Nativa, Sinop, v. 9, n. 3, p. 286-293, mai./jun. 2021.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v9i3.11071 ISSN: 2318-7670
Cultivo consorciado de batata-doce e milho pipoca: crescimento
e produção das culturas
Marciel REDIN1*, Scheila Andrieli Silveira BONES1, Jackson Eduardo Schmitt STEIN1,
Eduardo CANEPELLE1, Andersson Daniel STEFFLER1, Rodrigo ROTILI JUNIOR1,
Rafaela Fátima SERAFINI1, Patrique Jardel RADONS1
1Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Três Passos, Rio Grande do Sul, Brasil.
*E-mail: marcielredin@gmail.com
(Orcid: 0000-0003-4142-0522; 0000-0003-0698-8980; 0000-0003-3373-2550; 0000-0002-4029-5558; 0000-0003-1907-
7510; 0000-0001-5962-414X; 0000-0001-5369-7006; 0000-0002-8721-1649)
Recebido em 03/09/2020; Aceito em 24/06/2021; Publicado em 12/07/2021.
RESUMO: O objetivo foi avaliar o crescimento das plantas, produção de raízes de batata-doce (Ipomoea batatas)
e grãos de milho pipoca (Zea mays) em sistema de cultivo solteiro e consorciado. Foram avaliadas quatro
cultivares de batata-doce e uma de pipoca em blocos casualizados com três repetições em condições de campo.
No cultivo solteiro, a pipoca e batata-doce foram espaçadas 75 cm entre linhas. No consorciado, o plantio da
batata-doce foi no centro das entre linhas da pipoca. A adubação foi realizada com cama de frango. Aos 30, 60
e 90 dias foi avaliado o número de folhas, altura das plantas, diâmetro do colmo/baraços e comprimento de
baraços. No florescimento foi determinada a matéria seca das plantas, na maturação fisiológica a produção de
grãos da pipoca e aos 180, as raízes da batata-doce. Observou-se que a pipoca apresentou a maior produção de
matéria seca, número de folhas, diâmetro de colmos e altura de plantas quando solteiro, as cultivares de batata-
doce quando consorciadas menor produção de matéria seca e raízes, a produção de grãos de pipoca não
apresentou diferença entres os sistemas de produção. O sistema consorciado de pipoca e batata-doce promove
maior produção de matéria seca e produção de alimentos por área.
Palavras-chave: policultivos; sustentabilidade; agricultura familiar; Ipomoea batatas; Zea mays.
Intercropped cultivation of sweet potatoes and popcorn: growth and
production of crops
ABSTRACT: The objective was to evaluate plant growth, sweet potato productivity (Ipomoea batatas) and grains
of popcorn (Zea mays) in single and intercropped systems. Four sweet potato cultivars and one popcorn in
randomized blocks were evaluated with three replications in field conditions. In single cultivation, popcorn and
sweet potatoes were spaced 75 cm between rows. In the intercropped, the sweet potato was in the center of
between the lines of popcorn. Fertilization was carried out with chicken manure. At 30, 60 and 90 days, the
number of leaves, plant height, stem/tiller diameter and tether length were evaluated. At flowering, the dry
matter of the plants was determined, at physiological maturity the grain yield of the popcorn and at 180, the
roots of the sweet potato. It was observed that the popcorn showed the highest production of dry matter,
number of leaves, stem diameter and plant height when single, sweet potato cultivars when intercropped, lower
production of dry matter and roots, the productivity of popcorn grains there was no difference between the
production systems. The intercroped system of popcorn and sweet potatoes promotes greater production of
dry matter and food productivity per area.
Keywords: polyculture; sustainability; family farming; Ipomoea batatas; Zea mays.
1. INTRODUÇÃO
O modelo de produção em policultivos ou culturas
consorciadas pode ser considerado um método antigo,
porém seus princípios podem ser resgatados, com foco nos
emergentes e atuais sistemas de produção sustentáveis.
Diversos autores, apontam que o uso de policultivos é uma
medida técnica entre as práticas recomendadas pela
Agroecologia, que promove vantagens aos agricultores
dispondo de maior diversidade de cultivos, diminuição dos
riscos de perdas das colheitas por problemas adversos e
redução das pragas no agroecossistema, com consequente
aumento dos inimigos naturais que garantem um equilíbrio
biológico no sistema (BRITO et al., 2016; ALTIERI, 2018;
ARAÚJO et al., 2019). Os policultivos, principalmente do
gênero orgânico, são compreendidos como a implantação de
duas ou mais culturas, dispostas na área cultivada em fileiras,
plantadas em épocas iguais ou diferentes, sendo uma técnica
utilizada para suprir as diferentes necessidades familiares
(ALTIERI, 2012).
A principal razão pela qual agricultores utilizam
policultivos é a possibilidade de obtenção de maiores
produções na mesma área, equivalendo ou, na maioria das
vezes, superior a uma área com sistema de monocultura
(FERREIRA et al., 2014). Ainda a utilização da técnica de
policultivos, nas suas diversas possibilidades de combinações
Redin et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 3, p. 286-293, mai./jun. 2021.
287
de culturas, auxilia na qualidade do solo como, maior
biodiversidade (BRITO et al., 2016; BETANCUR et al.,
2018;, maior cobertura do solo e, consequentemente, melhor
controle sobre a erosão do solo (PANACHUKI et al., 2011),
controle de plantas daninhas (RESENDE et al., 2016),
interfere na decomposição dos resíduos culturais da mistura
(AITA; GIACOMINI, 2003), maior eficiência de uso da terra
(MOLINA-ANZURES et al., 2016) e maior aproveitamento
de recursos renováveis, não renováveis e insumos utilizados
nos cultivos (REZENDE et al., 2006; RIBEIRO et al., 2020).
Por outro lado, a aplicação sequencial de culturas solteiras em
áreas agrícolas repetidamente, aliada a movimentação das
camadas do solo a adição errônea de nutrientes retirados do
sistema, são pontos limitantes para sustentabilidade dos
recursos naturais, produção, e consequentemente afeta a
conservação deste recurso de suma importância para
transição de sistemas agrícolas mais sustentáveis (BERTIN et
al., 2005).
O equilíbrio do meio de cultivo, através da transição
agroecológica possibilita restaura-se a resiliência e o vigor do
agroecossistema, tornando a biodiversidade a principal
técnica para evocar auto regulação e a sustentabilidade
(ALTIERI, 2018). O manejo sustentável de um
agroecossistema depende de seu nível de biodiversidade,
riqueza de matéria orgânica, reposição adequada da
fertilidade do solo, entre outros (GONZÁLEZ DE
MOLINA; GUZMÁN CASADO, 2017), com isso, é
fundamental o entendimento do uso da ocupação e papel do
solo nos processos de transição agroecológica ou agriculturas
de base ecológica. Nesse contexto, a agroecologia refere-se a
estratégias e conhecimentos que vão além de aspectos
tecnológicos ou agronômicos da produção, que necessita
incorporar dimensões mais amplas e complexas, incluindo
variáveis econômicas, sociais, ambientais, culturais, políticas
e éticas da sustentabilidade (VARGAS et al., 2013). O
agricultor familiar, costumeiramente, usa práticas que
repetem aquelas usadas por seus antepassados e também
aquelas que são observadas na natureza, os saberes culturais,
através disso se observa a agrobiodiversidade existente em
seus sistemas produtivos, por exemplo, os policultivos (RÓS
et al., 2013; ALTIERI, 2018).
A batata-doce é uma espécie pertencente à família
Convolvulaceae originária da América do Sul, possui diversas
cultivares e ampla adaptação às condições climáticas do Brasil
(MANTOVANI et al., 2018). O cultivo de batata-doce está
intimamente ligado a agricultura familiar em cultivo
consorciado com outras culturas através do preparo
convencional do solo, sendo que a produção é utilizada
totalmente para consumo próprio (RÓS et al., 2013). Da
mesma forma, a cultura do milho, o tipo pipoca, espécie
pertencente à família Poaceae é uma cultura amplamente
difundida na agricultura familiar, pois apresenta importância
alimentar e econômica tendo em vista o maior valor
comercial comparado ao milho. O cultivo solteiro de batata-
doce e milho pipoca em escala comercial é predominante,
porém, o cultivo consorciado, ainda é muito utilizado,
principalmente na agricultura familiar. No entanto, são
poucos trabalhos que resgatam o cultivo dessas espécies em
sistema consorciado e avaliam o desempenho agronômico
desse sistema de produção, sobretudo com milho pipoca.
Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento das
plantas, produção de raízes de batata-doce e grãos de milho
pipoca em sistemas solteiro e consorciado.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado por dois anos experimentais,
safras 2015/16 e 2016/17 em Bom Progresso, RS, em
Latossolo Vermelho. A instalação do experimento, em cada
ano experimental, ocorreu em outubro, disposto em blocos
casualizados com três repetições, totalizando 27 parcelas
experimentais de 6 m-2 (2 x 3 m). A semeadura do milho de
variedade tipo pipoca crioulo no sistema solteiro e
consorciado foi realizado em linhas, duas plantas por cova,
com espaçamento de 20 cm entre plantas e 75 cm entre
linhas. O plantio das cultivares de batata-doce, BRS Amélia,
BRS Cuia, BRS Rubissol e Crioula, foi realizado com mudas
de 3-4 folhas e de maneira similar ao milho pipoca crioulo,
porém com espaçamento de 25 entre plantas na linha de
semeadura. No plantio consorciado as mudas de batata-doce
foram dispostas também em linhas no centro das entrelinhas
do milho pipoca crioulo. A cultivar crioula de milho pipoca e
batata-doce foram provenientes de agricultores locais, as
outras cultivares de batata-doce da Embrapa Clima
Temperado.
A adubação foi realizada conforme as necessidades do
solo e estabelecidas conforme o Manual de Adubação e
Calagem para estados do RS e de SC. A dose utilizada foi de
7000 kg/ha (4,2 kg/parcela) de cama frango de quatro lotes,
dividida em duas partes, metade na semeadura/plantio e a
outra metade em cobertura após 45 após plantio/semeadura.
As plantas daninhas foram controladas semanalmente com
capinas manuais. Para controle de pragas e doenças foram
realizadas aplicações quinzenais de óleo de neem. O
experimento foi conduzido em condições naturais e sem
irrigação. A figura 1 apresenta os dados de precipitação,
temperatura média do ar e radiação solar durante o período
do experimento.
Figura 1. Precipitação, temperatura média do ar (A) e radiação solar
(B) durante os dois anos experimentais.
Figure 1. Rainfall, mean air temperature (A) and solar radiation (B)
during the two year experimental.
0
5
10
15
20
25
30
35
0
60
120
180
240
300
360
420
Nov/15
Dez/15
Jan/16
Fev/16
Mar/16
Abr/16
Nov/16
Dez/16
Jan/17
Fev/17
Mar/17
Abr/17
2015/16 2016/17
Temperatura (°C)
Precipitação (mm)
Precipitação Temperatura ar
0
5
10
15
20
25
Nov/15
Dez/15
Jan/16
Fev/16
Mar/16
Abr/16
Nov/16
Dez/16
Jan/17
Fev/17
Mar/17
Abr/17
2015/16 2016/17
Radiação solar (MJ/m² dia)
(B)
(A)
Cultivo consorciado de batata-doce e milho pipoca: crescimento e produção de mudas
Nativa, Sinop, v. 9, n. 3, p. 286-293, mai./jun. 2021.
288
No milho pipoca foi determinado a altura das plantas,
número de folhas, diâmetro (Ø) colmo e na batata-doce o
número de folhas, comprimento e Ø dos baraços aos 30, 60
e 90 dias. No início do experimento foram identificadas em
todos os tratamentos seis plantas de cada cultura, nas quais
sempre foram realizadas todas as avaliações. O Ø dos baraços
foi determinado no baraço principal, na posição 20 cm a
partir da base da planta, e Ø do colmo do milho a 3 cm do
nível do solo, ambos com paquímetro. A determinação da
matéria seca das cultivares de batata-doce foi realizada no
momento da floração com auxílio de um quadrado de
madeira de 50cm x 50cm, disposto aleatoriamente no interior
das parcelas e coletada a biomassa verde da área. A matéria
seca das plantas de milho pipoca foi determinada no pleno
florescimento com a coleta de dois segmentos de 75 cm cada.
O material verde foi seco em estufa a 65ºC até peso
constante, e posteriormente determinada a matéria seca.
Para a determinação da produção de grãos do milho
pipoca, foram colhidos na área útil de cada parcela
experimental, manualmente, dois segmentos de linha de 75
cm cada. Após a colheita, as espigas foram debulhadas, os
grãos secos ao ar, pesados e determinada a produção de grãos
da cultura, corrigida para 13% de umidade. A análise do Ø,
comprimento, número de fileiras e grãos por fileiras nas
espigas, foi realizada em seis espigas de milho pipoca de cada
tratamento. A produção das raízes de batata-doce foi
determinada 180 dias após o plantio das mudas através da
colheita manual das raízes de seis plantas por parcela,
posteriormente lavadas em água corrente, secas ao ar e
pesadas.
Os dados obtidos foram submetidos ao teste de variância
(ANOVA) e as médias foram comparadas pelo teste de
Tukey 5%.
3. RESULTADOS
A análise dos dados não mostrou diferença entre os anos
experimentais para as variáveis analisadas. A produção de
matéria seca da parte aérea das plantas foi maior para a cultura
do milho, sendo o cultivo solteiro com a maior produção de
4788 kg/ha (Figura 2).
Figura 2. Produção de matéria seca da parte aérea das culturas de
batata-doce e milho pipoca nos sistemas solteiros e consorciados.
Barras seguidas de letras maiúsculas para milho pipoca e minúsculas
para batata-doce, respectivamente, em sistemas solteiros e
consorciados não diferem entre si pelo teste de Tukey 5%.
Figure 2. Production of dry matter shoot of sweet potato and
popcorn crops in single and intercropped systems. Bars followed by
uppercase letters for popcorn and lowercase letters for sweet
potatoes, respectively, in single and intercropped systems do not
differ by the Tukey test 5%.
No entanto, quando consorciado a produção de matéria
seca do milho apresentou decréscimo médio de 13,93%, com
maior redução quando consorciado com batata cultivar
Amélia, 17,73%. Em relação a batata-doce, no sistema
solteiro, as cultivares Crioula, Cuia e Amélia apresentaram a
maior (3501 kg/ha) e as menores (2271 e 1978 kg/ha)
produções de matéria seca, respectivamente, e média das
cultivares 2661 kg/ha. Quando consorciadas, a cultivar
Crioula apresentou a maior produção, 2176 kg/ha, e redução
média das cultivares de 37,79% na produção de matéria seca.
A adição total de matéria seca nos consórcios, variou de 5380
kg/ha (Pipoca + Amélia) a 6439 kg/ha (Pipoca + Crioula).
O sistema consorciado apresentou a maior produção de
matéria seca 17,11% e 53,93% em relação à média do cultivo
solteiro de milho e cultivares de batata-doce,
respectivamente.
A altura das plantas de milho pipoca sofreram
interferência em seu crescimento quando a cultura da batata-
doce foi adicionada no sistema de produção (Figura 3). O
milho solteiro foi o tratamento que apresentou a maior altura
das plantas aos 30, 60 e 90 dias, sendo superior a todos os
tratamentos consorciados, entretanto os tratamentos
consorciados não diferem entre si estatisticamente.
Figura 3. Altura da parte aérea do milho pipoca nos sistemas
solteiros e consorciados. Barras seguidas de letras iguais para cada
tempo de avaliação nos sistemas solteiros e consorciados não
diferem entre si pelo teste de Tukey 5%.
Figure 3. Height of the shoot of popcorn in single and intercropped
systems. Bars followed by the same letters for each assessment time
in single and intercropped systems do not differ by the Tukey test
5%.
A cultura da batata-doce quando inserida no sistema do
consórcio apresentou expressivo aumento no crescimento de
seus baraços quando comparada ao seu cultivo solteiro,
média de 80, 128 e 179 cm, aos 30, 60 e 90 dias,
respectivamente (Figura 4). A cultivar de batata-doce Crioula
em consórcio apresentou o maior comprimento de baraços,
206 cm aos 90 dias de crescimento, entretanto, o consórcio
das outras cultivares não diferiram entre si aos 30 e 60 dias.
O comprimento de baraços, nas duas condições de cultivo
foi proporcionalmente maior com o maior tempo após o
plantio. As cultivares que apresentaram os menores
crescimentos de seus baraços foram a Rubissol, Amélia aos
30 e 60 dias, respectivamente, Cuia e Crioula aos 90 dias,
ambas em sistema solteiro.
O número de folhas planta-1 e Ø dos colmos/baraços foi
menor, intermediário e maior, para 30, 60 e 90 dias,
respectivamente, para as culturas do milho pipoca e batata-
doce nos sistemas solteiros e consorciados (Tabela 1). O
número de folhas planta-1, Ø de colmos e baraços foi superior
nos cultivos solteiros de milho pipoca e batata-doce. A maior
produção de folhas nos sistemas solteiros pode justificar a
maior produção de matéria seca da parte aérea das plantas
(Figura 1).
b
cd c
a
dee
c
BC CBB
A
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Rubissol
Amélia
Cuia
Crioula
Pipoca +
Rubissol
Pipoca +
Amélia
Pipoca +
Cuia
Pipoca +
Crioula
Pipoca
Matéria seca (kg/ha)
Batata-doce
Milho pipoca
bbbb
a
bbbb
a
bbbba
0
50
100
150
200
250
300
Pipoca +
Rubissol
Pipoca +
Amélia
Pipoca +
Cuia
Pipoca +
Crioula
Pipoca
Altura plantas (cm)
30 60 90 dias
Redin et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 3, p. 286-293, mai./jun. 2021.
289
Figura 4. Comprimento dos baraços de batata-doce nos sistemas
solteiros e consorciados. Barras seguidas de letras iguais para cada
tempo de avaliação nos sistemas solteiros e consorciados não
diferem entre si pelo teste de Tukey 5%.
Figure 4. Length of sweet potato tethers in single and intercropped
systems. Bars followed by the same letters for each assessment time
in single and intercropped systems do not differ by the Tukey test
5%.
Ainda, o milho pipoca cultivado solteiro apresentou
maior altura de plantas (Figura 3) e maior Ø do colmo
(Tabela 1), no entanto o afetou a produção de grãos (Figura
2), comprimento, Ø, número de fileiras e grãos por fileiras
nas espigas de milho (Tabela 2). Embora os baraços de
batata-doce apresentaram maior crescimento no sistema
consorciado (30,23%), a menor produção de folhas, além do
menor Ø dos baraços pode explicar a menor produção de
matéria seca (Figura 2). Já no sistema solteiro o Ø do baraço
da batata-doce foi maior (Tabela 1), assim como a produção
de raízes da cultura (Figura 5).
Figura 5. Produção de raízes de batata-doce e grãos de milho pipoca
nos sistemas solteiros e consorciados. Barras seguidas de letras
maiúsculas para milho pipoca e minúsculas para batata-doce,
respectivamente, em sistemas solteiros e consorciados não diferem
entre si pelo teste de Tukey 5%.
Figure 5. Yield of sweet potato roots and popcorn grains in single
and intercropped systems. Bars followed by uppercase letters for
popcorn and lowercase letters for sweet potatoes, respectively, in
single and intercropped systems do not differ by the Tukey test 5%.
Tabela 1. Número de folhas planta-1, diâmetro (Ø) do colmo/baraços do milho pipoca e batata-doce aos 30, 60 e 90 dias nos sistemas
solteiros e consorciados.
Table 1. Number of plant-1 leaves, stem/tails diameter (Ø) of popcorn and sweet potato corn at 30, 60 and 90 days in single and intercropped
systems.
Tratamentos
Número de folhas
Ø colmo/baraços
Milho pipoca
Batata
doce
Milho pipoca (cm)
Batata
doce (cm)
Dias
30
60
90
30
60
90
30
60
90
30
60
90
Pipoca
8 a*
11 a
17 a
1,28
ns
1,34
ns
1,63 a
Pipoca + Crioula
7 b
9 b
15 b
17 c
28 c
42 c
1,21
1,27
1,40 b
0,23 b
0,31 bc
0,65 ba
Pipoca + Rubissol
6 bc
8 bc
13 b
17 c
25 c
35 c
1,17
1,35
1,45 b
0,19 c
0,45 b
0,52 b
Pipoca + Amélia
5 c
7 c
11 c
19 c
24 c
33 c
1,05
1,14
1,19 c
0,23 b
0,43 b
0,53 b
Pipoca + Cuia
7 b
9 b
14 b
16 c
23 c
30 c
1,30
1,37
1,50 b
0,21 bc
0,38 b
0,41 c
Rubissol
30 b
44 b
51 b
0,37 a
0,58 a
0,83 a
Amélia
26 b
37 b
50 b
0,30 ab
0,52 a
0,81 a
Cuia
23 bc
41 b
56 b
0,34 a
0,55 a
0,75 a
Crioula
39 a
57 a
75 a
0,42 a
0,79 a
0,90 a
CV (%)
10,3
8,7
21,5
6,5
24,4
7,8
28,2
17,5
12,9
9,1
6,3
15,2
* Médias na coluna não são estatisticamente diferentes pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. ns não significativo.
A produção de raízes de batata-doce é superior quando
cultivadas solteiras, sendo a cultivar Cuia e Crioula, 57668 e
3879 kg/ha, a maior e menor produção, respectivamente
(Figura 5). No sistema consorciado, houve redução média de
39,85%, sendo Pipoca + Cuia com maior redução (53,9%) e
produção média das cultivares em consórcio de 39827 kg/ha.
Embora o sistema consorciado afetou negativamente a
produção de raízes de batata-doce, o consórcio não afetou a
produção de grãos do milho pipoca (média de 4759 kg/ha).
A análise nas espigas de milho pipoca, ou seja, diâmetro
de espiga, comprimento, mero de grãos e fileiras por
espiga, não apresentou diferença entre os sistemas solteiro e
consorciados de batata-doce e milho pipoca (Tabela 2). Da
mesma forma que observado para a produção de grãos de
milho pipoca (Figura 5), não houve diferença nos parâmetros
de qualidade das espigas, assim, não sofrendo influência pela
presença em consórcio com a cultura da batata-doce.
Tabela 2. Diâmetro (Ø), comprimento, número de fileiras e grãos por fileira por espigas do milho pipoca nos sistemas solteiros e
consorciados.
Table 2. Diameter (Ø), length, number of rows and grains per row per ears of popcorn in single and intercropped systems.
Tratamentos
Ø espiga (cm)
Comprimento (cm)
Fileiras (nº)
Grãos/fileira (nº)
Pipoca
3,4
ns
13,6
ns
12,3
ns
22,6
ns
Pipoca + Crioula
3,7
15,4
13,7
24,3
Pipoca + Rubissol
3,4
13,9
12,8
17,9
Pipoca + Amélia
3,3
11,5
12,2
17,1
Pipoca + Cuia
3,5
13,1
12,5
19,7
CV (%)
12,66
42,62
16,05
36,37
ns não significativo.
cbbbab ab ab a
bc cbb
ab ab ab
a
cccd cd
bb
bc
a
0
50
100
150
200
250
Rubissol
Amélia
Cuia
Crioula
Pipoca +
Rubissol
Pipoca +
Amélia
Pipoca +
Cuia
Pipoca +
Crioula
Comprimento baraços (cm)
30 60 90 dias
bb
a
e
cd c
d
e
AAAAA
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
Rubissol Amélia Cuia Crioula Pipoca +
Rubissol
Pipoca +
Amélia
Pipoca +
Cuia
Pipoca +
Crioula
Pipoca
Produção (Kg/ha)
Batata-doce Milho pipoca
Cultivo consorciado de batata-doce e milho pipoca: crescimento e produção de mudas
Nativa, Sinop, v. 9, n. 3, p. 286-293, mai./jun. 2021.
290
4. DISCUSSÃO
A não diferença entre os anos experimentais mostra que
as culturas da batata-doce e milho pipoca crioulo são pouco
influenciadas por fatores climáticos, mostrando estabilidade
de cultivo devido suas rusticidades (MANTOVANI et al.,
2018). Em relação a produção de matéria seca das plantas de
milho, Chioderoli et al. (2012) observaram maior produção
das plantas de milho em sistema solteiro, comparado aos
sistemas consorciados com batata-doce (13,95%). Figueiredo
(2012), também encontrou dados similares para dez
cultivares de batata-doce, com produções de matéria seca que
variam de 3,05 a 4,95 ton ha-1. Donato et al. (2020)
observaram valores médios de 6,6 ton ha-1 de matéria seca da
parte aérea para dez cultivares de batata-doce.
A menor produção de matéria seca das plantas de batata-
doce no sistema consorciado pode estar relacionado ao maior
sombreamento provocado pelas plantas de milho. Wang et
al. (2011), em experimento com efeitos do estresse por
sombreamento também observaram redução significativa na
produção de matéria seca das plantas de batata-doce em
comparação com o controle sem sombreamento. para as
plantas de milho, a redução pode ser atribuída também a
maior competição por espaço, água, nutrientes do solo e
radiação solar. Pariz et al. (2011), também observaram
redução, além da produção de grãos, da produção de matéria
seca das plantas de milho cultivadas em consórcio com
espécies de braquiárias, tanto em semeadura a lanço ou na
linha do consórcio com o milho.
De acordo com Chioderoli et al. (2012), sistemas que
proporcionam maiores produção de matéria seca,
apresentam uma série de benéficos para o solo e para as
culturas em sucessão. Bentancur et al. (2018), descreveram os
benefícios mútuos entre as culturas quando consorciadas, por
exemplo, no consórcio de milho, feijão e abobrinha, onde o
milho tem como principal benefício, a criação de um
microambiente favorável para as culturas, quebrando ciclo de
pragas, e a abobrinha funcionando como um isolante do solo,
evitando, entre outros, a germinação de plantas daninhas.
Nos sistemas de consórcios o aproveitamento dos nutrientes,
água e radiação solar pelas plantas são otimizados. De acordo
com Bentancur et al. (2018), quando duas plantas crescem
juntas, existe influência mútua, e a combinação de culturas
gera melhores rendimentos, sendo mais eficiente no uso de
recursos econômicos e ambientais (água, luz e nutrientes), o
que se reflete na valoração do meio ambiente, economia de
recursos, e por fim, favorecendo o bem-estar de famílias
camponesas, pois, aproveitam de maneira mais eficiente as
áreas de cultivo.
Culturas ou sistemas de cultivos que apresentam maior
produção de matéria seca promovem uma série de benefícios
principalmente aqueles relacionados ao solo. As culturas
quando consorciadas além de auxiliarem na promoção e
manutenção da biota do solo garantem uma melhor
agregação física, pois, são dois tipos de raízes de plantas de
diferentes famílias botânicas interagindo na mesma área de
solo. Em cultivos solteiros de batata-doce ou milho pipoca, a
qualidade química dos resíduos culturais é baixa, no entanto,
quando consorciados forma-se uma mistura mais equilibrada
e amplia-se a qualidade dos resíduos, como por exemplo,
altera a relação C/N dos resíduos. Os diferentes tipos de
resíduos, apresentam diferentes composições químicas que
estão diretamente ligados ao potencial de decomposição e
ciclagem de nutrientes (REDIN et al., 2018). Os resíduos de
milho, com maior quantidade de componentes recalcitrantes,
a decomposição é mais lenta, se comparado aos de batata-
doce, assim, decomposição intermediária na mistura dos
resíduos. Resíduos mais ricos em nitrogênio ou em misturas
equilibradas e diversificadas, aliados à sua quantidade, atuam
diretamente na biologia do solo, com o aumento da atividade,
número de indivíduos e espécies favorecidas pela
disponibilidade de alimento, condições de temperatura e
umidade do solo, criadas pela cobertura do solo. Araújo et al.
(2019), ressaltam maior atividade biológica na camada
superficial no solo dos cultivos, incluindo os consórcios,
diminuindo rapidamente em camadas mais profundas do
solo, mostrando assim, a importância dos resíduos de
superfície do solo.
A redução do crescimento das plantas de milho pipoca
quando consorciada com batata-doce pode ser associado a
maior produção de matéria seca de parte aérea da pipoca,
porém quando cultivado em sistema solteiro (Figura 2). Neto
et al. (2012), também verificaram que o milho pipoca quando
consorciado com feijão apresentou redução significativa na
altura de plantas. O maior crescimento dos baraços de batata-
doce no sistema consorciado, pode estar relacionado ao
sombreamento das plantas pelo milho pipoca, que provocou
as plantas a buscarem radiação solar mais distante, fora da
área de sombreamento. Em estudo de Martuscello et al.
(2009), porém para diferentes pastagens, observaram que em
condições de sombreamento as plantas tendem a alongar
colmos e folhas como forma de buscar exposição à luz, o que
aumenta a altura das plantas.
A maior produção de baraços de batata-doce é benéfica
no quesito de cobertura do solo, impedindo o contato direto
de gotas de água evitando a sua desestruturação e erosão,
manutenção da umidade do solo, diminuição da amplitude
térmica e favorecimento da biologia do solo. Cardoso et al.
(2012), ao estudarem o efeito de proteção de solo, com o uso
de plantas de cobertura, encontrou no feijão de porco
(Canavalia ensiformis), planta de estrutura foliar muito parecida
com a batata-doce, maior capacidade de diminuição dos
impactos das gotas da chuva, diminuindo a rugosidade do
solo, se comparada a crotalária juncea (Crotalaria juncea),
planta de similar arquitetura ao milho, e por consequência,
foi menor o carreamento das partículas do solo. A maior
produção de matéria seca associado ao comprimento dos
baraços, além dos benefícios para o solo e culturas em
sucessão, de acordo com Donato et al. (2020); Andrade
Junior et al. (2020), o desejados para maior produção de
forragem para alimentação animal.
O maior número de folhas/planta-1 e Ø dos
colmos/baraços observado aos 90 dias está relacionado ao
crescimento das plantas que têm a tendência de aumentar o
seu desenvolvimento com o tempo de cultivo. De acordo
com Caratti et al. (2016), quando a planta busca um ambiente
livre de competição, cresce em altura, no entanto, o aumento
da massa foliar é reduzido, com menos galhos e folhas mais
finas, que a planta investe grande parte de seus foto
assimilados para alongar o caule. Ceratti et al. (2016) quando
analisou a competição, porém entre plantas de milho e de
soja, observou a baixa produção de matéria seca das raízes,
da área foliar e desenvolvimento reduzido do diâmetro de
caule da soja devido aos altos níveis de competição com as
plantas de milho, independentemente da condição da
competição. Negrini et al. (2010) observaram no consórcio
entre alface (Lactuca sativa) e feijão caupi (Vigna unguiculata), a
Redin et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 3, p. 286-293, mai./jun. 2021.
291
menor produção de folhas na cultura da alface, devido à
grande produção de biomassa e a competição por luz.
Rezende et al. (2006), verificaram redução do diâmetro da
alface, no número de folhas e aumento na altura de plantas,
quando consorciada com pimentão e repolho, o autor remete
provavelmente, à maior competição interespecífica,
principalmente com relação à luz, proporcionado pelo
sombreamento exercido das folhas do repolho sobre a alface.
Segundo Ceratti et al. (2016), quando a competição ocorre no
solo, a quantidade de água e nutrientes disponíveis para o
sistema radicular é limitado, ocasionando o desenvolvimento
reduzido da parte aérea das plantas.
Donato et al. (2020) observaram menores produções de
raízes de batata-doce conduzido somente em sistema solteiro
com média de 16,6 ton ha-1. Rós; São João (2016),
constataram que em consórcio de batata-doce e mandioca, a
batata-doce apresenta maior produção de raízes quando em
sistema solteiro. Nespoli et al. (2017) observaram que durante
o consórcio de alface + milho verde, que a cultura da alface
produz mais quando solteira, e que a produção de milho
verde não é influenciada pelo consórcio. O milho, por ser
uma espécie C4, apresenta menor competição por água e gás
carbônico do que o feijão, que é uma espécie C3, não
caracterizando-se por perdas significativas, quando
submetido ao consórcio com o feijão, contrariamente ao que
ocorre com o feijão (NETO et al., 2012). Embora, poderá
ocorrer perdas de produção para alguma cultura em sistema
consorciado, segundo Nespoli et al. (2017), devido a
característica de melhor aproveitamento da área produtiva, da
adubação, da irrigação e da mão de obra, isso pode ser um
incentivo à adoção da técnica dos cultivos consorciados.
Neto et al. (2012), em experimento com milho pipoca e
feijão consorciados, evidenciou que o milho não apresenta
oscilações na produção e parâmetros de rendimento de grãos,
havendo a manutenção da produção do cultivo solteiro.
Scotta et al. (2018), que consorciaram milho com brachiária
(Brachiaria decumbens) ou feijão guandu (Cajanus cajan),
observaram que nenhuma das variáveis nas espigas de milho
foram afetadas com o plantio consorciado das culturas.
Embora os sistemas solteiros de batata-doce e milho
pipoca apresentaram-se no final menos produtivos (Figura
5), no entanto, quando consorciados aumenta a produção
total de matéria seca (Figura 2), comprimento de baraços
(Figura 4) e pode-se manter a produção e qualidade de grãos
do milho pipoca, além de trazer, por exemplo, aumento da
renda por área e maior segurança da produção. Segundo
Bentancur et al. (2018), evidenciam o benefício dos
consórcios pela maior produção por área com policultura do
que uma equivalente com monocultura. Rós; São João (2016),
também relatam que os consórcios são mais produtivos que
os cultivos solteiros. Segundo Neto et al. (2012), concluíram
que no consórcio de milho + feijão o índice de equivalência
da terra, são de 50 a 91% mais efetivos que os monocultivos.
Quando plantas são consorciadas, cada espécie apresenta
um serviço ecossistêmico no meio em que está inserida.
Betancur et al. (2018), quando consorciaram três plantas
evidenciaram que a associação permitiu a expressão do
serviço ecológico, fortalecendo o aumento da biodiversidade
e a segurança alimentar com a utilização dos recursos locais,
em que o conhecimento tradicional foi adicionado a ciência
moderna. Oliveira et al. (2017) trabalharam com policultivos,
porém para verduras, e seus resultados tiveram aspectos
positivos para os índices agronômicos/biológicos,
confirmando o melhor uso de recursos ambientais por
hortícolas em associação. Ribeiro et al. (2020) também
observaram maior produção de feijão caupi quando
consorciado com beterraba. Molina-Anzures et al. (2016)
observaram que os sistemas consorciados duas ou três
espécies de plantas interagem com o ambiente e podem
duplicar ou até mesmo triplicar a produção por unidade de
área se comparado com as monoculturas, apresentando uma
maior eficiência produtiva. Rezende et al. (2006), observaram
superioridade de 92 a 164% na produção de alimento por
área dos consórcios sobre os monocultivos, isso demonstra a
viabilidade dos policultivos e maior eficiência do uso da terra.
Embora os sistemas de cultivo consorciados são pouco
evidenciados, comparado aos monocultivos, são uma
excelente alternativa de cultivo, principalmente para a
agricultura familiar ou pequenas propriedades rurais. Ainda,
assim, promovem a sustentabilidade produtiva, através do
uso eficiente da terra e social ao introduzir independência
produtiva e financeira, ao se produzir mais em um menor
espaço e com baixo custo e ambiental, ao se utilizar de forma
mais consciente os recursos naturais.
5. CONCLUSÕES
O sistema consorciado de milho pipoca e batata-doce,
embora tem efeito negativo na produção de matéria seca e
altura de plantas, não afeta a produção de grãos de milho
pipoca.
O cultivo consorciado promove maior crescimento dos
baraços, porém menor Ø dos baraços, produção de folhas e
raízes de batata-doce quando consorciada com milho pipoca.
O sistema consorciado de milho pipoca e batata-doce
promove maior produção final de matéria seca e de
alimentos, raízes de batata-doce e milho pipoca por unidade
de área.
6. AGRADECIMENTOS
Este trabalho contou com financiamento CNPq e
UERGS, por meio de bolsas de iniciação científica
modalidade CNPq e INICIE/UERGS pelos Editais
PROPPG 006/2015 e 011/2015, respectivamente.
7. REFERÊNCIAS
AITA, C.; GIACOMINI, S. J. Decomposição e liberação de
nitrogênio de resíduos culturais de plantas de cobertura
de solo solteiras e consorciadas. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, Viçosa, v. 27, n. 4, p. 601-612, 2003.
DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-
06832003000400004
ALTIERI, M. Agroecologia, agricultura camponesa e
soberania alimentar. Revista Nera, Presidente Prudente,
n. 16, v. 13, p. 22-32, 2012.
ALTIERI, M. A. Agroecology: the science of sustainable
agriculture. 2 ed. Boca Raton: CRC Press, 2018. 448p.
ANDRADE JÚNIOR, V. C.; DONATO, L. M. S.;
AZEVEDO, A. M.; GUIMARÃES, A. G.; BRITO, O.
G.; OLIVEIRA, D. M.; MEDINA, A. J.; SILVA, L. R.
Association between agronomic characters and hay
quality of sweet potato branches. Horticultura
Brasileira, Brasília, v. 38, n. 1, p. 27-32, 2020. DOI:
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-053620200104
ARAÚJO, T. S.; GALLO, A. S.; ARAÚJO, F. S.; SANTOS,
L. C.; GUIMARÃES, N. F.; SILVA, R. F. Biomassa e
atividade microbiana em solo cultivado com milho
Cultivo consorciado de batata-doce e milho pipoca: crescimento e produção de mudas
Nativa, Sinop, v. 9, n. 3, p. 286-293, mai./jun. 2021.
292
consorciado com leguminosas de cobertura. Revista de
Ciências Agrárias, Lisboa, v. 42, n. 2, p. 51-60, 2019.
DOI: http://dx.doi.org/10.19084/rca.15433
BERTIN, E. G.; ANDRIOLI, I.; CENTURION, J. F.
Plantas de cobertura em pré-safra ao milho em plantio
direto. Acta Scientiarum. Agronomy, Maringá, v. 27, n.
3, p. 379-386, 2005. DOI:
http://dx.doi.org/10.4025/actasciagron.v27i3.1393
BETANCUR, L. M. G.; GIRÓN, S. M. M.; BETANCUR, L.
F. R. La milpa como alternativa de conversión
agroecológica de sistemas agrícolas convencionales de
frijol (Phaseolus vulgaris), en el municipio El Carmen de
Viboral, Colombia. Idesia, Arica, v. 36, n. 1, p. 123-131,
2018. DOI: http://dx.doi.org/10.4067/S0718-
34292018000100123
BRITO, M. F.; TSUJIGUSHI, B. P.; OTSUBO, A. A.,
SILVA, R. F.; MERCANTE, F. M. Diversidade da fauna
edáfica e epigeica de invertebrados em consórcio de
mandioca com adubos verdes. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, Brasília, v. 51, n. 3, p. 253-260, 2016. DOI:
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-204X2016000300007
CARATTI, F. C.; LAMEGO, F. P.; SILVA, J. D. G.;
GARCIA, J. R.; AGOSTINETTO, D. Partitioning of
competition for resources between soybean and corn as
competitor plant. Planta Daninha, Viçosa, v. 34, n. 4, p.
657-665, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/s0100-
83582016340400005
CARDOSO, D. P.; SILVA, M. L. N.; CARVALHO, G. J.;
FREITAS, D. A. F.; AVANZI, J. C. Plantas de cobertura
no controle das perdas de solo, água e nutrientes por
erosão hídrica. Revista Brasileira de Engenharia
Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 16, n. 6, p.
632-638, 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1415-
43662012000600007
CHIODEROLI, C. A.; MELLO, L. M. M.; HOLANDA, H.
V.; FURLANI, C. E. A.; GRIGOLLI, P. J.; SILVA, J. O.
R.; CESARIN, A. L. Consórcio de Urochloas com milho
em sistema plantio direto. Ciência Rural, Santa Maria, v.
42, n. 10, p. 1804-1810, 2012. DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-84782012005000073
DONATO, L. M. S.; JUNIOR, V. C. A.; BRITO, O. G.;
FIALHO, C. M. T.; SILVA, A. J. M.; AZEVEDO, A. M.
Uso de ramas de batata-doce para produção de feno.
Ciência Animal Brasileira, Goiânia, v. 21, e-53493,
2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1809-6891v21e-
53493
FERREIRA, E. A.; SILVA, D. V.; BRAGA, R. R;
OLIVEIRA, M. C.; PEREIRA, G. A. M.; SANTOS, J.
B.; SEDIYAMA, T. Crescimento inicial da cultura da
mandioca em sistema de policultivo. Scientia Agraria
Paranaensis, Marechal Cândido Rondon, v. 13, n. 3, p.
219-226, 2014. DOI: 10.18188/1983-
1471/sap.v13n3p219-226
FIGUEIREDO, J. A.; JÚNIOR V. C. A.; PEREIRA R. C.;
RIBEIRO, K. G.; VIANA, D. J. S.; NEIVA, I. P.
Avaliação de silagens de ramas de batata-doce.
Horticultura Brasileira, Brasília, v. 30, n. 4, p. 708-712,
2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-
05362012000400024
GONZÁLEZ DE MOLINA M.; GUZMÁN CASADO G.
I. Agroecology and Ecological Intensification. A
Discussion from a Metabolic Point of View.
Sustainability, v. 9, n. 1, p. 1-19, 2017. DOI:
10.3390/su9010086
MANTOVANI, E. C.; DELAZARI, F. T.; DIAS, L. D.;
ASSIS, I. R.; VIEIRA, G. H. S.; LANDIM, F. M.
Produtividade e uso eficiente da água de duas cultivares
de batata-doce em função de lâmina de irrigação.
Horticultura Brasileira, Brasília, v. 31, n. 4, p. 602-606,
2018. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-
05362013000400015.
MARTUSCELLO, J. A.; JANK, L.; NETO, M. M. G.;
LAURA, V. A.; CUNHA, D. N. F. V. Produção de
gramíneas do gênero Brachiaria sob níveis de
sombreamento. Revista Brasileira Zootecnia, Viçosa,
v. 38, n. 7, p. 1183-1190, 2009. DOI:
https://doi.org/10.1590/S1516-35982009000700004
MOLINA-ANZURES, M. F.; CHÁVEZ-SERVIA, J. L.;
GIL-MUÑOZ, A.; LÓPEZ, P. A.; HERNÁNDEZ-
ROMERO, E.; ORTIZ-TORRES, E. Eficiencias
productivas de asociaciones de maíz, frijol y calabaza
(Curcurbita pepo L.), intercaladas con árboles frutales.
Revista Internacional de Botânica Experimental,
Nevada, v. 85, n. 1, p. 36-50, 2016.
NEGRINI, A. C. A.; MELO, P. C. T.; AMBROSANO, E. J.;
SAKAI, R. H.; SCHAMMASS, E. A.; ROSSI, F. 2010.
Performance of lettuce in sole cropping and
intercropping with green manures. Horticultura
Brasileira, Brasília, v. 28, n. 1, p. 58-63, 2010. DOI:
https://doi.org/10.1590/S0102-05362010000100011
NESPOLI, A.; JÚNIOR, S. S.; DALLACORT, R.
PURQUERI, L. F. V. Consórcio de alface e milho verde
sobre cobertura viva e morta em plantio direto.
Horticultura Brasileira Brasília, v. 35, n. 3, p. 453-457,
2017. DOI: https://doi.org/10.1590/s0102-
053620170323
NETO, A. L. V.; HEINZ, R.; GONÇALVES, M. C.;
CORREIA, A. M. P.; MOTA, L. H. S.; ARAÚJO, W. D.
Milho pipoca consorciado com feijão em diferentes
arranjos de plantas. Pesquisa Agropecuária Tropical,
Goiânia, v. 42, n. 1, p. 28-33, 2012. DOI:
http://dx.doi.org/10.1590/S1983-40632012000100004
OLIVEIRA, L. A. A.; NETO, F. B.; JÚNIOR, A. P. B.;
SILVA, M. L.; OLIVEIRA, O. F. N.; LIMA, J. S. S. Agro-
economic efficiency of polycultures of arugula-carrot-
lettuce fertilized with roostertree at diferente population
density proportions. Revista Brasileira de Engenharia
Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 21, n. 11, p.
791-797, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1807-
1929/agriambi.v21n11p791-797
PANACHUKI, E.; BERTOL, I.; SOBRINHO, T. A;
OLIVEIRA, P. T. S.; RODRIGUES, D. B. B. Perdas de
solo e de água e infiltração de água em latossolo vermelho
sob sistemas de manejo. Revista Brasileira de Ciência
do Solo, Viçosa, v. 35, p. 1777-1785, 2011. DOI:
https://doi.org/10.1590/S0100-06832011000500032
PARIZ, C. M.; ANDREOTTI, M.; AZENHA, M. V.;
BERGAMASCHINE, A. F.; MELLO, L. M. M.; LIMA,
R. C. Produtividade de grãos de milho e massa seca de
braquiárias em consórcio no sistema de integração
lavoura-pecuária. Ciência Rural, Santa Maria, v. 41, n. 5,
p. 875-882, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-
84782011000500023
REDIN, M.; SYLVIE, A.; AITA, C.; CHAVES, B.;
PFEIFER, I. C; BASTOS, L. M.; PILECCO, G. E;
GIACOMINI, S. J. Root and shoot contribution to
carbon and nitrogen inputs in the topsoil layer in no-
tillage crop systems under subtropical conditions.
Redin et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 3, p. 286-293, mai./jun. 2021.
293
Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 42, n.
1, p. 1-16, 2018. DOI:
https://doi.org/10.1590/18069657rbcs20170355
RESENDE, B. P. M.; JAKELAITIS, A., TAVARES, C.,
MARANGONI, R.; RIBEIRO, C.P. Consórcio de sorgo
com espécies forrageiras. Revista AgroAmbiente
Online, Boa Vista, v. 10, n. 1, p. 57-64, 2016. DOI:
http://dx.doi.org/10.18227/1982-8470ragro.v10i1.3052
REZENDE, B. L. A; FILHO, A. B. C.; FELTRIM, A. L.;
COSTA, C. C.; BARBOSA, J. C. Viabilidade da
consorciação de pimentão com repolho, rúcula, alface e
rabanete. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 24, n. 1, p.
36-41, 2006. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
05362006000100008
RIBEIRO, J. R. S; BEZERRA NETO, F.; LIMA, J. S. S.;
CHAVES, A. P.; SILVA, J. N.; SANTOS, E. C.;
NUNES, R. L. C. Production efficiency in cultivar
combinations of beet and cowpea. Horticultura
Brasileira, Brasília, v. 38, n. 1, p. 445-453, 2020. DOI:
https://doi.org/10.1590/s0102-0536202004017
RÓS, A. B.; FILHO, J. T.; BARBOSA, G. M. C.
Produtividade da cultura da batata-doce em diferentes
sistemas de preparo do solo. Bragantia, Campinas, v. 72,
n. 2, p. 140-145, 2013. DOI:
https://doi.org/10.1590/S0006-87052013000200005
RÓS, A. B.; SÃO JOÃO, R. E. Desempenho agronômico e
uso eficiente da terra em arranjos de plantas de mandioca
e batata-doce. Revista Ceres, Viçosa, v. 63 n. 4, p. 517-
522, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-
737X201663040012
SCOTTA, R. G. M.; FILHO, G. C. M.; PELUZIO, J. M.;
CARVALHO, E. V.; DOTTO, M. A.; AFFÉRRI, F. S.
Efeitos de adubação nitrogenada de cobertura em milho
consorciado. Revista Brasileira de Agropecuária
Sustentável, Viçosa, v. 8, n. 3, p. 73-80, 2018. DOI:
https://doi.org/10.21206/rbas.v8i3.2995
VARGAS, D. L.; FONTOURA, A. F.; WIZNIEWSKY, J.
G. Agroecologia: base da sustentabilidade dos
agroecossistemas. Geografia Ensino e Pesquisa, Santa
Maria, v. 17, n. 1, p. 173-180, 2013. DOI:
http://dx.doi.org/10.5902/22364994/8748
WANG, Q.; FUYUN, H.; BAOQING, W. Effects of
shading stress on qualities of purple sweetpotato storage
roots. Scientia Agricultura Sinica, v. 44, n. 1, p. 192-
200, 2011.