Nativa, Sinop, v. 9, n. 2, p. 202-208, mar./abr. 2021.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v9i2.11761 ISSN: 2318-7670
Viabilidade econômica do feijoeiro, sob lâminas de irrigação
e doses de nitrogênio
Jéssica Carvalho Borges NEVES1, Márcio José de SANTANA1, André Luís Teixeira FERNANDES2,
Matheus Pereira de ASSIS3, Jan Cornelis VAN KEMPEN3
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, Brasil.
2Universidade de Uberaba, Uberaba, MG, Brasil.
3Agrônomo autônomo, Uberaba, MG, Brasil.
*E-mail: jessicacbneves@gmail.com
(Orcid: 0000-0002-6700-5303; 0000-0003-1985-6880; 0000-0002-2727-3477;
0000-0002-7931-2167; 0000-0003-4569-2576)
Recebido em 29/01/2021; Aceito em 02/06/2021; Publicado em 25/06/2021.
RESUMO: A adubação nitrogenada e a irrigação são manejos necessários determinantes para uma boa
produtividade. É necessário evitar o uso indiscriminado de adubos e dos recursos hídricos, utilizando técnicas
agronômicas que diminuem os impactos socioeconômicos e ambientais. O estudo sobre a viabilidade
econômica do feijoeiro é importante para definir gastos futuros, minimizar utilização de recursos naturais e
aumentar a produção. O objetivo deste estudo foi avaliar economicamente a produção de feijão (cultivar
BRSMG Majestoso) sob diferentes lâminas de irrigação e doses de adubação nitrogenada. O experimento foi
conduzido no Instituto Federal do Triângulo Mineiro Campus Uberaba. Foram utilizados quatro níveis de
déficits de água no solo (15, 30, 45% e um fator sem déficit hídrico) e quatro doses de nitrogênio (50, 100, 150
e 200 kg ha-1), com quatro repetições, em blocos casualizados. Foram realizadas análises da eficiência econômica
da lâmina de água e do custo de produção de feijão em função da adubação nitrogenada. Após estudo dos
déficits, tanto a lâmina ótima econômica (446,6 mm) quanto a lâmina física (448,9 mm) encontradas, foram
semelhantes e proporcionaram produtividades similares. O maior rendimento bruto foi de R$ 7.653,99 quando
aplicado 100 kg ha-1 de nitrogênio.
Palavras-chave: água; ficit; adubação; Phaseolus vulgaris L.; economia.
Economic viability of bean, under irrigation blades and nitrogen doses
ABSTRACT: Nitrogen fertilization and irrigation are necessary management determinants for good
productivity. It is necessary to avoid the indiscriminate use of fertilizers and water resources, using agronomic
techniques that reduce socioeconomic and environmental impacts. The study on the economic viability of
beans is important to define future spending, minimize the use of natural resources and increase production.
The objective of this study was to economically evaluate the production of beans (cultivar BRSMG Majestoso)
under different irrigation depths and nitrogen fertilization doses. The experiment was conducted at the Federal
Institute of Triângulo Mineiro - Campus Uberaba. Four levels of soil water deficits (15, 30, 45% and one
without water deficit) and four nitrogen doses (50, 100, 150 and 200 kg ha-1) were used, with four replications,
in randomized blocks. Analyzes of the economic efficiency of the water depth and the cost of bean production
were carried out as a function of nitrogen fertilization. After studying the deficits, both the economic optimum
blade (446.6 mm) and the physical blade (448.9 mm) found were similar and provided similar productivity. The
highest gross yield was R$ 7,653.99 when 100 kg ha-1 of nitrogen was applied.
Keywords: water; deficit; fertilizing; Phaseolus vulgaris L.; economy.
1. INTRODUÇÃO
Plantas leguminosas possuem uma variedade de espécies
e ampla distribuição mundial, sendo que, o feijão (Phaseolus
vulgaris L.) é um dos grãos mais difundidos e consumidos em
todo o mundo e presente em todos os continentes. No Brasil,
a alta capacidade de adaptação climática e de solos desta
leguminosa permite seu cultivo durante todo o ano em todos
os estados do país, possibilitando constante oferta do
produto no mercado (CONAB, 2019).
Dentre os tratos culturais, a aplicação de nitrogênio e a
irrigação se tornam essenciais para uma maior produtividade
da cultura. O nitrogênio é geralmente o elemento essencial
requerido em maior quantidade pelas plantas. E como
elemento essencial sua deficiência impede seu
desenvolvimento, ou ainda, limita a sua produção. Sua
principal fonte está na atmosfera, na forma de N2.
Todavia, as plantas não o absorvem desta maneira, sendo
necessário passar por processos químicos de transformação,
para suas formas assimiláveis de nitrato (NO3-) e amônio
(NH4+). O N é absorvido em maior proporção na forma de
nitrato, depois do processo denominado nitrificação,
tornando disponível para a absorção pelas raízes
(MALAVOLTA, 1979).
Para a cultura do feijoeiro, de acordo Soratto et al. (2013),
o nitrogênio é exigido em grandes quantidades, pois cerca de
Neves et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 2, p. 202-208, mar./abr. 2021.
203
50% da quantidade absorvida seexportada para o grão. Em
relação à irrigação, Taiz; Zeiger (2013) relataram que o
estresse hídrico modifica processos fisiológicos e
morfológicos nas plantas, alterando a lula e inibindo
processos de crescimento.
Para a cultura do feijoeiro a água é muito importante,
sendo que o estádio de florescimento é crítico em casos de
deficiência hídrica. O uso racional de recursos como a água e
o adubo nitrogenado, pode acarretar em uma diminuição das
despesas do sistema produtivo e o aumento da receita. A
análise econômica auxilia nas decisões a serem tomadas,
sendo os parâmetros utilizados é a economia dos recursos
utilizados, maior produtividade e maior rentabilidade
econômica.
Diante desse exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar
economicamente a cultura do feijão sob diferentes lâminas de
irrigação e doses de nitrogênio.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi conduzido no campus Uberaba do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo
Mineiro localizado no município de Uberaba MG, situado
a 19° 39' 14.2" S e 47° 57' 28.8" W e de 795 m acima do nível
do mar com pluviosidade média anual de 1600 mm,
temperatura média anual de 22,6 °C e umidade relativa média
de 68% (INMET, 2020). O clima é classificado como AW,
tropical quente segundo a classificação de Beck et al. (2018),
apresentando inverno frio e seco.
O solo da área experimental foi classificado como
Latossolo Vermelho Distrófico, apresentando textura Franco
Arenosa (SANTOS et al., 2018), com pH na camada de 0
20cm de 5,8 (Tabela 1).
Tabela 1. Características químicas do solo (Uberaba, MG).
Table 1. Soil chemical characteristics (Uberaba, MG).
Características
Teores
pH em CaCl
2
5,8
P (mg dm
-3
31,12
K (mmolcdm
-3
)
2,96
Ca
2+
(mmolcdm
-3
26,2
Mg
2+
(mmolcdm
-3
15,7
Al
3+
(mmolcdm
-3
)
0
H + Al (mmolcdm
-3
)
16,0
SB
(mmolcdm
-3
)
44,86
T (mmolcdm
-3
)
60,86
V (%)
73,21
M.O. (g dm
-3
)
17,8
O experimento foi conduzido em blocos casualizados
(DBC), sendo empregado um esquema fatorial 4 x 4,
constituído por quatro lâminas de irrigação, 15, 30 e 45% e
um com 100% de reposição de água no solo, de acordo com
a necessidade da cultura (definida pelo manejo de irrigação,
através do uso de hastes tensiométricas instaladas nas
parcelas) e quatro doses de nitrogênio (na fonte ureia com
45% de N) de 50, 100, 150 e 200 kg.ha-1 diferenciadas em
cobertura no estágio V4, com a terceira folha trifoliolada se
encontra aberta. Foram realizadas quatro repetições. Cada
parcela experimental foi constituída de seis linhas de
semeadura com três metros de comprimento. As plantas
localizadas ao centro da área foram consideradas plantas úteis
para coletas de dados (área de 1 m2).
A cultivar utilizada no experimento foi a BRSMG
Majestoso que apresenta hábito de crescimento
indeterminado tipo III e grãos do tipo carioca (EMBRAPA,
2006). O sistema de preparo do solo foi o convencional,
realizado com o auxílio de grade niveladora e a abertura dos
sulcos por meio de cultivador, com hastes espaçadas a 50 cm.
O controle de plantas daninhas foi realizado através de capina
manual e o controle de pragas e doenças no feijoeiro foi
realizado conforme necessidade, com o uso de agrotóxicos
registrados para a cultura.
A colheita foi realizada aos 91 dias após a semeadura.
Posteriormente a colheita, os grãos foram pesados e tiveram
seu grau de umidade medido, para correção do peso para
umidade de 13% (CARVALHO, 2005) conforme (Equação
1). O peso dos grãos foi expresso em kg ha-1. A colheita foi
realizada manualmente e a determinação da umidade em
medidor padrão do IFTM.
)100(
)100.(
Ui
UoPc
P
(01)
em que: P: peso corrigido (kg ha-1); Pc: peso de campo (kg ha-1); Uo:
umidade medida após colheita (%); U: umidade de correção (13%).
Os dados climáticos foram obtidos através de um
termohigrômetro digital e um pluviômetro modelo Ville de
Paris instalados no local do experimento e aferidos pela
estação meteorológica automática localizada no IFTM -
Campus Uberaba (Figuras 1 e 2).
Figura 1. Temperatura e umidade relativa do ar durante o ciclo do
feijão, entre abril e agosto de 2017, Uberaba, MG.
Figure 1. Air temperature and humidity relative during the bean
cycle, from April to August 2017, Uberaba, MG.
Figura 2. Precipitação durante o ciclo do feijão, entre abril e agosto
de 2017, Uberaba, MG.
Figure 2. Precipitation during the bean cycle, from April to August
2017, Uberaba, MG.
0
5
10
15
20
25
30
35
0 20 40 60 80 100
Temperatura do ar (°C)
Dias após a semeadura
Tmáxima Tmédia Tmínima
50
60
70
80
90
100
0 20 40 60 80 100
Umidade do ar (%)
Dias após a semeadura
0
10
20
30
40
50
60
70
0 20 40 60 80 100
PRecipitação (mm)
Dias após a semeadura
Viabilidade econômica do feijoeiro, sob lâminas de irrigação e doses de nitrogênio
Nativa, Sinop, v. 9, n. 2, p. 202-208, mar./abr. 2021.
204
A irrigação foi efetuada por quatro microaspersores
instalados nas parcelas, com sobreposição de 50% instalados
a 20 cm do solo, apresentado a intensidade de aplicação de
7,5 mm h-1, simulando uma aspersão, elevando os
microaspersores do solo. Hastes tensiométricas foram
instaladas em cada tratamento para avaliar a tensão de água
no solo e umidade. A leitura dos dados foi realizada durante
o período da manhã.
Para obtenção da evapotranspiração de referência foi
utilizado a equação de Hargreaves (Equação 2).
𝐸𝑇𝑜 = 0.0023 𝑋 (𝑇𝑚é𝑑 + 17,8)𝑥 (𝑇𝑚á𝑥 𝑇𝑚í𝑛),𝑥𝑅𝑎𝑥0,408 (02)
em que: ETo: evapotranspiração de referência (mm d-1); Tmín:
temperatura mínima (°C); Tmáx: temperatura máxima (°C); Tméd:
temperatura média (°C); Ra: radiação no topo da atmosfera (MJ m-
2 d-1).
Os valores de evapotranspiração da cultura no tratamento
sem déficit hídrico foram obtidos através das Equação 3 e 4,
sendo que as demais lâminas de irrigação obedeceram à
mesma proporção.
ETc = ETo × Kc × Ks (03)
LB = LL ÷ 
 (04)
em que: ETc: evapotranspiração da cultura (mm d-1); Kc: coeficiente
da cultura (adimensional); Ks: coeficiente de umidade
(adimensional); LL: lâmina líquida de irrigação (mm); LB: mina
bruta de irrigação (mm); Ea: eficiência de aplicação do sistema
(decimal) que é a relação entre o volume de água que a planta
necessita e o volume de água que o emissor disponibiliza; Cu:
coeficiente de uniformidade do sistema (decimal), através de copos
medidores distribuídos na área dos aspersores.
Para o fator de estudo sobre as lâminas de irrigação
utilizou-se o modelo de Função de Produção.
O modelo utilizado para o ajuste da função de produção
foi um polinômio do segundo grau, conforme Equação 5:
𝑦 = 𝑓(𝑤)=𝑎+𝑏.𝑥 𝑤+𝑐.𝑥𝑤 (05)
em que: y: produtividade (kg há-1); w: lâmina total de água aplicada
(mm); a, b e c: parâmetros da equação.
Para a composição do custo da irrigação a ser empregado
na análise econômica, tomou-se por base o sistema de pivô
central por expressar a realidade dos produtores da região,
com especificações constantes da Tabela 2.
O custo do sistema de irrigação foi de R$ 520.000,00,
sendo o custo por ha de R$ 8.665,22. O valor residual foi
estimado em 20% do valor da aquisição, o que equivale a R$
104.000,00. A depreciação do sistema foi calculada conforme
Equação 6:
Vu
VrVc
Dp
(06)
em que: Dp: depreciação do sistema (R$); Vc: valor de compra do
sistema (R$); Vr: valor residual do sistema (R$); Vu: vida útil do
sistema (anos).
Considerando que o equipamento será utilizado por dois
ciclos em cada ano e a vida útil de 10 anos, a depreciação é
de R$ 346,60 por hectare por ciclo.
A manutenção e a operação do sistema equivalem a 2%
do valor de aquisição, o que representa R$ 86,65 por hectare
e ciclo de produção.
O custo da energia para bombeamento varia de acordo
com a classe de consumidor e tipo de contrato.
Consideraram-se no presente estudo, a classe consumo rural
e o grupo de tensão A, em função do motor utilizado pelo
sistema de irrigação (rede trifásica de 380 V). Foram
considerados a demanda de potência (kW) e o consumo de
energia (kW h-1); adotou-se, para a análise a tarifa horo-
sazonal, considerando o horário fora de ponta (HFP) e o
horário fora de ponta/noturno (HFP/N), cujo valor
representa 22% do valor cobrado pelo HFP (todos no
período seco). O consumo de energia (C), a demanda de
potência (D) e o custo final (CF) de energia (R$) foram
calculados com as Equações 7, 8 e 9. A potência (P) é dada
em cv.
PC .8,064,2 (07)
736,0.P
D (08)
82,0
)..()..().( fpn
H
fpn
T
fpn
C
fp
H
fp
T
fp
C
d
T
c
D
CF
(09)
em que: η: rendimento, decimal; Dc: demanda total contratada, kW;
Td: tarifa de demanda, R$ kW; Cfp: consumo de energia em horário
fora de ponta, kW h-1; Tfp: tarifa de consumo em horário fora de
ponta, R$ kW h-1; Hfp: horas utilizadas no horário fora de ponta, h;
Cfpn: consumo de energia em horário fora de ponta/noturno, kW h-
1; Tfpn: tarifa de consumo em horário fora de ponta/noturno, R$ kW
h-1; Hfpn: horas utilizadas no horário fora de ponta/noturno, h.
Tabela 2. Características do sistema pivô central utilizado nos
cálculos dos custos da energia.
Table 2. Characteristics of the central pivot system used in energy
cost calculations.
Item Descrição
Marca Valley
Modelo 4871-8000-VSL/8-1.007
Propulsão Elétrica
Número de torres 8
Raio total irrigado 437,07 m
Área circular irrigada 60,01 ha
Altura livre entre torres 2,74 m
Precipitação diária (lâmina bruta) 8,0 mm dia-1
Período (rele a 100%) 9,24 h
Lâmina por percurso (a 100%) 3,52 mm
Composição
4 lances médio e 4 lances
longos, com balanço de 20
m, com spray final, sem
canhão final.
Aspersores I Wob com peso, com tubo
de descida flexível
Vazão total 228,61 m³ h-1
Comprimento até a última torre 411,69 m
Pressão no final da tubulação 13,0 atm
Perda de carga total 5,8322 mca
Altura manométrica total 70,66 mca
Vazão por área 3,81 m³ h-1 ha-1
Comprimento da tubulação 432,57 m
Dados cedidos pela Valmont, Uberaba, MG. Novembro, 2020.
Neves et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 2, p. 202-208, mar./abr. 2021.
205
Para o cálculo da energia de bombeamento, utilizou-se a
lâmina aplicada no tratamento 100% (472 mm). Considerou-
se o pivô a 60% de velocidade no per centímetro a cada
irrigação, com um total de 15,4 h, sendo 9 h de irrigação no
HFP/N e 6,4 h no HFP. A potência no eixo calculada foi de
80,24 cv e a comercial de 100 cv, com rendimentos de motor
e bomba de 0,9 e 0,73, respectivamente. Os valores de
tarifação para novembro de 2020 foram: demanda HFP de
R$ 3,70 e consumo HFP período seco R$ 0,50552 kW h-1 e
R$0,3282 kW h-1 para HFP noturno.
Substituindo-se todos os valores citados anteriormente
nas Equações 7, 8 e 9 tem-se um custo de bombeamento de
R$ 1.128,71 por ha e ciclo de cultivo.
Não foi considerado o custo para o volume de água utilizado,
sendo a captação considerada pública ou de uso do produtor.
Os custos operacionais efetivos (variáveis) foram
compostos apenas pela energia de bombeamento e
manutenção. A margem bruta foi dada por MB = Py x Y-
custo operacional efetivo.
O preço de venda do feijão verde foi a partir da média
dos meses no ano de 2019 sendo de R$ 2,91 por quilo.
O custo do fator água (energia + manutenção) foi de R$
2,39 por mm de lâmina aplicada.
Considerando que o lucro é máximo quando a primeira
derivada do rendimento em relação à lâmina total de água for
igual à relação entre fator e produto (Equação 10), tem-se:
Py
Pw
cWb
W
Y
2 (10)
Considerou-se como lâmina de água economicamente ótima
aquela que conduziu ao rendimento com máxima margem
bruta. Dessa forma derivou-se a estimativa das funções de
produção, obtendo-se o valor do PFMa e, em seguida,
igualou-se à relação preço da água e do produto (Equação
11).
Py
Pw
W
W
Y
362,05,162 (11)
Optou-se para a avaliação econômica das doses de
nitrogênio, utilizando planilhas de custos de produção para
cada tratamento.
A análise econômica para os tratamentos de aplicação de
nitrogênio foi baseada no modelo de custo de produção do
(AGRIANUAL, 2019). Foram gerados quatro custos de
produção (um por tratamento).
Foram considerados os custos da ureia e sua aplicação (a
lanço). O preço da ureia foi de R$ 3,64 kg. Comparou-se o
incremento de produtividade, o custo de produção, o
acréscimo da receita bruta e o acréscimo da receita líquida.
Entende-se por incremento de produtividade a diferença
entre a produtividade de grãos correspondente a cada um dos
tratamentos. O acréscimo de receita bruta foi determinado
pelo acréscimo de produtividade multiplicado pelo preço de
venda do feijão. O acréscimo de receita líquida foi obtido pela
diferença entre o acréscimo de receita bruta e os custos da
adubação nitrogenada. Para a variável produtividade foi
realizada análise de variância pelo teste F a 5% de
probabilidade e regressão para análise das médias.
3. RESULTADOS
Na Tabela 3 estão apresentados os valores médios de
tensão de água no solo e a lâmina total aplicada em cada
tratamento. As tensões de água no solo média variaram de
12,83 a 16,32 kPa. Os déficits foram feitos a partir da lâmina
diária total, retirando a porcentagem do déficit.
Tabela 3. Tensão de água no solo e lâminas aplicadas no
experimento, Uberaba, MG.
Table 3. Soil water tension and applied blades in the experiment,
Uberaba, MG.
Déficit Hídrico
(%)
Tensão de água no
solo (kPa)
Lâmina aplicada
(mm)
0
12,83
472
15
13,56
433
30
16,32
394
45
14,17
354
Em relação aos dados climáticos, somando-se a
precipitação durante a condução do experimento, foram
verificadas as lâminas de 472, 433, 394 e 354 mm aos
respectivos déficits de 0, 15, 30 e 45%. As umidades relativas
do ar mínima, média e máxima durante o desenvolvimento
da cultura foram de 52,62%; 72,80% e 92,06%,
respectivamente. A temperatura no período de
desenvolvimento da cultura variou de 5,60ºC a 29,90ºC,
sendo que a temperatura média durante a condução do
experimento foi de 19,1ºC. O valor de temperatura
recomendado para o pleno desenvolvimento do feijoeiro é de
29ºC durante o dia e 21ºC durante a noite.
As doses de nitrogênio não influenciaram na
produtividade do feijoeiro, os déficits influenciaram a
produtividade e esses dados foram significativos a 0,05%.
Não houve interação significativa entre os déficits hídricos e
as doses de nitrogênio, sendo avaliados seus
comportamentos separadamente (Tabela 3).
Tabela 4. Resumo do quadro de Análise de Variância para a variável:
Produtividade de grãos (Prod.), Uberaba, MG.
Table 4. Summary of the Analysis of Variance table for the variable:
Grain yield (Prod.), Uberaba, MG.
FV¹
GL²
Prod.
Déficit (D)
3
0,000
4
Doses de
Nitrogênio (N)
3
0,9870
ns
D X N
9
0,6983
ns
Média geral
4.174,24 kg ha
-1
CV³
(%)
21,23
Erro
45
A produtividade foi influenciada pelas lâminas de
irrigação, dando efeito significativo aos tratamentos. Maiores
produtividades foram alcançadas quando o déficit hídrico
atingiu 9,72%. Observa-se que a produtividade decresceu
quando a lâmina de água ultrapassou os 450 mm.
Os produtos físicos marginais (PFMa) foram obtidos a
partir da função de produção (Figura 3) gerada a equação Y.
Derivando a equação da Figura 3, obtivemos as lâminas física
econômica e ótima econômica e também as produtividades
físicas econômica e ótimas econômica.
A lâmina sica (448,9 mm) e a lâmina econômica (446,6
mm) foram semelhantes e proporcionaram valores de
produtividades aproximadas, que foram 4.859,72 kg e
4.858,76 kg respectivamente (Tabela 5). A diferença entre as
lâminas física e ótima econômica foi 2,3 mm, ao preço de R$
Viabilidade econômica do feijoeiro, sob lâminas de irrigação e doses de nitrogênio
Nativa, Sinop, v. 9, n. 2, p. 202-208, mar./abr. 2021.
206
2,39 o mm de água, o custo dessa diferença foi de R$ 5,49.
As diferenças dessas produtividades foram de 0,96 kg.
Considerando o valor médio do quilo do feijão de R$ 2,91, o
custo da diferença seria de R$ 2,79 kg.
Para a análise econômica das doses de nitrogênio, o maior
rendimento bruto do feijão se deu quando foi incorporado
100 kg ha-1 de nitrogênio. O tratamento com 150 kg ha-1 de
nitrogênio proporcionou menor produtividade do feijão de
4.170,00 kg, foi um dos custos de produção mais onerosos
(R$4.786,33) e também com um dos menores rendimento
bruto (R$ 7.348,37) (Tabela 6).
Figura 3. Produtividade do feijão em função das lâminas aplicadas.
Figure 4. Bean yield as a function of applied blades.
Tabela 5. Lâminas que proporcionaram máxima produtividade física
estimada, produtividade física máxima estimada, lâminas que
proporcionaram xima produtividade econômica, produtividade
economicamente ótima e porcentagem que a lâmina ótima
econômica representa da lâmina física estimada.
Table 5. Blades that provided maximum estimated physical
productivity, estimated maximum physical productivity, blades that
provided maximum economic productivity, economically optimal
productivity and percentage that the economic optimal blade
represents of the estimated physical blade.
L.F. (mm)
P.F.
(kg ha-1)
L.O.
(mm)
P.O.
(kg ha-1) %L.F.
448,9 4.859,72 446,6 4.858,76 99,98
L.F. = lâmina física estimada; P.F. = produtividade física estimada; L.O. =
lâmina ótima; P.O. = produtividade ótima e %L.F. = porcentagem que a
lâmina ótima representa da lâmina física.
Tabela 6. Valores para custo de produção e lucro gerado por cada
tratamento do feijão, por hectare. Uberaba, MG.
Table 6. Values for production cost and profit generated by each
bean treatment, per hectare. Uberaba, MG.
Doses de N
(kg ha-1)
Produtividade
(kg ha-1)
Custo de
Produção
(R$ ha-1)*
Rendimento
bruto
(R$ ha-1)
50 4.108,20 4.422,33 7.532,53
100 4.212,48 4.604,33 7.653,99
150 4.170,00 4.786,33 7.348,37
200 4.205,00 4.968,33 7.268,22
*valores baseados no Agrianual 2019, para um hectare plantado.
Para o ano de 2019, o custo da ureia foi de R$ 3,64 kg,
valor muito a cima dos anos anteriores. O quilo do feijão para
o ano de 2019, nas regiões produtoras de Minas Gerais foi de
R$ 2,91, sendo que o quilo do feijão estava sob um valor
maior do que a média dos anos anteriores. Doses altas de
nitrogênio aumentam o custo de produção do feijão, sendo
necessária a utilização de análise de dados para verificar a
viabilidade da dose.
4. DISCUSSÃO
Ao analisar os dados, nota-se que a tensão de água no solo
variou e não foi suficiente para avaliar as lâminas de água,
sendo necessário fazer a análise econômica. Dentre as
tensões de água no solo (30, 40, 50, 60 e 70 kPa) estudadas
por Brito et al. (2015), a tensão que promoveu maior
incremento na produtividade do feijão cv. BRSMG
Majestoso foi a de 30 kPa. Sobre o nitrogênio, Pacheco et al.
(2016) e Guimarães et al. (2017) observaram que as doses de
nitrogênio não apresentaram efeito significativos para a
cultura.
Infere-se que a fixação biológica de nitrogênio está sendo
eficiente e está suprindo as necessidades da planta sobre esse
nutriente. Pacheco et al. (2016) e Guimarães et al. (2017)
também observaram que o nitrogênio não apresentou
resultados significativos para a cultura, sem diferença
estatística.
O déficit hídrico foi significativo, com aumento
expressivo da produtividade. Avaliando os níveis de déficit
hídrico no solo de 25, 50, 75, 100, 125, e 150%, Aleman;
Mingnacca (2015) concluíram que a cultivar Pérola produziu
mais no nível de 75% de água no solo, sendo benéfico para a
cultura. Em trabalho conduzido por Sales et al. (2017), foi
verificado que a maior produtividade da cultivar BRSMG
Majestoso foi de 3.422,19 kg ha-1, com uma lâmina de 226,96
mm, sendo esta lâmina menor cerca de 29% da lâmina de
319,68 mm que foi a maior utilizada.
Torres et al. (2013), avaliando diferentes coberturas do
solo e lâminas de irrigação (40, 70, 100, 130 e 160% da
evapotranspiração diária), também se verificou uma maior
produtividade de grãos quando utilizado a reposição de
100%.
Comparando os resultados obtidos nesse experimento
com os resultados encontrados na literatura, nota-se que
déficits pequenos ocasionam produtividades semelhantes à
produtividades com lâminas de 100% de reposição de água
no solo. Isso mostra que pequenos déficits podem gerar
economia do uso da água e consequentemente do uso de
energia elétrica.
Como o preço do quilo do feijão ficou aproximado do
valor do custo do valor de água, sendo alguns centavos de
diferença (R$ 0,52), a porcentagem de que a lâmina ótima
econômica representa da lâmina física estimada ficou
próxima de 100%. Isso mostra que tanto a lâmina ótima
quanto a lâmina física podem ser utilizados e que
proporcionaram produtividades semelhantes, sendo
necessário utilizar critérios de racionalidade de recursos.
A melhor eficiência no uso da água para Osti et al. (2019),
foi pela a lâmina ótima de 522,17 mm. A lâmina considerada
ótima economicamente reduz gastos com a quantidade de
água consumida, reduz os custos das lâminas, otimizando
lucros, com equilíbrio financeiro e ambiental (SILVA et al.,
2013).
Silva et al. (2019) verificaram que a máxima produção de
1.760 kg ha-1 foi com 204 mm e com o valor da saca de 60 kg
de R$ 70,00. As produtividades máximas econômicas de
1.790 kg ha-1 e 1.810 kg ha-1 foram atingidas com 221 mm e
232 mm de água e com valores de saca de R$ 90,00 e R$
110,00.
y = -0,1817x2+ 162,53x - 31613
R² = 0,8044
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
300 350 400 450 500
Produtividade (kg ha-1)
Lâmina aplicada (mm)
Neves et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 2, p. 202-208, mar./abr. 2021.
207
Sobre o custo de produção do feijão sob as doses de
nitrogênio, comparou-se os tratamentos de 50 kg ha-1 com o
200 kg ha-1 a diferença de produtividade chega a 96,8 kg ha–1
e a diferença do custo de produção são de R$ 546,00 por
hectare. Multiplicando esses valores, a diferença de
produtividade em 60 ha é de 5.808,00 kg e o valor do
nitrogênio de R$ 32.760,00. O custo do nitrogênio impactou
o custo de produção da cultura, comparando a dose de 50 kg
ha-1 com a dose de 200 kg ha-1. Para Rosa et al. (2020), a dose
de 240 kg ha-1 de N em cobertura, resultou na maior receita
líquida e consequentemente na maior viabilidade econômica.
Fiorentin et al. (2012) observaram que, na sucessão com
milho-grão exclusivo, onde o aumento da produtividade pela
aplicação de N em cobertura foi crescente, a única margem
bruta positiva de ganho na venda dos grãos de feijão foi
alcançada com o uso da dose de 160 kg ha-1 de N, o que,
segundo os autores, demonstra ser indispensável a utilização
de elevadas doses de N em cobertura, para o feijoeiro
cultivado em sucessão ao milho-grão.
Entretanto, para Oliveira et al. (2019) a cultura tem baixa
eficiência na absorção de N pelas raízes e exige em média 100
kg ha–1 para suprir suas necessidades nutricionais.
5. CONCLUSÕES
O maior rendimento bruto foi proporcionado com a
aplicação de 100 kg ha-1 de nitrogênio. A dose de 150 kg ha-1
de nitrogênio promoveu o menor rendimento bruto e o
segundo custo de produção mais oneroso e a dose de 200 kg
ha-1 apresentou maior custo de produção e menor
rendimento bruto.
A lâmina de água que proporcionou maior produtividade
foi de 448,9 mm.
6. AGRADECIMENTOS
Ao Instituto Federal do Triângulo Mineiro pelo apoio
durante a conclusão do Mestrado.
7. REFERÊNCIAS
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