Identificação de sítios de reprodução de Aedes aegypti com aeronave remotamente pilotada (ARP)
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 344-351, 2021.
350
procriação de larvas de mosquito da Dengue (SASKA et al.,
2012). Outra ressalva é o tempo de voo limitado do drone. O
voo de uma ARP requer um certo grau de especialização, em
especial para o piloto, no entanto, podem ser traçada
estratégias por parte de instituições de ensino superior como
as universidades federais, que poderiam realizar
especializações ou cursos de curta duração na capacitação dos
técnicos que irão realizar o monitoramento e busca de alvos
com procriação de larvas no ambiente urbano.
5. CONCLUSÕES
O uso de RPA como uma ferramenta de combate ao
Aedes aegypt se mostrou promissor, pois permitiu a
identificação de diferentes alvos seja pela cor, formato ou
tamanho, mantendo a qualidade das imagens em diferentes
altitudes composições vegetais e GSD.
No ambiente solo exposto, mesmo com pouca variação
de altura entre as imagens, a 60 metros houve um grande
número de alvos identificados, possivelmente devido ao fato
de o solo exposto oferecer um maior contraste, deixando
mais evidente a grande maioria de alvos.
Nos ambientes de vegetação seca, rasteira e alta as
imagens com mais identificações foram a 30 metros de altura,
pois na maioria das vezes os alvos estavam relativamente
mais camuflados e em alguns casos até encobertos pela
vegetação do local, o que pode ter dificultado as observações
em maiores alturas.
A 30 metros de altura com as imagens de 1 cm por pixel
proporcionou o maior número de alvos identificados ao
mesmo tempo que houve as melhores notas no quesito de
dificuldade para identificação dos alvos, a parte negativa da
escolha dessa altura é que em caso de grandes áreas onde é
necessário processar as imagens e gerar ortomosaicos, haverá
um grande número de fotos, resultando em mais tempo
necessário para o processamento.
O fato de o equipamento ser um dos RPA’s mais
populares no mercado, facilita replicar essa metodologia em
outros lugares e difundir essa funcionalidade para a
identificação, controle e combate de possíveis criatórios
(alvos) do Aedes aegypti e podendo ser ampliado para outros
tipos de vetores de doenças que não sejam aquelas
transmitidas pelo Aedes aegypti.
Espera-se que este trabalho possa auxiliar os governos e
suas políticas públicas para gestão de saúde, colaborando
com agentes de saúde e de endemias.
6. AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Programa de Pós-Graduação
em Gestão e Tecnologia Ambiental (PGTA), da
Universidade Federal de Rondonópolis (UFR). Este estudo
foi realizado com o apoio da Universidade Federal de
Rondonópolis - UFR/MEC - Brasil.
Ao Programa de Pós-Graduação em Tecnologias
Ambientais (PPGTA), da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul (UFMS). Este estudo foi realizado com o
apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul -
UFMS/MEC - Brasil.
A pesquisa também foi viabilizada pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) pela bolsa de produtividade em pesquisa concedida
a Normandes Matos da Silva (Processo 441975/2018-6,
305013/2018-1 e 315170/2018-2), e pela bolsa de
produtividade em pesquisa concedida a A. C. Paranhos Filho
(Processo CNPq 305013/2018-1).
Agradecemos à CAPES por nos fornecer acesso ao Portal
de Periódicos. Por fim, gostaríamos também de agradecer à
CAPES pela bolsa de doutorado concedida ao Dhonatan
Diego Pessi (processo número 88887.494036/2020-00).
7. REFERENCIAS
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