentes épocas foram
submetidos às análises de qualidade, pela classificação dos
defeitos que definem o padrão comercial da soja, e pelas
características químicas como o teor de proteína, óleo e
acidez do óleo, sendo que estes parâmetros foram analisados
nos laboratórios da Embrapa Soja, em Londrina, PR. A
classificação da soja é regulamentada pela Instrução
Normativa Nº 11, de 15 de maio de 2007 e Instrução
Normativa 37 de 27 de julho de 2007, do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2007a;
2007b), que determinam os defeitos, regras e limites de
enquadramento da soja que será comercializada. Os
principais defeitos, elencados nestas normativas são: Grãos
queimados: grãos ou pedaços de grãos carbonizados; Grãos
ardidos: grãos ou pedaços de grãos que se apresentam
visivelmente fermentados em sua totalidade e com coloração
marrom escura acentuada, afetando o cotilédone; Grãos
mofados: grãos ou pedaços de grãos que se apresentam com
fungos (mofo ou bolor) visíveis a olho nu; Grãos
fermentados: grãos ou pedaços de grãos que, em razão do
processo de fermentação, tenham sofrido alteração visível na
cor do cotilédone que não aquela definida para os ardidos;
Grãos germinados: grãos ou pedaços de grãos que
apresentam visivelmente a emissão da radícula; Grãos
imaturos: grãos de formato oblongo, que se apresentam
intensamente verdes, por não terem atingido seu
desenvolvimento fisiológico completo e que podem se
apresentar enrugados; Grãos danificados: grãos ou pedaços
de grãos que se apresentam com manchas na polpa, alterados
e deformados, perfurados ou atacados por doenças ou
insetos, em qualquer de suas fases evolutivas; Grãos chochos:
grãos com formato irregular, que se apresentam enrugados,
atrofiados, e desprovidos de massa interna.
Os grãos avariados compreendem a soma dos defeitos
encontrados, ou seja, dos grãos queimados, ardidos,
mofados, fermentados, germinados, imaturos, danificados
por pragas e chochos. A tolerância no lote, sem que haja
descontos ao produtor, é de 8% (BRASIL, 2007a). Os grãos
podem também ser classificados como esverdeados: grãos ou
pedaços de grãos com desenvolvimento fisiológico completo
que apresentam coloração totalmente esverdeada no
cotilédone, amassados e quebrados.
Para os teores porcentuais médios de proteína e óleo
utilizou-se a técnica de espectroscopia do infravermelho
próximo (NIRS), com leituras em quatro diferentes curvas,
segundo Heil (2010).
A acidez titulável do óleo foi determinada segundo o
método oficial da American Oil Chemist’s Society - AOCS
Ac5-41 (AOCS, 2017).
Faria Neto et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 1, p. 47-53, 2022.
49
Para o cálculo do teor de acidez utilizou-se a seguinte
fórmula: Acidez (%) = (G x 2,82)/MA, onde G = volume
gasto de NaOH 0,1M na titulação, descontado o volume
da prova em branco e MA = massa do óleo submetida à
titulação.
Os parâmetros agronômicos de altura de plantas e
inserção da primeira vagem foram avaliados momentos antes
da colheita, em 10 plantas por parcela. A medição foi
realizada com uma régua, graduada em centímetros, desde a
superfície do solo até o ápice da planta. A população de
plantas foi determinada pela contagem de todas as plantas da
parcela útil, convertendo-as em plantas por hectare. O peso
de mil grãos foi determinado pela contagem de 8 repetições
de 100 grãos, conforme as Regras para análise de sementes
(BRASIL, 2009).
Após a pesagem dos grãos das parcelas úteis, foram
calculadas as produtividades, em kg ha-1. Os dados de
produtividade foram corrigidos para 13% de umidade (base
úmida). O teor de água dos grãos foi avaliado por meio do
método de estufa a 105oC, por 24 horas (BRASIL, 2009).
Os tratamentos foram distribuídos em um esquema
fatorial 4x4, constituídos de 4 épocas de colheita e 4
cultivares. Realizou-se a análise de variância e, em seguida,
realizou-se o teste de Tukey a 5% de probabilidade, para o
fator cultivar, e o teste de Regressão para o fator épocas de
retardo, pelo programa estatístico Sisvar (FERREIRA, 2011).
Para o fator avariados, transformou-se os dados em arc sen
raiz (x/100), verificou-se a normalidade por Shapiro Wilk e,
posterioemente, efetuou-se a análise.
3. RESULTADOS
Na análise de variância, detectou-se efeito significativo
para todas as variáveis analisadas, tanto para cultivar, época e
a interação entre ambas, sendo, portanto, necessário realizar
os desdobramentos. As significâncias, bem como os
coeficientes de variação (CV) e as médias obtidas encontram-
se na Tabela 1.
Os resultados para os teores porcentuais de proteína e
óleo representam a média das quatro leituras e estão
expressos em “Base Seca” (B.S.). Os resultados para acidez
titulável do óleo foram expressos em porcentagem e
representam a média de duas repetições.
Tabela 1. Resumo do quadro de análise de variância.
Table 1. Summary of the analysis of variance table.
FV GL
Avariados
Proteína
Óleo
Acidez
titulável
.................Quadrado médio.................
Cultivar 3 0,17** 27,37**
8,02**
0,84**
Época 3 0,42** 7,45** 13,85**
0,28**
Cultivar x Época
9 0,02** 1,60* 1,90**
0,048*
Bloco 2
Resíduo 30
Total 47
C.V. (%)
19,73 1,99 3,00 9,40
Média 0,37 38,63 22,92 1,35
*,** significativo a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente. Fator cultivar
pelo teste de Tukey e fator época pelo teste de regressão. ns = não
significativo
A colheita inicial da cultivar BRS 7380RR ocorreu em
06/02/2017 (98 dias da semeadura) e o registro da
precipitação pluviométrica, após o período ideal de colheita,
foi de 101,6, 37,9 e 112,5, respectivamente, totalizando 251,9
mm. Para a BRS 7280RR e BRS 7680RR, a colheita inicial
ocorreu em 14/02/2017 (106 dias após a semeadura) e o
registro de precipitação pluviométrica foi de 65,5, 112,5 e
11,43 mm, respectivamente, totalizando 189 mm. para a
BRS 7780IPRO, a colheita inicial foi realizada em
18/02/2017 (110 dias da semeadura) e as precipitações
semanais, ocorridas sobre a cultivar foram de 44,7, 95,3 e 7,1
mm, respectivamente, totalizando-se 147,07 mm. Os
resultados indicaram que houve aumento dos grãos avariados
com o retardo da colheita para as quatro cultivares testadas
(Figura 2), porém, com diferenças na porcentagem de
deterioração entre estas.
Figura 2. Porcentagem de grãos avariados em função do retardo na
colheita. Sinop, MT, 2017.
Figure 2. Percentage of damaged grains due to delayed harvest.
Sinop, MT, 2017.
A cultivar BRS 7280RR apresentou o maior percentual de
deterioração em relação às demais, como mostrado na Figura
2, chegando a apresentar 49,4 % de grãos avariados (Tabela
2). Já a cultivar BRS 7780IPRO apresentou maior resistência
à deterioração, em relação às demais, ao longo do retardo na
colheita, com 11,5% de grãos avariados, 21 dias após R9,
excedendo o limite de tolerância, porém, com melhores
condições que a BRS 7280RR. Quanto à comparação entre
as cultivares para cada épocas de retardo na colheita, observa-
se variação de resposta em termos de qualidade de grão para
as cultivares avaliadas em cada período de retardo, indicando
a presença de variabilidade genética nestas cultivares em
relação à chuva na colheita.
Para a colheita na fase de maturação de colheita e 16% de
umidade, bem como sete dias após a primeira época, não
houve diferença significativa entre as cultivares. Já aos 7 dias
após a maturação de colheita, BRS 7280RR diferiu das
demais, apresentando grau de avariados superior, porém, não
diferindo de BRS 7380RR. Aos 14 dias após R9, BRS7280RR
diferiu das demais, com maior porcentagem de avariados.
Aos 21 dias após R9, BRS 7780 IPRO foi a que apresentou a
menor porcentagem de grãos avariados, não se
diferenciando, porém, de BRS7680 RR. a BRS7380 RR e
BRS7280 RR apresentaram as maiores porcentagens de
deterioração.
Para os teores de proteína (Figura 3), observou-se
redução significativa nas cultivares BRS 7280RR e BRS
7680RR na última época de retardo na colheita, realizada 21
dias após a primeira época. Para as demais cultivares não
foram observadas diferenças significativas para os valores de
proteína ao longo das colheitas realizadas.
Comparando-se os teores de proteína nos grãos para cada
época de colheita observou-se, para a época 1, que as
cultivares BRS7280 RR e BRS7680 RR foram as que
apresentaram maiores teores em relação as demais. Para a
Efeito do retardo na colheita na qualidade de grãos de cultivares de soja
Nativa, Sinop, v. 10, n. 1, p. 47-53, 2022.
50
época 2, a cultivar BRS7280 RR foi a que apresentou maior
teor de proteína, seguidas pela BRS7380 RR e BRS7680 RR,
que foram intermediárias, e a BRS7780 IPRO apresentou o
menor valor. Para a terceira época, 14 dias após R9, BRS7280
RR e BRS7680 RR apresentaram novamente os maiores
teores, superiores as demais e aos 21 dias após R9, todas elas
apresentaram valores semelhantes, exceto a BRS7780 IPRO,
que apresentou teor inferior. BRS7680 RR apresentou
resultado intermediário, não se diferenciando das demais.
Figura 3. Teor de proteína (%) em função do retardo na colheita.
Sinop, MT, 2017.
Figure 3. Protein content (%) as a function of delay in harvest.
Sinop, MT, 2017.
Para os teores de óleo em função das épocas de colheita
(Figura 4), foram observadas diferenças significativas para as
cultivares BRS 7280RR, BRS 7680RR e BRS 7780IPRO. Os
resultados foram crescentes de forma exponencial para
BRS7280 RR e BRS7780 IPRO e de forma linear para
BRS7680 RR. Não foram observadas diferenças entre as
épocas de retardo na colheita para a cultivar BRS 7380RR.
Figura 4. Teor de óleo (%) em função do retardo na colheita. Sinop,
MT, 2017.
Figure 4. Oil content (%) as a function of delay in harvest. Sinop,
MT, 2017.
Avaliando-se dentro de cada época de retardo na colheita,
observou-se, na maturação (R9), que a cultivar BRS7780
IPRO foi superior a BRS7280 RR e BRS7680 RR, não
diferindo, porém, de BRS7380 RR. Aos 7 dias após R9,
BRS7780 IPRO foi superior a BRS7680 RR, não
diferenciando-se das demais cultivares. Para a época 3 (14
dias após R9) não houve diferenças entre as cultivares e para
a época 4, ou seja, 21 dias após R9, BRS7280 RR e BRS7780
IPRO foram superiores em teores de óleo em relação as
demais cultivares.
Na Figura 5, observam-se os resultados referentes à
acidez titulável do óleo para cada cultivar estudada, em
função das épocas de retardo na colheita.
Figura 5. Acidez titulável em função de cultivares e épocas de
retardo na colheita. Sinop, MT, 2017.
Figure 5. Titratable acidity as a function of cultivars and delayed
harvest times. Sinop, MT, 2017.
A cultivar BRS7780RR foi a única que não
apresentou diferenças significativas entre os períodos de
colheita para a variável acidez titulável do óleo. Para as
demais cultivares, houve aumento na acidez a medida que se
retardou a colheita, indicando assim uma redução na
qualidade do óleo contido nos grãos das cultivares avaliadas.
A cultivar BRS7280RR apresentou, de forma geral, valores
de acidez titulável do óleo superiores as demais cultivares em
todas as épocas de colheitas realizadas, com exceção para a
maturação, que foi semelhante a BRS7780 IPRO.
O resumo do quadro de análise de variância, referentes à
altura de plantas, inserção da primeira vagem, população de
plantas, massa de 1000 grãos (P1000) e produtividade de
grãos são apresentados na Tabela 2.
Tabela 2. Resumo do quadro de análise de variância da altura de
plantas, inserção da primeira vagem, população de plantas, massa de
1000 grãos e produtividade de grãos de quatro cultivares,
submetidos ao retardo na colheita. Sinop-MT, 2017.
Table 2. Summary of the analysis table of variance of plant height,
insertion of the first pod, plant population, weight of 1000 grains
and grain yield of four cultivars, submitted to delay in harvest.
Sinop-MT, 2017.
FV GL
Altura
de
plantas
(cm)
vagem
(cm) Pop P1000
(g) Produtividade
(kg ha-1)
Cultivar 3 810,08*
20,17 ns
4,23* 4,32*
19001,83*
Bloco 3 14,42ns
4,33 ns
0,54 ns
0,19 ns
6775,62 ns
Resíduo
9 13,14 6,61 0,63 0,08 4055,14
Total 15
C.V. (%)
5,17 27,8 6,77 2,28 5,01
* significativo pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade
Na Tabela 3 são apresentados os dados referentes a
algumas características fenológicas, bem como a população
final de plantas, a massa de 1000 grãos e a produtividade de
grãos de cultivares de soja.
Para a altura de plantas, a cultivar BRS7680 RR
apresentou o maior valor, com 0,81 m. BRS7380 RR e
BRS7280 RR foram intermediárias, com 0,79 e 0,71 m, e a
cultivar BRS7780 IPRO apresentou menor altura em relação
à BRS7680 RR (50cm). Quanto à altura da inserção da
primeira vagem, não houve diferenças entre as cultivares,
com valor dio de 9,25 cm. A população de plantas
apresentou diferenças, fato previsto, visto que a semeadura
deve seguir o posicionamento do detentor da cultivar. A
Faria Neto et al.
Nativa, Sinop, v. 10, n. 1, p. 47-53, 2022.
51
cultivar BRS 7280RR apresentou maior valor, não se
diferenciando, porém, de BRS 7380RR e BRS 7780IPRO. Já
a cultivar BRS 7680RR apresentou a menor população,
diferenciando-se da cultivar BRS 7280RR.
Tabela 3. Altura de plantas, inserção da primeira vagem, população de plantas, massa de 100 grãos e produtividade em R9 e grãos com 16%
de umidade. Sinop, MT, 2017.
Table 3. Height of plants, insertion of the first pod, plant population, mass of 100 grains and productivity in R9 and grains with 16%
humidity. Sinop, MT, 2017.
Cultivar
Altura de
plantas (m)
Altura de inserção da 1ª
vagem (cm)
População de plantas
(plantas ha-1)
Massa de 100
grãos (g)
Produtividade de
grãos (kg ha-1)
BRS7280RR 0,79 b 11,8 256.000 a 14,2 a 2.626
BRS7380RR 0,71 bc 7,8 246.000 ab 12,5 b 2.917
BRS7680RR 0,81 a 10,5 212.000 b 12,4 b 2.717
BRS7780IPRO 0,50 c 7 222.000 ab 11,8 c 2.934
Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade
4. DISCUSSÃO
De forma geral, observa-se pela Figura 1, que o clima
durante a condução do experimento na safra 2016/2017
apresentou chuvas regulares, além de temperatura adequada
ao pleno desenvolvimento da soja, não tendo havido
períodos de estiagem ou excesso de chuvas em nenhum
período que pudesse comprometer a cultura.
A Figura 2 apresenta a porcentagem de grãos avariados
em função do retardo na colheita, mostrando-se que houve
aumento dos grãos avariados com o retardo da colheita para
todas as cultivares, porém, com diferenças na porcentagem
de deterioração entre estas, mostrando-se que
variabilidade genética para tal característica (CARVALHO et
al., 2019). A soja, após sua maturação, em se mantendo no
campo, pela impossibilidade de colheita devido às chuvas, e
com oscilação de umidade e temperatura por alguns dias,
acaba por sofrer embebições e secagens sucessivas que
acabam por deteriorá-la (SHELAR, 2008; MALIK, 2013;
MARCOS FILHO, 2015; PITOL, 2016; MATHIAS et al.,
2017). A cultivar BRS 7280RR apresentou o maior percentual
de deterioração em relação às demais, sendo que na última
época de retardo, atingiu 49,4 % de grãos avariados (Tabela
2), o que significa um elevado desconto por defeitos da soja
e, consequente, perda de lucratividade do produtor,
considerando que a tolerância para estes defeitos é de apenas
8% (BRASIL, 2007a). A escolha por cultivares com maior
tolerância a períodos chuvosos, onde impossibilidade de
colheita, é vantajosa, visto que o período em que há o maior
fluxo de colheita é concomitante com altos índices
pluviométricos (DALLACORT et al., 2011). Ainda na Figura
2, observa-se que os períodos de 7, 14 e 21 dias após R9
foram os que apresentaram diferenças entre as cultivares.
Tais observações inferem a tolerância ou suscetibilidade que
as cultivares apresentam em relação às intempéries do campo
após a maturação. Tais tolerâncias podem estar relacionadas
à lignina na vagem e no tegumento do grão, ou outras
características que lhes confere proteção contra a avaria
(GRIS et al., 2010; CARVALHO et al., 2019).
Quanto aos teores de proteína (Figura 3), observou-se
redução significativa nas cultivares BRS 7280RR e BRS
7680RR, apresentando comportamento quadrático. para as
demais cultivares, não houve diferenças entre os períodos.
Tal redução no teor de proteína pelo retardamento da
colheita ocorre durante o processo de deterioração das
sementes, com decréscimo do teor e da síntese de proteínas,
acréscimo do teor de aminoácidos, decréscimo do conteúdo
de proteínas solúveis e desnaturação provocada por
temperaturas altas (MARCOS FILHO, 2015). Resultados
semelhantes foram observados por Ziegler et al. (2016) em
grãos de soja armazenados em temperatura de 32ºC e
umidade de 18%, reduzindo-se os teores de proteína de 39
para 35,4%. Além disso, o comprometimento da estrutura do
grão leva a redução no teor de proteína bruta resultantes da
degradação de aminoácidos e peptídeos devido à degradação
por processos metabólicos (ZIMMER et al., 2014).
Em relação a Figura 4, observa-se aumento significativo
nos teores de óleo para todas as cultivares, exceto BRS
7380RR. Tal comportamento revela as alterações devido a
deterioração dos grãos. O aumento nos teores de óleo nos
grãos colhidos aos 14 e 21 dias após o período ideal de
colheita (Figura 4) está diretamente ligado à diminuição nos
teores de proteínas desses grãos, uma vez que esses dois
componentes (óleo e proteína) apresentam uma relação
inversa nos seus teores (RODRIGUES et al., 2010). Finoto
et al (2017) trabalhando com antecipação e retardo na
colheita também observou, após 20 e 30 dias de retardo,
diminuição nos teores de óleo em relação ao período de
maturação.
A cultivar BRS7280RR apresentou, de forma geral,
valores de acidez titulável do óleo superiores as demais
cultivares em todas as colheitas realizadas (Figura 5),
indicando ser essa cultivar mais suscetível as condições
climáticas (retardo na colheita) e, consequentemente, mais
suscetível aos danos como: grãos fermentados, mofados,
avariados e com incidência de fungos, quando comparada
com as demais cultivares estudadas, podendo ser esse um
fator intrínseco da genética da cultivar. Com o retardar das
épocas de colheita houve um aumento no índice de acidez,
para todas as cultivares avaliadas, com exceção da BRS
7780IPRO, o que era esperado, devido a maior permanência
dos grãos no campo, ficando mais sujeitos às condições
climáticas desfavoráveis como, por exemplo, o maior índice
pluviométrico, maiores ciclos de embebição e secagem, com
consequente degradação dos grãos.
A Tabela 3 apresenta a caracterização fenológica e de
produtividade das cultivares avaliadas. Observou-se
diferenças na altura de plantas, na população de plantas e na
massa de 100 grãos, sendo todas essas características
governadas geneticamente, sendo esperado, portanto, que
houvesse diferenças entre elas. A altura da inserção da
primeira vagem não diferenciou entre as cultivares, com
média de 9,3 cm. Apesar das diferenças de porte, estas são
consideradas de porte adequado ao cultivo. Heiffig et al.
(2011) citam como adequadas, alturas de plantas superior a
50 cm e altura de inserção da primeira vagem superior a 12
cm, a fim de se evitar problemas na colheita. Outros autores
Efeito do retardo na colheita na qualidade de grãos de cultivares de soja
Nativa, Sinop, v. 10, n. 1, p. 47-53, 2022.
52
como Rezende e Carvalho (2007) e Garcia et al. (2007)
relatam que altura de plantas entre 50 e 120 cm, associadas à
altura da inserção da primeira vagem entre 10 e 12 cm são
adequadas à colheita mecanizada, contudo, com a
modernização das colhedoras e das plataformas de colheita,
além de locais mais planos, como se observa nos cultivos de
Mato Grosso, vagens com inserção acima de 7 centímetros já
são suficientes e adequados a colheita, sendo inclusive
preferidos pelos produtores, que veem como defeito,
cultivares com inserção da primeira vagem altas.
Quanto a produtividade de grãos, observou-se que as
cultivares apresentaram, em média 47 sacos por hectare. O
valor, tido apenas como caracterização do experimento,
comtempla valores semelhantes aos encontrados em muitas
propriedades do norte do estado de Mato Grosso, onde o
solo ainda não está plenamente estruturado e em anos onde
a condição climática não permite que se obtenha mais altos
rendimentos.
5. CONCLUSÕES
Ocorreu o aumento dos grãos avariados, à medida que se
retardou a colheita, para todas as cultivares testadas.
Dentre as cultivares, BRS 7280RR apresentou o maior
percentual de deterioração e BRS 7780IPRO o menor
percentual, sendo, portanto, mais resistente à deterioração
que as demais cultivares testadas.
Quanto aos teores de proteína, observou-se redução
significativa nas cultivares BRS 7280RR e BRS 7680RR,
sendo que, nas demais cultivares, não se constatou diferenças
ao longo das épocas de retardo na colheita.
Estes trabalhos se revestem de grande importância com a
possibilidade de seleção de cultivares com maior tolerância à
chuva na colheita para plantio comercial, considerando-se a
presença de variabilidade genética observada para esta
característica. A cultivar que apresentar menor porcentagem
de grãos avariados no momento da colheita, deverá ser
preferido pelos produtores de soja, pois terão menores
descontos pelos defeitos apresentados e consequentemente,
maiores rentabilidades. Além disso, terão menor risco em
perder suas lavouras por excesso de precipitação, em relação
a cultivares menos tolerantes. Estudos sobre os efeitos do
retardamento de colheita podem auxiliar na definição dos
genótipos que visam as diferentes cadeias de produção,
aumentando a eficiência do setor.
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